My Little Luck escrita por raquelsouza


Capítulo 22
In The Mourning


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas lindas, mais um capitulo pra vocês >< eu estou com pressa, mas divirtam-se, ok? bj :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/180614/chapter/22

Pov. Annabeth

Assim que o Percy foi embora, caminhei até a minha casa, e quando entrei, vi que minha mãe estava assistindo algum reality show. Meu pai apareceu na cozinha comendo alguma coisa que eu não pude identificar.

– Como foi o acampamento, minha filha? – Perguntou minha mãe.

– Foi legal. – Disse desviando o olhar.

– O que aconteceu lá? – Perguntou o meu pai sentando-se ao lado de minha mãe.

– Ah... Tudo o que acontece em um acampamento, sabe?

– Você não tinha barraca, com quem dormiu? – Indagou minha mãe.

– Mãe, eu estou cansada. Vou dormir, ok?

Subi para o meu quarto sem esperar a resposta de minha mãe.

Me joguei na cama e revisei novamente tudo o que tinha acontecido.

Acho que estou apaixonado por você.” Ele havia dito.

Essas palavras estavam ecoando em minha mente fazia muito tempo.

Acho que estou apaixonado por você.” Por mais que eu tenta-se não pensar nisso, as palavras sempre viam a tona em minha mente.

Não importa o que eu fizesse, elas sempre viam como se acabassem de serem ditas no meu ouvido nesse momento.

Será que era verdade? Será que Percy estava mesmo gostando de mim?

Claro que não! Ele tinha namorada, ela era Tracy, a garota que todas as pessoas tinham medo de enfrentar.

O que ela seria capaz de fazer?

Me levantei da cama e me dirigir até o banheiro, me despi e tomei um banho rápido. O tempo estava frio agora, escovei o meu dente e fui para o meu closet. Tirei uma camisola de seda preta e me vesti.

Meu estomago roncou, mas me lembrei que meus pais ainda estavam lá em baixo, e se eu desce-se, provavelmente eles fariam mais perguntas.

Acho que estou apaixonado por você.” Mas que merda!

Tentei mais uma vez pensar em outra coisa. Pensei em Piper.

É, minha amiga Piper nunca mais me ligou. Estranho.

O que será que estava acontecendo com meus amigos?

Peguei o meu celular e disquei o numero de Piper. Olhei por um tempo pra tela, apertei o botão verde e coloquei o celular na orelha.

Caixa Postal.

Eu não acredito! Piper com o celular desligado? Ah meus deuses...

Joguei o meu celular pra cima e o apanhei de novo, fiz isso umas três vezes antes de resolver ver as fotos que estavam no cartão de memória.

Tinha foto da Piper olhando Jason de longe, foto de Tyson quase chorando porque o yorgut caiu em sua camisa nova. Foto minha e de Mark comemorando a vitória do time.

Mark.

Lágrimas se formaram em meus olhos.

Ah, porque os homens fazem tanta merda? Porque eles sempre fazem as garotas sofrerem?

Primeiro Mark, que resolve ficar com Lisa logo quando eu penso que vai ficar tudo bem entre a gente.

Depois Percy, que vem até a minha casa, interrompe o meu estudo, me beija e diz que gosta de mim, e depois no outro dia, sai feliz da vida do carro juntamente com a vaca da Tracy como se eles fossem o casal mais perfeito do mundo.

Joguei o meu celular com frustração em cima da cama, em seguida, caí também. Fiquei pensando em mais outras coisas quando finamente consegui dormi.


Acordei com o pouco sol da manhã batendo em meu rosto, olhei pro lado e vi a minha mãe saindo de meu banheiro.

– Bom dia raio se sol! – Disse mamãe sorridente.

– Mais ênfase no raio de sol, por favor. – Disse eu rindo forçado. – Mãe, é domingo...

– Eu sei, e vai ser o domingo especial.

– Porque?

– Almoço em família!

Ah não, isso é muito azar pra uma pessoa só.

Tio Jeffrey estaria aqui em algumas horas, Santo Cristo!

Não que eu não gostasse do meu tio, ele era uma pessoa legal, mas como eu disse no começo, ele ia começar a contar todas as histórias constrangedoras que tem sobre mim, mesmo que todos já soubessem delas de co e salteado.

Joguei o meu edredom pro outro lado e coloquei uma perna pra fora da cama.

Me levantei contra a minha vontade e fui para o banheiro fazer a minha higiene matinal, quando terminei, fui vesti uma roupa.

Vesti uma calça moletom, uma blusa de alça branca, uma jaqueta de pano preta e sandália.

Minha mãe entrou no quarto novamente e me analisou.

– Essa roupa Annabeth? Seus tios estão vindo aí...

– Mãe, eu estou em casa, não tem motivo pra eu me vesti bem, e alem do mais, eu estou me sentindo confortável. – Disse eu.

Minha mãe revirou os olhos e desapareceu pela casa. Olhei para o espelho e me analisei também.

Não era a melhor roupa, mas qual é, eu estava em casa.

Prendi o meu cabelo em um rabo de cavalo folgado e desci. Sentei no sofá e esperei os meus tios chegarem.

Pendi a minha cabeça pra trás em meio ao me tédio profundo até que ouvi um carro buzinar em frente de casa. Reconheci, era o meu tio Jeffrey querido.

Minutos depois, ele e sua mulher e seu filho entraram pela porta.

– Babonete! – Gritou ele vindo em minha direção. Me levantei devagar do sofá para receber o seu abraço. –Você cresceu... Minha sobrinha cresceu, o meu bebê babão está grande...

Revirei os olhos.

Essa história de novo não.

Minha tia riu baixo e também me abraçou.

– Annabeth, que bom revê-la.

– É bom rever a senhora também,tia.

Vi meu primo rindo baixo encostado na parede com os braços cruzados.

– E aí, bombado. – Lancei um aceno com a cabeça em sua direção.

– Fala prima, ta gatinha ein?

Revirei os olhos e bati de leve em seu ombro.

Meu primo Cabe sempre foi o meu parceiro nas encrencas. Tínhamos cada história juntos. Agora ele era o capitão do time de Futebol Americano. Ele era um típico garoto popular da escola.

Alto, branco, olhos azuis tão penetrantes quando o de Thalia, cabelos perfeitamente liso castanho claro, sorriso de tirar fôlego e tudo mais.

– E aí, passando o rodo em geral? – Perguntou ele sentando-se no sofá.

– Nossa, cê nem sabe... – Disse eu sentado-me ao seu lado com uma grande ironia na voz.

– E o carinha que você gostava lá em L.A?

– Não quero falar sobre isso... – Disse fossando um sorriso.

– Fiquei sabendo de umas coisas nada legais sobre ele. – Comentou. As vezes eu me esqueço que Cabe também é amigo de umas pessoas com quem Mark andava.

– Que coisas? – Perguntei curiosa.

– Melhor você descobri sozinha. – Disse ele batendo em meu ombro de leve.

– Odeio você. – Resmunguei.

– Também te amo, priminha.

Ri baixo.

Meu domingo se resumiu em puro tédio, tirando a parte de Cabe fazia de tudo pra me entreter, e em histórias constrangedoras sobre Annabeth.

Histórias do tipo que se deve enterrar a sete chaves, coisa que meus tios provavelmente não saberiam guardar.

Meus tios resolveram ir embora por volta das 8 horas da noite.

– Tchau, minha seca loira. – Disse minha tia Edna.

– Tchau tia. – Disse eu abraçando-a.

– Até outro dia, priminha. – Disse Cabe me abraçando e rodopiando comigo como se eu uma boneca.

Me despedi da minha família e subi para o meu quarto.

Engraçado, por um momento eu esqueci todos os meus problemas. Bem, essa foi uma das melhores partes do dia.

Eu estava cansada, não me pergunte de quê, mas eu estava.

Acabei dormindo poucos minutos depois.


Ouvi o despertador tocar ao longe. Me virei e bati nele. Abri os olhos e pensei “Que droga, escola”.

Me levantei e fiz a minha higiene matinal e escovei os meu dentes. Sai do banheiro e fui para o meu closet.

Escolhi um vestido vermelho comportado que batia até o meio de minhas pernas, uma meia calça cinza um pouco grossa, um coturno preto e coloquei um casaco longo preto com um cachecol.

Olhei pela janela e vi que pequenos flocos de neve caiam.

Peguei a minha bolsa e desci pra tomar café. Como sempre, meus pais já estavam prontos pra ir trabalhar, Ben e Gary já tinham terminado de tomar o café e agora estavam subindo para escovar os dentes.

Me sentei a mesa e coloquei cereal pra mim comer.

– Cereal? – Indagou o meu pai.

– É. – Respondi colocando uma colherada de cereal na boca.

Terminei de comer o meu cereal em silêncio, depois subi para escovar o meu dente.

Meu pai me deixou na escola. Desci do carro ainda em silêncio e caminhei para dentro da escola.

Ainda não tinha visto Percy, nem Thalia, nem Bianca e nem o resto do grupo.

Fui até o meu armário e peguei os livros necessários para os primeiros tempos. Thalia apareceu ao meu lado sorrindo fraco.

– Oi. – Disse eu.

– Qual é o seu tempo? Diz que é Trigonometria, por favor! – Implorou ela.

– É Trigonometria sim. – Ri.

– Aleluia, irmão! – Ela disse levantando as mão para cima.

– Vamos. – Chamei-a.

Andamos devagar até o corredor da ala sete, onde nos deparamos com Tracy, vindo com suas amiguinhas ao seu lado, a mais alta estava do lado direito como segurança.

Quando me viu, Tracy deu um sorriso de lado e com um leve aceno de cabeça indicando a minha direção às três garotas. Acabei dando de cara, achando que elas passariam direto.

A mais alta deu um grande esbarrão em mim, fazendo meus livros caírem ao chão, não tive como pegar, pois uma me emburrou contra os armários.

– Você esta louca garota? – Disse eu com os olhos flamejante de ira.

– Cala a boca e escuta. – Disse a garota de cabelos louros oxigenados com uma estridente voz irritante.

Tracy veio com passos curtos mais ao mesmo tempo bem selvagens como uma onça preste a atacar ou uma cobra ao dar o bote, coisa que ela já era há anos.

– Olá, pequena Annabeth. Fiquei sabendo de umas coisas, cuja qual eu não gostei nada, bom na verdade, eu vi. Você não tem medo da morte garota? – Disse Tracy ameaçadoramente.

– Como? Você enlouqueceu? Do que está falando? – Disse eu me fazendo de desentendida.

– Não se faça de boba garota, eu vi o que você fez com o meu Percy! – Grunhiu ela.

Eu poderia muito bem dizer que eu não sabia de nada, que ele tinha me beijado. Mas eu sabia que Tracy não acreditaria em mim.

Ela estava querendo uma briga. Pode-se dizer que eu não sou briguenta, mas Tracy passaria dos limites uma hora ou outra. E como hoje eu acordei com um humor nada legal, decidi que ela teria uma pequena briga comigo.

E umas das coisas que eu aprendi com Piper foi a ser sínica em uma briga.

– Ah você deve está falando do beijo, estou certa? – Disse com muito sarcasmo na voz.

Já estava ponto de ir pros tapas com Tracy, eu a encarei por um bom tempo e seus olhos irradiava puro ódio. Só depois que vim notar que o corredor sete estava já com uma pequena aglomeração ao nosso redor, todos esperando pelo pior. O meu pior, afinal, Tracy era mais popular.

– Sua hipócrita! Garota estúpida, você não sabe com quem esta lhe dando, você não sabe do que sou capaz, você caiu em um ninho de serpente e espero que tenha um antídoto porque eu sou puro veneno. – Disse Tracy aproximando-se de mim.

– Sério? Jura mesmo? Ai Tracy, você pode achar que é uma deusa e que me conhece, mais você não sabe nem um terço do que eu também sou capaz. – Retruquei com o mesmo tom.

– Será? É bom você medir suas palavras, e se cuida, porque meus atos a parti de agora vão ser mais violentos, fofa. E acredite eu consigo tudo que quero. – Disse Tracy com a voz mais venenosa.

– Fala serio Tracy, tenho mais o que fazer do que ficar discutindo com uma garota mimada que se acha a rainha, mas não se passa de uma vadia rodada. – Dei um passo pra frente querendo sair dali ilesa.

Pois sabia eu que Tracy era boa de briga, mais se viesse ao caso, eu também seria.

Ao fazer esse gesto de ir pra frente, Tracy foi mais ágil, e com outro aceno, a sua amiga do lado esquerdo me bloqueou. Fiquei espantada com a quão rápida ela conseguiu ser.

– Eu não acabei, fracassada. – Ela disse me empurrando novamente contra o armário. – Escuta, agora você vai provar tudo de ruim que o mundo tem, eu vou fazer de tudo pra que cada momento da sua vida seja um inferno. Quando você menos esperar, já estará no chão, no fundo do poço, sobre a terra que eu mesma farei questão de jogar em você. – Disse Tracy sorrindo ameaçadoramente pra mim.

Todos trocavam olhares apreensivos, inclusive as meninas da turma.

– Tracy, você é louca mesmo. Agora me dê licença, gorila da África, tenho que ir para sala. –Disse eu.

Logo atrás de mim, senti um leve pressão, depois que me toquei que era Thalia, que esse tempo todo ficou parada feito estatua atrás de mim. Ela me puxou e disse eu meu ouvido.

– Por mais que eu adore uma briga, acho melhor nós irmos agora, antes que o monitor nos veja aqui e sejamos suspensas, e olhe ao redor, temos platéia.

Olhei ao redor novamente, e dessa vez tinha mais gente.

– Tem razão Thalia. Mas já que tem platéia, tem que haver um palhaço, não é, Tracy? – Disse em mesmo tom que ela.

Foi o que bastou, Tracy deu dois passos e ficamos a menos de 30 centímetro uma da outra.

– Você é muito corajosa pra uma vad....

– Pra uma o que? – A interrompi no meio da palavra. –Você ia me chamar de quê, Tracy? Vá enfrente, tente mais. Se você acha que vai me humilhar, você está muito enganada. Não sou a boba que você pensa que eu sou, sei o meu lugar e do que sou capaz, então se toca. – Dei um leve empurrão na sua guarda costa e sai andando com Thalia ao meu lado.

Foi o que bastou pra Tracy fica mais furiosa.

Só deu tempo de ver uma pessoa pelo vidro bem na minha frente onde ficava os troféus. Me virei, o menino estava de moletom com calça jeans, ele portava um objeto na mão. Olhei bem e vi que era um copo.

Tracy pegou o copo de sua mão e percebi que ela iria jogar um copo enorme de suco de uva em mim.

Que garota baixa.

– O que você acha que esta fazendo? – Disse uma voz que eu reconheceria até com fones de ouvidos.

– Sai da minha frente agora Percy,se não... – Tracy estava furiosa.

– Se não o que? Vai joga suco em mim? Vai me ferir com um suco? – Disse Percy irado.

– O que você está fazendo, Percy? – Ela disse confusa. – Você é o meu namorado, você tem me apoiar.

– Eu sei que eu sou o seu namorado, mas humilhar as pessoas não está certo, principalmente a Ann...

– Você vai defender essa vadia? – Perguntou ela mais furiosa, se é que era possível.

Quando me virei para fugir dali, uma multidão já estava espalhada por todo corredor, e de longe, eu ouvir os sussurros do povo falando “espero que Annabeth dê uns tapas na Tracy”.

O que eles disseram foi como um estímulo.

– Tracy, é melhor você ir antes que o monitor venha aqui. – Disse eu em alto e bom som.

– Você esta ferrada comigo. Saiba, Annabeth, que você não passa de uma barata querendo sobreviver dos resto dos outros, pode fica com minhas sobras é pra isso que elas servem, pra alimentar baratas.

Foi a gota d água, eu avancei e a Tracy também, o copo que ela segurava de suco caiu no chão e se partiu assim jogando suco em todos que estavam próximos. Percy foi rápido também, com um movimento, ele me agarrou pela minha cintura pra eu não prosseguir com o vandalismo.

– Sua nojenta, víbora, tomara que se engasgue com seu veneno

Enquanto dizia isso, às amigas de Tracy a seguravam também, devido ao fato de estarem em par com a gente, e tenho certeza que uns dos que nos cercavam iam nos ajuda a dar uma boa surra nelas quatro.

– Não se preocupe, vou jogar todo em você, e se prepare... – Uma amiga dela continuava segurando-a fortemente, o que pareceu incomodá-la. – Me solta Drew! Se não, serei responsável pelos meus atos, agora... Vamos antes que eu quebre o pescoço de uma galinha sem classe.

Enquanto eu estava nos braços de Percy, Tracy se afastou sem o copo de uva deixando-o no chão, foi assim que me toquei que eu estava toda suja de uva.

Meu vestido já era, meus livros estavam todos machados de roxo.

– O que você estava ou pensava em fazer Annabeth?- Percy me olhou com certa incredulidade.

– Eu? Eu ai não sei deu na cabeça ir pra cima da víbora... – Tentei explicar.

–Você não deveria mexer com a Tracy, você não sabe do que ela é capaz. – Ele disse.

Uma raiva me subiu.

– Desculpa Percy, mas eu não quero ouvir ninguém me dizendo o que eu devo ou não devo fazer. – Disse eu irritada.

– Eu estou querendo te ajudar, Annabeth. – Ele disse com um pouco de raiva.

– Não preciso de sua ajuda, eu sei me virar.

Peguei os meus livros da mão de Thalia e marchei para dentro de sala.

Algumas pessoas ainda me olhavam e me lançavam sorrisos aprovadores.

– Isso. Foi. Incrível! – Disse Bianca sentando-se ao meu lado.

– Ah, que ótimo, era tudo que eu precisava ouvir. – Eu disse com desgosto.

– Qual é Annabeth, você não deixou a Tracy te humilhar, sabe o quanto eu estou orgulhosa de você? – Disse Thalia rindo sentando-se a minha frente.

– Ah, que ótimo, está orgulhosa de mim? Eu praticamente agir como ela. Isso é repugnante.

– Não é mesmo. – Disse ela me incentivando.

Direcionei o meu olhar para o quadro afim de não ouvi mais o que as pessoas tinham a dizer sobre o pequeno acontecimento.

Se Piper tivesse aqui...

Passei o dia todo assim, recebendo olhares demoníacos de Tracy e pessoas vindo até mim dizendo o quanto eu fui incrível em enfrentar a Tracy.

Tentei ignorar todos eles. Minha vida já estava uma bagunça só.

E agora eu sabia que Tracy ia fazer de tudo para me humilhar.

A aula acabou e eu peguei uma carona com Thalia. Ela evitou falar sobre o que aconteceu hoje, acho que ela tinha se tocado que eu não acordei com um humor muito bom.

– Tem certeza que não quer que eu fique com você? – Ela disse estacionado o carro em frente de casa.

– Não, obrigada. Eu vou ficar bem. – Disse eu saindo do carro.

– Qualquer coisa, me liga, ok?

– Ok.

Sorri para ela e entrei em casa.

A babá estava correndo feito louca atrás de Ben e Gary.

– Parem de correr, vocês dois, AGORA! – Gritei estressada.

Ben e Gary arregalaram os olhos e me olharam.

– Será que vocês não podem ser uns irmãos normais e quietos pelo pelos pro um minuto? – Disse eu subindo a escada até o meu quarto.

Joguei a minha bolsa e fui para o banheiro, lavei o meu rosto e me fitei no espelho.

O que tava acontecendo comigo?

Sai do meu quarto e fui para a cozinha, procurar o que comer.

Mamãe tinha deixado lasanha de carne pronta.

Eu amo lasanha.

Coloquei um grande pedaço no meu prato e fui pra mesa. Comi cada pedaço lentamente. Quando acabei, coloquei um pedaço de pudim em uma taça e fui pra o sofá assistir TV.

Assistir algumas programações e documentários do History Channel e do Discovery.

Fiz as minhas tarefas de Trigonometria e de Química a tarde toda.

Por volta das 6 horas da tarde, resolvi sair de casa e ir passear.

Subi e peguei o meu casaco. Minha mãe já tinha chegado do trabalho juntamente com o meu pai, mas não me perguntou nada.

Caminhei até a praça perto de casa e comprei um café quente pra tomar. A neve estava um pouco mais expressa, mas nada que não incomodasse muito. Andei um pouco até dar de cara com alguém.

– Me desculpe. – Disse eu.

– Annabeth! – Disse uma voz masculina grossa.

Meu sangue gelou, mais do que já estava.

Levantei o olhar e me deparei com Mark.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntei com uma certa raiva na voz.

– Eu vim falar com você...

– Porque você não vai falar com a Lisa, ein? – Disse eu ríspida.

– Annabeth por favor...

– Por favor nada, você me iludiu, disse que me amava mas quando eu fui embora, você foi atrás de Lisa! – Eu disse com raiva.

– Como você ficou sabendo disso? A Piper te disse?

– A Piper sabia disso? – Perguntei surpresa.

Piper sempre contava as coisas pra mim, porque ela não me disse sobre isso?

– Annabeth, a questão é que...

– Cala a boca Mark, eu não quero mais ouvir uma palavra vinda de você! Você e Piper me me abandonaram. – Lágrimas corriam pelo o meu rosto.

– Annabeth, eu preciso confessar uma coisa pra você! Dá pra você me ouvir? – Perguntou ele me segurando pelos ombros.

– Não! Não dá pra ouvir você, porque não vai confessar essa coisa pra Lisa? Já que ela está ao seu lado, estuda na sua escola e mora na sua cidade? – Disse eu com muita ira.

Me virei pra ir embora, eu já estava cansada de tanta mentira e decepção na minha vida.

Minha cabeça estava cheia, eu tinha certeza que uma hora ou outra, eu ia explodir.

– Annabeth! – Gritou Mark atrás de mim.

Corri pelas ruas desviando de carros, não diminui a velocidade até chegar em casa. Bati a porta da frente com força e olhei para minha mãe ajudando Gary com o exercício.

Meu rosto estava todo molhado, meu nariz provavelmente estava vermelho. Corri para o meu quarto e me sentei no chão.

Minha mãe apareceu no quarto logo atrás de mim, ela se ajoelhou ao meu lado e afagou o meu cabelo.

– O que está acontecendo com você, minha filha?

– Não é nada. – Disse em meio aos soluços.

– Annabeth, conte para mim, eu sou sua mãe, eu posso te ajudar.

– MÃE, POR FAVOR, SAI DO QUARTO, DEIXA QUE EU RESOLVO ISSO SOZINHA! – Gritei.

Sei que fui grossa com a minha mãe, porque vi que ela ficou um magoada.

Ela se levantou e saiu do quarto.

Peguei o meu celular e disquei o numero de Piper. 3 toques depois ela me atendeu.

Annabeth, que saud...

– Você me traiu. – Disse eu rangendo os dentes. – Você viu que Mark e Lisa estavam ficando e não me falou nada! VOCÊ ME TRAIU! –Gritei com muita ira.

Annabeth, eu poss...

– VOCÊ NÃO PODE ME EXPLICAR NADA! NADA! VOCÊ ME DEU AS COSTAS, VOCÊ E TODO O MUNDO!

Annabeth, não diz isso, por favor. Eu sou sua amiga, eu nunca te abandonaria. – Disse ela com um pouco de desespero na voz.

– Minha amiga? Você vê Mark e Lisa se beijando e não me fala nada, eu sofrendo aqui e você nem se quer me liga pra saber como eu estou. Você não é minha amiga!

Desliguei o celular na cara dela. Eu me tremia de tanta raiva. Lagrimas rolavam pelo o meu rosto sem a minha permissão.

Olhei para o meu celular e vi o papel de parede: Era eu, Piper, Tyson, Mark e Jason com as pulseirinhas da amizade.

Joguei o meu celular contra a parede com tanta força que o coitado de espatifou todo no chão.

Peguei o travesseiro e o mordi. Gritei até a minha garganta arder, eu já não tinha mais lágrimas, tudo o que saia era pequenos soluços.

Comecei a arranhar o meu braço com força, deixando marcas e pequenos rompimentos na minha pele.

A raiva me consumia de uma maneira inacreditável.

Me deitei na cama e tentei me acalmar. Aos poucos, consegui me controlar. Meus olhos estavam pesados, eu ainda soltavam pequenos soluços.

Me levantei da cama e fui para o banheiro, me despi e tomei um banho bem quente.

Aos poucos, os soluços passaram, a água quente já estava incomodando. Desliguei o chuveiro e sai do banheiro.

Vesti uma camisola de seda branca e me deitei na cama. Me cobri com o edredom e deixei os pensamentos aleatórios virem, controlei as lágrimas que queriam descer, e logo depois consegui domir.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que tenso ein? kkk enfim, mereço reviewns legais e inspiradores? u_u beijinhos meus cupcakes :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Little Luck" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.