My Little Luck escrita por raquelsouza


Capítulo 10
It Will Rain


Notas iniciais do capítulo

Desculpa gente, eu ia postar esse capitulo bem antes, mas a minha mãe não deixou eu mexer no pc esses dias D: Enfim, ele não tem nada de importante, mais achei necessário. Obrigada pelos reviews bbs *-*
Boa Leitura!



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Pov. Percy


Eu já estava trancado no meu quarto já fazia umas duas horas. Eu havia chorando um pouco, estava me achando ridículo. Não havia qualquer possibilidade de eu estar apaixonado por uma garota que eu tinha conhecia apenas há alguns dias, havia?

Peguei o meu celular e liguei para Nico.

– Fala Percy. – Disse ele do outro lado.

– E aí mano, ta ocupado?

– Não, porque?

– Passa aqui em casa então. – Disse me levantando pra ir ao banheiro.

– Beleza, chego em 10 minutos.

Desliguei o celular, joguei-o em cima da cama e entrei no banheiro, me fitei no espelho durante um tempo até que lavei o rosto, peguei uma toalha de mão e o enxuguei.

Fiquei com vontade de ouvir musica, fui até o meu home theater e dei play. Afterlife começou a tocar.

Nico entrou no quarto, e assim que ouviu a musica, sorriu.

– Avenged Sevenfold, muito bom. – Aprovou.

Sorri.

– E aí, o que ta pegando?

Olhei pra ele.

– Por quê?

– Porque parece que você está mal, muito mal.

Sentei na cama e olhei pras minhas mãos.

– Eu estou ficando louco cara, louco. – Suspirei.

Nico pegou a caixa de cd’s e se sentou no chão.

– Descobriu isso sozinho? – Ele disse vendo a capa de um cd.

Dei um empurrão com o meu pé nele.

– É serio Nico, eu estou ficando louco.

Ele pegou um cd dos Guns N’ Roses e ficou olhando.

– Fala tudo. – Pediu ele.

Suspirei duas vezes.

– É possível alguém está gostando de alguém, mesmo que a conheça por pouco tempo? – Coloquei a mão atrás da cabeça.

– Quem é a garota? – Perguntou.

Olhei pra sacada do quarto da Annabeth e a vi saindo do quarto.

– Quer saber, esquece. – Eu disse.

Nico parou de ver os cd’s, ficou me olhando por um tempo, até que se levantou, pegou a caixa e colocou no lugar.

– Qual é cara, fala aí. – Disse ele.

– Não é nada.

Ele sentou na cama e ficou calado.

– Respondendo a sua pergunta, eu acho que é possível sim, estar apaixonado por alguém que conhece há pouco tempo.

– Como você sabe?

–Foi assim que aconteceu comigo e com a Jully, desde a primeira vez que eu a vi. – Olhei para Nico e vi que o olhar dele esta distante. – Eu senti uma atração tão grande por ela... Ela, com aquele jeito engraçado, com aquele jeito de mandona, mas por dentro toda delicada e meiga... – Ele voltou a olhar para mim. – É possível, com certeza.

Sorri vendo a expressão apaixonada dele.

– Mas era pra vocês ficarem juntos, não houve nem um empecilho entre vocês.

Ele me estudou por um momento.

–Ás vezes, precisamos passar por lutas, pra saber se amamos mesmo à pessoa.

– Não faz sentido. – Disse eu gesticulando com a mão. – Porque algumas pessoas têm que sofrer e outras não?

– O amor é complicado meu amigo. – Disse ele batendo no meu ombro. – Não queria entender.

– Tem razão, é muito complicado. – Disse enterrando o rosto nas mãos.

Ficou um silêncio desconfortável ali, até que Nico falou:

– Você está gostando mesmo dela?

Olhei pra ele surpreso.

– Ela?

Nico estreitou os olhos.

– Annabeth cara, você está gostando mesmo dela?

– Como você sabe que é ela?

– Eu te conheço há muito tempo, Percy, desde que éramos pirralhos. – Disse ele sorrindo. – Fala logo, você está mesmo gostando dela?

– Não sei cara. – Eu disse suspirando. – Sinceramente, eu não sei.

Nico sorriu torto pra mim.

– E aí, como estão as coisas na tua casa? – Perguntei.

Nico passou a mão no rosto.

– Ta estranho cara, mamãe e Bianca têm agido de um jeito estranho ultimamente.

Olhei confuso pra ele.

– Como assim?

– Bianca tem ficado mais enjoada, sabe? Ela tem vomitado, ficado tonta, com dor de cabeça, ela ta muito mais irritada do que antes, tem ficado sonolenta também. Minha mãe tem ficado mais preocupada com ela.

– Vocês já a levaram pro médico?

– Já, minha mãe disse que é uma virose, mas eu não sei... Elas estão me escondendo algo.

– Relaxa cara, a Bianca sempre contou tudo pra você.

– É por isso que eu to apreensivo cara, ela ta escondendo algo e não quer me contar. – Disse Nico quase gritando. – E o Henry, ele tem aparecido mais lá em casa.

– É, agora entendo o porquê de você está tão... – Eu disse.

– Espero que ela me conte logo cara. – Disse Nico balançando a cabeça.

Depois disso, eu e Nico ficamos conversando, passamos a tarde jogando videogame e comendo doritos.


Pov. Annabeth

Depois de ver Nico entrar na casa de Percy, alguém tocou a campainha e eu desci pra ver quem era. Abri a porta e vi Bianca.

– Amiga! – Disse ela me abraçando.

– Bia! – Disse sorrindo.

– Eu preciso da sua ajuda. – Disse ela.

– Entra. – Dei passagem pra ela entrar.

Ela entrou e ficou olhando pra mim.

– Podemos ir pro seu quarto?

– Claro.

Subimos as escadas e entramos em meu quarto, peguei uma cadeira e sentei, fiz um gesto pra Bianca se sentar na cama, ela sentou-se e suspirou.

– O que foi? – Perguntei.

Ela suspirou mais uma vez e me fitou.

– Eu não suporto mais. – Disse.

–Não suporta mais o quê?

– Não suporto mais esconder do Nico.

– Você ainda não contou? Porque?

– Eu não sei como contar pra ele. – Disse ela olhando pras próprias mãos. – Contar pra ele é o mesmo que pedir pra contar pro meu pai.

Fiquei pensando por um tempo, ela nunca tinha falando do pai, não sabia se era um assunto delicado ou não, mais resolvi tocar.

– E o seu pai, ele sabe disso? – Perguntei.

Ela me fitou por um tempo.

– Meu pai morreu quando eu tinha seis anos. – Ela disse.

Fiquei pasma, eu não queria invadir a vida dela.

– Bianca, me desculpa... – Eu disse. – Eu não sabia.

Ela sorriu torto pra mim e disse:

– Ele era piloto... – Continuou.

– Realmente, não precisa me contar.

– Mais eu quero. – Ela insistiu. – Ele era piloto de avião, eu achava isso o Maximo... – Ela sorria. – Um dia, ele teve que pilotar de Los Angeles até San Diego. A viajem era curta, mais o tempo estava feio, chovia muito, e havia relâmpagos. Papai não queria esperar, ele entrou no avião e disse que iriam decolar, os passageiros entraram no avião e ele decolou. De repente o avião começou a balançar muito, e um relâmpago atingiu a asa direita do avião, papai fez de tudo pra manter o avião no ar, mais não agüentaria por muito tempo. Até que outro relâmpago atingiu a asa esquerda as hélices pararam de funcionar... – O olhar dela era distante, como se estivesse vivendo isso. – O avião despencou direto pra escuridão e caiu na água. Ele conseguiu se soltar dos cintos de segurança, ele abriu a porta da cabine a tempo de ver as pessoas desesperadas pra sair dali, ele olhou pra porta de emergência e tinha um cara tentando abri-la, ele andou com dificuldade até lá, a água já estava na altura do seu peito, ele ajudou o homem á abrir a porta, e quando conseguiram, foram liberando as pessoas o mais rápido possível, quando ele ia sair, ele viu uma garotinha que não conseguia se soltar, ele nadou até ela e soltou o seu cinto... – Lágrimas corriam nos seus olhos, eu queria que ela parasse de contar, mas de nada adiantaria. – Ele ajudou a garotinha a nadar pra fora do avião, e quando ele ia sair, sua roupa engatou em um banco, e com a força da água, a porta de fechou. Ele acabou morrendo.

Ela agora chorava muito, e eu entendia o porquê de ela ainda não contar que estava grávida ao Nico, ela queria protegê-lo, era nela que Nico se espelhava, e ela não queria desapontá-lo.

Sentei-me perto dela e afaguei-lhe o cabelo.

– Eu não sei o que te dizer. – Falei.

Ela limpou as lágrimas do rosto e me olhou.

– Não precisa dizer nada. – Ela sorriu torto. – Tenho medo de Nico querer matar o meu namorado.

– Porque ele iria matar o seu irmão?

Ela abriu um sorriso largo.

– Quando Henry foi me pedir em namoro pra minha mãe... – Mas eu a interrompi.

– Espera! Ele pediu da sua mãe pra namorar com você? – Eu disse. – Ainda existem homens desse tipo?

Bianca riu.

– Existem! Enfim, voltando a historia. Quando Henry foi me pedir em namoro pra minha mãe, Nico acabou ouvindo e saiu gritando, ele disse que eu era nova pra namorar, que Henry não era o homem certo pra mim. – Eu e ela começamos a rir com essa parte. – Mas depois de um tempo ele acabou cedendo, aceitou o meu namoro com o Henry, mais ele fez uma ameça.

– Que ameaça? – Perguntei.

– Se ele fizesse algo de errado comigo, ele era um homem morto.

Fiquei séria.

– Sério?

Ela assentiu.

– Nico uma vez quebrou a cara de um namoradinho quando ele terminou comigo.

Arregalei os olhos.

– Ai meu Deus! – Eu disse.

– É, Nico é um irmão muito protetor...

– Como é.

Ficamos em silencio por um tempo, fiquei me perguntando se um dia os meus irmãos seriam assim.

– Me conte, porque estava chorando? – Perguntou Bianca.

Olhei surpresa pra ela.

– O quê?

– Tem marca de lágrimas no seu rosto Annabeth, porque estava chorando?

Fiquei olhando pro chão, eu tinha me esquecido do meu problema.

– Eu não sei.

– Não sabe? – Perguntou.

– Em uma hora eu estava feliz, porque Mark estava aqui, mais depois eu vi Percy e um sentimento de culpa me veio á tona, e comecei a chorar. – Falei.

– Confuso. – Ela disse.

– Muito.

Fiquei conversando com Bianca sobre a minha vida em San Francisco a tarde toda, era estanho, mais as coisas saiam naturalmente da minha boca.




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Notas finais do capítulo

Gente, eu estou necessitada de ideias DDD: K mais uma pessoa me deu uma ideia até que legal: E se o Percy se revoltasse com Annabeth e pegasse todas? (Pra fazer ciumes, é claro!) k bem, vou esperar o reviews ok? Ok u_u E uma notícia ruim, acho que vou demorar pra postar dos próximos capitulos, desculpe DDD:
Então é isso, beijos :*



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