Unidos, Mas Em Constante Perigo escrita por Rebecca3


Capítulo 6
Desconfiando


Notas iniciais do capítulo

O título não tá bom, mas... lá vai!



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A loira tirou o chapéu da cabeça e olhou para ele, teve a impressão que o objeto piscara para ela. Depois, olhou para Dumbledore que, novamente, sorria bondosamente. Só agora que percebia que uma das mesas a aplaudia com muita animação. Em cima dela, estava pendurada uma bandeira vermelha com um leão dourado. Na verdade, todos à mesa usavam cachecóis ou gravatas nessas cores. Ela abriu um imenso sorriso quando viu Harry, Hermione e Rony sorrindo e acenando para ela.

Annabeth olhou para os outros quatro amigos que esperavam ser chamados, eles aplaudiam e sorriam para ela.

Ufa, ninguém ouviu o que o chapéu disse.

Rony escorregou no banco, para dar espaço para Annabeth. O bruxo acabara de notar como a nova amiga era bonita, os cabelos loiros e encaracolados balançando levemente, os olhos cinzentos que pareciam um nevoeiro, sua expressão de maturidade e inteligência e o sorrisinho que tinha nos lábios rosados...

_ Legal, Annabeth! - Harry disse. - Que bom que veio para cá. A Grifinória é o lugar das pessoas corajosas e ousadas. A Corvinal dos mais inteligentes e muitas meninas bonitas vão para lá também, mas não estou dizendo que você não seja bonita e inteligente. - Harry apressou-se a dizer. Annabeth sorriu, para mostrar que estava tudo bem. -  Por exemplo, Hermione é a bruxa mais inteligente da nossa idade, ela é bonita também, e está aqui.

A bruxa sorriu para Harry.

_ Enfim, - Rony interrompeu. - existem também a Lufa-Lufa, casa dos mais doces e que acolhe a todos, e a Sonserina, a pior das casas. Todos, todos, os maiores bruxos das trevas vieram de lá. Eles só aceitam sangues-puros e os alunos de lá chamam todos os nascidos trouxas de sangues-ruins.

Annabeth entendeu que trouxas eram não-bruxos e, definitivamente, não gostou da casa Sonserina. Deu uma olhada para a mesa, que tinha a bandeira de uma serpente nas cores verde e prata, e fuzilou os alunos de lá com o olhar, tão displicentes e arrogantes. Foi aí que viu. Um loiro de rosto fino a encarava com um sorriso malicioso.

_ Quem é aquele idiota? - a garota falou, apontando para o loiro.

_ Draco Malfoy.- Rony disse. - Ele é sangue-puro e por isso acha que pode chamar os outros de sangue-ruins. Ele me chama de traidor-do-sangue por que eu sou sangue puro, não chamo ninguém de coisas horríveis e gosto de trouxas!

_ Olha, eu sou nascida trouxa e ele me chamar de sangue-ruim não é nada.- Hermione disse. - Ele é apenas um verme podre e que merece ser achatado, mas, falando assim, Rony, você só da corda para ele.

O ruivo bufou.

_ Aquele projeto de Comensal da Morte. - Rony balbuciou, só Annabeth ouviu. - Eu ri demais quando mandaram o pai dele para Azkaban.

Mais aplausos, Nico e Thalia apareceram do lado de Annabeth.

_ Ele me perguntou o que nós cinco somos. - Nico sussurrou para a loira. - Você ouviu?

_ Não. Ele me disse que tinha certeza de que eu não era uma bruxa. - Annabeth respondeu, no mesmo tom de voz. - Acho que a gente só o ouve quando ele está em nossa cabeça.

_ Espero que ele não conte para ninguém. - Thalia completou. - Ele me perguntou isso também, mas acho que já descobriu o que somos.

Os três olharam para o chapéu que anunciava que Percy era da Grifinória também.

_ O chapéu... - Percy balbuciou, sentando ao lado de Harry e de frente para a filha de Atena.

_ Sabemos. - Nico interrompeu. - Ele nos perguntou também.

_ Mas ele não me perguntou nada. - o garoto sussurrou. - O chapéu disse: Já sei de tudo, semideus.

Logo, Travis se juntou a eles.

_ Aquele chapéu me disse que não vai contar pra ninguém, nem nos impedir.

Os cinco suspiraram aliviados, eles olharam para os bruxos, que estavam distraídos, conversando com uma ruiva, um garoto de rosto redondo e outro garoto negro.

_ E aí? - Travis se dirigiu à ruiva e ganhou um olhar fulminante de Rony e de Harry.

_ Tudo bom? - a ruiva sorriu. - Meu nome é Gina Weasley. - ela estendeu a mão e Travis apertou-a dizendo: Travis. Travis Stoll. - Esses são Neville Longbottom - ela apontou para o garoto de rosto redondo. - e Dino Thomas, meu ex-namorado. - apontou para o garoto de pele bronzeada.

_ Gina, - Harry disse. - Esses são os novatos: Thalia, Nico, Percy e Annabeth.

_ Que o banquete se inicie! - eles ouviram a voz de Dumbledore ressonar pelo salão.

Na frente de cinco semideuses perplexos surgiram pratos e talheres dourados, taças cintilantes, perus assados, couve, pudim de carne, estrogonofe, peixe, taças de suco de abóbora e muito mais.

Todos os bruxos e os semideuses devoraram vorazmente a comida e, meia hora depois, os pratos sujos sumiram, dando lugar a pratos limpos e brilhantes. A sobremesa surgiu: pudim de leite condessado, bolo de caldeirão, sapos de chocolate, feijõezinhos de todos os sabores e muitos outros pratos.

Percy pegou um feijãozinho de meleca e quase vomitou, fazendo todos rirem. Nico também quase o fez quando comeu um de perna de bicho-papão.

Annabeth e Hermione eram as únicas que não estavam totalmente focadas em sua comida. A loira percebera que Dino e Gina eram os outros dois que iriam acompanha-los na viagem para a Academia dos Deuses. Já a morena se perguntava se os cinco novos amigos eram bruxos mesmo, pois ela ouvira um fragmento da conversa deles: Ele me perguntou o que nós cinco somos, Nico havia dito. Sem contar que eles não sabiam nada do mundo bruxo, alegando serem brasileiros.

Depois do jantar, eles subiram para a Torre da Grifinória. Onde a mulher gorda tentava cantar uma ópera usando sua voz aguda, sem muito sucesso.

_ Elfos azuis. - Harry a interrompeu.

_ Eu estava no meio da minha música, Sr. Potter! - a mulher gorda gritou.

_ Ok, ok. - o bruxo disse. - Agora, nos deixe entrar.

Fazendo um último muxoxo, a mulher gorda girou para deixa-los entrar.

_ Legal. - Annabeth disse quando entraram na Sala Comunal.

A lareira estava acessa e a sala estava lotada de alunos.

Neville não subira com eles, o garoto fora para as estufas.

Harry, Rony, Hermione, Gina e Dino se sentaram no chão, defronte para os cinco semideuses. Harry ficava olhando, vidrado, para Gina. Ele sabia que gostava dela, mas ela era irmã de Rony... E ficava assim, naquele conflito interno.

Eles ficaram conversando até altas horas e, quando viram, os dez estavam sozinhos na sala.

_ Vou ir dormir. - Annabeth disse, se levantando.

Ela, agora, dividia o quarto com Thalia, Hermione e outras duas garotas que não conhecia.

_ Boa noite. - Rony disse, bobamente, ganhando assim outro olhar fuzilador de Hermione.

Annabeth apenas acenou para eles.

_ Vou também. - Thalia percebeu que a amiga estava armando e deu a dica para os outros semideuses com uma piscadela.

_ É, vamos também, né, Travis, Percy? - Nico perguntou.

_ Pode ser. - Travis disse, se levantando.

_ Por quê? - Percy perguntou tolamente. - Não estou com sono, Nico!

Os dois semideuses, discretamente, chutaram a canela do filho de Poseidon.

_ É. - Percy disse, os olhos se enchendo de lágrimas por causa da dor. -  Vamos dormir. Boa noite.

Os semideuses acenaram e saíram da sala.


Enquanto isso, Annabeth entrava no banheiro e jogava um dracma na água.

_ Percy. - ela murmurou.

Thalia ficou de vigia, as outras companheiras das duas dormiam e Hermione ainda estava na Sala Comunal, mas, se acordassem ou a outra bruxa chegasse, a filha de Zeus ficou de inventar alguma coisa.

Percy, Nico e Travis dividiam, sozinhos, um quarto. Por isso, quando o rosto de Annabeth apareceu na pia do banheiro, chamando pelo filho de Poseidon, os três correram direto para lá.

_ Oi? - Percy disse.

_ Tenho que ser rápida, ok? - Annabeth informou. - Quando estávamos chegando em Hogwarts, vi, nos jardins, uma casa, ao lado de uma floresta. A Floresta Proibida.

_ A que nós somos PROIBIDOS de entrar? - Nico perguntou. - Acho que deve ter um bom motivo para ela ser proibida, concordam?

_ Deixa de ser medroso, Nico! - Percy e Travis disseram, ao mesmo tempo.

_ É mesmo, Nico. - Annabeth concordou. - Mais coragem, garoto! Você é um homem ou um rato?

_ Nem um dos dois. Sou um semideus.

_ Tanto faz. - a loira disse. - Enfim, nós não vamos entrar na floresta proibida, pelo menos não agora. Ainda está muito cedo para sermos expulsos. Amanhã bem cedo, na hora do café, vamos nos encontrar na frente daquela casa. Eu sei que alguém mora ali, pois vi fumaça saindo da chaminé, mas é provável que a pessoa não esteja lá. Então, vamos ficar por ali. NA FRENTE DA CASA, NÃO DENTRO DELA, OUVIU, PERCY?

_ Ah, sim. Ouvi, Sabidinha. - Percy disse com uma nota de irritação na voz.

_ Ótimo, Cabeça de Algas. - a loira sorria. - Muito bem. Tenho que sair. Boa noite para vocês!

A imagem de Percy, Travis e Nico tremeluziu e Annabeth passou na mão na água, apagando-a de vez.

A loira saiu do banheiro, contou o combinado a Thalia, que já estava praticamente dormido, e deitou-se, não para dormir.


Na Sala Comunal, Dino e Gina já tinham ido para seus quartos. Hermione segurou Harry e Rony na sala para conversar com eles.

_ Vocês não acharam nossos cinco novos amigos meio estranhos? - ela perguntou baixinho.

Harry assentiu, mas Rony ficou parado. Hermione continuou:

_ O chapéu perguntou para Nico o que os cinco eram.

_ Como sabe? - Rony perguntou, irritado.

_ Ouvi o próprio Nico dizendo. - Hermione rebateu. - Além de quê eles não sabem nada sobre magia!

_ Verdade. - Harry concordou. - Eles me disseram que não me conheciam e que nem conheciam Voldemort!

Rony lançou um olhar irritado para Harry:

_ Não diga o nome dele!

Hermione e Harry o ignoraram.

_ Mas isso é uma pista importante, Harry! - a bruxa exclamou. - Eu li que no Brasil eles têm o maior movimento Anti-Voldemort do mundo! Quero dizer, o ministério de lá avisou todo mundo sobre a volta dele e foi o primeiro a acreditar totalmente em você. Nas escolas de bruxaria, eles estão ensinando Defesa Contra as Artes das Trevas de altíssimo nível e criaram uma aula só para debater os seus feitos, Harry.

_ Sério?

_ Sério. - ela respondeu e deu um pequeno sorriso. - O meu nome e o do Rony sempre estão presente nesses debates.

O ruivo não disse nada. Harry e Hermione começaram a ficar preocupados.

_ Temos de espioná-los. - Hermione concluiu. - Sei que tem algo errado.

_ Não. - Rony falou. - Acho que você só está com inveja da Annabeth.

_ O QUÊ??? - Harry e Hermione estavam perplexos, de onde Rony tirara isso?

_ Isso mesmo! - Rony se levantou.

_ Da Annabeth? - Hermione perguntou, se levantando também.

_ É, da Annabeth. Você está com inveja porque ela parece ser muito mais inteligente, muito mais sociável e é muito mais bonita.

E, dizendo isso, ele saiu, pisando forte.

_ Hermione...- Harry chamou, ele estava com medo de ela começar a chorar.

A bruxa enxugou os olhos com as costas da mão.

_ Acho que o Rony só falou isso... porque ele gosta da Annabeth.

_ Claro que não, Hermione. Ele só queria te causar ciúmes. Deu pra ver.

Ela enxugou as lágrimas que começavam a escorrer.

_ Vamos esquecer o Rony, tá? - Hermione pediu. - Teve alguma visão da mente de Voldemort ultimamente?

_ Pensei que não gostasse que eu fizesse isso.

_ Eu tenho que admitir que isso é bem útil. - Hermione riu. - Mas ainda não gosto que você use essa conexão, te põe em perigo. Enfim, teve ou não?

_ Tive. - Harry assentiu. - Tinha tudo a ver com eles, mas não acho que eles sejam espiões ou algo do tipo. Acho que Voldemort está procurando por eles. Ele e um tal de Cronos estão procurando-os.

_ Cronos? - Hermione perguntou.

_ É. - Harry assentiu tenebroso. - O titã do tempo. Quando eu disse isso, os cinco se assustaram. Perguntei, então, se eles acreditavam em Mitologia Grega.

_ E?

_ Eles assentiram fielmente e decididamente.


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Notas finais do capítulo

Outro capítulo! O segundo hoje! Vamos ver se eu consigo fazer um terceiro.
Rewiens, por favor!



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