O Desafio do Rei escrita por Thiago Bio


Capítulo 8
Uma festa de aniversário maluca




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Quando o trio chegou no lado Leste, não encontraram Aarc perto da maior macieira daquela área, e sim uma garota de cabelos ruivos, poucas sardas no rosto, usava um vestido azul cobalto, havia um colar com uma pequena esfera rosa púrpura pendurado no pescoço. Ao seu lado havia uma bolsa decorada com flores vermelha Ela estava sentada sob a macieira lendo um livro grosso.

- Olá! – a garota falou. – Vocês devem ser Dan, Natalie e Jonah, não é verdade?

- Sim – Natalie respondeu. – E quem seria você?

- Sou Júlia. Acho que sei onde está Aarcuus.

Como essa garota sabe os nossos nomes e o que estamos fazendo? Dan perguntava em sua mente.

- Aarcuus deve estar naquele moinho – Júlia apontou para uma pequena casa, com telhado de palha, paredes de concreto e uma portinha na frente.

Ela marcou a página do livro, depois o fechou. Dan reconheceu o livro da biblioteca do chalé 2. Chamava-se “Videntidade na vidência”. Júlia colocou o livro em sua bolsa e pediu para os três amigos esperarem onde estavam. Depois saiu correndo em direção ao moinho.

Passaram-se dois minutos e Júlia abriu a porta do moinho e gritou:

- Por favor, Natalie e Jonah venham aqui.

Natalie e Jonah foram até o moinho. Dan queria saber por que ele tinha sido deixado de lado. Depois de uns dez segundos, Júlia apareceu novamente do lado de fora do moinho e chamou Dan para entrara no moinho.

Ela entrou de volta quando Dan estava na metade do caminho. Chegou a portinha e abriu-a. Dentro do moinho estava muito escuro para ele distinguir alguma coisa lá dentro. De repente, o lugar iluminou-se inteirinho:

- Feliz Aniversário! – umas cinquenta pessoas gritaram.

Só depois destas duas palavras que Dan lembrou que era seu décimo segundo aniversário. Dentro do moinho Dan encontrou alguns conhecidos do reino como Deiphontes, Aarc, Will, Hector, Radley, Hollie, Gammy, Rocci, Isabel e é claro Natalie, Jonah e Júlia que haviam acabado de entrar. Mas havia também muita gente que Dan ainda não conhecia.

O lugar parecia ser maior do que olhando por fora. No centro havia uma grande mesa quadrada com um tecido da cor verde folha cobrindo-a. Sobre a mesa havia, um bolo branco e glacê da cor de ouro. Havia brigadeiro laranja claro, bala de goma cinza, pirulitos amarelos e roxos. Uma pilha de pratos com decorações de reis, rainhas, príncipes e princesas na borda estavam no canto direito da mesa e do lado do canto esquerdo estavam garfos, facas e colheres de prata.

Dan ganhou de Jonah o segundo livro da coleção o Senhor dos Desafios, de Natalie um álbum de fotos, inserido na capa havia fotos dos três amigos e o presente que mais o intrigou foi o de Deiphontes e Aarcuus: era um livro de magia e um cajado, com raízes em volta dele e um orbe amarelo com uma pequena névoa dentro dele.

- Achei que magia era extremamente proibido aqui no reino – Dan falou.

- Isto é uma ajudazinha para sua missão, garoto – Deiphontes respondeu a Dan. – Acho que vou pegar um pedaço daquele bolo.

Deiphontes saiu e foi pegar o que desejava. Depois Aarc falou:

- Acho que você gostaria de saber por que magia é proibida no Castelo Rhadamanthys – Dan assentiu e Aarc continuou. – Em um dia de inverno, quando magia ainda não era proibida no reino, um garoto estrangeiro teve a ideia de produzir um pouco de fogo para aquecer-se. Ele conseguiu produzir uma pequena chama com as mãos. Mas em um momento que ele não esperava, o fogou se espalhou e incendiou o chalé treze, conhecido como Chalé Magicamente Mágico. Por sorte não aconteceu nada com ninguém.

Dan entendeu a causa de não poder ter magia no Castelo Rhadamanthys. De repente ouviram um barulho de algo caindo no chão seguido de um grito feminino no fundo do moinho. Todas as pessoas foram ao lugar de onde veio o barulho.

Júlia estava caída no chão com os olhos fechados. Deiphontes abriu caminho entra as pessoas. Quando ele chegou à frente de todos Júlia ergueu-se no ar. Seus cabelos flutuavam, como se naquele lugar ouve-se gravidade. O vestido azul cobalto girava sem parar. A bolsa, que estava presa a seu ombro antes de ela desmaiar, ergueu-se mais alto que a garota e começou a lançar as coisas de dentro para todos os lados. O livro “Videntidade na vidência” quase acertou o rosto de Dan.

Deiphontes pediu para Will, Aarcuus, Hector e Radley levantarem suas armas. Will levantou um cajado, Aarcuus levantou uma espada, Hector levantou um pedaço de madeira fino e Radley levantou uma flecha com uma pedra triangular na ponta.

De repente os olhos de Júlia abriram e Dan percebeu que eles estavam totalmente brancos. Logo em seguida, foi a vez da boca de Júlia abrir-se. Com uma voz grossa e rouca ela começou a recitar algo:

Em sete dias o mundo acabará.

Uma ameaça virá.

Não tentem derrotar,

O que vão encontrar.

Procurem o capitão.

Porque na ilha deverão,

Dois homens e uma mulher.

O mago combater.

Achem o morro marrom,

Junto à dinastia Rom.

Juntem-se ao guardião,

Para irem com atenção.

Derrotem um gigante,

Em uma aventura emocionante.

Em um final nem um pouco romântico,

Atravessarão o Atlântico.

Em uma prisão,

Perto do Japão.

As aventuras terminarão,

Com uma grande revolução.

Quando Júlia terminou de recitar, seus olhos fecharam-se novamente. Seus cabelos caíram sobre os ombros. O vestido parou de girar loucamente e a garota caiu novamente no chão.

- Vizail e Essisti, venham aqui agora – Deiphontes ordenou. No mesmo instante um garoto e uma garota louros apareceram, usando um conjunto de roupas cor de areia. – Quero que vocês levem Júlia para a Enfermaria rapidamente.

Os dois jovens carregaram Júlia e saíram do moinho. Logo em seguida Deiphontes pediu para todos irem para seus chalés. Quando Dan, Natalie e Jonah estavam na portinha do moinho Deiphontes falou:

- Por favor, preciso falar com vocês.

Ele pegou cinco cadeiras já que Aarc não tinha saído por ordens de Deiphontes. Pediu para todos sentarem. Quando todos se acomodaram Jonah perguntou:

- Isto já aconteceu alguma vez?

- Esta é a segunda vez que acontece isto – Deiphontes respondeu. – gostaria que vocês fossem para a missão logo. Porque pelo que percebi, vocês só terão o prazo de sete dias.

Aarcuus entregou um papel que ele mesmo escreveu com os dizeres de Júlia a alguns minutos atrás. Depois Deiphontes liberou os outros quatro e eles respeitaram-no.


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