Façam Suas Apostas... escrita por Juliet


Capítulo 6
5º Agonia.


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa a demora, meu pc estragou e demorou pro meu pai buscar no concerto então lá vai e claro comentem depois.



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Bati minha caneta insistentemente na mesa olhando pra minha redação que só continha duas coisas “Nome” e “Isabella” geralmente eu era muito competente com minhas atividades mais agora eu só conseguia pensar em duas coisas “Edward” e “no que eu estava me tornando”.

Ângela uma garota estranha com o cabelo em uma progressiva mal feita estava me olhando feio. Parei de bater a caneta e olhei pra frente minhas botas machucando meus pés e fungando e pensando em coisas desconectas.

Meu celular vibrou em meu bolso mais eu não liguei sinceramente eu estava mais preocupada com os sentimentos de alguém que eu pretendia ferir, mais algo naquela historia parecia errada eu estava triste demais em magoar alguém que realmente não estava se importando com os meus sentimentos. Me lembrei de James e eu gemi de frustação ele estava me paquerando a uma semana e eu estava fugindo dele.

Foi pensar em fugir que minha mente voltou pra maldita redação que eu tanto amava. Pensei com ironia. “Um assunto?” pensei olhando em volta e encarando meu professor corrigindo umas provas e bufei cruzando os braços. “Escreva sobre sua historia e de Edward” pensei mais a única coisa que saiu de mim foi uma risadinha. “Que historia?”

Meu celular vibrou novamente e eu o tirei rapidamente do bolso, mais antes coloquei meu estojo em frente não queria que o Sr. Berry acabasse por tira-lo de mim. Duas ligações de Alice. Ela devia estar desesperada pra tentar ligar pra mim.

Eu e Alice havíamos discutido há alguns dias atrás, ela estava brava por eu ignorar tanto Edward, ela disse que estava com pena dele. E pra ser sincera eu também estava, eu o evitei de todas as formas possíveis.

Convites pra sair...Eu recusei, trabalhos em dupla, almoços no refeitório e sempre que ele vinha falar comigo as únicas coisas que eu falava eram “Huum” “Aham” “Ok” e isso estava me agoniando.

Sem falar que amanha era o sexta-feira o ultimo dia de aula...Os professores entrariam em um tipo de conselho de classe. Onde falariam dos alunos e suas notar finais. Faltava 3 meses pra o fim... a formatura. Eu iria para California.

O sinal bateu e eu olhei minha redação apavorada.

- Alunos as redações poderão ser entregues no próxima semana. – ele olhou pro relógio. – boa semana pra vocês.

Joguei meus matérias dentro da mochila de qualquer forma e corri pro estacionamento meu celular vibrou e eu o atendi.

- Alô? – perguntei jogando a bolsa no carro e olhando pros lados vendo se James estava no meu caminho.

- Filha? – a voz da minha mãe soou preocupada. Revirei os olhos.

- que é? – falei rude outra pessoa que eu havia brigado. Na verdade parecia que as pessoas que eu amava estavam se afastando de mim.

- seu pai ligou. – senti um frio na espinha por ouvi isso.  – ele quer que você va esta semana pra lá.

- não vou eu já disse. – falei ainda sem ligar o carro, mais eu estava com medo de James acabar me achando.

Pensar seu nome foi como o chamar alguém bateu em meu vidro virei dando de cara com um par de olhos verdes me encarando com seu cenho franzido.

- mãe depois te ligo. – desliguei antes que ela falasse alguma coisa e baixei o vidro.

- Isabella se importa de me dar carona. – perguntou quase fazendo um beicinho, como sempre que ele falava algo, algo na minha barriga se mexeu olhei seria pra ele antes de responder.

-ok mais entra logo. – ele deu a volta no carro entrando no carona com sua mochila no colo liguei meu carro. – onde você mora? – perguntei quando saiamos do estacionamento da escola.

- posso dirigir? – perguntou sem me olhar. E eu parei o carro rindo e subindo no seu colo sem maldade.

- vai. – falei olhando pra ele sem nem um tipo de intenção ele estava imóvel me encarando com os olhos arregalados. Edward estava com vergonha?

- a-a onde? – perguntou gaguejando e eu senti meus olhos arderem.

- por outro banco. – me ergui e ele passou com muita dificuldade pro outro acendo liguei o som estava tocando  Jar of Hearts. Fiquei quieta sem olha-lo.

A uma semana atrás eu era a Bella, garota que não se preocupava com a aparecia, eu tinha minhas amigas e com isso eu não me preocupava tinha minhas notas boas e eu não tinha um namorado eu tinha um ideal. E este ideal era o menino que agora estava dirigindo meu carro.

Sorri da ironia das coisas. Este ideal, estava brincando com meus sentimentos ele não estava ligando se ia me machucar ou algo parecido ele estava preocupado em ficar com Victoria.

Mais hoje eu era diferente de tudo que eu já fui. Eu me sentia mais determinada e eu tinha atenção de todos que um dia eu quis. E no que isso tinha me adiantado? Eu estava sofrendo mais do que nunca.

- no que esta pensando? – perguntou Edward e eu o encarei sem vontade.

- no como eu sou infeliz. – ele me encarou surpreso.

- como assim? Te vejo sorrindo a manha toda. – suas bochechas assumiram um tom vermelho sangue seu casaco preto dando contraste e eu sorri com sua revelação resolvi deixar o meu ataque de lado. Eu ia ser quem eu era só a Bella a antiga Bella. Percebi que eu estava sendo talvez dura demais com ele. Me celular vibrou. Peguei ele o atendendo era Alice.

- Ali? – perguntei sussurrando Edward abaixou o som do carro parecia tão natural.

- Bella... Me desculpa. – disse e eu sorri quem devia as desculpas era eu. – fui uma idiota eu não sei o que é ser vitima de uma aposta ele deve ser um idiota mesmo...

- Alice você estava certa... – falei sem encarar Edward mais senti seus olhos na minha pele. – as pessoas erram não é? E eu acho que estou sendo dura demais...

- Bella, ele ta diferente... por favor não se magoa mais. – funguei lembrando do meu pai. – ta chorando? – perguntou.

- não é só gripe. – menti sem encarar Edward ele ainda devia estar me olhando. – Alice depois falamos estou meio enrolada aqui ta? Beijos. – ouvi ela murmurar beijos e desliguei.

- você estava quase chorando posso saber o motivo? – perguntou e eu olhei pra fora.

- meu pai. – disse aumentando o som do carro de novo.

- e por quê? – continuou.

- é uma longa... – ele me interrompeu.

- posso ouvir temos tempo... apesar de estarmos chegando em casa mais... você pode entrar... se quiser. – fiquei o encarando durante alguns segundo.

- tudo bem lá eu conto. – seus olhos brilharam.

Não demoramos muito a chegar em sua casa que era muito linda ele estacionou o meu carro em frente e abriu a porta pra mim quando entramos nos sentamos no sofá e ele escorou a cabeça no encosto do sofá me olhando.

- pode começar. – murmurou. Sem olha-lo fiquei encarando a tv que estava desligada.

- foi quando eu tinha 11 anos, minha mãe e meu pai eram casados ainda... Meu pai não ia muito pra casa e quando ia eu estava dormindo... ele saia muito cedo e voltava muito tarde e minha mãe não tinha tempo com ele... Depois de um tempo minha mãe ficou desconfiada ele viajava muito e não passava os finais de semana em casa. – fiz um pausa e ele sorriu tristemente.

- ele foi embora. – falei raspando o esmalte da minha unha com a outra. – ele estava saindo com outra mulher então foi pra Madri e agora ele quer que eu passe um tempo com ele... depois de 7 anos sem me ligar... Sem um oi, ele acha que tem o direito de me mandar ir pra lá.

- você vai? – falou olhando pra baixo.

- acho que não... – murmurei. – eu não posso deixar meu amigos aqui.

- Isabella... – sorri.

- não, Bella. – o corrigi ele franziu o cenho.

- mais.. – o cortei.

- você pode me chamar de Bella, é que meu gênio é difícil e as vezes eu sou um pouco grossa. – ele olhou pra tv que não estava ligada.

- eu não entendi. – murmurou e eu o fitei confusa.

- como assim? – perguntei e ele pegou o controle da tv sem liga-la.

- você era diferente de todas as meninas, você não ligava pra aparências e isso eu acho legal eu comecei a achar você bonita daquela forma... Claro que você agora esta mais linda mais eu... – ele pegou minha mão olhando meu anel e depois me olhando profundamente. – pode parecer que não, mais eu te achava perfeita, você era delicada e não estava ali pra chamar a atenção dos outros so precisava ter o que tinha.

Soltei minha mão dele olhando novamente e agora um pouco chateada.

- ai esta o problema... parece que eu tenho tudo mais eu não tenho nada... Você quer que eu seja de uma forma, minha mãe e amiga de outra e eu não sei o que fazer ou o que ser.

- você tem que ser você. – me olhou serio. – sendo irônica, grossa e a mais bonita não te deixou mais feliz. Ter quase todos os garotos babando por você também não te ajudou você é tímida não gosta de atenção.

Franzi o cenho confusa Edward parecia me conhecer mais do que eu mesma, ele parecia ter razão em tudo o que dizia apesar de eu não querer admitir.

- como ? – perguntei e ele se levantou sentando no mesa de centro na minha frente segurando as minhas mãos.

- eu fiz coisa envolvendo você que eu não me orgulho... – parei de respirar achando que ele ia falar da aposta. – mais eu me arrependo e sinceramente eu adoro você. – ele sorriu. – eu adoro o jeito que você era mais agora eu não sei quem você é, e eu to totalmente confuso. Gosto da aparência da Isabella mais as atitudes da Bella te deixam mais bonita.

- como assim? – perguntei.

- eu não sei to confuso demais. – falou se levantando e passando a mãos no cabelo. Me levantei quase correndo pra ir embora. – onde vai? – perguntou.

- pra casa. – falei abrindo a porta sua mão parou em meu braço me puxando pra mais perto. Seu rosto tava tão perto do meu suspirei pesado como se meu corpo tivesse se derretido com o seu aperto.

- por quê? – perguntou, eu estava tão encantada com seu olhar.

- porque eu estou confusa por favor me solta. – murmurei meus olhos fechados eu tinha que me manter coerente.

- mais eu...

- ME SOLTA. – Falei alto me livrando do seu aperto e correndo pro meu carro.

Bufei inconformada quando entrei no meu carro, Edward era um idiota ele me trouxe aqui pra casa olhei em volta um pouco perdida como eu ia voltar pra casa abri o porta luvas e peguei o GPS colocando meu endereço.

Pensei o caminho todo sobre o que Edward tinha dito. Pra ser bem sincera eu não tinha entendido mais eu estava com medo de entender porque estava com medo de me envolver.

Peguei minha bolsa e desci do carro a casa estava com as luzes acessas sinal de que minha mãe estava em casa. Entrei olhando em volta.

- Bella? – sua voz me chamou e eu fui pra sala, ela estava sentada no sofá olhando uma revista com seu óculos. – onde você estava? – perguntou. – já era pra estar em casa já faz quase uma hora.

Revirei meus olhos jogando a minha bolsa no sofá e me sentando.

- fui levar meu amigo em casa... – ela estreitou os olhos.

- amigo ou namorado? – perguntou irônica.

- amigo e se fosse namorado não é da sua conta. – me levantei e ela também. – eu não sou uma criança descido o que eu faço sozinha isso não cola comigo.

- e nem sua atitude mocinha. Você acha que esconde as coisas de mim? Com seu comportamento? As ironias e deboches o que aconteceu com você?

- eu cresci. – as respostas pareciam estar na ponta da língua.

- cresceu? Você ainda é minha criança! Briga comigo, com as suas amigas e amigos eu não sei no que se tornou.

- eu... – eu não tinha resposta pra isso sinceramente eu não tinha.

Meus olhos encheram de água, eu iria chorar coisa que de uns dias pra cá eu não queria fazer de jeito nem um. Eu estava preocupada com roupas, ironias e até meu peso tudo estava virando um problema pra mim eu sempre fui pacífica.

- Filha, eu não vou discutir sobre isso... Seu pai ligou e quer que você retorne ele quer saber sobre a viajem.

- eu não vou. – falei irritada. – não quero! Eu to de saco cheio disto... Ele some durante anos e vivi a vida dele agora ele pensa o que? que agora que ele viveu a vida que ele queria resolveu que quer ter uma filha de novo? – berrei – eu não sou uma boneca mãe eu não sou conduzida pelo dinheiro dele.

- a situação é diferente...

- que é? – xinguei indo em direção a escada e parando nos primeiro degrais. – vai defende-lo? Ele te traiu na cara dura! Enquanto você esperava por ele, ele se esfregava com uma vagabunda.

- CHEGA ISABELLA. – minha mãe gritou me silenciando. – Chega, para de agir como uma criança de 7 anos seu pai quer passar um tempo com você, qual é o problema?

- o problema são vocês, mais que merda. – falei subindo as escadas e batendo a porta do meu quarto a cadeando.  – ARGHHH. – berrei com vontade de chutar a porta.

Parecia tudo tão errado, tudo tão estranho meus olhos estavam vermelhos e meu dia parecia cada vez pior. Eu estava sentindo ódio, ódio por Victoria, por Edward pela minha mãe e meu pai que queria se meter na minha vida. Eu estava com a razão, eu tinha que estar com a razão ele foi embora ele me abandonou e eu não queria me aproximar e me machucar de novo. Me deitei na cama tentando me acalmar.

Depois de alguns minutos meu acesso de raiva passou e eu me levantei com a cabeça doendo, resolvi então tomar algum remédio e desci as escadas sem fazer barulho e ouvi minha mãe ao telefone.

- Charlie, não posso força-la a ir... Eu sei, sei que você quer passar um tempo com ela mais ela não quer aceite... você vai ter que aceitar que não vai mais vê-la...sinto muito Charlie, e os exames? – meu coração parou meu pai estava doente? – e o tratamento? Como assim não tem razão? Sua filha é a razão... – ela fez uma pausa. – Charlie por nos... tudo bem adeus.

Vi minha mãe se deitar e colocar o travesseiro sobre a cabeça, ela estava chorando, chorando pelo meu pai. Naquele momento eu senti vergonha do que eu tinha feito, mais o sentimento de egoísmo era maior eu não queria sair de Forks não agora...


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam?? Beijos



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