Stefan

O corvo se chocou com o alto de um carvalho imenso e a minha cabeça se voltou rapidamente por reflexo. Quando vi que era só um pássaro, relaxei.

Fui rapidamente correndo pela floresta, há procura de algum animal, e senti um cheiro de uma mantilha de coelhos e fui até lá e me alimentei, lambi meus lábios para não deixar qualquer vestígio de sangue neles.

Voltei á pensão onde me instalei, fui para meu quarto, e me deitei na cama, e adormeci.

Bella

Acordei com o despertador tocando, me levantei da cama, e á arrumei, fui me arrumar, botei a minha inseparável calça dins e uma blusa com manga, azul fraca e botei o meu all-star e peguei um casaco leve, se por acaso ficasse frio.

Desci e fui até a cozinha e vi Gabby pronta tomando café.

– Bom dia gente. – eu disse tentando aparecer animada.

– Bom dia Bella, dormiu bem? – perguntou.

– Sim com um anjo. – acho que exagerei agora.

– Que bom. – disse Fabíola.

Então Gabby olhou para mim e perguntou:

– Está animada hoje? – perguntou-me Gabby.

– Sim. – apenas respondi. – Hann! Eu vou dar uma volta Ok? – disse a Gabby.

– Ok, mas não demore.

Saí da casa e resolvi da uma volta nas redondezas, para me familiarizar com a vizinhança.

Fui caminhando e vi um cemitério, eu não me familiarizava muito bem com cemitério, mas mesmo assim eu iria.

Me sentei perto de uma lápide e comecei a escrever...

Querido Diário,

Consegui sobreviver mais um dia.Devo ter dito “estou bem,obrigada” umas trinta e sete vezes e não foi verdade em nenhuma delas.

Mas ninguém percebeu.

Quando alguém pergunta como você está, não querem saber a resposta.”

(.......)

Terminei de escrever, minha cabeça virava de um lado para o outro.

Não sei quanto tempo se passou, mas senti que o clima mudou rapidamente, mas não consegui identificá-lo.

Virei para frente e vi que havia um corvo negro em cima de uma lápide, que parecia me encarar.

– Certo! Oi pássaro.

Ele pareceu me responder emitindo um som característico dos corvos.

“Ok! Isso não foi estranho”

Então, como num filme de terror, neblina, uma nuvem de fumaça negra começou a me envolver. E algo em meu cérebro me dizia para sair dali rapidamente, pois havia perigo por ali.

Então me levantei rapidamente e saí correndo dali, o mais rápido possível.

Assim que cruzei os portões de saída do cemitério, me permiti dar uma última olhada para trás. Eu podia jurar que alguém estava me perseguindo.

De uma coisa eu estava certa:

Ou eu estava ficando maluca ou Mystic Falls guardava mais segredos que eu poderia supor.

E essas contestações me deixaram atônita.Tudo o que eu queria e precisava era de uma cidade normal,com pessoas normais de preferência.

Estava tão apavorada que nem percebi que estava sozinha.

– Você está bem? – Meu coração praticamente parou quando ouvi aquela voz. E o susto foi tão grande que rapidamente botei minha mão ao meu peito e arfei por alguns instantes. Finalmente olhei para o dono da voz. Era alto, moreno, de olhos verdes, e principalmente bonito.

Ele pareceu perceber minha aflição. Estava tão nítida assim?

Ele repetiu a pergunta.

– Você está bem?

– Está me seguindo? – só depois de dizer isto eu pude perceber como eu fora rude. Eu fui indelicada com o rapaz desconhecido.

– Não, só vi você saindo assustada do cemitério e fiquei preocupado. – ele disse meio constrangido.

Resolvi ser simpática. Precisava tirar a má impressão que causei.

– Certo. Estava por coincidência passeando pelo cemitério. – disse sorrindo. Ok, ele devia achar que sou alguma maluca.

– Estou visitando. Tenho família aqui. – Aquilo me pegou de surpresa.

– Oh! Que indelicadeza a minha. Me desculpe.É....essa neblina que está me deixando confusa... e agora a pouco apareceu um pássaro e parecia cena Hitchcock por um segundo.....Tem um filme do Hitchcock sobre pássaros não é?—Eu fazia gestos com as mãos e falava sem parar.

Ele sorriu para mim.

– Sou Isabella, mas pode me chamar de Bella.

Ele assentiu.

– Sou Stefan.

Então seu olhar se fixou em algum ponto da minha blusa. Sua mão se moveu rapidamente, obedecendo ao comando do seu olhar.

– Pronto. – disse me oferecendo a folha que estava grudada em minha roupa. Corei.

– Obrigada.

Acompanhei sua mão e algo me chamou atenção.Em sua mão direita um grande anel,com uma pedra azul me intrigou.Ele estava atento e percebeu meu olhar curioso.

–Anel legal.—Disse sem graça, pega pelos seus olhos.

Ele abriu a mão e o ajustou.

– É um anel de família.Ando sempre com ele.Estranho não é?—Disse com uma expressão amigável.

– Não..não.É que há anéis e há isso.—Falei apontando para sua mão.

O silêncio se manifestou, e sorrimos um para o outro.

Foi quando ele franziu o cenho,pareceu detectar alguma coisa.

– Você se machucou?Se cortou?—Questionou-me repentinamente.

Aquela era uma boa pergunta.

– Não sei.—Analisei-me por alto e não detectei nada.Apoiei-me no portão e dei uma olhada em minha perna.Eu havia me machucado e nem tinha me dado conta.O sangue proeminente,já era perceptível.

– Isso não está bonito—Disse enquanto me recompunha.

Ele estava virado de costas para mim.

– Você está bem?—Me voltei para ele.

No entanto ,ele não me encarou.

– Preciso ir.Cuide disso.

Dei mais uma olhada sobre mim, a procura de novos hematomas adquiridos na correria em deixar aquele lugar.

– Não é nada demais.—Apressei-me em esclarecer.

Porém,quando olho para frente,não havia ninguém.

Aquilo foi realmente estranho.Dei ainda uma olhada ao redor.Mas ele não estava mais lá.

Havia desaparecido repentinamente.

Lembrei-me imediatamente de meus antigos amigos.Os Cullens.Balancei a cabeça em negação.

Eu só poderia estar maluca.