– Tchau mãe. – Falei para ela e peguei meu malão. Antes que ela viesse me abraçar e fingisse que se importava com o fato de eu ir embora eu desaparatei. Cheguei à Toca e minha tia Molly veio correndo me abraçar.

– Querida como você cresceu. – Ela falou e então desfez o abraço e começou a me analisar. – Como está bonita. Mas está muito magra, venha vamos almoçar. – Peguei meu malão e a segui para dentro da casa que parecia que iria despencar a qualquer momento.

Mal havia pisado na casa e os gêmeos vieram me cumprimentar:

– Sierra querida prima. – falou Jorge e veio me abraçar, ou era Fred? Ah sei lá. – Lembra de mim? Sou o Fred.

– Não! Eu sou o Fred. – Falou seu irmão me deixando totalmente confusa.

– Lembro. Mas eu ainda não sei diferenciar quem é quem. Vocês amam esse joguinho né? – falei fazendo com que os dois sorrissem.

– Ok, eu sou o Jorge. – Falou o primeiro que veio me cumprimentar.

– Certeza? – Perguntei e Fred ia me responder algo, porém Rony se meteu na conversa.

– Chega de confundir a cabeça dela. Oi Sierra. – Ele falou e veio me abraçar.

Gina então apareceu e após me cumprimentar me levou até seu quarto, que era onde eu ficaria até irmos para Hogwarts. Eu estava indo para o sexto ano. Eu cursei os primeiros anos em uma escola de bruxaria na Califórnia, onde eu morava com meus pais. Porque eu estou me mudando? Digamos que minha antiga escola não era que nem Hogwarts, eu tinha aulas apenas durante a manhã e depois voltava para casa. Meus pais apesar de serem bruxos não querem se envolver com esse mundo, então eles haviam escondido o fato de eu ser bruxa até meus 11 anos, quando uma coruja entrou pela janela do meu quarto e deixou duas cartas em cima de minha cama. Uma era um convite para entrar em Hogwarts, a outra era um convite para uma escola na minha cidade mesmo. Meus pais não gostaram da ideia de eu estudar em escolas de bruxos, mas acabaram cedendo. Eu não estudava em uma escola de troxas, o que já é bom, mas eu não aguentava mais morar com meus pais, como vocês devem ter percebido nosso relacionamento não é dos melhores. Então eu decidi que iria para Hogwarts e acho que eles queriam se livrar de mim, porque rapidamente concordaram com a ideia. Eu não me importei, mandei uma carta para Tia Molly e perguntei se poderia passar o final das férias lá já que mudaria para a mesma escola que seus filhos, ela concordou e disse que me esperaria. E agora aqui estou, finalmente com minha família Weasley. Meus pensamentos foram interrompidos por Gina que me chamava para o almoço. Desci as escadas e cumprimentei tio Arthur que havia acabado de chegar do trabalho.

Me sentei à mesa com os outros e nós comemos tranquilamente. No período da tarde eu estava lendo Hogwarts: Uma História encostada em uma das árvores do quintal dos Weasley até que um dos gêmeos sentou-se ao meu lado.

– Fred? – perguntei na duvida e ele sorriu afirmando com a cabeça. - É bom que seja você mesmo. – falei apontando para ele fazendo com que ele risse.

– Sou o Fred. Juro. Queríamos saber se você quer jogar quadribol. – ele falou e eu sorri abertamente.

– Claro. Vou pegar minha vassoura, me espere aqui. – falei e entrei correndo na Toca. Peguei minha Nimbus 2000 no quarto de Gina e desci ao encontro dos outros que me esperavam.

– Vamos? – perguntei e eles concordaram com a cabeça. Subimos um pequeno morro e então chegamos à uma clareira. Rony seria o goleiro dos dois times. Os times ficaram: eu e Fred contra Gina e Jorge. Pude perceber que Fred não havia ficado muito feliz por ter sido minha dupla, não o julgo ele nunca havia me visto jogar. Provavelmente acha que eu não sei nem montar em uma vassoura. Decidimos que jogaríamos sem os balaços já que estávamos em poucos jogadores e seria ruim jogar sem batedores. Rony soltou o pomo de ouro e jogou a goles para cima, montou em sua vassoura e foi para os arcos defender. Mal havia jogado a goles e eu já tinha a posse da bola, o choque de todos ao verem que eu jogava quadribol bem foi tanto que nem reagiram direito, fazendo com que eu marcasse um gol facilmente. O jogo continuou e eu Fred ganhávamos de 60 à 30. Então eu avistei o pomo de ouro a poucos metros de mim. Abandonei o jogo e rapidamente fui em direção à pequena bola dourada. Gina pareceu perceber que eu ia conseguir pegá-lo e foi em minha direção. Porém como ela não via o pomo e apenas me seguia eu fiz uma manobra fingindo que ia desviar o caminho e ela acreditou, indo para outra direção. Então eu facilmente alcancei o pomo e o agarrei. O jogo encerrou comigo e Fred com 210 pontos. Voei até o chão e desmontei da minha vassoura. Os outros repetiram o gesto e ainda me olhavam surpresos.

– O quê? – perguntei.

– Onde você aprendeu a jogar quadribol? – perguntou Fred ainda assustado, mas feliz por termos ganhado o jogo.

– Na minha escola antiga. – falei dando de ombros.

– Vai entrar no time da Grifinória né? – perguntou Rony com esperança.

– Vou tentar. – falei e eles sorriram.

– Esse ano a gente ganha. – falou Jorge e então guardamos as bolas na maleta e caminhamos de volta à toca.

Quando chegamos lá eu vi uma menino de cabelos escuros e olhos claro, ao seu lado estava uma menina de cabelos rebeldes e olhos castanhos. Rony caminhou rapidamente até eles e os cumprimentou.

– Hey Sierra. Vem cá. – ele me chamou e eu caminhei até os três.

– Oi. – falei sorrindo para eles.

– Sou Harry e essa é Hermione. – o menino falou e então eu notei sua cicatriz. Meu deus, acabei de conhecer Harry Potter.

– Prazer. – falei sem fazer nenhum comentário sobre o “menino que sobreviveu” e Harry ficou bem feliz com isso.

Subi até o quarto de Gina e guardei minha Nimbus, Separei uma roupa e fui tomar um banho. Quando saí do banheiro e desci para a pequena sala, todos se encontravam na mesma conversando animadamente. Minutos depois tia Molly nos chamou para janta e então todos foram para suas camas, já que no dia seguinte acordaríamos cedo para pegar o trem para Hogwarts.