Fugindo De Casa escrita por Cah


Capítulo 5
No Restaurante.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/179355/chapter/5

Vesti uma blusa bege, com uma saia preta e um all-star clássico, peguei a arma para mostrar a Andrew depois do jantar e descobrir o que significava aquela misteriosa mensagem, guardei a arma na bolsa e fui até a garagem.

Entrei no Palio da minha avó e partimos.

...

Andrew chegou ao restaurante Starkick´s e se sentou à mesa de vidro. Quando cheguei no mesmo, Andrew me viu e começou a acenar para que sentássemos junto com ele e sua família.

– Vamos lá. - Disse minha avó. - Pelo menos não temos que procurar mesas nesse restaurante lotado.

– Vóó... - Dei uma cotovelada nela. - Não é assim que se faz.

Chegamos perto da mesa, cumprimentei Andrew e o Senhor e a Sra. Johnson, minha avó fez o mesmo.

– Vamos, sentem-se com a gente! - Falou a Sra. Johnson.

Tinham três mesas juntas, O Senhor e a Sra. Johnson se sentaram lado-a-lado, e minha avó ficou de frente para o Sr. Johnson, na ponta. Eu e Andrew sentamos frente-a-frente na última mesa para conversarmos melhor.

– Então, alguma novidade? - Andrew perguntou.

– Sim, muitas.

– O quê?

– Tem uma coisa que eu não te contei... Sabe aquele homem que quase me matou no carro de seus pais? Que estava com a arma apontando pra mim? - Ele assentiu que sim com a cabeça. - Pois então, ele é o mesmo homem que me deixou na floresta com os lobos, e, além disso, naquela hora que ele largou a arma no meu colo, eu fui vê-la em casa e descobri uma mensagem, não na nossa língua, mas em outra!

– Como assim? Mostre-me.

Hesitei. Não poderia tirar uma arma da bolsa num restaurante lotado, ia causar uma polêmica! Então, abri minha bolsa, peguei um guardanapo e comecei a escrever os símbolos. Terminei e passei para Andrew.

Ele olhou para o guardanapo com uma cara de "Não faço idéia do que seja isso." E me devolveu o guardanapo.

– Eu tenho uma idéia. - Sussurrou Andrew. - Eu tenho um tio que mora aqui, e ele é um tipo de arqueólogo e conhece várias línguas. Podemos ir até ele e tentar descobrir o que é isso.

– Boa idéia, a coisa que mais me intriga é esse número: 134.

– Eu também...

– Com licença, mocinha. - Falou uma voz conhecida atrás de mim, Era um garçom, ele colocou uma garrafa d'água encima da mesa, mas antes de ir embora, eu virei o rosto e vi. Era o homem. O mesmo homem da floreta. O mesmo homem do carro. Ele me olhou com um olhar ameaçador e entrou na cozinha. Andrew estava de boca aberta. Eu não sabia o que fazer. A única coisa que eu percebi era que eu estava tocando meu Itouch de dentro da bolsa.

– Ai meu Deus! - Falou Andrew.

– A-aham... - Eu gaguejei.

Nós ficamos o resto da noite com medo, até que chegou a hora de ir embora e fomos pra casa.

...

Cheguei em casa com minha avó e fomos dormir. Deixei a arma encima do criado-mudo e deixei meu Itouch para carregar encima da escrivaninha e fui dormir.

...

Alguns momentos depois, acordei com um barulho de tiro. Olhei no criado-mudo. A arma não estava mais lá.

Corri até o quarto da minha avó com uma velocidade que nem eu sabia que existia e parei na porta. Minha avó estava no chão, pálida, com um tiro bem na cabeça. Me abaixei e fiquei de joelhos do lado dela. Chorei muito, lágrimas não paravam de cair a todo instante, e eu sabia quem tinha matado ela. Sabia quem estava infernizando minha vida. Sabia quem me queria ver sofrer. Só não sabia o porquê. O vento da janela do quarto da minha avó estava frio, mas eu não ligava, não conseguia parar de chorar. E fiquei lá pelo resto da noite.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Não? Foi trágico ne? eu sei...mas não precisa me engolir, eu disse que ia ser trágico!Bom, deixem uma review *---*.