Something In The Way She Moves escrita por gio


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Esse é o link da música mencionada no capítulo (http://www.youtube.com/watch?v=xzkhOmKVW08) pra quem quiser ouvir (e se apaixonar rs)



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Era mais um dos dias mais longos do verão. Sabe quando o calor te impede de fazer alguma coisa útil apenas por te deixar cansada? O dia inteiro se sucedeu assim. Toda a população de Hogwarts foi liberada para passar a noite no povoado de Hogsmeade e se divertir um pouco, afinal era um dos dias mais quentes do ano.

Todo adolescente normal amou a ideia por poder sair da rotina pesada das aulas e deveres para se distrair um pouco, mas também havia aqueles que adoraram a ideia pelo fato do castelo ficar parcialmente (se não totalmente) vazio.

Rachel Poynter era uma das pessoas que preferiu o sossego momentâneo a agitação calorosa que estaria Hogsmeade.

Embora Lily, Marlene e Dorcas, suas amigas, insistissem para que ela fosse com elas, a garota não foi. Ela trocaria tudo por alguns minutos de paz, afinal sua vida nos últimos meses fora turbulenta. Provas, deveres, problemas com os pais, término do namoro... Rachel precisava de paz.

Todos os casais se encontraram no Salão Comunal: Lily com James, Dorcas com Remus e Marlene, já que seu rolo com Sirius não tinha vingado, com seu novo namoradinho da Lufa-Lufa. Quando todas já estavam devidamente acompanhadas, Rachel se despediu e foi para seu dormitório a fim de ler alguma coisa.

Ela subiu as escadas agilmente e entrou pelo Salão Comunal vazio. Aparentemente ela era a única Grifinória que estava perambulando pelo Castelo em um dia daqueles.

Abrindo a porta de seu dormitório e deixando seu corpo cair na cama, ela fechou os olhos. Pensou até em pegar um livro para ler e, sei lá, adiantar a matérias, mas Rachel não estava no clima de estudos. Ela suspirou pesadamente, olhou para sua mesa de cabeceira e abriu a primeira gaveta de madeira antiga. Lá dentro tinham fotos, cartas, penas, um tinteiro velho e um pequeno aparelho trouxa.

O aparelho era de seu pai quando criança: Se chamava Toca-fitas. Um aparelho do tamanho de uma caixinha de Feijõezinhos de Todos os Sabores, da cor preta e com vários botões de ação. O pai de Rachel costumava colocar uma fita dos Beatles para ela ouvir quando pequena e, quando a menina cresceu e seu gosto musical se modernizou (não deixando de amar os Beatles), ele o deu de presente para a filha. Nas ultimas férias, Rachel havia gravado algumas fitas novas e até aquele momento não teve tempo de ouvi-las.

O momento pareceu perfeito para finalmente faze-lo.

Rachel pegou o aparelho, uma das fitas e se mudou daquele dormitório sufocantemente quente para o gramado verde e macio de Hogwarts.

Ela sentou ao pé de uma árvore e ao lado daquele Lago Negro que jamais pareceu tão refrescante. Com um pouco de dificuldade, ela colocou os fones parcialmente destruídos e embolados nos ouvidos e apertou o botão play.

A garota pediu mentalmente para não ter pegado por engano a fita com as músicas “românticas”, por que de romantismo ela queria distância naquele momento. Seu último relacionamento a deixou completamente descrente em qualquer pessoa, e pelo jeito sua visão não mudaria tão cedo.

Para seu alívio, a música Tonight das Esquisitonas começou a soar pelos fones. Relaxando a cabeça no tronco da árvore, Rachel fechou os olhos e se deixou levar pelo ritmo da música. Sua boca cantarolava o refrão baixinho e seus pés se moviam de acordo com a batida.

Logo a música foi substituída por outra balada da banda bruxa. Rachel estava adorando a sensação relax que estava vivendo, e nada poderia estragar aquele momento. Nada ou ninguém, pensava ela.

Pensando estar sozinha no jardim, ela começou a cantar um pouco mais alto e se deixou levar pela música.

Ela estava totalmente entregue aquilo, dando a louca (como diria Marlene) e não se importava se tinha alguém a observando. Rachel só parou de cantar e dançar quando sentiu um peso em seu ombro. Ela retirou os fones rapidamente e encarou a pessoa que acabara de tirá-la de seu momento libertador.

Surpreendentemente, Rachel se deparou com o par de olhos mais bonitos que já vira na vida. Aquele azul escuro, quase acinzentado, sempre a deixou louquinha, mas a morena nunca comentou nada com ninguém, pois o dono dos olhos era nada mais nada a menos que Sirius Black, o ex de uma de suas melhores amigas.

Ele estava sorrindo de uma forma divertida e a olhou nos olhos assim que Rachel o encarou assustada.


– Que susto Six. – ela levou a mão direita até o peito por conta do susto. Sirius deu uma risada abafada e se ajeitou de frente a ela. – Há quanto tempo está ai?

– Desde a hora que você começou a insinuar um strip-tease cantando As Esquisitonas. – ele suspirou e transformou aquele olhar brincalhão no mais safado possível. – E foi aí que começou a ficar interessante...

– Eu sabia que você ia gostar. – ela mostrou a língua e voltou a se recostar no tronco da árvore. Sirius riu e cruzou os braços, deixando seu peso pender sob seus (totalmente definidos) quadris. – Pensei que você tivesse ido a Hogsmeade.

– Não. – ele se limitou na resposta e encarou o Lago Negro. Aqueles olhos azuis escuros pairando sobre a sombra da Lula Gigante que se movia lentamente.

– Ninguém cedeu aos encantos do Black essa noite? – ela brincou e ele direcionou aquele olhar totalmente sacana até ela.

– Ainda não. – fez um biquinho, no mínimo, fofo e depois emendou uma risada gostosa. – Quem sabe mais tarde não é?

– Quem sabe... – ela entrou na linha de pensamento dele e resolveu parar de perguntar, afinal não era nada agradável saber da vida amorosa de um Maroto.

– E você? – ele perguntou após alguns longos segundos de silêncio.

– Eu o que? – Rachel se perdeu mais um pouco naqueles grandes olhos.


“Quem diria hein, Rachel Poynter se derretendo pelo Black?” sua consciência sussurrou em seus ouvidos.

Mas não era totalmente verdade... Ou era? Rachel sempre achou Sirius muito bonito, sedutor e com um senso de humor incrível, mas se derreter por ele já era outros quinhentos.

“Não estou me derretendo por Sirius Black” ela tratou logo de pensar. “Isso é totalmente impossível!” emendou rapidamente.


– Nenhum cara cedeu aos encantos de Rachel Poynter hoje? – Sirius reverteu toda a história. Era bem típico dele, virar o jogo nos 45 do segundo tempo. Ele deu um sorriso sacana e Rachel corou instantaneamente.

– Não vou pensar nisso por um bom tempo, pode acreditar. – ela disse mais para si mesma do que para o Black em questão.

– Ual, o que Daniel Wood fez com seu coração? – ele voltou a apoiar seu peso sobre suas pernas e deitar a cabeça em seus braços, flexionando-os. A camisa branca e fina escorregou por seus ombros e os deixou pouco a mostra.

Rachel fora obrigada a respirar fundo várias vezes depois de presenciar aquela cena. Como Sirius conseguia ser tão... Naturalmente lindo?

– Despedaçou-o. – ela bufou e cravou a mão na terra que havia em baixo de suas pernas. Sirius riu sem emoção e continuou encarando-a com aquele ar de quem não quer nada.


Rachel jogou a grama que estava entre seus dedos no lago. A Lula se mexeu inquietamente, mas logo voltou a sua tranquilidade habitual.

“Quem sabe o Black não possa cura-lo?” voltou a perguntar a voz irritante.

“Cura-lo de que, sua loca?” Rachel pensou e depois balançou a cabeça a fim de afastar aqueles pensamentos, mas a consciência foi mais rápida.

“Cura-lo do furacão Daniel Wood” e com uma risada totalmente irônica e inútil, a consciência falou rapidamente.


– Era só o que me faltava... – Rachel pensou alto e Sirius fez uma cara estranha.

– O que? – o garoto perguntou confuso.

– Nada! – ela respondeu assim que percebera a burrada que havia feito. – Só estou... Bem... Pensando alto. – e assim ela buscou os fones de ouvido que repousavam sobe a grama fofa, colocando-os.


“Olha só a situação que você me colocou!” Rachel bradou com sua consciência, que por fim, voltou a dar sinal de vida com uma risadinha irritantemente sarcástica.

“Só dei mais um motivo pra você poder encarar aquele rostinho lindo sem culpa alguma”

“Ele é lindo mesmo...” pensou por pensar, apenas, mas logo se corrigiu “Não é isso que você esta pensando...”

“Rachel, querida, você não pode me enganar...” a voz interior irritante murmurou vitoriosa “Afinal, eu sou sua consciência e sei de tudo o que você pensa entre as aulas de Poções”.

“Até parece!” Rachel rebateu “Já que você sabe de tudo o que eu penso nas aulas de Poções, me diz o que eu fiquei pensando durante a aula de ontem...”

“Fácil! Você ficou admirando o corpinho do Black a aula inteira e não sei se é legal comentar sobre os seus pensamentos nada puros...”

“Cala a boca!” ela passou a mão pelos cabelos nervosamente e parou para relembrar dos fatos.


Aula de Poções. Sexta-Feira. Três e meia da tarde.

Rachel estava copiando arduamente todos os exercícios que Slughorn havia passado em um pergaminho qualquer, quando a porta se abriu bruscamente. Parados ao batente estavam James Potter, Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew dando uma desculpa esfarrapada para engambelar o pobre professor e entrar na aula. Conseguindo o que queriam, os quatro Marotos entraram devidamente na sala e se sentaram na bancada a frente da que se encontravam Rachel Poynter, Lily Evans, Marlene Mckinnon e Dorcas Meadownes. Lily lançou um olhar de reprovação para o namorado Potter, e o mesmo mandou um beijo no ar para a ruiva. Dorcas soltou uma risada abafada e continuou a prestar atenção na aula de Poções. Marlene desviou o olhar dos garotos e continuou a escrever, isso tudo por causa de Sirius, é claro. Sirius... Ele estava com a calça preta do uniforme, a camisa branca com três botões desabotoados e a gravata totalmente frouxa.


“Naturalmente lindo” pensou Rachel ao meio de seus devaneios.

“Viu!” falou a consciência modesta novamente “Eu te disse, Poynter”.

“Vê se não enche meu saco, consciência!” ela bradou novamente e passou a encarar o lago.

Rachel podia sentir o olhar de Sirius repousando sobre ela, mas a garota resolveu não encara-lo. A Lula de repente se tornou tão interessante...


– Em que você tanto pensa? – Sirius perguntou do nada.

– No que eu penso? – Rachel devolveu a pergunta e finalmente voltou a encará-lo nos olhos. “Ah, esses olhos...” sussurrou a consciência. – Ah, essas coisas da vida.

– Coisas da vida? – o Black achou graça da resposta e começou a rir. – Que tipo de “coisas da vida”?

– Do tipo... “Ninguém me ama, ninguém me quer”. - ela falou como se fosse aquelas garotas fúteis que só pensam no exterior, mas Sirius a encarou de uma forma que pareceu que ele tinha levado a sério mesmo.

– Tenho que ir ao cartório. – depois de alguns longos segundos, ele falou. Rachel não entendeu absolutamente nada, mas resolveu não contestar.

– Fazer o que? – perguntou para ver se ele matava sua curiosidade.

– Mudar meu nome pra ninguém. – Sirius falou com a maior simplicidade do mundo e depois, como tortura, encarou-a profundamente com aqueles dois olhos azuis escuros e o sorriso maroto que lhe dera fama. Sua risada soou baixa nos ouvidos da garota.


Rachel ficou totalmente sem reação. O que ela falaria a ele?

“E seria o ninguém mais lindo da face da Terra” e a voz voltou com toda a malicia e perversão existente.

“Temos que admitir...” Rachel concordou “Quer saber? Que se dane! Eu acho o Sirius Black maravilhoso mesmo, ok?”

Sirius desviou o olhar dela e pousou em seus fones de ouvidos. Ele esticou a mão direita e puxou um deles do ouvido da garota. Em um movimento rápido, ele se encostou no mesmo tronco de árvore e colocou o fone em seu ouvido.


Beatles? – Sirius falou assim que começou a ouvir a música.


Rachel tinha esquecido completamente que havia música ecoando no toca fitas.

“Merda de efeito que ele causa em mim!” ela pensou sem se importar com os comentários, provavelmente, maldosos que viriam a seguir.

“Que a verdade seja dita” a consciência murmurou aliviada. Rachel teve de controlar a risada.

Ela parou para prestar atenção na música que tocava. Era Something dos Beatles.

A música preferida de Rachel.


– Minha música preferida deles. – Sirius disse e mordeu o lábio inferior. Embora quisesse negar, aquilo fez com que ela ficasse mais louca por ele do que já era antes. Rachel sempre falava: “Quer me conquistar? Fale bem da minha banda favorita”.

– A minha também. – ela sorriu para ele. – Eu não sabia que você conhecia...

– Música trouxa? – ele a interrompeu. Rachel assentiu com a cabeça. – Comecei a ouvir só para irritar o Régulo, mas no final eu acabei gostando.


Ela riu abafado. Sirius tirou o fone do ouvido e voltou a encarar o Lago Negro ao seu pé. Ele parecia tão descontraído com a situação... Era como se ele não se importasse com mais nada no mundo. Para Sirius a vida sempre fora uma brincadeira, onde ele estava sempre fazendo piadas e rindo das consequências que sofria por causa de sua irresponsabilidade ou pelo excesso de humor.

Ele arrastou o corpo até a borda do Lago e molhou sua mão, brincando com a água.


Something in the way she moves, attracts me like no other lover, something in the way she woos me. – ele cantarolou e jogou um pouco de água em Rachel, que estava discretamente observando seu reflexo na água.


Ela abriu a boca incredulamente e encarou as costas de Sirius a sua frente. Confesso que ela teve que segurar a vontade de simplesmente empurrá-lo dentro da água. Ele não se virou para encará-la, mas ela tinha certeza que um sorriso maroto corria sob seus lábios. Rachel retirou o fone do ouvido e escorregou o corpo para o lado de Sirius.


I don't want to leave her now, you know I believe and how. – ele voltou a cantar e deixou que algumas gotas de água “escapassem” até a pele dela.


Mordendo o lábio para reprimir uma risada, ele olhou em seus olhos. Rachel também molhou a mão e jogou água nele, que desviou habilmente. Ela, querendo vingança a qualquer custo, encheu a mão e jogou nele (acertando, dessa vez).

Ele pareceu nem se importar e revidou o ataque.


Somewhere in her smile she knows, that I don't need no other lover, something in her style that shows me. – ele continuou a música e agora, com as duas mãos, empurrou a água do Lago ao encontro dela.


Completamente encharcada, Rachel enfiou o pé dentro do Lago e chutou água até Sirius, molhando-o. Ele riu caninamente e se levantou, depois a estendendo a mão e puxando-a até sua altura.

Com uma agilidade que só Sirius Black poderia ter, ele a trouxe levemente até seu corpo, colando-a nele. A mão livre deslizou até sua cintura e a outra continuou segurando sua mão.


I don't want to leave her now, you know I believe and how. – ele balancou o corpo para o lado, levando-a consigo. E depois repetiu, fazendo um tipo de dança desengonçada.


Rachel estava completamente corada com a situação. Ela até poderia parecer uma menina forte e responsável, mas quando o assunto era certo maroto, ela se sentia totalmente vulnerável. Ela riu com a cara infantil que ele fazia para ela.

Uma coisa nós não podemos negar: O Black sabia como fazer alguém se divertir.

Ou se apaixonar.

Mas não entrarei nesse mérito agora.


You're asking me will my love grow, I don't know, I don't know. You stick around now it may show, I don't know, I don't know. – ele a segurava com tanta leveza que a própria Rachel estranhou. Mas ela não podia comentar nada, pois foi uma coisa que ela amou. Na verdade, ela amava tudo naquele garoto. Desde o fio de cabelo até a forma como ele a segurava.


Ele estava a guiando para a água e em condições normais, Rachel já teria saído de perto dele e passado um sermão de meia hora só por causa de sua roupa molhada.

Mas quem disse que eram condições normais?

Sirius a encarava profundamente (Ah, se ele soubesse o efeito que aqueles olhos causavam nela) e levou seu rosto até o ouvido dela.


– Something in the way she knows, and all I have to do is think of her, something in the things she shows me. – ele sussurrou a parte da música em seu ouvido, causando-a um arrepio vindo da espinha.


Rachel fechou os olhos e se desligou de qualquer tipo de pensamento. Sirius voltou inertemente e encarou a boca dela. Com um movimento rápido e completamente inesperado, Sirius puxou Rachel para mais perto e tomou seus lábios.

Com o susto inicial, a garota ficou sem reação, mas depois acabou cedendo aos tão famosos “Encantos do Black” e dando passagem para um beijo mais longo e, no ponto de vista dela, perigoso.

Afinal, tudo o que era relacionado ao Black era perigoso.

Quando o ar os faltava, Sirius partiu o beijo e olhou nos olhos de Rachel com uma expressão séria.


I don't want to leave her now, you know I believe and how. – e cantou a última parte de sua música preferida.


Rachel não conseguiu conter um sorriso quando Sirius a encarou (ouçam o coro de aleluia) timidamente e depois apertou de leve sua cintura. Ele estava tão lindo com aquela camisa branca colada em seu peito definido, o cabelo molhado no rosto, a gravata frouxa... Sirius a beijou novamente e assim se sucedeu até o sol finalmente se por.

Os dois estavam dentro do Lago Negro e Rachel, ao perceber isso, arregalou seus grandes olhos castanhos. Ele, também percebendo o feito, riu alto e bateu a mão na água com o objetivo de molha-la mais ainda.


– Six, para com isso. – ela falou entre risadas e revidou no Maroto.

– Vem. – ele passou uma mão pelo cabelo molhado e a estendeu a outra. Rachel segurou-a e os dois caminharam para fora do rio.


Hogwarts continuava vazia. Os dois andaram pelos gramados até alcançarem o Castelo, depois entrando no mesmo e seguindo para a Torre da Grifinória. No meio do caminho, Sirius sempre parava de andar, puxava Rachel até si e a beijava calorosamente. Até os quadros começaram a comentar a cena: “Olha só esses dois!” ou “Não veem que temos crianças assistindo?!” ou “Esse daí sempre aparece com uma menina nova” ou “Oh Merlin, é a ex-namorada do Wood?”.

Sirius e Rachel ignoraram os comentários maldosos e riram dos curiosos durante o caminho inteiro. Falaram a senha para o Quadro da Mulher Gorda quando chegaram à Torre e entraram no Salão Comunal aos beijos, sem se importar se tinha ou não algum inesperado expectador.

Eles andaram até a escada que dava para os dormitórios e foram parados pela bifurcação que dividia o feminino do masculino.

Sirius segurou o rosto dela e a beijou novamente. Rachel começou a rir entre o beijo e ele a encarou divertidamente.


– Que foi? – ele perguntou risonho.

– Eu to congelando, preciso tomar um banho. – ela falou se referindo as roupas molhadas.

– Embora eu te ache linda molhada, eu também acho que você deve ir se aquecer. – ele brincou e recebeu um leve tapa de zoação de Rachel.

– Idiota. – ela murmurou e se virou para subir as escadas. Mas uma coisa martelava em sua cabeça. Ela tinha que perguntar uma coisa de vez por todas para Sirius. Quando já estava quase na metade da escadaria ela gritou: - Sirius! – e assim voltou a descer, encontrando com o Black na ponta da escada. – Você vai manter em segredo, né?

– O que? – ele se fez de desentendido, mas ela sabia que ele tinha entendido muito bem o que ela falara.

– Isso. – ela respondeu simplesmente. Sirius tanto entendera do que ela estava falando que sorriu torto quando seus olhares se encontraram.

– Eternamente. – ele falou sem rodeios e depois tomou seu caminho pela escadaria masculina.


Satisfeita com a resposta, ela voltou a subir a sua escada. Rachel não queria que toda Hogwarts descobrisse de sua “aventura” com o Sirius. Ela não precisava que todos a crucificassem e Marlene a virasse a cara, afinal a amiga realmente gostava do Maroto.

“Sabe o que significa Eternamente?” a consciência, que até então estava muda, voltou a martelar na cabeça da garota.

“O que significa?” Rachel revirou os olhos rindo e deixou que ela continuasse.

“Eterno-na-mente” ela falou com uma voz apaixonada e depois sumiu de vez.

Será que ela estava certa?

Rachel não pode deixar de cogitar a ideia, afinal se ela estivesse certa, tudo aquilo significara a mesma coisa para Rachel e para Sirius:

Inesquecível.


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Notas finais do capítulo

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