Kimi No Shiranai Monogatari escrita por Nuvenzinha


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

VEI.
VEEEEEI.
Depois de milênios, moi is back! ~
SIOAJIOSAJSOIAJSOIAJSIO, cara, eu sei que eu devo levar pedradas por shippar o Tsuna com duas pessoas diferentes, mas, MANO, O Tsuna e a Kyoko são muito perfos juntos.
Sem falar que já fazia um tempããão que eu tinha me comprometido a fazer uma one-shot songfic com essa música tão lindosa *A*
Se houver algum erro, por favor, relatar à mim o/
Minha primeira songfic, por isso, dê uma trégua galerê.



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Em um dia como qualquer outro dia de verão em Namimori, um dos últimos dias de aula, data onde também era comemorada a aparição do triângulo do verão no céu noturno, o sol brilhava, iluminando as ruas e as casas, os pássaros voavam alto no céu azul de poucas nuvens e os alunos, nas escolas, ansiavam por sentir sua brisa fresca e poder mirar tão bonito cenário.

“Konya hoshi wo mi ni yukou”

(Esta noite vamos ver as estrelas)

Foi o que disse Sawada Tsunayoshi aos seus companheiros, interrompendo as conversas paralelas enquanto saíam em bando da escola, mostrando um panfleto que anunciava o festival que teria aquela noite. Alguns não lhe levaram a sério no começo, irrompendo numa risada, mas houve aqueles que gostaram da ideia e a queriam realizar com bastante entusiasmo.

Era surpreendente que tivesse sido daquele jeito, mas a pessoa que mais se mostrara interessada naquilo fora Sasagawa Kyoko, com um sorriso de aprovação. Sempre gostara da história de Deneb, Altair e Vega, as estrelas do triângulo, e era realmente bonito o céu da noite em que surgiam – foi o que justificara, também complementando que a experiência seria muito melhor se dividida com os amigos. Por algum motivo, o entusiasmo só dela já fez com que os outros, que ainda estavam na dúvida, concordassem em comparecer. Aquilo deixara o moreno bastante contente.

-Tsu-kun, você poderia levar as crianças com você? – Nana pediu ao filho quando este estava de saída, junto de Gokudera, que passara a tarde lá depois que o grupo se dividiu – Eles querem tanto ir!

-Oka-san! – deu uma choramingada, abrindo ligeiramente a porta – Mas eu não vou poder ficar vigiando-os!

-Lambo-san quer ir! – o garotinho chorava alto, repetindo a frase enquanto sacodia os braços e batia pé.

-Lambo! – I-Pin repreendeu-o – a gente tem que se comportar, senão não iremos!

-Tsuna-nii, por favor! – pediu Fuuta, com sua voz inocente usual.

Acabou por concordar que eles fossem juntos e, no que fez isso, o trio passou correndo em sua frente quando saiu da casa. Tsuna soltou um suspiro nervoso, mas não viu muitos motivos pra tentar acompanha-los. As ruas estavam vazias, sem falar que tinha outras coisas em mente, que considerou mais importantes que aquilo naquele momento.

Não contou para ninguém além de Gokudera Hayato, mas queria aproveitar da paz que estavam tendo naquela época por causa da pouca atividade mafiosa que estava tendo e também o festival para declarar-se para Kyoko. Aquela era uma boa chance de fazer isso, já que estariam todos tão ocupados em se divertir e admirar as estrelas que não viriam a atrapalhar. O rapaz mostrara-se de certo entusiasmado com a ideia e, como o bom amigo que havia se comprometido a ser, se ofereceu para ser cúmplice em seu plano. Tendo assumido esse papel, fez questão de distrair todos os demais para que aquilo desse certo, mesmo que tivesse que passar uma desagradável quantidade de tempo com pessoas como Miura Haru. Mas já estava quase tudo certo.

Era sobre isso que os dois falavam até que Yamamoto chegasse para acompanha-los na caminhada pelas ruas sem luz até o festival, usando seus quimonos típicos da festividade em questão, mesmo que o calor que fazia naquela noite tornasse o uso de tal traje ainda mais desconfortável; mas depois de todo o trabalho em colocar aquilo, colocar roupas normais já estava fora de questão.

Não demoraram em chegar ao festival lotado, onde se encontraram com os demais companheiros de grupo. Sawada Tsunayoshi não demorou em focar seus olhos, que brilhavam como as estrelas da noite, em Kyoko, que estava usando um tão belo quimono branco florido e em seus cabelos alaranjados presos com um enfeite também floral. Tal beldade fez suas bochechas corarem, assim como o topo de seu nariz, quando ela veio lhe cumprimentar com um doce sorriso.

Com um sinal trocado discretamente, Gokudera iniciou com sua parte do plano, dedicando-se quase exclusivamente à Haru, a quem considerava o maior obstáculo para que seu chefe cumprisse seu objetivo, mas também quis desviar a atenção de todos. Propôs que fossem participar de algum dos concursos ou atividades do festival, o que deu a chance de Tsuna tomar coragem e chamar a menina separadamente.

-N-Neh, Kyoko-chan, e-eu conheço um lugar onde a vista do céu é m-muito boa! – sua voz saiu acovardada, como sempre saía ao se dirigir à ela, com o coração pulando na boca.

-Conhece? – Kyoko pareceu não notar o nervosismo do rapaz e perguntou em tom inocente.

-Uhm! Por aqui!

Segurou-a timidamente pela mão e andou na frente, passando desajeitado entre as pessoas e as crianças que estavam por ali, estourando bombinhas ou com varetas de faísca nas mãos ou ainda com peixinhos dourados em saquinhos com água, evitando aqueles que comiam takoyaki ou qualquer outra coisa, evitando tudo e qualquer coisa enquanto guiava-a até um pequeno parque ao lado do festival, indo parar em uma área com apenas grama rasteira, onde podia também ver alguns vagalumes voando baixo. E então, olharam para cima.

“Yozora wo hoshi ga futu you de”

(O céu noturno parecia uma chuva de estrelas)

-Sugoi! – a menina exclamou, extasiada – Tsuna-kun, isso é realmente muito bonito! – olhou-o com um brilho nos olhos.

-D-De fato... – pôs uma das mãos na nuca, sem graça – Pa-Parece que a pouca luz daqui faz ver melhor as estrelas... A-Achei que gostaria de ver assim também...

Ela sorriu mais uma vez e voltou a olhar o céu, apontando Deneb, Altair e Veja com o seu dedo e pondo-se a contar a história, a qual o rapaz quis ouvir como quem ouvia uma bela melodia, cantada por uma espécie de anjo. Estava tão feliz que estava tendo aquele tempo sozinho com ela... Aquilo não iria se repetir muitas vezes. Ficou o máximo de tempo que poderia ouvi-la falar e falar, entusiasmada, enquanto tomava coragem para se declarar. Esperou que ela terminasse de contar a história para falar.

-A-Anno, K-Kyoko-chan...

-Sim?

-E-Eu queria te dizer uma coisa…

Sentiu uma dor no peito, um medo profundo de ser rejeitado outra vez, medo de que ela gostasse de outro alguém, ou até mesmo que não gostasse de ninguém realmente. Engoliu a saliva, nervoso. Respirou profundamente algumas vezes, dando a impressão de que iria falar, mas sem nunca dizer uma palavra. Sasagawa Kyoko parecia começar a se preocupar, olhando-o com apreensão nos olhos e ora ou outra aproximando uma das mãos de seu ombro e perguntando se ele estava bem, toda vez tendo que responder que estava tudo bem e tendo que começar o ciclo de novo. Ficaram nisso algum tempo, ao silêncio, enquanto tentava pôr pra fora tantas palavras que queria que ela ouvisse, mas o tempo que perdera fora suficiente para que Lambo os encontrasse em meio à uma brincadeira de esconde-esconde e logo se jogasse ao colo da menina, a quem considerava sua irmã mais velha.

“Tuyogaru watashi wa okubyou de,

(Era um covarde e coloquei uma expressão dura, )

Kyoumi nai you na furi wo shiteta

(Fingi não me importar)”

Fechou a cara, soltando um suspiro pesado, ao mesmo tempo aliviado. Sentia-se sufocado com a situação em que se encontrara, mesmo que ele próprio o tivesse colocado em tal condição. Os demais companheiros de grupo chegaram e agruparam-se ali também, todos desconhecendo o que realmente se passava, tirando Gokudera, que logo percebeu que as coisas não haviam dado certo e fez uma cara de tristeza. O jovem Vongola sorriu ao amigo, tentando acalmá-lo. Talvez ainda não fosse a hora certa de fazer aquilo, talvez ainda devesse treinar um pouco sua coragem, mas era decepcionante de qualquer jeito, ainda mais depois de tanto treinar sozinho em casa e de ter planejado tudo para que desse certo. Sentia-se um burro, por ter perdido tanto tempo.

Sawada Tsunayoshi foi um dos primeiros a querer ir embora, deixando as crianças por conta de Haru e Kyoko, mas esta decidiu segui-lo, argumentando que estava bastante cansada. Não duvidava de que fosse realmente isso, as sandálias tradicionais que usavam junto de seus quimonos eram realmente incômodos, então se ofereceu para acompanha-la até sua casa, uma vez que o irmão mais velho dela, Ryohei, decidira ficar para a estoura dos fogos de artifício.

Estavam sozinhos de novo, andando pela rua deserta da cidade que festejava ainda, andando lado a lado os dois adolescentes franzinos, cada um preso em seus próprios pensamentos. Ela ainda admirando o céu com um sorriso no rosto, mas ele continuava a se depreciar com seus pensamentos.

“Iwanakatta (Eu não disse,)

Ienakatta (Eu não pude faze-lo,)

Nidoto modorenai (Não podemos regressar nunca mais)”

Aquele dia quente de verão, as estrelas no céu, poderia se lembrar daquela noite para sempre como mais um de seus fracassos da vida. Doía no fundo do coração que havia falhado naquilo também, assim como doía seu orgulho e todo seu corpo, como consequência do nervosismo que passara a troco de nada. Ouvia à brisa fresca batendo nas árvores, ao canto das cigarras, aos ruídos das corujas recém-despertas. Se lembraria daquilo também, na noite em que reinava o triângulo do verão e a solidão que sentia durante a caminhada.

Não demoraram em chegar à residência dos Sasagawa, também vazia. Os dois, tímidos, ficaram um de frente ao outro no portão mais algum tempo, um olhando o outro como se quisesse dizer alguma coisa. Kyoko, tão repentinamente quanto ele havia proposto irem ao festival naquela manhã, tão súbita quanto a chegada de Reborn em sua casa, tão inesperadamente quanto a notícia de que seria o próximo chefe de uma máfia,  agradeceu por tudo e, depois de dar-lhe um breve beijo na face esquerda, passou pelo portão e entrou em sua casa, olhando-o pela fresta deixara entre a porta e o batente com um sorriso tímido entre os lábios, mas logo sumiu de vista.

“Daisuki deshita”

(eu te amo)

Saíram trêmulas as palavras pela boca entreaberta de Tsuna, que estava vermelho como um tomate e tremendo nas bases, em um sussurro, que se perdeu na noite sem que a merecedora de tal frase a ouvisse, tendo como testemunho apenas as estrelas que iluminavam a pequena cidade de Namimori.

“Kimi no shiranai

(algo que você não conhece,)

Watashi dake no himitsu

(um segredo só pra mim)”.


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