(Andy’s POV)

A Sam adormeceu – vai-se lá saber como – no sofá. Bateu um dó, por que eu sei que aquele sofá é mais duro que cimento! Então depois que todos cairam pelo chão e adormeceram ou foram dar uma volta para exercitarem o seu membro inferior (ahahah! Eu não acredito que eu pensei nisto!) e eu peguei na Sam e deitei-a na minha cama.

– Vou para o sofá ou durmo aqui? – perguntei baixinho. É que eu não queria arranjar mais confusão com o Jake. Opá, era muito amigos, mas meter-me com a rapariga que ele gostava eu não ia fazer isso… posso não ser a pessoa mais decente deste mundo, mas não lhe ia fazer isso porra! Saí do pé da Sam e fui para abrir a porta.

– Andy…? – sussurrou ela. Parei – Andy? – olhei para ela. Ela estava com a cabeça levantada a tentar ver quem eu era.

– Sim?

– Fica aqui.

– Tens a certeza?

– Sim… - ela enrolou-se debaixo das cobertas. Eu tropecei em qualquer coisa. Porra tava escuro!

– Bons sonhos. – disse deitando-me por cima das cobertas ao lado dela. Ela agarrou na minha mão e adormeceu.

(Sam’s POV)

Tive um sonho bastante estranho.

Primeiro que acordei num quarto muito muito muito escuro – já disse que eu tenho super medo do escuro? Pois, desde pequena que durmo com luzinha no quarto – e vi uma figura grande ao pé da porta.

– Andy…? – perguntei ensonada. Não sei por que não disse outro nome. Ele parou – Andy? – ele olhou para mim.

– Sim?

– Fica aqui. – não queria ficar sozinha no escuro, e não sei por quê, mas o Andy fez com que eu me sentisse segura. Okay, eu vou ter que me internar depois desta.

– Tens a certeza?

– Sim… - enrolei-me nas cobertas. Além de não querer que os demónios me apanhassem de noite e eu morresse, estava meio com frio e com medo do que o Andy naquela cabeça pervertida podia pensar que aquilo significava. Ele tropeçou em alguma coisa e deitou-se ao meu lado por cima das cobertas. Rapaz esperto.

– Bons sonhos. – ele disse tão fofinho! Agarrei na mão dele como fazia quando era criança e o meu pai vinha deitar-se na minha cama para eu conseguir dormir no escuro. Adormeci.

Vêm? Até nos meus sonhos eu sei que preciso de ser internada! E por que diabos fui eu sonhar com o Andy?

Hei! Por que é que eu tava de mão dada? Olhei para o lado e vi-o.

Ai não, eu não posso acreditar! Eu não sonhei! Aquilo foi a sério!

Eu só podia tar drogada! Foi da vodka e do whisky!

Tirei a mão e levantei-me. Uhmmmm, a cama tinha a merda de um colchão tão bom!

– Bom dia! – disse o Andy enrolando-se na cama e espreguiçando-se. Eu ri. Imaginem um gajo de quase dois metros a rebolar-se na cama!

– Bom dia! – disse eu quando parei de rir.

– O que é que tem tanta graça? – perguntou ele levantando-se e estiquando-se quase batendo no tecto. Eu ri outra vez.

– As tuas figuras! – o meu estômago roncou.

– Anda, vamos comer! – ele saiu do quarto e eu fui atrás. Tava toda a gente reunida lá na sala. Basicamente a fazer a mesma coisa da primeira vez que eu os vi! O Jake e o Jinxx a jogar Guitar Hero e o CC e o Ash a jogarem às cartas. Só que agora o CC tinha a Susy ao colo.

– Eu quero comer, eu quero comer, eu quero comer, eu quero comer… - agora estava a armar-me em cachopa de cinco anos, só para irritar o Andy. Ahahahah! Eu não sei por quê, mas eu sinto um prazer sórdio em irrita-lo. Tadito!

– Sam, isto é sério?

– Claro! – sentei-me junto ao Ash que estava a jogar com o CC - Olha lindo, é só para avisar que se aparecer um taxista para te cobrar uma dívida a ideia foi do Andy. – começaram todos a rir e o Ash olhou para mim assustado.

– O que é que tu e o Andy andaram a fazer para virem de taxi?

– Viemos de taxi do hospital, pervertido!

– Ah! Melhor assim! E eu não sou pervertido. Só gosto de pensar…

– … em coisas que não devias, sei. – ele piscou-me o olho e passou a língua pelo lábio inferior dele e depois atirou-se para cima de mim e caímos os dois ao chão enquanto ele me fazia cócegas – Pára! Ash, pára!

– óh, eu vou-te ouvir implorar!

– Nunca!

E ele continuou enquanto o Andy saiu irritado para ir buscar comida.