Let You Go escrita por Zoombie_Misora


Capítulo 1
Fuja comigo


Notas iniciais do capítulo

Recomendo ler escutando Let You Go do TRAX, dá você morre chorando ;D



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SiWon olhava novamente para a porta. O carvalho que possuía vários anjos se abriu causando uma expectativa em seu coração... Logo apagada com o fato de não ser ele, mas sim a sua noiva ao som da orquestra.


Suspirou baixo. Lambeu os lábios e sorriu para a mulher que estava linda, mais ainda que sempre. Seu sorriso enchia o lugar, a risada era maravilhosa, mas ela tinha um único defeito: Não era tão bonito quanto ele.


Sempre foi apaixonado por aquele homem. Aquele nerd que sempre chamou a sua atenção com a timidez, fofura e teimosia. Seu jeito calmo, esforçado e batalhador, que era capaz de elevar a sua voz até o último andar dos mais altos prédios.


Seus olhares sempre se encontravam, os fan services ficavam mais sérios e numa noite de vinho e filmes, um beijo tímido vindo dos lábios do menor, o deixou abalado. Não que nunca houvesse se apaixonado, mas aquilo era diferente.


Eram amigos, cúmplices e secretamente apaixonados. Mas não podiam dizer pelo simples fato de que aquilo só seria um erro. SiWon não poderia gostar de um homem, especialmente um colega de banda, como ficaria a situação?


E se as fãs descobrissem? Não haveria nem porque pensar em algo assim, a sua religião nunca permitiria. Mesmo estando tão... ofuscado com o brilho que ele deixava. A sua gargalhada ou até mesmo a coloração de suas bochechas quando o deixavam em uma saia justa.


Teve um momento de epifania e resolveu se declarar, mas não teve sucesso. Seus olhares se cruzavam, os sentimentos transbordavam, mas não havia voz para que as palavras saíssem. E nunca mudava. Nem mesmo quando KyuHyun começou a ter rolos com uma menina muito bonita e simpática.


O tempo acabou passando.


Quando se viu, SiWon estava se arrumando para o próprio casamento. O tempo havia passado e nas lágrimas de ambos, o amor nunca dito, apenas pensado, sofrido e fantasiado. Os orbes castanhos estavam mais depressivos que nunca. Nem encarava o outro.


O mais alto fechava os botões. Suspirou pesadamente. Virou-se para o menor, segurou o seu rosto e o levantou. Estavam tão próximos. Suas mãos se tocando com delicadeza, respirando o mesmo ar, com apenas uma idéia na cabeça...

‘-Foge comigo. –Disse KyuHyun. –Por favor... SiWon-ssi.’


As palavras ecoavam cada vez que a noiva se aproximava.


Não havia respondido, apenas puxou sua mão, abriu os lábios e nada saiu. Apenas as lágrimas. Não podia, era contra tudo que sempre aprendeu e seguiu. Era tão complicado pensar que a vida poderia ter uma segunda versão como uma música.


Ela havia chegado ao seu lado. Uma tentativa de sorrir sem demonstrar tristeza. Não que não gostasse dela, era só que... seu coração não batia daquele jeito, os abraços não eram tão quentes e nem as conversas pareciam tão interessantes.


KyuHyun estava no carro, tentando chegar o mais rápido possível no casamento e impedi-lo! Sim, iria mostrar que aquilo era um erro e falaria à frase que mais temia em toda a sua vida: Eu te amo.


Segurava os soluços e tentava enxergar algo entre as gotas enormes daquela chuva que castigava Seoul. Parou o carro do outro lado da rua, abriu a porta com tudo e a fechou sem pensar em nada.


O moreno maior estava virado para a futura esposa que acabara de aceitar o casamento. O padre repetia o discurso enorme para SiWon que sentia uma angústia dentro de si. Sentia as suas pernas tremerem, não conseguia respirar, parecia que iria vomitar.


–Aceita Choi SiWon? –Perguntou o padre.


Quando o moreno fechou os olhos, o barulho de freios, pneus sendo gastos no chão e algo sendo atingido ecoaram pela igreja. Uma pessoa gritava ao fundo. Era uma voz masculina.


O moreno largou a noiva no altar, empurrava os convidados que haviam se levantado para ver o que tinha acontecido. Ele correu para aquela mesma porta que tanto admirava e desejava que fosse aberta pelo outro.


A chuva caía em seu terno caro, as pessoas se amontoaram. E aqueles gritos desesperados em seus ouvidos. Deixou um espaço e finalmente havia identificado a quem pertencia àquela voz sufocada pela chuva e sangue.


–Kyu... –Falou baixo.


–SIWON-SSI! –Agonizava o outro.


–Ele saiu correndo, eu não pude parar! –Falou o motorista do caminhão chorando. –A ambulância já está vindo.


Nem escutou direito o que havia sido dito. Apenas ajoelhou-se no chão e abraçou o que pode do corpo do outro, já trêmulo e frio. Segurou sua cabeça, passou a mão pelos fios castanhos e tentava esconder as lágrimas.


–Eu... Não podia deixar SiWon-ssi... –Falou KyuHyun chorando.


–Vai... Ficar tudo bem... –Falou o moreno maior. –Por favor... Fique comigo... Aqui, pra sempre comigo.

‘-Foge comigo. –Disse KyuHyun. –Por favor... SiWon-ssi...Fique aqui comigo... Aqui, pra sempre. –Implorou o menor segurando a mão do moreno fortemente. ’


–SiWon-ssi... –Falou o menor tentando sorrir... –Eu te amo.


Os olhos castanhos perderam o brilho. O seu sorriso não estava aberto, a sua voz ecoava pela cabeça do maior. Abraçou o corpo já sem vida do seu grande amor.


–KyuHyun.... –Olhou para aquele céu cinza. –Eu te amo.


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Notas finais do capítulo

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