Dezesseis escrita por Giovanna


Capítulo 1
Unique


Notas iniciais do capítulo

E aqui estou eu, com mais uma fic Nicalia! Não me canso! Mas sério, dessa vez, não é minha culpa. É culpa da mente perfeita do Renato Russo. Eu estava ouvindo Dezesseis e disse: Cara! Essa musica é totalmente Thalia e Nico. Então fiz uns ajustes, e ficou essa belezura aqui embaixo! Espero que gostem, afinal fiz de coração. Beijos.



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A menina andava pela cidade em direção ao bar local. Havia combinado com os amigos de se encontrarem no lugar para colocarem o papo em dia e para matarem a saudade.

O lugar estava muito movimentado, mas isso não era importante. O que era importante era cinco jovens sentados a uma mesa de bar. O barulho de seu tênis no chão do bar fez todos os olhares serem voltado a ela. Ela corou. Seu olhar se dirigiu aos seis jovens, mas por alguma coisa, acabou encontrando com a ultima pessoa que queria ver.

Virou as costas e saiu do estabelecimento, mesmo sentindo que estava sendo seguida. Acelerou o passo, mas foi retida na parede por mãos fortes.

- Me solta – Se debateu, sem sucesso.

- O que está fazendo aqui?

- Dá pra você me soltar?

- Dá pra você falar? Achei que estava na Austrália.

- E eu estavam, Nico.

- Não estava. Como chegou tão rápido de lá? Achei que havia ido morar com sua mãe!

- E se eu tiver mentindo?

- Isso que eu estou tentando entender: Por que infernos você mentiria?

- Não sei! Talvez eu quisesse fugir. Ou eu não sei. Mas você não pode ficar me forçando a falar uma coisa que não quero!

- É verdade, não posso. Então viva esse lixo que você chama de vida. Mas você não precisava ter mentido pra mim, sabia? Era só me falar que queria liberdade. Você mentiu. E eu odeio mentira. Adeus. Você é infantil demais. Quando aprender a ser mulher, você me fala.

- Eu sou mulher.

- Não. Você é menina. Mulher não faria essa infantilidade. – O garoto soltou-a com força. E saiu andando, sem mais nem menos.

A menina berrou de frustração. Aquilo sempre acontecia. Ela era uma idiota. Estava perdendo o único garoto que realmente amava por causa de uma infantilidade dela. Parecia drama. Parecia besteira. Mas não era. Ela havia perdido tudo o que mais lhe importava. Perdera o pai. A mãe estava do outro lado do mundo. O irmão estava com ela. E agora estava sem o garoto que realmente amava.

Voltou para o bar. O mínimo que poderia fazer era isso. Pelo menos não decepcionaria os amigos.

Teve uma surpresa ao vê-lo sentado aqui. Não esperava que ele estivesse ali, até porque ele sabia que ela voltaria. Mas estava e isso que importava. Sua sorte durou pouco. O celular apitou, avisando que uma mensagem chegara.

“Lugar de sempre. Agora. Katie.”

Sabia o que significava, mas a amiga teria de esperar um pouco. Mandou uma mensagem respondendo, dizendo que logo iria.

Caminhou até a mesa dos amigos e puxou uma cadeira, fazendo todos os olhares serem voltados para ela. Sorriu para todos. Um sorriso sarcástico e que faria qualquer pessoa ter medo do que poderia acontecer.

- O que foi? – Não houve tempo de ninguém responder alguma coisa. O telefone estava apitando novamente, mas dessa vez não era uma mensagem. Era o som de uma ligação. A garota atendeu o celular. – Cacete, velho, eu já vou! O quê? Vocês querem o quê? Cara, lógico! – Um sorriso estranho apareceu no sorriso da menina como se houvesse tido uma ideia. – Já vou. Qualquer um. Certo, tchau.

Desligou o celular e olhou novamente para os amigos que a olhavam sem entender nada. Ela revirou os olhos, em sinal para ignorar o que escutaram.

- Boa noite!

- Boa noite, Annie! Boa noite, criaturas. E... Eu quero um Jack Daniel’s.

- A senhorita é muito nova para isso.

- Filho, eu não quero lição de moral. Me dá logo essa merda. Anda! Vai buscar. Jack Daniel’s.

O homem saiu correndo para buscar a bebida para a menina que estava com um sorriso cada vez maior. Sua “festa” que logo aconteceria seria perfeita para ela.

- Tá tudo bem mesmo? – Silena perguntou, olhando para a menina que engolia quase toda a garrafa inteira, em um só gole.

- Tudo ótimo, Lena! Por que não estaria?

- Você está com uma jaqueta de couro, Thalia! Você sabe que quando você se veste assim...

- Não tem nada haver. Se controle, querida. Vodca, vinho ou qualquer coisa bem, mas bem forte que você conseguir. – Disse Thalia, dirigindo a ultima parte o dono do lugar, que estava servindo-os.

- Thalia, você não está bem.

- Tá brincando, não é, Percy? Eu estou ótima! – A menina disse gargalhando após terminar a segunda garrafa de bebida. – Agora eu vou indo. Tenho que encontrar Katie.

 Sem esperar alguém falar alguma coisa, foi se levantando. Cambaleou pouco, mas conseguiu se mantiver em pé. Foi caminhando até a estrada perto dali, onde os novos “amigos” estavam.

- Se não é a bela, boba e bêbada! – Gritou um garoto, rindo.

- Bêbado tá você, Connor! – A menina riu, respondendo. - Porque a mudança de lugar?

- Quisemos mudar de lugar. KATIE!

A menina de cabelos castanhos apareceu, com sua habitual camisa de banda e seu cigarro na mão. Riu alto, após a inspirada no negócio.

- Seu carro tá ali.

- Vocês passaram em casa? – Katie assentiu. – Tô indo pra Curva da Morte.

- Você é louca?

- Acho que sim. Vou pra lá. Tchau pessoas!

Thalia caminhou até seu carro e abriu a porta. Seu Camaro metálico vermelho havia sido presente de seu pai, no outro ano, alguns meses antes da sua morte. Foi lá que começou a gostar do perigo e fez novos amigos. Começou a beber e a fumar. Participava de rachas, como aquele, direto.

E os motores saíram ligados a mil em direção à tal curva que já colocara fim a vida de muitos jovens. A menina fez a curva e viu um conhecido carro. Tudo saiu em câmera lenta. A ultima coisa que foi ouvida foi o barulho do choque entre dois carros que vinham em direções diferentes e da explosão. E viram os pedaços do Camaro vermelho de Thalia no chão e uma Mercedes preta.

Houve um silêncio. Tanto o grupo que estava praticando a corrida, como os carros que vinham logo atrás da Mercedes, pararam. Foi um choque para todos. Em minutos, o corpo de bombeiros chegou para apagar o fogo causado pelo acidente. E a suspeita de todos foi completada: Os dois jovens que estavam dentro dos carros haviam morrido.

No outro dia, o diretor pediu para todos os alunos se dirigirem até o pátio, devido um anuncio. Todos acharam que era alguma besteira, o que era normal no colégio. Doce engano.

A menina loira estava sorrindo, abraçada com o namorado de olhos verdes, sendo seguida por Silena e Charles. Do outro lado do pátio, Katie, Connor e Travis estavam pálidos, com olheiras maiores que o normal e com olhos vermelhos. Todos estranharam. Não era normal, os três estarem daquele jeito. Eram sempre os mais alegres da sala da escola.

- Os alunos Thalia Grace, que já fora nossa aluna, e Nico di Ângelo não estão mais entre nós. Acredito que a maioria de vocês eram amigos dos dois e os conhecia muito bem para saber. Eles só tinham dezesseis anos e que isso sirva de aviso para vocês. Morreram ontem durante a madrugada em um acidente de carro. Não sobrou nada. Os carros explodiram. Segundo os médicos e a polícia, a menina estava bêbada. Muito bêbada. Tinha uma alta taxa de álcool no sangue.

As duas meninas Annabeth e Silena que alguma hora estavam alegres e felizes, agora estavam chorando e mortas. Haviam perdido dois grandes amigos. E estavam destruídas. Voltaram para a sala de aula e assistiram às aulas, sem a mente estar ali. Assistiram por assistirem. Mas tiveram um desconto, até porque os professores sabiam que estavam abaladas demais. Não só elas, mas Percy e Charles também.

Katie e os dois irmãos, Travis e Connor, estavam se sentindo culpados. E por esse motivo estavam avoados também. Não estavam bem, não estavam com condições de assistirem qualquer coisa. Sabiam que se não tivessem convidado Thalia para correr na estrada, ela não estava morta.

Na saída da aula, foi estranho e bonito. Todo mundo cantando baixinho, em lembrança aos dois. Parecia que todos estavam com a mesma ideia. Todos com o mesmo sentimento de dor e de perda.

Strawberry Fields Forever

Let me take you down,

'cause I'm going to Strawberry Fields.

Nothing is real,

And nothing to get hung about.

Strawberry Fields forever.

Living is easy with eyes closed,

Misunderstanding all you see.

It's getting hard to be someone,

But it all works out;

It doesn't matter much to me.

Let me take you down,

'cause I'm going to Strawberry Fields.

Nothing is real,

And nothing to get hung about.

Strawberry Fields forever.

No one I think is in my tree,

I mean, it must be high or low.

That is, you can't, you know, tune in,

But it's all right.

That is, I think it's not too bad.

Strawberry Fields Forever

Let me take you down,

'cause I'm going to Strawberry Fields.

Nothing is real,

And nothing to get hung about.

Strawberry Fields forever.

Living is easy with eyes closed,

Misunderstanding all you see.

It's getting hard to be someone,

But it all works out;

It doesn't matter much to me.

Let me take you down,

'cause I'm going to Strawberry Fields.

Nothing is real,

And nothing to get hung about.

Strawberry Fields forever.

Always know, sometimes think it's me.

But you know, I know when it's a dream.

I think a "No," I mean a "Yes,"

But it's all wrong.

That is, I think I disagree.

Let me take you down,

'cause I'm going to Strawberry Fields.

Nothing is real,

And nothing to get hung about.

Strawberry Fields forever. Strawberry Fields forever,

Strawberry Fields forever, Strawberry Fields forever.

E até hoje, dez anos depois, quem se lembra, não acredita que se envolveram em um acidente de carro. Não foi culpa da bebida de Thalia, já que ela se embebedara para isso. Não foi culpa de Nico, que estava sóbrio, mas transtornado. Nem da curva fatal e nem da explosão.

Os dois eram feras para morrerem em um bobo acidente de carro e vacilar assim. Eram conhecidos por quase todos os jovens da cidade. Eram muito bons. Mas para os inteligentes e sábios, aquilo foi tudo por causa de um coração machucado devido à mentira.

Provavelmente foi. Um acidente programado com direito a morte. E como dissera o diretor do colégio, eles tinham apenas dezesseis. Irresponsabilidade fora enorme ali. Irresponsabilidade dos pais de dar um carro para dois jovens. Irresponsabilidade de o bar vender bebida alcoólica para uma jovem rebelde. Até porque, a culpa não era dos dois de serem jovens, adolescentes, ousados e rebeldes.

Afinal, uma mentira pode destruir uma vida. Ou duas. Porque se amavam. Isso nunca foi negado. Amavam-se demais. Amavam a ponto de colocar fim na vida, por causa um do outro. 


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