A Ilha De Esme escrita por LSCullen


Capítulo 1
ONESHOT


Notas iniciais do capítulo

Bem... espero que gostem da minha One, ela bem curtinha, mas garanto boas risadas.
Divirtam-se.
Bjo.
LSCullen



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Jazz era experiente no que fazia e com todo o dinheiro que tinha fazia coleções de helicopteros, o cara era trilhonário, muito rico.

         A fámilia Whitlock era associada com os Cullen, em suas três empresas multinacionais.

         A única pobre ali era eu - quero dizer, pobre para eles.

         Os Swan - eu, Renée e Charlie - conseguiamos viver com o salário de contador do meu pai.

         Edward sentado ao meu lado, parecia destemido, olhando pela janela a bela paisagem do mar.

         Jazz pilotava o helicoptero, Alice ao seu lado... se maquiando, e eu... quase morrendo de medo.

         Altura não era comigo, se estivessemos em um barco eu estaria plenamente feliz.

         Estavamos indo para o Havaí, vai haver um campeonato de surf que vamos competir.

         Sim, somos Californianos surfistas.

         - Galera, estamos a mais de 4.000 m do solo - anunciou Jazz.

         - Ah, obrigada Jazz, vou ficar bem mais trânquila agora - disse sarcástica.

         - Não se preocupe Bella, eu sei pilotar essa belezinha, nada vai acontecer.

         Assim eu esperava.

         - Bellinha, pensa bem, se cairmos vamos estar no mar mesmo, não tem como morrermos...

         - Sim Alice, vamos cair no mar, mas vai faltar oxigênio.

         - Ah, isso é verdade, mas não vai doer.

         Alice às vezes falava coisas sem sentidos... não, não era só às vezes, era sempre.

         - Bella, amor, você está bem? Parece que vai vomitar - Ed perguntou depois de alguns minutos.

         - Eu estou bem... eu acho - sorri.

         - Já vamos chegar, olhe lá para baixo, que vista linda do mar.

         - Eu prefiro não olhar.

         - Fique trânquila, daqui a pouco vamos estar no Havaí, se jogar naquele marzão e trazer o troféu do campeonato.

         O barulho ensurdecedeor do motor distraia-me.

         As pessoas até podiam achar estranho eu ter medo de altura, mas eu tinha meus motivos, a minha última viagem de férias para Londres não estava na lista das melhores.

         O mais velho entre nós, Jazz anunciou:

         - Hei, olhem lá na frente, que linda aquela ilha.

         Ergui um pouco a cabeça. Era linda mesmo, ampla, um lado um pouco mais estendida que o outro, formando um triângulo achatado, cercado de um mar azul-esverdeado, como os olhos curiosos de Edward.

         Senti-me mais aliviada, mas ainda não haviamos chegado, talvez mais alguns quilometros.

         - UHU! Havaí nos espera - disse Lice animada, acompanhada de uma dancinha. Macarena??

         Depois de alguns minutos, um barulho ou melhor um silêncio absoluto nos rondou.

         - OMG! O motor parou - gritou Jazz.

         - O QUE? - gritou Alice.

         - Calma gente... Jasper faça alguma coisa - Edward tentou acalmar a situação, mas parecia mais nervoso do que todos.

         - Aiiiii, Edward... você está apertando a minha mão - reclamei.

         - Desculpe!

         - Nós estamos caindo... eu não quero morrer!! - chorou Alice.

         A única coisa que eu podia fazer naquele momento era chorar, então comecei a me desesperar.

- CALMA, vocês têm que manter a calma - disse Jazz apertando as dezenas de botões que havia ali.

Manter calma? Não dava, estavamos caindo e sabiamos que iamos morrer, como é que eu ia ficar calma?

Jasper olhou para Alice e depois para o Edward.  - AHHHHH!! NÓS VAMOS MORRER! VAMOS MORRER!!

         Quem foi que mandou mantermos a calma, mesmo?

         - EU QUERO A MINHA MÃE!!! - Lice chorou.

         O helicoptero caia, descordenado, rodopiando sem rumo. Segurei-me com força no banco.

         - Edward, cara, foi muito bom conhecer você... e Bella, eu sempre te achei linda...

         - JASPER, que merda você está falando? - Lice perguntou parando de gritar.

         - Só estou dizendo a verdade, já que vamos morrer... Lice eu te amo.

         - Ah que fofo...

         Eu estava sem voz, queria dizer a Edward o quanto eu o amava também, mas a única coisa que saiu foi:

         - Edward, nós vamos morrer.

         - Eu sei - disse desesperado e depois selou meus lábios.

         Aquele estava sendo o maior pesadelo, o frio imenso passava pela minha barriga enquanto caiamos descordenadamente, eu chorava compulsóriamente.

Foi um beijo longo, só nos separamos quando o helicoptero impactou com a água nos afundando cada vez mais.

         Algo me puxou. Jasper me ajudou enquanto Edward ajudava Alice.

         Nadamos até a superficie, arquejei quando o oxigênio invadiu meus pulmões novamente.

         Me recuperei por uns instantes, olhei para os lados, nenhum sinal deles, água para todos os lados, apenas a ilha que tinhamos visto a alguns quilometros.

Não evitei em sorrir, eu estava viva, viva! Mais onde estavam os outros, não encontarava Edward em lugar nenhum, eu queria voltar para o fundo, buscar o Edward, não o deixaria morrer.

Me desesperei, eu não suportaria perder ele.

Soluços tomaram conta do meu peito novamente, procurei novamente e

um movimento a dez metros de distância, cabelos louros flutuando: Edward.

         Nadei até ele, o abraçando.

         - Edward.

         Me abraçou e me beijou desesperado.

         - Bella... eu te amo!! - sorriu.

         - Eu também te amo.

         Mais a frente avistamos Alice procurando por nós.

         - AHHH! UM TUBARÃO... ELE VAI ME COMER - disse se debatendo na água.

         Não era tubarão, apenas Jasper.

         - Ah... é você Jazz? - perguntou.

         - Claro, pensou que fosse o que?

         - Nada - sorriu.

         - E agora, o que vamos fazer? - Edward perguntou a Jasper.

         - Bem... perdemos o helicoptero, ou ficamos aqui e morremos de frio e fome ou nadamos até aquela ilha - disse apontando.

         - Eu escolho ficar no mar, quem ta comigo levanta a mão - disse Alice.

         Ninguém respondeu, olhamos para ela, sérios.

         - Que foi? Eu só estava brincando - sorriu.

Eu sinceramente não conseguia acompanhar o humor dela, mas todos nós sabiamos que ela fazia isso para descontrair, porque, convenhamos, não é nada legal ficar em uma ilha desconhecida.

Eu sabia que era uns três quilometros de onde estavamos até a ilha. Começamos a nadar a todo pique, mais depois de alguns minutos eu já não aguentava mais. Parei no meio do nada, enquanto os outros continuavam bravamente. Edward percebeu que eu não os acompanhavam e nadou até a mim.

         Meu corpo afundava, já não aguentava mais o próprio peso.

         - Bella, vamos, temos que continuar, já estamos chegando - disse me segurando.

         - Eu... não aguento... mais...

         - Não, vamos Bella, você consegue, só mais um quilometro, estamos perto.

         - Eu não consigo, vão sem mim...

         - Claro que não, eu jamais vou sem você.

         Jasper e Alice continuavam a nadar, no maior pique.

         Meu corpo descansava, nos braços de Edward que mantinha-se batendo os pés para não afundar.

         - Não podemos ficar aqui, meu amor, você precisa tentar Bella.

         - Estou muito cansada - chorei.

         - Eu sei, também estou, eles também estão, mas não pode desistir agora.

         Assim que eu voltei a sentir minhas pernas, Edward me conveceu a tentar. Eu nadava de vagar, Edward me acompanhava.

         Com os olhos fechados, ardendo por causa da água salgada, mal percebi quando meus pés tocaram a areia.

         Eu havia conseguido, tinha chegado na praia, estavamos na Ilha.

         Meu corpo se juntou ao de Alice, Edward e Jasper no chão. Ofegantes na areia molhada onde as ondas tocavam os nosso pés.

         - Cara... não... acredito... que... conseguimos - Jasper disse ofegante.

         - Estou morta - Alice murmurou.

         Nenhuma palavra saia de meus lábios.

         - Todos estão bem? - Edward perguntou.

         - Sim - Jasper respondeu por todos.

         O sol escaldante que antes nos queimavam, agora se escondia no mar.

         - Não podemos passar a noite aqui, a maré vai subir, temos que armar uma cabana - Edward disse sentando ao meu lado.

         - Não vamos ficar aqui para sempre, não é? Tipo, eu não quero brincar de a Lagoa Azul ou Lost - Alice disse, sentando na sombra de um coqueiro, aproveitei e sentei ao seu lado.

         - Claro que não, o pessoal do hotel vai ver que não chegamos e vão ligar para os nosso pais, eles vão nos resgatar - Edward disse.

         - Mas vamos ter que passar essa noite aqui, já está escurecendo, está frio e não temos onde ficarmos - Jazz explicou.

         - Então vamos montar uma cabana, igual a que fazem nos filmes, bambu e folha de bananeira.

         - Ok. Ed e Bella vocês pegam as folhas e Alice vem comigo, vamos pegar um pouco de lenha e bambu.

         Que ótimo!! Eu esperava sinceramente que o nome desta história fosse "perdidos por apenas uma noite".

Entramos na mata, folha e árvores ali era o que mais tinha, como é que iamos saber qual era a certa?

         Edward segurou minha mão para não nos perdemos.

         - Acho que é essa árvore aqui, mas é bem alta - disse ele, pulando e pegando uma folha na mão

         - Já temos uma - sorri apesar de toda a situação.

         Pegamos folhas o bastante para fazer uma cabana.

Edward havia marcado o caminho de volta com um pouco da areia da praia, só assim conseguiriamos voltar, a mata era fechada e nós não conheciamos nada ali.

- Você está bem? – perguntou, enquanto tirava um grande galho do nosso caminho.

         - Sim, só um pouco cansada.

         - Amor, não se preocupe, eu vou tirar a gente daqui.

         - Você está com medo?

         - Não, você está?

         - Sim.

         Edward parou, deixou as folhas no chão ao nosso lado e segurou o meu rosto com as mãos.

         - Meu amor, não sinta medo, vamos ir embora em breve, pense que só estamos de férias, estamos acampando como sempre fazemos, vou proteger você.

         Eu assenti e ele me beijou com carinho. Voltamos.

                         ***

Edward e Jasper trabalhavam arduamente enquanto eu e Alice olhavamos o Sol desaparecer.

         - Eu semprei achei que ser escotero e acampar era um saco, mas agora está servindo, e muito - Edward comentou.

         Passaram-se alguns minutos, não ficou a melhor cabana do mundo, mas dava para passar a noite.

         Jasper se encarregou da fogueira, só conseguimos fogo uma hora depois. Nosso estilo de vida naquele momento era a là homens das cavernas.

         Parecia ser tarde, apenas o barulho de insetos gorjeando pela noite. Deitados em folhas, Jasper e Alice, Eu e Ed, sorte a nossa que a noite não estava fria.

         Edward me abraçou, me beijou.

         - Vai ficar tudo bem, vamos ser resgatados - sussurrou em meu ouvido.

         - Tomara, estou com medo de ter que ficar aqui para sempre.

         - Vocês já pararam para pensar... somos naufragos, só faltou a bola Wilson.

         Alice e seus filmes.

         Estavamos em um silêncio absoluto, Edward me fazia carinho e cantava umas de suas canções, disse que não dormiria enquanto eu estivesse acordada. Foi dificil pregar os olhos, Alice estava acordada também, apenas Jasper dormia.

         - Esperem... escutaram esse barulho? - Alice perguntou assustada.

         - Que barulho, Alice? - Edward perguntou curioso.

         - Esse... - ficamos em silêncio e um ronronado cercou a cabana.

         - Meu Deus! Um leão da montanha - disse boquiaberta.

         - Aqui não tem leões das montanhas, é so o Jasper roncando - Edward sorriu.

         Não pude deixar de rir.

         - É mesmo?

         - Alice vai dormir - Edward ordenou.

         Minhas palpebras cansadas desistiram de lutar e se fecharam.

         Quando acordei, nem Edward e nem Jasper estavam lá, apenas Alice sonhando com seu leão da montanha.

         Me levantei e procurei pelos garotos. Estavam há alguns metros, escrevendo um grande S.O.S na areia.

         - Bella, já acordou? - Edward me abraçou.

         - Sim... acha que vamos embora hoje?

         - Claro, já devem estar nos procurando.

         - Vou acordar Alice - Jasper disse indo até a cabana.

         - Que manchas vermelhas são essas? - Edward perguntou apontando para vários pontos do meu corpo.

       

        - Não sei... picadas de perninlongos e outros bichos.

         - Droga! Você não queria vir e eu insisti, se estivesse em casa agora nada disso teria acontecido com você, estaria bem e...

         - A culpa não é sua, foi um acidente - interrompi seu lamento.

        - Sei que está com medo.

         - Sério que você não está? - perguntei.

         - Não... alguém tem que ficar calmo numa situação dessas.

         - Sei... - sorri dando lhe selinho, não estava em condições de beijá-lo de verdade, eu queria saber como é que eu ia escovar os meus dentes.

         Voltamos para a cabana, o sol estava quente demais, não faziamos a menor idéia de que horas podiam ser. Ficamos nos olhando, sem saber o que fazer, a fome começando aparecer.

         - Tá legal gente!! Já chega dessa brincadera, onde é que estão as cameras, hein? - Lice perguntou levantando e olhando para os lados.

         - Que cameras Alice? - Edward perguntou.

         - Pensam que eu não sei, não é? Estão fazendo uma pegadinha comigo, mas eu descobri - sorriu animada.

         - Não tem pegadinha nenhuma meu amor... isso infelizmente é realidade.

         - Ahh... não gosto daqui, essa ilha até que é bonitinha, mas...

         - Estou com fome - Edward reclamou.

         - Eu também - Jasper comentou.

         - Bem... podemos pescar alguns peixes e tem bananas aqui perto.

         - Certo, não podemos ficar sem comer nada... Bella e Alice, vocês podem ir pegar bananas enquanto eu e Jazz tentamos pescar alguma coisa? - Edward perguntou.

         - Claro!! Isso vai ser legal - disse Alice.

Aquilo estava sendo uma diversão para Alice, eu não iria reclamar com seu humor, ela ainda não tinha visto a realidade, quando visse, com certeza iria ficar com tanto medo quanto eu, não queria ve-la chorar a única coisa que tinhamos que fazer agora era proteger uns aos outros. E Alice por ser mais nova é prioridade.

         Eu e Alice entramos na pequena trilha que nos levaria até as árvores.

         - Tem árvores demais aqui - Lice comentou andando na frente.

         - Claro, aqui é uma ilha, seria estranho se não tivesse – sorri.

         - Legal, chegamos - olhamos para o grande pé de banana, era óbvio que estava muito alto e alguém teria que subir na árvore.

         - Ótimo, eu escolho cara - pegou uma única moeda que estava em seu bolso.

         - Coroa - eu não tinha escolha, lice era a melhor naquele jogo.

         Jogou a moeda para cima e... Coroa!!!

         - UHU! Dançou Lice, você sobe - comemorei

         - Bella, você roubou - reclamou.

         - Aham, sendo que foi você que jogou a moeda - sorri.

         - Ta legal, me da apoio.

         Ela apoiou os pés em minhas mãos para dar o impulso, logo ela estava agarrada a árvore, cena bizarra.

         Com o objeto afiado que Jazz e Edward havia feito naquela manhã ela cortava o cacho da fruta.

         Aquilo estava sendo a mesma coisa que cortar um pedaço de bife com uma faca cega.

         Contava os segundos com cada batimento cardiaco, distraida, só fui perceber que tinha um bicho em Alice quando ele já estava em sua costas.

         - Lice, por acaso, você tem medo de aranha? - perguntei, tentando manter a calma.

         - Claro que não, sou uma garota destemida, corajosa, que enfren...

         - Ah ta, que bom que você não tem medo porque tem uma aranha, tipo, mega gigante bem na sua costas.

Eu não queria assutá-la, mas já que não tinha medo...       

Tudo no momento seguinte aconteceu muito rápido, Alice sem pensar largou da árvore caindo em cima de mim, se debatendo toda com medo da aranha.

         - TIRA, TIRA ESSE BICHO NOJENTO DE MIM!! - Gritou. Eu não sabia se dava risada, ou se gritava e pulava junto com ela, a aranha tinha fugido dos nossos gritos.

         - Calma, ela já foi embora - avisei-lhe, coitadinha estava muito assustada, mas pelo menos o cacho de bananas estava em suas mãos.

         Depois de ela estar mais calma nós voltamos, estranho, o caminho parecia mais extenso e por acaso saimos em uma cachoeira, linda.

Aproveitamos e pegamos água e levamos e nos lavamos o máximo possível, eu sentia que esse seria mais um dia tenso naquela ilha.

- Não me lembro de ter passado por aqui, acho que aquela aranha faz as pessoas ter amnésia - Alice comentou, se abaixando e bebendo a água limpida.

         - Nós não passamos por aqui - comentei.

         - Estamos perdidas? Era só o que faltava.

         - Alice, Bella - uma voz masculina chamou.

         - Edward - o abracei.

         - O que foi? Eu ouvi vocês gritarem... e estão do lado errado da trilha, tive que seguir o grito de vocês – Edward parecia assustado, preocupado com a gente, ele olhava intensamente para mim.

         - Acredita que eu fui atacada, tipo, por umas sete aranhas, grandes, quase não dei conta de lutar contra elas - mentiu Alice, mas ao mesmo tempo ela piscou para mim.

         - Isso é verdade Bella? - Jazz perguntou, aparecendo e logo se postou ao lado de Alice e começou a examiná-la para ver se tinha sido picada pelo bicho.

         - Claro que é, tive que ajudar a corajosa Alice... nunca vi alguém tão corajosa como ela - sorri.

         - Ela não te envenenou, está sentindo alguma coisa? – Edward foi ajudar Jasper na inspeção.

- Estou bem, não estou sentindo nada, sério – ela concretizou.

Parecia estar tudo bem.

- E voce Bella? – Edward perguntou.

- Estou bem, a aranha fugiu dos nossos gritos – sorri, nervosa.

- Bela cachoieira! – Edward disse voltando a me abraçar. Ele era sempre tão carinhoso e protetor, e claro, eu adoro.

- Vem... conseguimos pegar um peixe - Edward e Jazz nos levaram de volta para a cabana, agora pelo lado certo da trilha.

         O peixe que eles haviam pegado era de bom tamanho, daria para nos alimentar.

         - Bem... alguém tem que limpar o peixe - Jazz anunciou.

         - Deixa isso que eu e a Bellinha fazemos - Lice falou.

         - Ok - os meninos deram de ombros, indo para o mar para ver se conseguiam mais alguma coisa.

         - Olha só que peixe bonitinho - Alice pegou o animal excamoso nas mãos balançando.

         - Da até dó de comer ele - eu disse, sentando-me do seu lado.

         Colocamos o peixe em cima de uma pedra - nojento - mas era o único lugar que não tinha areia.

         - Começamos arrancando a cabeça - eu disse, passando o objeto afiado que usuamos para as bananas.

         Não foi uma cena agradavel, preferi não olhar enquanto Alice arrancava as entranhas do animal.

         - Nossa, Bellinha, eu juro que não sabia que a carne moida vinha do peixe - Alice disse, com as tripas do animal entre seus dedos.

         Carne moida vem do peixe? Sério, ela só podia estar brincando, ou era acéfala. OMG!

- Mas, Alice, isso não é carne moida - gargalhei apontando para sua mão.

         - É o que então?

         - Isso que você está na mão é mais conhecido como tripa, entranhas, como você quiser chamar - sorri.

         Juro que mais um pouquinho a coitadinha tinha vomitado.

         Terminei o trabalho com o peixe já que Alice se recusou. Os garotos acenderam o fogo e depois de alguns minutos o nosso almoço/janta estava pronto. Incrível como o dia havia passado rápido.

Pronto para comer nos servimos, mas Alice apenas ficou olhando.

         - Lice, amor, não ta com fome? - Jazz perguntou.

         - Estou, mas estou com dó do coitadinho, olha  para ele assim todo murcho, e fico imaginando que ele poderia ter filhotinhos e então eles iam ficar esperando o pai deles voltar do trabalho... - imaginação fértil, até onde isso ia?

         - Pelo amor de Deus Alice, quer morrer de fome? - Edward perguntou.

         - Não, mas...

         - Então coma.

         O sol foi embora, dando lugar a lua brilhante, a única luz que iluminava o mar e parte da ilha.

         Alice e Jasper dormiam cansados, enquanto eu não conseguia pregar os olhos um minutos se quer, sem contar que hoje a noite estava fria.

Ao sentir meu estremecer Edward se aproximou de mim e me abraçou mais forte.

         - Edward... sei que ninguém vai vir nos buscar, ninguém sabe que estamos aqui - sussurrei.

         - Sinto muito, meu amor, mas você está certa, vai ser dificil alguém nos achar..., mas não diga nada a Alice, entre nós ela é a que mais tem medo... não quero que ela morra de desespero aos dezesseis - sorriu.

         - E eu não quero morrer aos dezoito - murmurei.

         - Não deixarei... você ainda é virgem - sorriu. Senti meu rosto corar, se tivesse alguma luz Edward teria caçoado de mim.

         Eu o beijei, juntando mais o meu corpo do seu, ele estava quente, apesar do frio que fazia. Apertou a minha cintura me mantendo aquecida, o nosso beijo se aprofundou mais, enterrei as minhas mãos em seus cabelos, sua língua pediu passagem encontrando com a minha, um arrepio súbito em meu corpo quando seus lábios desceram para o meu pescoço, ombro, suas mão pararam em meus seios e eu o detetive.

         - Me desculpe – disse envergonhado.

         - Não... tudo bem, eu acho que está na hora de passarmos dessa parte.

         - Bella, eu não estou forçando você a nada, me desculpe, eu só...

         - Você está excitado – sussurrei em seu ouvido, sorri.

         Olhamos juntos para baixo, onde sua ereção chamava a minha atenção.

         - Fico assim toda vez, não consigo controlar, você é muito gostosa.

         Eu e Edward já estavamos juntos a dois anos, nunca haviamos passado de beijos e carinhos, eu nunca havia me sentido pronta para se entregar a ele, eu queria fazer aquilo na hora certa, com a pessoa certa, eu o amava mais que tudo, e agora estava percebendo que estava pronta para me entregar.

         Lentamente, minha mão que acariciava sua nuca desceu para a sua costas, comecei a beijá-lo novamente, ele retribui o meu beijo inocentemente, continue a descer mais a minha mão, brincando com o cós de sua calça, parei ali, enquanto ele apertava a minha coxa e sua outra mãe subia por dentro da minha blusa encontrando meus seios. Lentamente abri o ziper de sua calça, sem tocar em seu membro pulsante.

         - Bella... – gemeu baixo em meu ouvido.

         Com uma rapidez absurda a mão de Edward me tocava por dentro do short que usava, agora somente um pedaço de pano me separava dele. Eu podia sentir, estava quente, molhada o com a maior vontade de tê-lo ali, mas não podiamos, Jasper e Alice estavam do nosso lado. Comecei a acariciar seu membro do mesmo jeito que ele fazia comigo. A cada toque ficava mais duro, parecia que rasgaria aquela calça a qualquer momento.

         - Oh, Deus!... Edward pare, não podemos contiuar com isso aqui – sussurrei, aumentando o ritmo do meus movimentos com mão.

         - Eu sei... Bella...

         Parei de tocá-lo e ele reclamou. Ainda continuava excitado, eu tinha que dar um jeito naquilo.

         - Vai me deixar assim? Quer que eu fique com...

         Não deixei que ele terminasse, tapei seus lábios com a minha mão.

         - Agora, fique bem quietinho, Alice pode acordar – sussurrei em seu ouvido.

         Sem esperar mais, fiz com que Edward ficasse deitado em baixo de mim, ajoelhei-me entre suas pernas, fechei os olhos e coloquei parte dele em minha boca, obvio que não caberia tudo.

         Edward gemeu e logo eu tive tapar sua boca novamente.

         Devagar e torturante eu comecei a chupá-lo, eu não era experiente naquilo, era a primeira vez que eu estava o fazendo, mas sabia como tinha que fazer, era virgem, mas não santa.

         Edward em momento algum interferiu, respeitou o meu ritmo e logo chegou em seu orgasmo.

         Não foi tão nojento como eu havia pensado, eu estava feliz em saber que eu tinha dado prazer a ele.

         Olhei em seus olhos depois de tudo, ele me beijou.

         - Eu te amo – ele sussurrou.

         - Eu te amo – sorri.

         - UAU! Bella, o que foi isso?

         - O que? Você não gostou? Eu não fiz direito?

         - Claro que fez, meu amor, isso foi incrivel...

         - Que bom, Edward. Acho que já estava mais do que na hora de eu perder a minha virgindade, eu tenho total certeza sobre você, te amo mais que tudo nessa vida.

         - Eu quero que tenha certeza total, sabe que depois não pode voltar atrás, eu também te amo, vou esperar você sempre.

         - Bem... isso prova que estou pronta...

         - Com certeza, ter um orgasmo com você é bem melhor que sozinho.

         - Sozinho?

         - Sim, acha mesmo que eu não pense em você todas as noites? Sempre fantasiei você nua...

         Olheiu incredula para ele.

         - O que? Eu sou homem, Bella – sorriu.

         - Tudo bem, agora nesse exato momento eu fico imaginando o que você pensava quando eu estava com um pirulito na boca, ou chupando um sorvete...

         - Ah... dias dificeis – confessou.

         Não pude deixar de sorrir.

         - Isso é interessante, me conta mais sobre isso...

         Edward sorriu e começou a me contar as suas inumeras noites em que pensava em mim e dava-se o próprio prazer. Depois de muitas risadas nós conseguimos dormir.

Acordei com o canto de um passaro e o sol escaldante que a travessava as folhas secas da cabana. Edward estava a alguns quilometros distante, com Jasper ao seu lado. Eles olhavam para o horizonte, na esperança de que alguém nos visse ali.

         Alice estava em canto na sombra, parei e fiquei olhando para ela depois percebi que ela estava chorando.

         - Hey, Alice, por que está chorando? – perguntei, sentando-me ao seu lado.

         - Eu quero ir para a casa, Bella, estou ficando com medo.

         - Está tudo bem, Alice, eles iram vir nos buscar, é só uma questão de tempo.

         - Quanto tempo?

         - Não sei – suspirei.

         - Onde meu irmão e o Jasper estão?

         - Ali – apontei.

         Fomos até eles, na esperança de que eles alcamassem Alice e tivessem alguma resposta.

         - Então?

         - Nada, nenhum barco, helicoptero ou sinal de vida – falou Jasper.

         Alice abraçou Jasper.

         - Eu quero ir embora Jazz...

         - Eu sei, meu amor, todos nós queremos.

         - Bem... eu estou com fome, precisamos procurar algo. E eu preciso ‘tomar um banho’ acho que podemos nos lavar naquela cachoeira que vimos ontem – disse Edward.

         - Ah... banho, estou precisando.

         preparamos algo para comer.

         Para mim aquio não estava deixando de ser uma aventura, estava aprendendo a da valor nas coisas que eu tinha e que não acha que tinha a menor importancia, tipo, um prato de comida, um sabonete ou até mesmo uma escova de dente.

                                            ***

         Alice havia inventado um jeito de saber em que dia que estavamos, já fazia um semana que estavamos ali. Todos já haviam perdido as esperanças.

         A cada dia que passava eu me sentia mais desesperada, perdiamos a fé e a esperança de sermos resgatados. Não passava um avião, helicoptero ou um barco qualquer que fosse, estavamos ilhados para sempre. Alice chorava quase todas as noites, porque ela já sabia de toda a verdade, que aquela deixara de ser uma aventura.

         Sem nada para fazer Alice inventou uma brincadeira, o tempo passou rápido, demos muitas risadas.

         Já estava ficando tarde. O Sol se escondia no mar e Edward suspirou.

         - Mais uma noite nesse lugar e eu vou enlouquecer.

         Conformados de que ficariamos mais uma noite entramos na cabana.

         - Jasper é melhor você entrar - Alice falou.

         - Espere um momento... Edward eu estou vendo uma lancha.

         Edward rapidamente saiu acompanhado de mim e de Alice.

         - Olhem lá - ele falou apontando para um objeto branco, longe.

         - É uma lancha - Edward sorriu.

         - Nós vamos embora - sorri, pulando para lá e para cá com Alice.

         - HEI, ESTAMOS AQUI - Edward gritou, balançando os braços no ar.

         - AQUI!! - Jazz gritou.

         - Uhu, vamos embora, vamos embora - Alice comemorou.

         A lancha se aproximava de nós, agora podiamos ver que era pequena e bastante veloz.

         - Que estranho Edward, aquele homem parece o nosso pai - comentou Alice.

         E realmente, o homem era parecido com Carlisle.

         - E aquela mulher parece a nossa mãe.

         - Sim, é Esme e Carlisle - comentei.

         A lancha parou, não podia continuar ou ia encalhar.

         Um bote foi jogado ao mar e logo Esme e Carlisle estavam navegando em nossa direção.

         Carl e Esme chegaram na praia.

         - Pai, mãe, vocês vieram nos resgatar - Edward correu em direção aos pais para abraça-los.

         - Crianças? O que fazem aqui? Não eram para estar no Havaí?

         - Sim, mas o motor do helicoptero parou e caimos no mar.

         - Meu Deus! - disse Carl.

         - Foram as pessoas do hotel que avisaram vocês? Que não haviamos chegado?

         - Não, ninguém nos avisou de nada, não sabiamos que estavam perdidos, até pensamos que decidiram ficar mais uma semana por lá.

         - Eu sabia que tinha algo errado, Alice não havia ligado uma só vez, eu disse a Carlisle que tinha algo errado. - Disse Esme.

         - Ah... então nos encontrou aqui por acaso?

         - Sim, Carl comprou está ilha, viemos visitá-la, antes de assinar os papéis.

         - Isso aqui é particular? - Edward perguntou indginado.

         - Sim.

         - Não acredito... essa ilha aqui agora é sua? - Alice perguntou.

         - O destino e sorte fez com que encontrassemos vocês.

         - Sorte? Meu Deus sorte agora é o meu sobrenome - sorri abraçando Esme.

         - Bem, o que acharam da ilha? - Carl perguntou.

         - Linda, perfeita, mas não voltarei tão cedo, 7 dias de naufrágio foi demais para mim, traumatizei - Alice falou.

         - Será que podemos ir embora? Preciso muito de um banho quente - Edward pediu.

         - E eu estou com fome - Jazz reclamou.

         - Olhe só para o meu estado, preciso de trinta dias em um SPA - disse Alice.

         - Eu a acompanho - disse me juntando a Alice e ela sorriu.

         - Bem... a ilha parece perfeita - Esme sorriu para Carl.

         - Ok. Vamos embora.

         Ele mal terminara de perguntar e nós já estavamos no bote.

         - Pelo menos uma coisa eu aprendi nessa ilha - Alice comentou sentando ao lado de Jazz. - Aprendi que a carne moída não vem do peixe - sorriu. - E que tenho muito medo de aranha.

         Esme olhou incrédula para  Alice. Coitada, ela não sabia nem a metade da obtusidade da filha.

         - Todos nós aprendemos muitas coisas, pensando bem, foi uma aventura - Edward comentou.

         - Isso é verdade, não podemos esquecer que nos divertimos - falei.

         - Que ficamos feliz que tenham gostado da ilha. A Ilha de Esme - Carl sorriu.

         - Ilha de Esme? - perguntamos.

         - Sim... é um bom nome.

         - Fica mais legal, Ilha dos Naufrágos - Edward opinou.

         - Lógico que não, Ilha de Alice, soa perfeitamente.

         - Que Ilha de Alice o que, esse nome é feio... - disse Jasper.

         A discussão continuou, virei-me para o lado oposto.

         Poderiamos até ter passados momentos ruins, mas momentos bons também faziam parte daquela ilha.E Ilha de Esme ainda teria muita estória para contar.

                            FIM.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Deixem um review!