Oneshot - Robin no Comando escrita por sakaki


Capítulo 1
Oneshot - Robin no comando


Notas iniciais do capítulo

Os personagens de Batman não me pertencem xD
lol
mas...
enfim :D
oneshot de natal falando como seria Robin no comando. Como ele se sairia dando as ordens? :D
fic que fiz de brincadeira xD
então por favor não fiquem bravos comigo ç_ç



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Oneshot - Robin no comando

Tudo começou naquela manhã de sol, o céu todo azul parecia uma tela pintada quando visto de uma varanda, as árvores todas meio envelhecidas por causa do tempo, logo em frente a minha sacada, e eu de pé contemplando aquela cena. Muitos pensamentos passavam pela minha cabeça, como o que eu faria no futuro. Eu pensava em sair no mês seguinte da casa do Batman, não que ela seja boa, mas eu precisava ser mais independente, sabe?
Talvez morar alguns anos na casa da minha mãe e depois com um pouco de sorte e dinheiro, eu iria poder achar um apartamento bom e barato e finalmente largar dessa vida.Não que essa vida não seja boa, mas tudo o que eu faço é ser a sombra dele, eu estou um pouco cansado disso, entende?
Mas havia chegado o dia, sim, aquele dia o qual eu esperei durante o ano inteiro, o dia o qual tudo mudaria e eu mostraria o meu verdadeiro valor. O dia estava lindo, sem previsões de chuva, sem previsões de ordens.
Ouvi alguns passos e logo olhei para ver quem era. Era ele. Quem mais poderia ser? Ele foi para a sala de jantar, sentou-se na sua cadeira preferida , ela era diferente das outras, seu estofado era todo vinho e macio, aquele homem...Mas hoje seria diferente. Fui até ele, estufei o peito e disse:
- Adivinha que dia é hoje???
- Por que está tão feliz?
Seu tom de indiferença me irritava, mas tudo bem, o dia era meu. Estufei o peito novamente e falei animado:
- Adivinha que dia é hojee?
- Dia 25 de Dezembro de 2008.
- Certo. Mas que dia EM - e resolvi dar bastante ênfase a esse em para que ele se lembrasse mais rapidamente - especial é hoje?
- Natal.
- Ótimo! Mas que dia EM especial para mim é hoje?
- Dia de visitar a sua mãe. Ou ela vem passar a ceia aqui?
- Nenhum dos dois! Hoje é o meu dia! É o dia do Robin no comando! Eu fico no comando! Eu dou as ordens! Eu...
- Certo. Então, o que pretende fazer no seu dia?
- Hm...Vamos a tomar um sorvete, depois comprar algumas frutas para a ceia. Sabe como é,né? Sempre tem algumas coisas que eu acabo esquecendo, mas é normal. Mas voltando ao assunto, depois nós vamos ver as árvores de natal no Central Park e...
- Vejo que o seu dia vai ser bem cheio.
- Eh...Como assim o meu dia?
- Ah..desculpe. Eu também vou junto?
Fiquei meio sem resposta, afinal, que ele pensava que era quem para falar daquele jeito? De pernas dobradas, lendo jornal, todo indiferente, como se fosse mais um dia qualquer...Eu estava no comando! E que graça teria estar no comando se eu não tivesse ninguém para comandar?
Respirei fundo e com todo a calma que eu consegui juntar no momento, voltei a tentar conversar com ele de igual para igual.
- O que você vai fazer hoje? Lembrando que eu estou no comando, é claro.
- Tudo bem, se isso significa tanto assim para você...
- Ótimo. Vamos de batmóvel ou de ônibus?
- Mas que pergunta, Robin.
- Tudo bem, vamos de ônibus. Eu não tinha dinheiro para a gasolina mesmo...
- É tão difícil assim?
Ele falou aquilo? Ele me chamou de burro? Quem ele achava que era? O batman? Bom, na verdade ela era o batman, mas só por um período de tempo, no outro ele era um homem qualquer, arrogante ainda por sinal. Não pude disfarçar o tom de desconforto na minha voz, ele estava me subestimando!
- Tudo bem. Eu sou um fracasso. Um completo fracasso! Afinal, tudo gira em torno do destemível galã que parece um morcego! E onde o Robin fica? Lá embaixo!
- Pare de gritar. Está assustando o Hug.
- O Hug? Cara, você tem um morceguinho de estimação e é mais popular que eu!
- Não fique assim...Nem tudo são flores.
- É? Então me explica o fato de você estar usando essa roupa super cafona e ainda chove mulher na sua horta! E eu? Como eu fico?
- Ela não é cafona, é profissional.
- Cala a boca! Enfim, você sabe o quanto eu gasto de gel e cosméticos e...e todas essas coisas para elas olharem para mim? E como eu fico? Jogado as moscas! Mas não, você tem que atrair toda a atenção, senhor: “Eu não preciso disso, eu sou sexy.”!
- Mas Robin, isso não é uma briga...
Como assim? Eu não era digno de uma briga com o homem morcego? Ele achava que eu não era capaz de persistir em uma briga? Aquele homem...
- Só uma vez! Uma vez eu queria ficar por cima, e não com a visão de sempre de baixo...Será difícil? Eu quero agir, fazer mais coisas novas e...
- Sabe filho...Vamos parar por aqui, você já está levando essa conversa para outros patamares, se é que me entende...
Tudo bem. Aquilo foi a gota d’água, eu não ficaria mais tempo naquela sala com aquele homem, primeiro me chamou de burro, depois me subestimou e agora estava parado ali, na minha frente, insinuando coisas, que Deus me livre fazer algum dia.
- Seu! Agora acabou! Acabou tudo! Serei seu mais novo arqui-inimigo, tão mal quanto todos os outros tão...
- Tudo bem.
- Então, tchau! Adeus! Até mais ver! Nos encontramos em breve!
- Vai logo.
- Ehhhh...Será que você não teria R$ 2,25 para me emprestrar? Para o ônibus, sabe?
- Tudo bem.
Ele retirou do seu bolso algumas notas, de alto valor, eu não sabia o que era pior, se era ter que olhar para a cara dele enquanto contava as notas tranqüilo ou se era ter que pedir dinheiro para o meu mais novo arqui-inimigo.
- Só tenho nota de 50, serve?
Aquele riquinho! Tudo bem, reaja com calma.
- Eles só aceitam de 10 para menos.
- Tudo bem. Acho que tenho algumas moedas por aqui. Tome.
- Obrigado.
- E volte até ás dez, para a ceia, está bem?
- Tá.
- O que eu falo para a sua mãe?
- Que ela ganhou a aposta.
Fiquei um pouco parado e tudo fico em silêncio.
Ela tinha razão, eu era só um mero aprendiz, nem conseguia ficar calmo em situações como essa e muito menos dar ordens, mesmo no meu dia de comandar eu acabava seguindo ordens, ela ganhou a aposta mais um ano.
- Robin?
- O que?
- O que você vai querer de sobremesa?
- Sorvete. Por que?
- Quer que eu vá buscar?
- Claro.
- Sim senhor.
O que ele pretendia com aquilo? Parecer legal? Espera um momento, eu dei uma ordem, meio indireta e apagada, mas eu dei uma ordem! Esse era o fim de ter que ficar dando cinqüenta reais para a minha mãe todo natal por causa de apostas perdidas.Sim,tudo estava mudando. Eu tive o pressentimento de que aquele seria um dos melhores natais da minha vida, e por que não? Afinal, tinha sorvete.


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