Cheguei lá e o Paul tinha recém saído do banho, ele estava lindo, como sempre e o cheiro de perfume dele estava pelo ar.

- Oi Jenny! – ele disse sorrindo!

- Oi, Paul! – Respondi “brisada”.

- Você mora na cidade?

- Não, moro numa próxima daqui.

- Vai como embora?

- Ônibus provavelmente, daqui a pouco!

- Você é louca?

- Por quê?

- Já é super tarde, nunca ouviu falar que uma moça bonita não deve sair assim tarde da noite?

Eu dei uma risada envergonhada.

- Mas não tenho escolha.

- Tem sim, passar a noite aqui.

- Não, isso não!

- Por quê? Prometo que não vou fazer nenhum mal.

- Não é por isso, não tenho medo de você... – falei ironizando e rindo da cara com que ele ficou!

- Não tem medo de mim? – Ele falou jogando uma almofada em mim.

- Hahaha. Você já fez muito por mim hoje.

- Você não respondeu minha pergunta. – Ele ficou sério num tom de brincadeira.

- Quer que eu responda?

- Na verdade não. – Ele disse se aproximando de mim e segurando meu rosto, ele olhou no fundo dos meus olhos... Aquele olhar caído dele me deixava fascinada e nesse momento eu senti um arrepio tomar meu corpo... – Você tem um olhar lindo...

- Besteira, são seus olhos!

- Se eu te beijar, você deixa?

- Você costuma perguntar assim?

- Não, mas você é especial, você é diferente de todas as outras que eu já conheci.

- Sou?

- Sim.

- E por quê?

- Preciso te responder?

- Você me deixa confusa Paul. – eu comecei a rir.

E quando fui falar mais uma coisa, ele me interrompeu de novo.

- Você não respondeu minha pergunta... Posso te dar um beijo?

Quando eu fui responder, ele disse:

- Na verdade, não responde.

E me interrompeu com um beijo... Foi um dos momentos mais mágicos da minha vida, só que ao mesmo tempo eu fiquei triste pelo fato de que eu sabia que aquilo só iria acontecer naquele dia, depois disso eu nunca mais o veria. E por isso eu aproveitei cada momento com Paul naquela noite de inverno!