A vida pode ser considerada um benção, e tudo que acontece nela tem que ter um motivo, mas e se as coisas acontecerem sem fazer sentido? E se alguma coisa que fosse feita ou dita estragasse toda aquela coisa da vida que chamamos de vida? O que fazer para concertar? E se as coisas começassem a acontecer sem que tenhamos o controle... Pior ainda, quando tudo o que acontece mexe diretamente com a nossa vida...

As coisas costumam sair do controle quando você se vê a mercê de uma pessoa que nem ao menos conhece, não que isso incomodasse de verdade, não, o que incomodava mais era saber que não havia como resistir.

Sara encarava aqueles olhos em busca de uma resposta, encontrou tudo, menos uma resposta, era como se ele soubesse como deixa-la sem reação, Sara queria bater nele, quem ele pensava que era para deixa-la assim tão sem chão? Quem ele pensa que é para fazê-la ficar tão confusa?

Ele era Gil Grissom, ele era quase seu marido, quase seu namorado, e ela apenas o conhecia á algumas semanas, e mesmo assim ele conseguia exercer todo aquele poder em cima dela.

Ela não entendia como aqueles beijos podiam ser tão viciantes e maravilhosos! Ela queria saber de verdade como se deixara abater pelo charme daquele homem, não o conhecia muito bem, pelo menos não se lembrava de conhecer, mas sabia que em toda sua vida, apenas ele conseguia faze-la tão completa!

Depois daquele beijo de tirar o fôlego, os olhos dos dois se abriram devagarzinho, primeiramente os dela demonstravam suspresa e um pouco de medo, mas os dele demonstravam satisfação, calma e até mesmo amor. Logo ela viu que não haviam motivos para tudo aquilo, em algum lugar lá dentro ela sabia que eles eram, de alguma forma, íntimos.

Não haviam palavras para ser ditas naquele momento, nenhuma palavra conseguia se formada na mente dos dois. Mas depois de alguns segundos naquele silêncio constrangedor, Sara meio que caiu na real.

-Você não pode me beijar toda vez que eu digo alguma coisa que você não concorda. -ela disse pedindo mais uma tequila e virando de uma vez.

-Posso se o que você dizer for incoerente.

-Ah com certeza!

-Eu posso fazer você se sentir linda.

-Essa foi a melhor paquera que você pode me passar?

-Foi a primeira paquera que passei par alguém.

-Devo me sentir lisongeada?

-Se quiser.

-Você pode me levar para casa? Eu quero ficar com a minha filinha.

-Nossa filinha, Sara. Ela é nossa filha.

-Eu sei.

-Vamos. -ele se deu o atravimento de pegar-lhe a mão para conduzi-la até o carro, ela quis puxar de volta, mas era tão gostoso ficar assim como ele que todos os pensamentos racionais da cabeça da morena foram embora.

Já dentro do carro, voltaram a ficar em silêncio e mesmo assim estavam confortáveis juntos alí naquele carro. Grissom dirigia devagar, os outros carros iam muito mais rápido, inclusive um carro preto que andava perto do deles, o mesmo carro passou na frente do deles os fechando, nada muito perigoso, mas Sara lembrou-se rapidamente, daqueles momentos antes do acidente, lembrou-se seguidamente de capotar e dos gritos de Alice.

E lembrando-se de tudo isso, ela gritou e agaarou o braço de Grissom, que assustado parou o carro.

-Está tudo bem, querida! -ela disse indo até ela para abraça-la.

-Desculpe-me -ela disse agarrando os braços dele com força. -Acho que assustei. -ela chorava baixinho.

-Está tudo bem, amor. ela sussurou em seu ouvido. -Eu estou aqui.

-Obrigada... Por estar aqui.

-Sempre estarei com você, se você deixar e quiser.

-Eu quero, mas não só hoje, eu quero pra sempre.

-Para sempre. -ele prometeu beijando o topo de sua cabeça.

-Eu acho que eu te amo.

-Eu também, sempre amei.

...

Mas as coisas nunca são tão fáceis.