Nada É Por Acaso, Disso Pode Ter Certeza escrita por lalala


Capítulo 15
Eu sei que prometi.


Notas iniciais do capítulo

Olááá!
Caramba gente... Poxa, ganhei tantos leitores, porém os reviews diminuíram :( isso desanima, galera, sério! Mas enfim, obrigada a todo mundo, e vou responder a todos do capítulo anterior depois, estou aqui na pressa kkk
Então, pra quem me encheu o saco desde o 3 capítulo aushausa AQUI ESTÁ A PEGAÇÃO! RÁÁÁÁ lol
Sei lá, eu gostei.
Espero que curtam o cap. Boa leituraa!
Uma coisa importante nas notas finais!



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“-Precisam ir, agora.”

Uh, aquilo doeu. “Mas e o Frank?”, Queria gritar “Espere pelo menos até ele chegar”

Mas essa isso que eles queriam. Que o pequeno achasse que quisemos ir, que foi uma escolha nossa, minha. Só que na hora, não pensei nisso. Apenas assenti com a cabeça, ainda perplexo.

Eles têm razão, só estamos atrapalhando, pensei.

Linda saiu rápido do quarto. Estava óbvio que ela não queria fazer aquilo, mas eu não ia desobedecer.

– G-gerard!?

– Mikey, anda, a gente precisa…

–Não! Não faz isso Gee! Não deixa eles expulsarem a gente! – Se agarrou em meu pescoço, começando a chorar.

– Não posso, Mi… Temos que obedecer…

O senti me apertando e afundando a cabeça em meu pescoço com mais força. Coloquei o pequeno em cima da cama e peguei nossas mochilas. Algumas roupas novas foram guardadas nelas e ainda assim faltava pouco pra ficarem cheias.

– Por favor Gee… Não deixa… - Michael apertava agora os olhos – E o Frank?

– Não podemos, ok? – Aumentei a voz, mesmo que choramingando devido a sua última frase – Frank não manda nesse lugar, e até que os pais deles estão certos. O que estamos fazendo é errado. – Peguei-o no colo e me dirigi até a saída.

Linda e Christiann estavam perto da porta, o maior balançando a cabeça negativamente enquanto eu passava. Antes de voltar a rua, olhei para a mãe do Iero uma última vez e continuei a encarar o chão da calçada depois da troca de olhares tristes.

– Vai ficar tudo bem, Mi… Tudo bem… - É, acho que meu maninho já estava mais do que cansado de ouvir essas frases. O abracei, já pelas ruas da vizinhança.

Senti um aperto no peito ao me tocar que poderia nunca mais ver Frank.

Isso não pode ser real


~*~



Estava na rua da minha casa e tentava esconder os sorrisos de meu pai, quando ele olhava pelos retrovisores.


Sim, eu estava com saudades. Muita saudade. Esperava que o ruivo também sentisse, e quem sabe pudéssemos finalmente falar sobre algo, me deixar ouvi-lo. Tomara.

– Tudo bem, Frank? – Papai olhou para trás rapidamente, vendo um sorriso do qual não tive tempo de esconder enquanto encarava um ponto qualquer na janela. Voltei a ficar sério em um instante e desviei o olhar até que ele voltasse a prestar atenção no caminho novamente.

Pensei ter visto alguém na rua com um garoto no colo. “O ruivo”, foi a primeira coisa que veio em mente, mas respirei fundo e balancei a cabeça “Não, ele não faria isso. Não agora. Não.” Sorri “E afinal, quantas pessoas que caminham com um garoto no colo moram por aqui, certo? Certo Frank, certo.”

–Aí está, casa. – Meu pai avisou, estacionando o carro e olhando para trás. Por um momento, esperou algum abraço ou uma despedida minha. Não o fiz. – Quer que eu te ajude com as malas, que eu te leve até a porta ou…

– Não. – Saí do carro e fui até o porta-malas pegar minhas coisas – Sei me virar sozinho. Valeu por… nada. – Sem me exonerar, fui embora e encontrei minha mãe e Christiann na sala, muito aflitos – Oi, gente?

– F-frank! – Mamãe quase deu um pulo e forçou um sorriso – Frank, que saudades! Como foi com seu pai? – Me abraçou.

– É, foi. E só. – Ri fraco, retribuindo o abraço. Olhei para meu padrasto apenas acenando a cabeça sério, antes de voltar a ficar mais animado – Então, onde eles estão?

Linda e Chris se entreolharam, minha mãe visivelmente mais aflita, alterada. O –muito – mais novo fechou os olhos e fez algum sinal para que mamãe falasse.

– Bom, - Tive a impressão de ver Linda assentindo também para o namorado, como se já tivessem planejado e ensaiado o que estaria por vir. Talvez não. – Sabe Fran, eu não sei! – Ela sorriu contendo o desespero – Realmente não os vi, não sei!

– O-o que você quer dizer…? – Demorei a conseguir falar e dei um passo para trás, quase batendo na porta.

Christiann suspirou baixo e logo a outra fez o mesmo, mais alto. Veio até meu lado e colocou a mão em meu ombro, se abaixando vagamente.

– Querido… o que eu quero dizer é que… - Mamãe respirou fundo. Parecia falar com seu filhinho de dez anos que acabou de ser suspenso por puxar o cabelo de uma colega, e agora precisava mostrar-lhe de que aquilo era errado – Olha, todos já sabiam ao que isso tudo levaria… Até mesmo aqueles dois.

– Você não… Você não pode ter feito isso – Ia gritar, já estava apertando os olhos e tentando tirar suas mãos de mim.

– Não! Não foi isso, amor. Ninguém fez isso! – Tentou me consolar, abrindo sorrisos.

–… Não?

– Foi… Foi uma escolha deles, querido. Finalmente perceberam que toda essa maluquice não levaria ninguém a lugar nenhum! – Eu ia cortá-la, mas Linda foi mais rápida e continuou – Você mesmo disse que estávamos agindo errado, tratando-os como bichos... Não acha que deixá-los presos aqui deu no mesmo? Sabem se virar sozinhos. Além disso, Frankie, o que você vê de tão especial neles?

Papai já tinha ido embora, com certeza. Depois de tudo que passou comigo em apenas um dia, era meio improvável que se aproximasse enquanto ainda houvesse fogo, nem que fosse fumaça, na fogueira. Mas fez bem; a situação poderia estar ainda pior se ele estivesse por ali.

–N-não… Você está mentindo. – Me afastei dos dois empurrando a mulher do caminho e corri para todos os lados da casa, à procura do ruivo e do outro garotinho. Precisava do meu ruivo. Meu.

Mas não estavam lá. Dentro e fora, em cada canto, cada rachadura. Gritei pelos dois esperando um ruído, uma resposta, qualquer coisa. E nada.

De repente, algo veio à tona. Chris e Linda estavam perto da porta quando cheguei, e ninguém avisou-lhes de que eu estaria vindo. Mamãe certamente ficou mais surpresa do que o esperado quando me viu, e aquilo não era um bom sinal. E além do mais, nenhum dos dois ficava na sala àquela hora, principalmente quando meu padrasto chegava mais cedo. Nunca.

Então o vulto com o garotinho no colo que pensei ter visto na rua… Eram eles.

Com um fio de esperança, voltei para a entrada em pânico e transbordando de raiva. Não queria chorar mais uma vez, porém ao me dar conta já era tarde demais.

Minha mãe me fitava com a expressão cansada, dizendo-me com o olhar que todo meu esforço agora seria em vão. Eu não podia acreditar naquilo.

A tirei da frente da porta, tirei os braços fortes de Christiann, que tentou me impedir também e gritei por entre os soluços, já correndo pela rua:

– Eu odeio vocês! Odeio! Odeio!


Pela vizinhança algumas pessoas ainda caminhavam, corriam ou passeavam, aproveitando os últimos minutos da tarde, que começava a escurecer. E não era fácil passar despercebido, sem arrancar olhares estranhos de quem estava pelo caminho, sendo um garoto desesperado correndo hora pela rua, hora pela calçada para desviar dos outros, com os olhos vermelhos e lágrimas sendo deixadas pelo cimento quando o vento no rosto vinha forte.


Não liguei e na verdade nem tentei. Procurava apenas pelos garotos, não pelas pessoas e suas opiniões que passavam por ali vazias em cima de mim. Sem fazer muito contato visual com certas coisas que estavam em volta, acabei nem prestando muita atenção na calçada, resultando em alguns tropeços por toda a corrida, além de mais olhares ridículos em volta.

Não tinha ideia de onde minha mente poderia estar numa hora dessas, mas era certo de que meu coração já estava bem perto de saltar da minha boca.


~Frank’s Off~


Frank parou de correr já um pouco longe de casa, mais triste do cansando. Havia parado de chorar no meio do caminho, mas as lágrimas voltaram tímidas ao olhar para o céu, que agora começava a abrigar uma ou outra estrela enquanto escurecia e nada de seu ruivo pelas ruas.

Suspirou algumas vezes, sentando no meio-fio e fitar os tênis e custou a decidir levantar-se e voltar.

Merda” Resmungou “Merda. Merda, eu preciso de você, garoto” Soluçou e recomeçou a andar, devagar e sem vontade. “Merda.”

E ele poderia ter voltado para casa sozinho. Poderia ter gritado com sua mãe e se trancado no quarto até o dia seguinte. Poderia ter sido obrigado a ligar com tal perda e aprender a viver sem o pouco que conhecia de Gerard.

Poderia.

Se não tivesse dado uma última olhada para trás antes de ir. E não tivesse o reconhecido. Seu ruivo, andando lento com Mikey no colo.

Arregalou os olhos.

– E-ei! Ei! Garoto! – Soluçou, passando as mãos no rosto. Fez menção de correr até ele, mas quando Gerard realmente o ouviu e também olhou para trás, Frank já se encontrava no meio do caminho. Abria a boca embora nenhuma palavra conseguisse ser proferida. Mas estava assim por felicidade.

– Tio Frank! – Mikey sussurrou para o irmão, sorrindo, se remexendo no colo do maior – Gee, é o tio Frank!

– Eu sei Mi – o Way mais velho retrucou, sorrindo de orelha a orelha.

Tanto Gerard quando Frank não sabiam se o que estavam para fazer era o certo, mas preferiram afastar os pensamentos de um possível arrependimento futuro, falta do que dizer, um mesmo fim do da semana passada... E deixaram-se levar, mesmo que por pouco tempo, no momento.

O Iero imediatamente correu até o maior, entre soluços baixos, olhos vermelhos e risadas de alegria. Gerard já sabia que o pequeno ia quase que obrigá-lo a voltar para sua casa, e dependendo do que Frank fizesse, seria muito, muito difícil de recusar. Mesmo assim, relevou tais ideias rapidamente e assim que Michael saiu de seu colo – o pequeno realmente queria ver os dois juntos – deu um passo para frente e abriu os braços ao encontro de seu outro pequeno.

– N-não acredito! – Frank se embolava ao dizer.­

Gerard se aproximou mais e tentou dizer algo. Sua boca nem mesmo se abriu.

Vamos, dessa vez você tem que conseguir” Disse a si mesmo, deixando repetir em sua mente.

Antes que pudesse tentar emitir qualquer som, seus lábios foram prensados contra os do menor, que de súbito laçou sua cintura com os braços. O Way arregalou os olhos momentaneamente com o susto, mas ao ver o menor sorrindo enquanto o apertava contra si, suspirou feliz e aprofundou o beijo enquanto sua mão direita acariciava o pescoço de Frank e a outra percorria suas costas lentamente.

Logo, a língua do Iero pediu a passagem de para Gerard, esta que foi concedida no mesmo instante. Ele não se lembrava de uma sensação assim desde a oitava série, mas isso não vinha ao caso. A questão era que tudo corria em perfeita sintonia, terminando o beijo que fora interrompido na outra semana.

Pararam apenas quando o ar faltou, e dessa vez não foi vergonha, timidez que invadiu o clima. Frank apertou os olhos, tirando os últimos sinais de seu choro, e sorriu. Agora era Gerard que tinha o rosto riscado pelas lágrimas que escorriam até o queixo e caíam no chão frio.

Assim que abriu os olhos e viu o pequeno tentando entender o que acontecia, o abraçou forte, afundando a cabeça em seu pescoço.

– Eu... Eu... – Apertou os olhos. Ia conseguir falar. Pelo menos agora. Confiava nele. O amava. E era isso – Eu sei que prometi... –Soluçou, mas Frank levantou a cabeça do maior e segurou seu rosto com as mãos.

Aproximou-se até seus narizes roçarem a secou uma lágrima que temeu em cair.

– Isso não importa mais. – Selou seus lábios novamente, fazendo Gerard sorrir mais uma vez. Sorrir de verdade. Como só Frank conseguira fazer desde muito tempo.



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Notas finais do capítulo

Entãããão??? Reviews dessa vez? u.u
Sério mesmo gente, esse capítulo é importante pra mim. Todos são, mas esse tem algo especial. Nunca escrevi uma cena de frerard assim, sério. Queria comentários verdadeiros. É isso :3
COISA IMPORTANTE:
Como passei a fic pra original, sei como é dificíl ver quando isso é atualizado... Então normalmente aviso pelo twitter ou até mando os links pelo tumblr. Enfim, pelo twitter mando segundos depois de postar aqui. Algumas pessoas eu tenho, mas se alguém quiser me passar, não importa se for no review, mp, o que for, eu acho melhor. Não me importo em sair avisando e tals. Mas acho melhor pelo twitter do que sair mandando mensagem aqui pra todo mundo kkk se alguém quiser deixar :3333
Pra descontrair, NUM MOMENTO DE TÉDIO, QUANDO PAREI PRA PENSAR EM COMO CONTINUAR O CAP ENQUANTO ESCREVIA, A LIMMDA AQUI FEZ ISSO RS : https://pbs.twimg.com/media/A_xkx0zCYAAj764.jpg:large MEU DEUS COMOO EU DESENHO BEEEM KKKKKKKKKKKKKKK
Enfim, vejo voces nos reviews?? :3
Até mais gente, love yaaa!
xoxo Lin