Céu De Estrelas escrita por Nii


Capítulo 2
2 Capítulo, Uma nova amiga. Já se vai.


Notas iniciais do capítulo

Vou deixar um ar de mistério e não postar nada nas Notas aqui. ~ muahaha ~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/177052/chapter/2

Terminada as panquecas, já pensei que arranjei uma nova amiga. Suzune Ring, esse é o nome dela.

– Suzune, quer caramelo em cima das panquecas? – Perguntei para descontrair. Ela ficou corada e me respondeu.

– H-hai, onegai. – Ela fez uma cara tão fofa.

Coloquei as panquecas em cima da mesa, estavam cheirando muito bem, eu estava impressionada comigo mesmo. E ao mesmo tempo admirando a comida, eu admirava Ring. Ela era tão bonita, tão gentil. Parecia ser tão feliz, a menina que eu nunca fui.

– IA-chan, e-está tudo bem? – Ela me perguntou preocupada.

– Hai! Só estou destraída. – Sorri simpática, e comecei a comer as panquecas. – E-então que idade você têm?

– Dezoito, por-por quê? – Respondeu curiosa.

– S-só para saber, você é muito bonita. – Eu falei sorridente, deixando-a totalmente corada.

– A-arigatôu...

Alguns dias depois, Sala de Meu Apartamento – Oito da Noite

– Ohayou, IA-chan! Já estou pronta. – Falou Ring sorridente.

Estamos hoje aqui, prontas para dar uma passeada, eu e Ring, viramos muito amigas, a minha primeira desde quando era pequena.

Não estou a fim de me recordar disso, estou começando a chorar. Tanto que Ring notou e perguntou se eu estava bem.

– Você está bem? Ia-chan? Quer alguma coisa? – Ela era muito preocupada comigo.

– Não tudo bem. Só foi uma lembrança ruim.

Saímos do meu apartamento, retocamos a maquiagem e nós fomos ao caminho do elevador. Estava vazio o prédio aquela noite, isso é muito estranho.

Chegando a porta de saída, já avistamos o carro. É eu já sei dirigir. O carro é dado pela a mesma família que me deu o apartamento, eles eram extremamente gentis, Bruno e Clara, sempre me trataram bem, desde que cheguei na rua, pedindo comida na porta deles.

Meu Carro – Oito e Quinze da Noite.

Já estávamos no carro, prontas para irmos ao shopping, pressenti que seria uma noite divertida, então não perdi tempo, e liguei o carro para irmos.

– Você é muito legal, Ia-chan. – Ela deu um sorriso com olhos fechados e um pouco corada.

Ela era um anjo em forma de pessoa, era tão gentil e bela. Desde que ela tinha ido à minha casa a primeira vez ela sempre foi alegre e tímida. Eu gostava de ser amiga dela, mas meu comportamento ofensivo continua intacto.

– Você também é, mas estou louca para passar a noite passeando com você. – Falei um pouco corada.

– Também estou, é a primeira vez que saímos a noite juntas não é? – Perguntou entusiasmada.

– Sim, é sim. – Depois da minha resposta o carro seguiu em silêncio até o shopping.

Shopping Hatsune – Oito e Quarenta e Cinco da Noite.

Chegamos ao shopping, ele estava cheio, era sexta-feira, todo mundo ia lá para fazer alguma bobagem que seja, nem que for ficar sentado num banco olhando o nada.

Eu e Ring vamos ao cinema, depois comer alguma coisa e seguirmos para uma festa logo em seguida. Esse cronograma vai até três da madrugada. E Eu tenho impressão que Ring, nunca tinha saído assim antes.

Saímos do carro, pegamos nossas bolsas e seguimos a porta, estava perto do natal, então a decoração está de acordo, cheio de Papais Noéis felizes e renas se mexendo, eu odiava decoração muito exagerada.

– Que merda, tem muita decoração nesse lugar. – Fechei os olhos e fiz uma cara de nojo.

– Eu gosto de decorações, me deixam felizes. – Ela corou e olhou para mim.

– Cada um tem seu gosto. – Ri um pouco. – Nem que seja “Extremamente mega colorido“. – Mostrei a língua com uma cara de deboche. Ela riu.

– Você é quem diz, mas não larga da sua saia rosa favorita. – Ela continuou rindo.

– Ela combina comigo e com meu cabelo. – Fiz um olhar de superior.

– Ta, ta. Chega de papo, vamos logo ao cinema, antes que os ingressos acabem. – Ela foi indo ao caminho do cinema me puxando pelo braço.

Enquanto corríamos que nem duas retardadas até o cinema, nos esbarramos com três caras fumantes, um pouco bonitos, mas com um olhar malicioso para nós.

– Tudo bem meninas? – Um deles perguntou ainda com um olhar malicioso. – Que tal vocês duas passarem a noite com a gente?

– N-não, obrigada. – Falei com uma cara séria, fazendo sinal para a Ring não demonstrar nada.

– Ah, vocês têm medo de nós? Vamos! Só uma noite. – O mesmo respondeu.

– Eu já falei que não porra, eu não quero. – Fiz um olhar brabo. E fui correndo em direção ao cinema.

– E você docinho de cabelo azul. – Perguntou outro cara quase segurando a Ring.

– N-não, obrigada, t-temos que ir. – Ela falou e nós duas saímos correndo para o cinema.

– Elas não vão escapar dessa, não aceito não como resposta. – Falou um deles, não deu para entender o que ele tinha falado.

Fila do Cinema – Nove horas da Noite.

O filme já iria começar daqui a dez minutos. Estamos quase perdendo. Mas finalmente compramos o ingresso.

– Arigatôu. – Falou Ring, agradecendo os ingressos para o bilheteiro.

– De nada. – O homem sorriu simpático.

Fomos a sala de cinema, compramos pipoca, refrigerante e alguns doces. Mas economizamos um pouco, pois nosso dinheiro não cai do céu, certo? Mas enfim, entramos na sala, ficamos na fila do meio, nem tão perto, nem tão longe.

Nós iríamos ver “The Infinite Holic”, um filme sobre uma menina que perdera os país, e quando cresceu ficou totalmente rebelde, e matava a todos que lhe prejudicassem. Eu achava lindo esse tipo de filme, uma menina botando “moral” em todos.

– E-esse filme da m-medo? – Perguntou Ring, ela estava com uma cara de “Pré-choro”, segurando meu braço com força.

– Não, não para mim, qualquer coisa, eu estarei do seu lado. – Balancei a cabeça e sorri.

Sala de cinema – Onze e Meia da Noite.

O filme que havia acabado era realmente lindo, até eu mesmo chorei naquele filme. Mas o que mais me impressionou era Ring, com a cabeça em meu ombro, chorando na parte onde quase todos amigos da menina morrem.

Saindo do cinema, perguntei a Ring – com a cara ainda inchada – o que ela tinha achado do filme.

– Gostou do filme, Ring? – Perguntei, ela ainda estava chorando, mas só um pouco.

– H-hai. – Falou ela esfregando os olhos e soluçando.

– Vamos comer alguma coisa, e desinchar essa cara. – Eu ri um pouco.

– H-h-hai, onegai. – Ela esfregou os olhos novamente.

Lanchonete do Mc Donald’s – Onze e Trinta e Seis da Noite.

– Dois Big Mac’s grandes, por favor. Com refrigerante, batatas fritas e um Milk Shake de morango cada. – Falei por mim e para Ring.

– Confere 1860 Yens. – Falou o atendente.

– Aqui está. – Entreguei o dinheiro.

Saímos da fila e fomos pegar a mesa mais próxima. Estava quase tudo cheio, então tivemos que andar um pouco até chegar à mesa. Assim que chegamos, nos sentamos.

Ring ainda estava com uma cara de choro e um pouco corada, parecia um anjinho enviado para a terra, como sempre.

– Você está tão bonitinha hoje. – Comentei a ela, deixando mais corada ainda.

– Arigatôu, Ia-chan... – Ela aparentava que iria dizer alguma coisa. – Etto... – Ela corava cada vez mais.

– Bem... O quê? – Perguntei curiosa, ela ficou muito vermelha.

– Eu te amo, Ia-chan, como amiga, mas amo. – Ela disse isso, me deixando totalmente corada e fofa. Ninguém nunca havia falado isso para mim antes. Fiquei tão feliz, que dei um super sorriso.

– Também te amo como amiga, Ring-chan, quero ser sua amiga para sempre. – Comentei, estava bem corada, mas não tímida.

Continuamos a comer, batendo papo fora, como foi o dia, o que está fazendo da vida, o que uma ou outra gosta, entre outros. Estávamos conversando. Daqui a uma hora começava a festa que nós íamos.

– Depois daqui, vamos à festa, tudo bem? – Comentei.

– Claro. Estou ansiosa. – Ela sorri graciosamente.

– Bem, como é sua primeira festa da madrugada, eu vou cuidar de você. Não aceite nada de pessoas estranhas, pode ser droga, não quero que você caias nessa maldição. Eu sei muito bem o que é.

– Com-como assim? – Ela perguntou, eu fiz uma expressão triste. – G-g-gomene, s-se não quiser falar n-não precisa. – Ela falou balançando os braços com uma expressão preocupada.

– Eu não gosto de relembrar momentos tristes na minha vida. – Dei um sorriso um pouco falso, não queria ir para o meu lado de “chorona”.

Depois de comermos nossas coisas fomos seguindo para o carro, já era quase meia noite, e iríamos chegar atrasadas na festa. A sim, antes que perguntem: Ring mora sozinha, não tem ninguém se preocupando com ela além de mim.

Estacionamento – Meia Noite.

Estávamos indo para o carro, quando Ring parou no meio do estacionamento e falou um pouco medrosa.

– Estou com medo. – Ela reclamou.

– Não precisa, não vai acontecer nada na festa. – Segurei a mão dela e fomos em direção ao carro.

Estava escuro, mas desde que Tokyo é Tokyo, sempre foi movimentada, vinte e quatro horas por dia, carros rodando e lojas funcionando.

O caminho era um pouco longo, a festa era no centro da cidade, então não havia problema de andarmos sozinhas por aí. A festa era uma balada, um pouco cara para prevenirmos drogado e bêbados ladrões na festa, tinha seguranças e tudo mais.

Chegamos ao local, estacionamos em uma vaga um pouco longe do local, estava tudo lotado.

Entrada da Balada – Meia Noite e Meia.

Estávamos chegando à entrada, até que, um segurança nos parou.

– Carteiras de identidade, por favor. E os bilhetes também. – Falou o segurança com uma cara um pouco assustadora.

– Aqui estão. – Sorri maldosamente, com um ar de “eu sei me virar o grandalhão”. – Podemos entrar? – Reclamei.

– P-podemos e-entrar? – Ring falou tímidamente.

– Podem sim, boa festa a vocês duas.

– Arigatôu. – Nós duas falamos já entrando.

Estava tudo decorado, cadeiras estofadas vermelhas, lojas de bebidas e comidas, algumas luzes com músicas decentes e uma pista de dança incrível.

– Noosa, é incrível. – Falou Ring maravilhada.

– É mesmo. – Segurei a mão dela e corremos para a pista.

Nada de bebida alcoólica, não quero que nenhuma de nós duas, fiquemos meio maluquinhas a esta hora da noite.

Balada – Uma hora da Manhã.

– O dia está tão feliz não está? – Falou Ring, mas do que ela está falando?

– Sim, está, mas... Por que esse papo tão de repente? – Eu tive que perguntar.

– Não sei, eu me sinto livre. – Ela olhou para cima. – Não me importaria de morrer hoje.

– M-mas o quê é isso agora? Estás maluca? Eu te adoro! Você não pode ir embora agora. Eu te adoro. – Eu me desesperei, ela era minha única amiga de verdade.

– Calma Onee-chan. – Eu adorava quando ela me chamava assim, ela estava sem brilho nos olhos e olhando para o céu – a balada tem teto de vidro – e continuava dizendo essas coisas. – Não vou te abandonar, eu só... Falei.

– R-ring, aconteceu algo? Você está estranha. – Segurei a mão dela com força.

– Não, só estou dizendo. – Ela sorriu e tinha voltado o brilho nos olhos dela. – Vamos dançar?

Eu me senti insegura por um instante, perder Ring, perder aquele anjo. Não seria fácil para mim, mas nada iria acontecer, então não preciso me preocupar. Dei um suspiro de alívio e fui dançar com ela.

Balada – Duas e Meia da Manhã.

Estávamos dançando, a lua estava no alto. Eu estava quase abraçada na Ring, não queria deixar ela nem por um segundo. Não que eu gostasse dela daquele jeito, mas eu queria protegê-la depois do que ela disse.

– Mesmo se eu me fosse daqui, eu nunca iria te deixar, Ia-chan. – Ela falou isso, parece que, me entendendo. Comecei a chorar no ombro dela. – Não precisa chorar.

– Preciso sim, eu te amo. – Quando falei isso ela sorriu, ela sabia que era amar de amizade, ou quase como irmãs. – Eu não vou te deixar.

– Tudo bem, eu ficarei com você. – Ela sorriu, e foi um sorriso inesquecível. A luz do luar brilhava sobre ela assim como as estrelas, parece até que eu vi asas envolta dela.

Balada – Três Horas da Manhã.

Continuamos a dançar até a hora de ir embora, as ruas estavam mais vazias que o normal, então com cuidado fomos até o estacionamento.

Estacionamento – Três Horas da Manhã

Ao caminho do carro, avistei os três mesmos meninos do shopping nos observando e vindo até a gente. Ao ver isso, abracei Ring com força.

– Hahahah! Olha quem nós vemos novamente. – Um dos meninos deu um sorriso maliciosamente. – As meninas que nos recusaram no shopping.

– Sai daqui. – Falei segurando Ring, aquilo não cheirava bem.

– Vou sair nada, ou vocês vêm com a gente, ou vêm. – Falou o mesmo ainda com um sorriso malicioso.

– Sai daqui, porra! – Gritei bem alto.

– Vamos com a gente. – Eles falaram insistindo.

– Não! Vem Ring! – Comecei a correr e puxei a Ring junto. – Vamos sair daqui.

– Ia-chan! – Ela gritou de medo e começou a correr também.

Fomos correndo pelo estacionamento e eles atrás de nós, depois que tinha visto, que um deles, que aparentava ser o “chefe” deles, estava armado, com uma arma comum, mas podia ser fatal.

Corríamos em círculos pelo estacionamento, eles? Eles estavam carregando as armas, eu já havia sentido a pressão de uma arma, mas Ring não e tudo que eu menos queria é que ela se machucasse.

– E-estou com medo Ia-chan. – Falou Ring, chorando.

– Também estou, mas não podemos demonstrar isso. – Falei seriamente, segurando minhas lágrimas imaginando o pior.

– Vocês não podem recusar a gente, não é assim que funciona. – Falou o tal garoto que estava com a arma, ele tinha cabelos azuis escuros.

Nós nos escondemos em um beco sem saída, bem escuro onde não dava para nos ver, mas nossos corações batiam forte. E nos sentíamos pessoas nos aproximando. Os meninos estavam cada vez mais perto, acho que conseguiam ouvir nossa respiração.

Estava abraçada com a Ring, e vejo o trio na nossa frente, pressentindo que estávamos ali. Ele apontou a arma para nós e vejo Ring indo para a minha frente.

– Você foi minha amiga, essa é a contribuíção. – Ela sussurrou, eu mal tinha escutado.

...

– Adeus. - Falou o menino... Disparando.

Foi a última coisa que escutei, eu estava bem, mas o tiro havia acertado em algum lugar. Procurei o braço de Ring, ela não estava mais na minha frente. Não pode ser, não pode ser. Olho para baixo e vejo uma poça de sangue e o cabelo de Ring no chão.

– Ring! – Gritei chorando. – Você não pode! Você não pode! Eu prometi de proteger! Por quê?! Por quê?! Eu devia estar em seu lugar! – Eu comecei a gritar desesperada.

– Acho que acabamos por aqui e que isso sirva de lição. – Disse o menino.

Caí de joelhos de tristeza, minhas lágrimas se juntavam ao sangue dela. E foi assim que eu desmaiei, ao lado dela, em seu sangue frio e em minhas lágrimas de pura tristeza.

Continua.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AI GOSTARAM? ~ enxuga as lágrimas ~
Então comentem e recomendem para seus amiguinhos, se não eu não posto, é sério. u.u
Para ter mais Capítulos tem que ter reviews se não não posto. u.u
QQQQ
Mas enfim, comentem aqui. E me deixem feliz, até a próxima!
|
|
|
V



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Céu De Estrelas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.