True Love escrita por Anna


Capítulo 26
Leis da física, arrombar a escola e poesia


Notas iniciais do capítulo

HOLAAAAAAAAAA.
Como vão vocês? De bem com a vida? Alguém enriqueceu ou casou com um cara rico na minha ausência? Engravidou? Nunca se sabe.
ANYWAY. Sim, eu fiquei dez meses inteiros sem postar nada (desculpem).
MAAAAAAAAAS, AQUI ESTOU EU DIVA E FABULOSA E PRONTA PRA SEGUIR EM FRENTE COM A FIC SEM MAIS DELONGAS UHUUUUUL
(Isso é, se ainda tiver alguém acompanhando a fic né, mas tudo bem).



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POV Chris

Olhei para a lista mal contendo um sorriso. Mr. Darcy. Como eu tinha dito a Clarisse. Mal posso esperar quando ela descobrir, sua reação vai fazer tudo valer a pena.

Chequei o relógio. Eram 16h30. O que significa que ela estava a caminho da praia, como sempre fazia nas quintas-feiras. Sorri e sai da escola, indo para o estacionamento, que a essa hora já estava vazio.

Abri o meu carro e joguei a mochila no banco do carona enquanto batia a porta e me acomodava na poltrona, dando a partida. Enquanto passava pelos portões da escola e trilhava o caminho já quase familiar me perguntei se ela ficaria muito irritada comigo por estragar o momento que eu sabia, era quase sagrado para ela. Não pude me impedir de sorrir.

Quando cheguei, estacionei e desci do carro, observando o sol que tinha começado a se por, tingindo o céu ao seu redor de laranja e dourado e fazendo o mar brilhar ao longe. Sentindo a brisa salgada, caminhei até a areia, procurando Clarisse com os olhos. Ela não podia estar muito longe.

Olhei para a areia macia embaixo dos meus tênis e vi pegadas. Segui na direção delas enquanto cantarolava uma música distraído quando os vi. Estavam tão próximos que fiquei surpreso de tê-los reconhecido imediatamente.

Apoiados em uma pedra grande que havia por perto, Clarisse e Ethan estavam se agarrando loucamente, perdendo completamente o pôr-do-sol. Não que importe, eu acho. Quero dizer, quem precisa ver o pôr-do-sol quando pode agarrar alguém loucamente? Afinal, o sol se põe todo dia, não é mesmo?

Só me surpreende que Clarisse tenha feito isso. Bem aqui, nesse lugar (que é muito especial para ela, pelo que eu sei), nesse momento (que deveria ser sagrado), justo numa quinta-feira (que é o dia favorito dela). Mas quer dizer, quem sou eu para julgar? O corpo é dela e ela se agarra com quem ela dizer, não é mesmo?

E eu não tenho nada a ver com isso. Certo.

Acho que a física está errada. Dois corpos podem sim ocupar o mesmo espaço. Estou vendo a prova viva. Afinal, eles estão tentando engolir um ao outro ou o quê?

POV Nico 

Continuei encarando o teto (que é super fascinante, na minha nem tão humilde opinião), ouvindo música e vegetando, porque é isso que desocupados como eu fazem. Isso ou ficar em redes sociais o dia inteiro, mas isso não é possível porque a internet caiu. Pois é. Um dia super emocionante.

— NIQUITOOOOOOOOOOOOOO – gritou alguém abrindo violentamente a porta do meu quarto e acabando com toda paz e sossego que reinavam ali. A próxima coisa que eu vi (ou senti, no caso) foi algo vindo na minha direção e em seguida cabelos loiros que se jogaram na cama ao meu lado (quase me acertando no processo).

— Tudo bem com você? – perguntou Annabeth enquanto arrumava sua postura e sentava de pernas cruzadas ao meu lado. Apenas olhei para ela ligeiramente incrédulo. – Quer dizer, não, não importa. – ela balançou a cabeça. – O que diabos você ainda está fazendo aqui? – ela perguntou exasperada.

— Tipo, oi? É o meu quarto? – respondi com uma sobrancelha arqueada enquanto me sentava corretamente. Ela jogou uma almofada na minha cara.

— Não foi isso que eu quis dizer! HOJE É QUINTA!

Continuei olhando para ela, me perguntando se ela tinha esquecido de tomar os remédios.

— Annabeth. – digo lenta e pausadamente. – Eu sei que dia é hoje.

Ela bufou.

— Sabe? Sabe mesmo? PORQUE ACHO QUE SE SOUBESSE ESTARIA UM POUCO MAIS PREOCUPADO. – jogou as mãos para o alto, exasperada.

— Tudo bem. – mal posso evitar um bocejo. – Que dia é hoje?

— SEU ENCONTRO COM A THALIA, IDIOTA! – outra almofada na cara. Lembre-me de tirar todas essas almofadas da cama, da próxima vez.

— Eu sei quando é meu encontro – revirei os olhos.

— ENTÃO POR QUE NÃO ESTÁ FAZENDO OS PREPARATIVOS? – ela gritou de novo enquanto levantava da cama. Sabe, essa garota grita demais. Tenho a impressão que se continuar amigo dela por muito tempo vou acabar surdo.

— Que preparativos? – perguntei me espreguiçando. Incrível como não fazer nada cansa.

— Ok, ok. – ela respirou fundo. – Aonde você pretendia leva-la?

— Não sei. – respondi. – Acho que a algum restaurante. Ou talvez um piquenique. Quem sabe.

Ela abriu um sorriso gigantesco digno de comercial de pasta de dente no mesmo segundo.

— Um piquenique! Isso! Sabia que nem tudo estava perdido. – ela começou a andar de um lado para o outro, pelo quarto. – A questão é: onde? Tem que ser em um lugar aberto, claro, por que qual é a graça de fazer um piquenique noturno em um lugar fechado? Bom, isso é...

— Annabeth – chamei.

— ... um pouco difícil, não poderia ter muita gente, o que restringe bastante as possibilidades e precisa... – ela continuou, aparentemente nem me ouvindo mais.

— Annabeth – chamei de novo.

—... ser legal. Que tipo de lugar aberto tem pouca gente e é legal? Hum...

— Annabeth! – exclamei.

— O que é? Não está vendo que estou refletindo aqui? – ela se virou para mim impaciente.

— Eu já sei um lugar perfeito – digo.

— Oh. – ela sorri. – Isso facilita um pouco as coisas. Vamos lá! Precisa estar tudo PER-FEI-TO!

Xxx

— Aonde está me levando, mocinho? – perguntou Thalia sorrindo enquanto eu a conduzia para o carro.

— Você vai ver. É uma surpresa. – disse dando a partida.

— Então espero que seja maravilhoso. – ela disse se recostando no banco.

Apenas sorri e me concentrei no caminho. Logo chegamos e eu a ajudei a descer do carro, tirando a venda do rosto dela. Olhou em volta rapidamente e se virou para mim de novo.

— Me trouxe para a escola? – perguntou sorrindo com uma sobrancelha arqueada. – Tenho que dizer, você é muito romântico.

— Vem comigo! – disse enquanto pegava na mão dela e corria. Chegamos nas portas duplas principais e Thalia olhou para mim com um ar divertido.

— E agora, ficamos aqui? – ela cruzou os braços. Balancei a cabeça.

— Tenho que dizer, sua falta de confiança em mim é decepcionante. – digo sorrindo enquanto pegava a chave no meu bolso e destrancava as portas duplas. Ela olhou surpresa.

— Cheio de segredos. – sorriu e entrou. Segui ela, fechando a porta atrás de mim.

— Quatro palavras: amizade com o zelador – digo. Entrelaçamos nossas mãos e percorremos os corredores escuros. – E eu também sou extremamente discreto e silencioso. Aposto que ele nem vai reparar que uma das chaves dele sumiu.

Ela riu.

— Aposto que não.

— Chegamos – digo soltando a mão dela para alcançar os clipes no bolso da minha calça para abrir a porta.

— “Entrada permitida apenas para funcionários” – Thalia leu. - Ai meu Deus, você está arrombando a escola! - olhei para trás para ver a expressão dela. Ela estava balançando a cabeça. – Sabia que tinha algum motivo para eu gostar de você – sorriu.

Ri e ouvi o barulhinho da tranca abrindo. Abri a porta e olhei para Thalia.

— Primeiros as damas. – disse fazendo uma reverência. Ela sorriu e entrou. Entrei atrás dela, fechando a porta e começando a subir as escadas, atrás de Thalia.

Subimos as escadas de mãos dadas, com Thalia cantarolando uma música qualquer até que as escadas acabaram e estávamos em um pequeno corredor escuro com uma porta fechada a nossa frente. Abri-a normalmente, nunca trancavam essa porta.

— Onde estamos? – perguntou Thalia olhando admirada enquanto saíamos para o terraço. Se tratava basicamente de um espaço grande e amplo, com vários canteiros de flores espalhados e um chafariz no centro. Ao lado estava a toalha esticada apoiada sob a cesta de piquenique que eu e Annabeth tínhamos trazido mais cedo.

— Terraço – sorri.

— Como descobriu esse lugar? – ela disse sentando-se na toalha e olhando as estrelas acima de nós, antes de voltar o olhar para mim de novo.

— Eu tinha me perdido. – digo me sentando em frente a ela. – E eu não resisto a portas trancadas.

Ela sorriu.

— É maravilhoso.

Pigarreei e fiz uma pose bem dramática, para combinar com o momento.

— O que você está fazendo? – perguntou Thalia, que continuava sentada, apoiada nos braços olhando para mim.

— Não me interrompa, estou tentando lembrar. – fechei os olhos me concentrando no poema que eu tinha repetido a tarde toda obrigado por aquela garotinha assustadora, até decorar.

Mia senhora,

És de lua e beleza

És um pranto do avesso

És um anjo em verso

Em presença e peso

Atrevo-me atravesso

Pra perto do peito teu”

Ela me encarou com as sobrancelhas arqueadas.

— Poesia? Uau. – sorriu. – Foi Annabeth quem “sugeriu” – fez aspas com os dedos – esse poema, não foi?

— Eu não tive muita opção, na verdade – comentei deitando ao lado dela.

— Então você foi forçado a fazer algo por uma garota com a metade do seu tamanho? – ela perguntou divertida.

— Garotas podem ser assustadoras. – disse em minha defesa. – Principalmente quando se tratam de Annabeth.

Thalia riu.

— Sim, é verdade. – deitou-se ao meu lado e apoiou a cabeça nos meus ombros e ficamos apenas olhando as estrelas brilhando em silêncio. Sorri.


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Notas finais do capítulo

ENTÃO? HAHA GENTE EU SENTI TANTA FALTA DISSO.
LEMBREM-ME DE NUNCA MAIS PARAR DE ESCREVER ASSIM.
Bom, de agora em diante vou demorar bem menos para postar, garanto. E eu estou de férias, o que deve colaborar um pouco haha.
ANYWAY.
CRÍTICAS, CONSELHOS, SUGESTÕES, ELOGIOS, AMEAÇAS DE MORTE (enfim reviews) SÃO SEMPRE BEM-VINDOS. RECOMENDAÇÕES TAMBÉM.



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