Aprendendo a amar entre eras distintas escrita por Riva chan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo reescrito!
05/03/2017.



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Kagome

Aquela era a gota d'água, já suportei demais disso. Conversei várias vezes sobre isso com ele, que diz que me entende, mas volta a fazer tudo o que jurou-me não fazer. Ele sai para se encontrar com aquele corpo de barro e restos de ossos que um dia veio a ser a poderosíssima miko Kikyou, a quem ele de fato, sempre amou. Fui um passatempo, algo descartável.

Saí do acampamento e para minha surpresa, havia alguém em meu encalço.

—Você tem mesmo que ir?

Virei-me e vi que era Sango-chan,  minha melhor amiga, aquela que sempre me consolou em todas as fugas noturnas daquele que dizia me amar.

—Sim, tenho... Já estou farta.

—Eu não tentarei impedir, sei o quanto você sofreu e só sofreria mais estando aqui.

Um abraço apertado foi a deixa para que meus olhos deixassem transbordar a tristeza que corroía a minha alma.

—Você sabe que pode sempre contar comigo, certo? 

—Sim...

—Volte para me visitar, eu sentirei saudades. - disse ela já com os olhos marejados.

—Não tenha dúvidas, eu voltarei. - Eu disse me soltando de seu abraço e pegando-lhe as mãos.

Miroku-sama que silenciosamente aproximou-se de nós, inquiriu-nos sobre o motivo das lágrimas e Sango-chan de imediato tratou de responder.

—Kagome-chan está de partida, tudo por causa daquele ser que a bem pouco tempo atrás dizia que a amava.

—Kagome-sama -disse o monge, com um tom sereno que de certa forma me confortava- Se você tem que ir, vá, mas saiba que aqui todos nós lhe amamos e sentiremos muito a sua falta. Venha nos visitar sempre que puder. - disse com um sorriso gentil.

—Eu voltarei. Também amo todos vocês!

Foi a minha deixa para ir floresta adentro perguntando-me se tomei a decisão certa.

Inuyasha

Fui atras de minha amada, minha querida Kikyou, e senti o cheiro de Kagome se afastar, mesmo estando longe do acampamento podia sentí-lo perfeitamente enquanto detectava também um cheiro que já me era conhecido, e que me remetia um nojo sem igual. Deduzi que Kagome estava se afastando para pegar lenha, água ou coisa do tipo, então deixei de me preocupar com ela e fui me envolvendo cada vez mais nos braços de Kikyou e esquecendo de todo o resto. Uma chuva forte caía e o cheiro de Kagome se dispersava aos poucos para logo desaparecer, portanto só restava me abrigar da chuva e finalmente ter Kikyou como minha para sempre.

Corri com Kikyou em minhas costas tendo a direção indicada por ela, até que avistei uma cabana que exalava o cheiro dela. Ao entrar, ela foi rápida em retirar a parte de cima do meu kimono, deixando à mostra meu peitoral nu e completamente vulnerável aos toques dela. Segurei-a pelo quadril e a beijei como se minha vida fosse acabar no segundo seguinte, para tão logo deitar-lhe em uma cama improvisada com palha que estava no chão feito de madeira cuidadosamente lixada.

Tivemos diversas trocas de beijos intensos e quentes e a essa altura, o desejo dela era tão voraz quanto o meu.

Horas depois...

O sol já raiava e o canto dos pássaros já era ouvido, o que significava aquilo que eu gostaria de ignorar, era a hora de ir.

Despedi-me de minha amada com a certeza de que ainda a veria outra vez.

Kagome

O sol não demoraria a nascer e eu já havia andado por horas, estava exausta e naquele momento avistei uma árvore como local ideal para descansar. Recostei-me sobre o tronco e logo as lembranças da falsa felicidade que vivi me vinham a mente. Chorei o quanto pude, jurando para mim que aquela seria a última vez que derramaria lágrimas por algo que não valesse a pena, como Inuyasha.

Senti algo se aproximando e  a presença não era maligna, porém era de um youkai, imaginei que fosse Inuyasha, para logo depois concluir que ele nunca viria atrás de mim. Pronta para sacar meu arco, percebi que o ser desconhecido estava diante de mim. Os raios de sol ajudaram-me a reconhecer aquele inconfundível par de orbes tão azuis quanto as águas do pequeno riacho que se encontrava ao meu lado e estendia-se ao longo do horizonte.

—Kouga-kun?

Não tive minha resposta, mas tinha a certeza de que era ele.

—Maldição! - ralhou de forma estridente - eu te deixo aos cuidados daquele sarnento e é com isso que eu me deparo? Que ele reze muito para que eu não te encontre chorando novamente! - sua voz soava assustadora - mesmo que seja uma única lágrima, não vou perdoar! 

Kouga

Qualquer um que observasse Kagome perceberia que ela estava muito cansada, as olheiras em seus olhos eram visíveis e sua face abatida somado a seus olhos inchados era o suficiente para concluir que havia chorado a noite toda.

—Kagome - chamei-lhe, fazendo com que seus olhos, antes fixos no chão se virassem na direção dos meus - Suba em minhas costas - pedi podendo notar que ela estava acanhada com o meu pedido, provavelmente assustada com a fúria que demonstrei agora a pouco. Receosa, ela atendeu ao meu pedido. Fui correndo com ela em minhas costas, até que ela quebrou o silêncio e me perguntou

—Para onde nós vamos Kouga-kun? 

—Para a alcatéia, minha querida - Fui o mais dócil que pude, para confortá-la e fazê-la sentir que não precisa ter medo de mim.

Ela estava calada e aquele silêncio por alguma razão me incomodava. Chamei-a e não obtive resposta. Olhei para meu ombro e lá ela ressonava tranquilamente.

Kagome

Acordei e me vi numa espécie de cama com um cobertor feito de pele de animais que cheirava muito bem. Olhei para o chão e vi Kouga-kun, que parecia desconfortável, e apesar de achar que era impressão minha, acho que ele estava com frio. Me senti um fardo, pois ele já havia dividido comigo seu lar, seu quarto e ainda, cedido a mim sua cama.  Chamei seu nome baixinho com medo de acordar os outros youkais, até dar-me conta que já era manhã, mas ainda assim decidi não fazer alarde.

—Kouga-kun?

Ele não acordou e pude notar que seu cabelo estava solto e que ele estava sem armaduras. - ele é bonito - não pude evitar de pensar. Chamei baixinho bem próximo ao seu ouvido

—Kouga-kun? - Ele se arrepiou e para minha surpresa, mesmo dormindo a minha resposta veio.

—Ah Kagome, eu te amo tanto! - mais que de imediato o rubor subiu a minha face ao ouvir o que ele acabara de proferir.

Já que ele não acordava e era muito pesado para que eu pudesse carregá–lo, peguei o cobertor, levei até ele o envolvi, o abracei e me recostei no ombro dele, e comecei a pensar sobre ele, coisa que nunca tinha feito. Apesar dos seus defeitos, ele sim me amava de verdade e não negou isso nem mesmo quando eu dizia amar outro sem pudor nenhum. Ele se mexeu, provavelmente estava acordando.

Kouga

Senti algo quente me envolvendo, também sentia um abraço carinhoso e com o cheiro da Kagome, as evidências não me enganavam, mas ainda parecia inacreditável, era realmente a Kagome que estava me abraçando? abri meus olhos para ter certeza do que estava acontecendo e meu coração acelerou ao me deparar com aquele par de olhos brilhantes que me encaravam. Puxei-a contra meu corpo e a abracei, podendo sentir sua pele macia e seu cheiro bem perto de mim.

—O que está fazendo aqui no chão, eu não te deixei na cama? -  Ela de imediato me retrucou

—Eu só achei injusto eu dormir na sua cama, e você dormir no chão. - corei com a demonstração de afeto.

—Não se preocupe comigo, ficarei bem aqui.

—Não!  - disse balançando a cabeça em negação - então durma na cama comigo!

Se antes eu já havia corado, agora estava muito pior. Não havia nenhuma malicia naquela frase, mas era um pedido da Kagome para que dividíssemos a cama! Eu já nem sabia mais se estava sonhando ou se aquilo era mesmo real, mas passado meu estado de choque, não demorei a responder.

—Você tem certeza?

Ela assentiu com a cabeça indo para a cama e dando espaço para que eu me deitasse ao seu lado. Não sabia como me portar, então ficava o mais longe possível dela com medo de suas reações. Até que ela decide por me surpreender e novamente me deixar atônito com apenas duas palavras.

—Me abraça? - pediu

Sem rodeios, atendi ao pedido. E lá estava eu, dormindo ao lado da mulher que amo.

 


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Notas finais do capítulo

Mereço reviws? :3
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