Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 27
Nova missão


Notas iniciais do capítulo

Olá, recrutas! Estou de volta, desculpem a demora. Apreciem sem moderação e depois me digam o que acharam. Espero que gostem! XD



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Horas depois e o sorriso idiotamente convencido do Cullen não saia de minha mente. Como eu iria saber que Tanya não estava nem aí para o sexo masculino? Agora Edward deve estar se achando porque eu, hipoteticamente, estava com ciúmes. Isso, hipoteticamente. Nunca que eu admitiria isso para ele. Jamais! Sorte a minha que o telefone de Edward tocou e teve que sair para mais uma reunião, e não precisei responder ao que ele falou, pelo menos por hora, pois sei que ele não vai me deixar esquecer isso tão cedo.

Na hora do almoço, me encontro com meus amigos em uma mesa no centro do refeitório, eles conversavam baixinho e, por estar com muita fome, não me dei ao trabalho de tentar escutar o que diziam. Minha mente vagava incansavelmente para a noite de ontem, lembrando-me de coisas que eu jamais pensei em sentir e viver. Do desespero que Edward e eu parecíamos sentir, o desejo latente, a necessidade um do outro.

— O que você acha, Bella?

Assusto-me quando Jacob vira-se para mim, sentindo minhas bochechas ganharem a coloração avermelhada ao lembrar vergonhosamente do que eu estava pensando.

— Hãm... Do que estavam falando? — indaguei, sem graça.

— Do ataque de ontem, achamos estranho que tenham sido terroristas. — responde Erick.

— Ah, sim... Bem, também acho estranho, mas não tenho nenhum palpite do que tenha sido. — digo evasiva.

— Seja quem for, eles sabiam direitinho sobre a missão. Não foi a toa que eles praticamente nos rodearam. — Erick aponta pensativo — Não pareciam estar ali somente brincando, foram muitos tiros e explosões. Eles realmente queriam nos ferir...

— Ou ferir alguém especificamente. — interrompe Jacob — Eles se concentravam mais em um único lugar, estavam dispersos nos outros lados da floresta, como se estivessem à procura de alguém.

Como ele sabe de tudo isso? Será que ele...

— Como sabe disso? — verbalizo minha dúvida. Os outros também voltam suas atenções para ele, que aparenta estar desconcertado.

— Andei conversando com alguns agentes sobre isso, eles acham o mesmo que eu.

Mesmo com suas palavras, não consigo eliminar a desconfiança. Jacob pode ser meu amigo, mas aprendi muito cedo a manter um pé atrás com qualquer pessoa, até com a minha própria sombra. Mas preciso pensar direito sobre isso, não posso simplesmente acusar alguém sem evidências e sei que estou deixando passar muitas coisas nessa minha cisma com Jacob.

— Ai, gente, não vamos mais falar disso, por favor. Só de lembrar o pânico que estávamos naquela floresta já me causa arrepios ruins. — Angela esfrega os braços, agoniada.

— Nem me fale, Darling! Fico todo arrepiadinho em pensar que poderia estar mortinho da silva agora. Deus me livre! — exclama Mike batendo três vezes na mesa de madeira. — Ainda tenho muito boy magia pra conhecer e usar e abusar do seu enorme...

— Credo, Mike. Não queremos ouvir suas fantasias sexuais. — interrompe Erick fazendo careta.

— Ai, bobinho! Que mente maliciosa. Não sabe nem do que estou me referindo. — Mike aperta as bochechas de um Erick irritado, que afasta sua mão.

E logo uma pequena discussão entre Mike, Erick e Jacob se instalou na mesa, eu já até estava acostumada com as intermináveis briguinhas deles, não era mais nenhuma novidade para ninguém do quartel.

— As donzelas podem deixar a briga para depois ou o treinamento terá que esperar?

Quase pulei de susto ao escutar a voz rouca de Edward. Será possível que todo mundo ali gosta de me assustar? E não fui a única. Angela, Mike, Jacob e Erick levantaram rapidamente e o falatório de segundos atrás sessou. Olhei cautelosamente para Edward que encarava os outros seriamente, com o familiar ar de poder emanando ao seu redor.

— Desculpe, senhor. Não foi a nossa intenção. — reviro os olhos ao ouvir a resposta de Jacob e sua postura de cachorrinho com o rabo entre as pernas.

— Nós estamos apenas conversando sobre o corpo... Digo, sobre a corporação... Do quartel. — Mike gaguejou ao tentar explicar. Deixo escapar uma risadinha baixa que fez o Cullen transferir seus olhos gélidos para mim, aprumei a postura e levantei rápido, meu corpo encostando levemente o dele. De propósito, admito. 

— Já estávamos indo para o pátio, senhor. — minha voz sai firme, mas meu corpo treme levemente com a proximidade.

— Não foi o que parecia, Swan. — ele provoca, seus olhos descendo rapidamente dos meus olhos para minha boca — Todos para o pátio. Agora!

Todos começam a sair, sem esperar uma segunda ordem. Continuo ali parada involuntariamente, mantendo meus olhos em Edward.

— Está esperando o que, Swan? Um convite por escrito? — a voz de Edward sai alta o suficiente para quem ainda estivesse ali pudesse ouvir, fazendo meu sangue ferver pela vergonha e raiva. Quem ele pensa que é para falar assim comigo? — Vamos, Swan, não temos o dia todo.

Só então percebo que continuo debilmente parada na frente dele, sem respondê-lo, saio do refeitório pisando duro. O que deu nele, afinal?

Quando cheguei ao pátio, os outros pareciam cochichar e riam de vez em quando olhando para mim. Ótimo! Sou motivo de piada agora.

— Tudo bem com você? Parece irritada. — Emmett aparece ao meu lado.

— Sim, hoje só não é meu dia. — respondo e observo o Cullen conversar mais a frente com outros agentes.

— Isso tem haver com ele?

— Ele quem? — pergunto, mesmo sabendo a resposta.

— Com o coelho da páscoa! — Emmett tira sarro da minha cara e eu o olho irritada — Edward, é claro.

— O mundo não gira ao redor dele. — dei de ombros.

— Se você diz. — deu de ombros também, risonho.

— É melhor você ir logo lá pra frente, bobo da corte, antes que sobre pra mim de novo. — o empurro sutilmente para frente.

— Sabia que tinha dedo do Cullen na sua raiva. — ele começa a rir, chamando a atenção de algumas pessoas. Escondo o rosto com as duas mãos praguejando enquanto ele ri feito uma hiena, hoje realmente não é meu dia.

— Coronel McCarty, podemos começar? — o Cullen pergunta seriamente olhando para nós. Emmett não parece se importar muito com a dureza na voz do general e vai sorrindo até ele. — Agente Winchester, pode dar início às explicações.

— Obrigado, general — Dean dá um passo a frente ao explicar. — Devido aos acontecimentos de ontem, vamos realizar uma nova missão hoje. Serão definidos novos grupos e a pontuação está zerada, serão levados para dois prédios abandonados aqui no quartel. Cinco grupos em um prédio, cinco no outro. A missão de vocês é se infiltrarem no prédio adversário e chegar até o topo, definindo, antes de tudo, a função que cada grupo irá exercer. São elas: Guarda, Vigilância, Defesa, Infiltração e Assistência. A Guarda ficará no topo do prédio protegendo o núcleo a ser confiscado; a Vigilância se espalha nos andares para promover a segurança do forte; a Defesa não deixa que o grupo de Infiltração entre no local; a Infiltração ficará encarregada de chegar ao núcleo e a Assistência dá as coordenadas para o grupo de infiltrados. A missão acaba quando o núcleo for confiscado e colocado no gerador no topo do prédio, o primeiro que acender o farol, vence a missão. Alguma dúvida?

O silêncio pesou por alguns segundos até que um dos soldados levanta timidamente a mão.

— Como os grupos de Defesa e Vigilância irão... Hãm... Defender o prédio?

— Vocês receberão alguns armamentos. — Dean responde, nos causando espanto. — Calma, são mini pistolas com soníferos leves, algemas, cordas, escutas e etc., para o auxílio da missão e que utilizarão da melhor forma que acharem. Além de ter à disposição de vocês três computadores em cada edifício para os grupos de Assistência. As estratégias ficam por conta de vocês. Mais alguma dúvida?

Dessa vez, ninguém se pronunciou, então foi ordenado que nos organizássemos em grupos e para então serem designadas as funções. A confusão se instalou completamente. Tinha grupos com mais de oito pessoas, uns estavam em dúvida onde ficavam e outros nem grupo tinham. Parecia o ensino médio e suas panelinhas.

— Bella, vai ficar com a gente? — Jacob pergunta apontando para Mike, Ângela, Erick e ele.

Assinto antes que eu ficasse no grupo da missão anterior. Aproximei-me deles e esperamos que o caos se dissipasse, mas a paciência do Cullen parece ter evaporado rapidamente.

— SILÊNCIO! É ASSIM QUE PRETENDEM FAZER QUANDO TIVEREM UMA MISSÃO OFICIAL?

Engoli em seco quando sua voz reverberou por nossos ouvidos, tenho certeza que muitos ali tremeram de medo com a raiva que ele transparecia em sua expressão facial. Sua mandíbula estava travada e tensa, enquanto seus olhos de águia mapeavam o local. Será que é pecado achar tudo isso sexy pra caralho?

— Ai, meu Jesus Cristinho! Que homem é esse? — Mike sussurrou ao meu lado, tirando a minha concentração do general. Respirei fundo para segurar o riso e voltei minha atenção para frente. Merda! Cullen me encarava fixamente. Perdi o ar de riso na mesma hora e fechei a cara para ele, não esqueci a vergonha que ele me fez passar no refeitório.

— Como estão demorando em decidir a função dos grupos, eu definirei logo. — ele continuou ao desviar os olhos de mim — Quero um integrante de cada grupo aqui na frente.

Esperei que Jacob tomasse a iniciativa, já que ele claramente tem um espírito de liderança, mas ele estranhamente olhava para mim como se esperasse que eu o fizesse. Com o cenho franzido, caminho até a frente. Quando os dez integrantes, inclusive eu, estão enfileirados lado a lado, Emmett passa lentamente por nossa frente com um saquinho preto nas mãos. Cada vez que um integrante introduz a mão, um lenço azul ou vermelho vai sendo puxado. O meu revela-se azul.

— Ótimo. Azul, prédio A; vermelho, prédio B. — Edward continua a explicação. — Os que possuem os lenços serão os comandantes das equipes, os outros integrantes não fazem um só movimento se o comandante não der a ordem. Vocês serão supervisionados a todo o momento por nós, mas dessa vez não iremos intervir. Prédio A, a função de cada líder será: Zac, fará a Guarda; Josh, Vigilância; Lavínia, Assistência; Liam, Defesa; e a Swan, Infiltração.

O quê? Ele está de brincadeira comigo, só pode. Por que eu fico com a parte mais complicada? Por que não a Assistência, já que Erick faria isso facilmente? Ou os outros três, já que Jacob demonstra uma incrível eficiência nesses quesitos durante os treinamentos?

O General Cullen continua a designar as funções, mas estou mais concentrada em atualizar minha lista de xingamentos em homenagem a ele. Será que pelo menos uma vez ele não poderia pegar leve comigo? E todo aquele papo amoroso de ontem e de hoje de manhã?

— A missão tem duração de quatro horas, começando às 8 horas e vai até meia noite. Venceu a missão, ganha algumas pequenas regalias; perdeu a missão, ganha algumas penalidades. — engulo em seco com sua fala sentido a responsabilidade cair em meus ombros, tendo a certeza que muitos ali agora estão levando a missão muito mais a sério. — Pode ser encerrada a qualquer momento, assim que uma das equipes confiscar o núcleo, só não pode ultrapassar as horas estabelecidas, senão todos sofrem as penalidades. Por enquanto, vocês tem o resto do tempo livre para planejar as estratégias, descansar e conhecer melhor os outros grupos. Vejo vocês às 8 horas em ponto. Dispensados!

Viro-me para minha equipe já bolando inúmeras estratégias mentalmente, temos que ganhar essa missão a todo custo. Não quero nem imaginar do que se tratam as tais penalidades que o Cullen falou. Hora de planejar!


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Alguma sugestão do que pode acontecer no próximo capítulo?

Até mais!


General C. Magalhães.



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