Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 22
Mais revelações; Missão.


Notas iniciais do capítulo

Olá, recrutas! Tudo bom?
Primeiro quero agradecer a todos os lindos comentários. Muito obrigada! Irei responder todos amanhã! Esse capítulo era para ser postado no dia seguinte ao que postei o anterior, mas estava muito inspirada e não parei de escrever. Maaaas, quando terminei e peguei meu notebook para postar, ele atualizou o Windows e eu perdi TUDO que tinha nele. Tive que refazer tudo e ele acabou ficando menor do que eu tinha feito.

Esse capítulo é dedicado exclusivamente para minha nova querida leitora ZEZINHA que mal chegou e comentou TODOS os capítulos! Achei todos lindos! Muito obrigada por esse carinho, viu? Amei todos! Capítulo todinho dedicado a você!

Vamos a leitura!



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Me tratou com frieza? Então se

prepara, porque eu vou fazer nevar.

— Renato Russo

 

 

Mal terminei minha refeição e saí a passos firmes até o pátio principal, nem a brisa fria foi suficiente para desanuviar meus pensamentos. Eu sentia meu sangue se transformar em lava quente borbulhando em minhas veias e a mente ser bombardeada por milhares de perguntas sem respostas.

Furiosa. Era assim que eu me sentia.

Quem era aquela mulher? E por que o Cullen a abraçou tão ternamente? Então era por causa dela que ele não pode ficar comigo? Será que ele a ama?

— Que merda!

Chutei uma das grades que rodeavam o pátio, me arrependendo logo em seguida quando senti a dor. Gemi desgostosa enquanto massageava o pé por cima do coturno.

— Tudo bem aí?

Quase pulei com o susto, virei-me para o intruso de momentos dramáticos e endireitei a postura ao ver que se tratava do Tenente-Coronel Emmett McCarty.

— Tudo bem, Tenente.

— Ora, Bella, vamos deixar de formalidades. Me chame de Emmett. — abriu os braços musculosos e lançou-me um sorriso. Adoravelmente, ele possuía covinhas e olhos de um azul vibrantes, desmanchando a imagem de um homem grande demais para ser brincalhão.

— Impressionante como todo mundo sabe meu nome. — sussurrei para mim e em seguida sorri.

— O que disse? — confuso, perguntou.

— Nada — respondi rápido demais, ganhando um olhar desconfiado dele.

— Ah, sei... — mantendo o clima constrangedor, ele continuou desconfiado até que pareceu se lembrar de algo e sua expressão tornou-se animada — Então, vim te buscar para uma reunião ultra secreta.

— Ultra secreta? — agora era eu quem estava desconfiada.

— Bem... — hesitou — Mais ou menos isso. — riu e me puxou pelo braço, passando o seu por meus ombros logo depois. — Edward mandou-me chama-la.

Olhei-o com expectativa, mas ele nem percebeu, animado demais em me guiar até o escritório do Cullen. Então havia chegado a hora de saber sobre a missão?

Sem se importar em bater na porta, Emmett deu-me passagem, fechando a porta atrás de si. Na sala estava o General Cullen e o Major Whitlock.

— Olá, Bella. — disse o último.

— Major. — cumprimentei-o com um meneio de cabeça.

— Me chame de Jasper. — sorriu.

— Sem formalidades, lembra? — brincou Emmett, fazendo-me sorrir.

— Claro, Grandão!

Nosso grande diálogo foi interrompido por um pigarro do Cullen, só então virei-me para ele e fechei a expressão, retribuindo a sua.

— Já que já estão apresentados, podemos começar com as coisas importantes? — perguntou sarcástico.

Ui, ele tá com raivinha?

Arqueei as sobrancelhas antes de revirar os olhos, pouco me lixando para ele, e sentei-me confortavelmente na poltrona ao lado de Jasper. Emmett, ainda de pé, estendeu-me uma pasta negra com os seguintes dizeres na capa grossa: CRS. Sem delongas, a abri.

 

Missão CRS

Charlie e Reneé Swan

 

Passei as pontas dos dedos sobre os nomes como se os acariciasse, a saudade inflando em meu peito. Controlando as lágrimas, virei a página.

 

Crime: Homicídio      Ocorrido no dia: 31/06/1998

Vítimas: Charlie Caleb Swan e Reneé Marie Swan.

Biografia: Charlie (33 anos) e Reneé (30 anos), casados, nascidos em Washington – DC, na cidade de Forks (população de 3.120 habitantes), possuíam uma filha, Isabella Marie Swan (Desaparecida).

Charlie, formado em Direito pela Universidade de Washington, atuava como chefe de polícia em Forks.

Reneé, formada em Ciências da computação também em UW, não exercia sua profissão.

Filiação: Sem dados.

Propriedades em: Londres; Estados Unidos, Brasil e Itália.

Conta bancária: 5,2.000.000.000 $.

 

— 5,2 bilhões de dólares? — sussurrei atordoada.

— Isso mesmo. — respondeu Jasper, seus olhos pareciam brilhar — Estão bloqueados até que a filha desaparecida reivindique, no caso, você.

— Mas não é dinheiro sujo? — relanceei os olhos entre Jasper e Edward, deixando a raiva que eu tinha dele esquecida momentaneamente.

— Para você, não. — respondeu Edward — Você só tinha poucos anos, não tinha culpa das coisas que seus pais se envolveram. Além disso, os bens já estão congelados a mais de dez anos, agora são seus.

— Tudo?

— Tudinho! — Emmett entrou na conversa — Você é bilionária, Bella!

Mesmo que eles dissessem que sim, eu ainda não conseguia acreditar. Era surreal demais, aliás, desconfortável. Aquele dinheiro foi conseguido com furtos, derramamento de sangue e até mesmo mortes. Querendo ou não, era um dinheiro sujo sim.

Voltei-me para a pasta em busca de mais informações, novamente a sala mergulhou no silêncio.

 

Antecedentes criminais: Membro da máfia italiana conhecida como Volturi, investigada e procurada desde 1989, Charlie, atirador profissional e denominado comandante da equipe, tinha como braço direito sua esposa, Reneé, especialista em computadores e tecnologias. Seus crimes principais eram grandes furtos à mão armada, falsificação de documentos, latrocínios e homicídios.

 

As próximas folhas traziam as descrições dos crimes que, segundo Jasper, não eram nem a metade. Suspirei desolada. Uma coisa é escutar de alguns que seus pais foram envolvidos em diversos crimes, outra coisa bem diferente é ter a prova concreta disso.

— Como conseguiram isso?

— Jasper tem uma habilidade extraordinária quando se trata de computadores, não é a toa que ele é comandante deste departamento. — respondeu-me Edward — São fatos verídicos. Todos eles.

— Por que estão envolvidos nisso? — indaguei.

— Já lhe expliquei, Isabella. Fui praticamente arrastado até o caso dos seus pais, admito que vi nisso a oportunidade de chegar até os Volturi. Os outros crimes são relevantes, mas não tanto quanto esse, pois, curiosamente, as vítimas eram membros deles.

— Eles... Eles tentaram achar o assassino?

— Para morderem o próprio rabo? — perguntou Emmett, secamente.

— Como assim? — encolhi os ombros.

Edward, já impaciente, aproximou-se mais da mesa que nos separava, descansando os cotovelos sobre a mesma.

— Bella, foram os Volturi que mandaram o Bob Diller matar seus pais. A princípio achamos que era queima de arquivo, mas tinha evidências peculiares. O assassinato foi exatamente um ano depois do último assalto, seus pais estavam em outro país e vivendo sem crime algum, além do fato de que, segundo nosso infiltrado lá dentro, os Volturi não receberam ameaça ou chantagem dos seus pais. Aro foi o mandante de tudo, ele queria vingança.

Minha cabeça girou enquanto eu absorvia aquelas informações. Quando penso que eu já estava perto de acabar com isso, aparecem mais coisas.

Deus! Quando isso irá acabar?!

— Por que ainda não os prendeu? — murmurei indignada.

— Não é tão fácil, Bella, estamos lidando com pessoas perigosas, com tecnologias tanto quanto nós temos e que tem o habito de ter seguidores terroristas. — Emmett tomou a palavra — Precisamos atacar no momento certo, no lugar certo e na hora exata. Um passo em falso e todos nós estamos fodidos.

***

 

Eu ainda tentava assimilar tudo o que foi dito durante aquela reunião, não estipulamos prazos e nem fizemos muitos planos, poderíamos ser descobertos. Enquanto Jasper tentaria achar mais informações, o que ele achava pouco provável, e iria monitorar os passos dos italianos o quanto pudesse, Emmett prepararia estratégias para uma possível abordagem silenciosa, além de estudar formas de nos aproximarmos mais dos Volturi. Restou para Edward e eu esperar e vigiar o Diller. Não poderíamos deixar passar nada, tudo era de extrema relevância.

Antes de sair da sala do Cullen, percebi que ele ainda tentou me chamar, mas o ignorei completamente, não iria dar o braço a torcer. Cansei dos joguinhos dele. Assim que tomei um banho relaxante, do ponto de vista positivo quanto a um banho no quartel militar, joguei-me pesadamente na cama adormecendo logo em seguida. Minha mente estava exausta demais para processar ainda mais as revelações de hoje.

 

***

 

Na manhã seguinte, todos se encontravam no pátio à espera do Cullen e seus subornados. Uns tensos e outros animados, e eu só observava.

Um grande grupo já se organizava para a missão, estipulando estratégias eficazes antes mesmo de saberem do que se tratava; um segundo grupo, recuados no canto, parecia temer o que iria acontecer; e um terceiro e último pequeno grupo conversava coisas banais e sem importância para mim.

— Em formação, soldados. — a voz grossa de Emmett se sobressaltou das outras — Como comandante do departamento especializado em táticas de guerra (DTG), serei o responsável por essas missões, claro, com a ajuda do nosso General Cullen — apontou para você sabe quem que eu não quero falar. — Os grupos serão classificados de A até J, cada um com seu líder e superior. Alguma dúvida? — fez uma breve pausa e, ao receber somente silêncio, prosseguiu. — Ótimo! Vamos dividi-los.

E no minuto seguinte, o pátio transformou-se em uma confusão para decidir quem ficaria com quem. Me afastei um pouco dos outros, nem um pouco afim de me meter entre eles. No fim, fiquei na equipe I e nenhum dos meus amigos estavam nela. Liam, Derek e Lindsay eram os outros integrantes. Conhecia-os de vista e pouco nos falamos depois da divisão. Devido a Liam e seu elevado ego, acabamos sendo a menor equipe, todas as outras continham mais um, mas nosso queridíssimo ridículo comandante acha que ele vale por dois.

Idiota.

Revirei os olhos ao sentar justamente ao lado dele no caminhão cheio e tentei ignora-lo ao máximo, enquanto nos dirigíamos até o local das missões fingindo-me de grande admiradora da paisagem, o que não demorou muito.

— Ok, soldados. Para começar, deem uma boa olhada ao redor.

Estávamos em uma clareira próxima a uma floresta particularmente densa. Os caminhões foram estacionados lado a lado e alguns agentes nos acompanharam até o centro da clareira, inclusive o Cullen vestido em sua armadura de superioridade.

— Estão vendo a floresta ao fundo? — Emmett voltou a dizer — Lá será a missão de vocês, mas antes vocês conhecerão os seus superiores. Cada grupo dirija-se ao supervisor que corresponde à letra da equipe.

A nossa frente estavam dez agentes enfileirados lado a lado e que levantaram uma plaquinha com uma letra específica. Logo localizei o nosso que, diga-se de passagem, era um homem muito... apreciável.

— Olá, equipe I. Sou o agente Winchester, Dean Winchester. — seus olhos verdes claros vagaram entre nós e, estranhamente, pareceram brilhar ao fitar-me, ao mesmo tempo em que a sombra de um sorriso malicioso formou-se em seu rosto — Será um enorme prazer supervisiona-los.

Constrangida, troquei o peso de uma perna para a outra e agradeci aos céus quando Emmett voltou a falar.

— Cada um de vocês receberá uma mochila e um fuzil com cinco balas, então ponderem o uso ou então ficarão sem munição. Quanto à mochila, nela contém alguns mantimentos, como comida, água, um cobertor, alguns equipamentos que ajudarão caso haja algum imprevisto, um mapa da região, uma bússola e um comunicador.

— As regras são claras. — o Cullen continuou, com aquela voz rouca dos infernos — Vocês formam uma equipe e trabalharão como uma. Terão 24 horas para cumprir a missão que consiste em achar uma vítima, que no caso é um boneco, sem que sejam pegos pelos sequestradores, ou seja, nós. — apontou para o grupo de agentes com toucas pretas atrás dele — Os supervisores serão somente isso, não podem ajuda-los e se o grupo quebrar essa regra está fora. Se nós os acharmos antes de vocês acharem o boneco, estarão fora. Nas mochilas há um sinalizador vermelho, quando cumprirem a missão, acionem e fiquem onde estão, pois um grupo de resgate irá até vocês. As três primeiras equipes que concluírem, além de voltarem para o quartel mais cedo, terão algumas regalias. Já a última equipe a voltar para a clareira, receberão algumas... punições.

O Cullen ainda fez algumas considerações, mas, como eu, os outros soldados estavam nervosos demais para prestar atenção nele. Quando todos já estavam preparados e antes de Emmett liberar o começo da missão, Edward olhou-me parecendo receoso e sussurrou um “Cuide-se”. Meneei a cabeça discretamente.

— Boa sorte a todos! — desejou Emmett.

E quando percebi, todos nós corríamos em direção a densa floresta. Nem precisei adentar muito e os insetos já zuniam em meu ouvido, além de tentarem encontrar uma brecha na minha farda camuflada com o intuito de me picar. Mesmo com coturnos, ainda existia a dificuldade de andar pelos caminhos tortuosos da floresta, as altas árvores nos forneciam sombra, mas nem isso nos livrou do calor.

Um atrás do outro, com Liam na frente e em seguida Derek, Lindsay, eu e o agente Winchester atrás de mim, seguíamos o mapa que o Comandante Mor tinha em mãos. Contrariando o que Cullen tinha dito, o trabalho em equipe era inexistente no momento. Tomando posse do mapa e da bússola, Liam parecia em uma aventura de caça ao tesouro sozinho, nem se importando com o casal ternura que parecia se formar em minha frente e esquecendo que tínhamos um avaliador quase pisando em meu calcanhar.

Bufei indignada, iríamos perder muitos pontos dessa forma.

— Parece que você não ficou em uma boa equipe, não? — o agente perguntou divertido.

— Não podia estar melhor, senhor. — respondi com ironia.

Ele riu e adiantou os passos até estar ao meu lado.

— Poderia lembra-lo o que é estar em uma equipe.

— E ter uma fera querendo me arrancar pedaços por ameaçar sua liderança? — perguntei retoricamente — Não, obrigada.

— Vai se prejudicar assim. — avisou e andou mais rápido até Liam. Depois de um tempo conversando, Liam suspirou parando de andar e virou-se para nós, sorrindo forçado, e entregou o mapa a Derek.

— Tome, você vai me dando as coordenadas. Lindsay, melhor será se você parar de roer as unhas e for vasculhando por onde passarmos se há algum sinal do boneco. Isabella, você ficará responsável pela segurança da equipe, vi durante os treinamentos de tiro e lutas o quanto você é boa nesse quesito. — dividiu as tarefas e voltou a se aventurar.

Finalmente! Hora do show!

 


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Notas finais do capítulo

(DTG): Departamento especializado em Táticas de Guerra. (Fictício)


ZEZINHA, flor do dia, espero que tenha gostado!
Leitores do meu coração, espero que também tenham gostado. Aviso que o próximo capítulo está meio... quente. Hahaha

Vamos comentar, adicionar aos favoritos e recomendar? Claro que sim! Haha ^^


Att,

General Clessi Magalhães.



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