Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 11
Bob Diller


Notas iniciais do capítulo

General Magalhães se apresentando, recrutas! Hahaha
Olá, recrutas! Mais um capítulo para vocês, iria postar ontem, mas não tive tempo. Quero agradecer às meninas que comentaram, muito obrigada suas lindas! E deixar dois recados:
1. Laura Fernandes, seu capítulo será o próximo, tive que escrever esse antes, mas ele chegará. Desculpa salvadora da Swan... Ops, falei demais! XD
2. Uma querida leitora me questionou se pelo fato de que a história tem bastante tempo, eu demoraria muito a postar. Resolvi dizer a todas que a fanfic deu uma parada a anos atrás por imaturidade minha, tanto na questão da escrita, o que deixou os primeiros capítulos chatinhos e entediantes, quanto na questão de não ter recebido a motivação dos leitores e acabei desistindo. Mas agora é força total e tentarei melhorar! Não deixem de comentar, os comentários são o combustível e a força motriz que nos faz escrever e postar. A opinião de vocês é muito importante!
Sem mais delongas, vamos a leitura!



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"Eu sentia que estava afundando rapidamente, a água gelada me engolia mais e mais. Já não conseguia segurar o pouco ar dentro de mim e não vi outra opção a não ser soltá-lo, e então a água invadiu-me abraçando meus pulmões. Não me importava, talvez fosse melhor desistir. E então seus olhos apareceram, verdes e frios, mas pareciam suplicantes e angustiados. Senti vontade de tocá-lo, de saber suas angústias, mas minhas mãos estendidas encontraram o vazio. Eu deveria imaginar que ele não estaria ali, ninguém estaria. Meu corpo ficou ainda mais pesado e o fundo daquela piscina bem mais convidativo".

Arfei e levei a mão ao pescoço ainda na dúvida se respirava ou não. Olhei ao redor do quarto: os outros dormiam profundamente; o relógio marcava 4:37 da manhã e eu poderia tomar um banho tranquilamente antes de ir pagar a maldita punição.

Quando cheguei ao pátio minutos depois, o encontrei vazio. A neblina gélida encobria boa parte do quartel, deixando-o deveras sombrio. O sol timidamente lançava seus raios por entre as nuvens, minha vontade era a de voltar para meu quarto e ir dormir, mas não queria perder o horário do café da manhã, ou pior, ganhar outra punição.

Sem ter o que fazer, alonguei o corpo sentindo-o protestar. Tive que esperar pelo menos mais vinte minutos até o Sargento King dar as caras.

— Pelo visto caiu da cama hoje. — bocejou e assumiu o volante do carrinho elétrico. — Vamos logo, Swan.

Bufei baixinho e comecei a correr, tentei ignorar sua presença atrás de mim e concentrei-me em ir mais rápido, quanto mais agilizasse aquilo, melhor seria. Meus pensamentos traíras me levaram até meu último sonho, já não bastava os pesadelos que eventualmente me atormentavam, agora também tinha o Cullen e seus olhos estranhamente familiares. Teria que me manter longe dele e de sua superioridade, sabia que depois de ontem seria marcação serrada para cima de mim e isso poderia resultar em minha expulsão. Definitivamente, essa era a última coisa que poderia me acontecer no momento.

Mal percebi e já estava no pátio novamente, e ainda faltavam alguns minutos para as seis horas. King passou por mim e soltou um "Pode ir" antes de ir estacionar o carrinho. O refeitório estava parcialmente vazio quando entrei e sentei numa mesa afastada, meu estômago roncou e mesmo não apreciando muito as comidas integrais e líquidos sem açúcar, devorei o que tinha em minha frente. Minutos depois, Angela sentou ao meu lado ainda com cara de sono e cabelos bagunçados.

— Bom dia. — bocejou, apoiando o rosto nas mãos. Por um momento achei que tinha voltado a dormir.

— Bom dia.

— Esses horários estão me matando. — resmungou. — A propósito, qual é o número do seu quarto? Te procurei ontem e não te achei no dormitório.

— C18.

Ela me encarou assustada e virou-se totalmente para mim.

— Como assim? Essa não é a ala masculina? — quase gritou, a repreendi com o olhar. — O que você faz lá? Ah, meu Deus, você é homem!

Fechei os olhos ao ouvir seu grito, tinha plena certeza que todos nos observavam descaradamente.

— Não, Angela, sou mulher e sim, estou na ala masculina. — respondi pausadamente e quando ela fez menção de falar, a interrompida. — Houve um engano no registro da inscrição e eu não tive escolha a não ser essa.

— Mas como isso é possível? Os chefões sabem disso? Eles permitiram?

— Não sei, — suspirei e desviei os olhos para frente. — simplesmente me colocaram lá e eu tive de aceitar. Aprenda, Angela, nada é impossível nessa vida. Quando menos se espera, algo que seja bom ou não acontece e você acaba aceitando, de qualquer forma sempre tem consequências e eu estou pronta para enfrentá-las se for preciso.

— Você falou de um jeito... — me encarou desconfiança, eu já estava sem paciência para sua extensa curiosidade. — Tem segredos, Bella?

— Todos tem. — dei de ombros e saí do refeitório.

***

 

Distraidamente chutei um pedrinha solitária no enorme pátio de granito, ninguém até agora veio começar o treinamento e os outros aproveitaram para conhecer uns aos outros, alguns até já marcavam de sair.

Teve até uns que vieram falar comigo, grande parte trazida por Mike, mas eu nem lembrava mais seus nomes, teve até um idiota que me perguntou qual a sensação de confrontar o Cullen. Reviro os olhos, nem quero imaginar o que já falam de mim.

Levantei a cabeça ao perceber que a conversação diminuiu, a nossa frente estava três agentes, um deles era o Sargento King, o do meio eu não conhecia, mas o último... Esse eu nunca esqueceria.

Bob Diller

Meus cabelos da nuca eriçaram, meus punhos fecharam e meus pulmões inflaram, não com ar, mas com ódio. Puro e nocivo. Um comportamento muito comum da minha parte em se tratando daquele assassino. De onde eu estava ficava um pouco difícil dele me ver, mas controlei minha expressão para que nem ele e nem ninguém notasse. Eu sei que seria impossível Bob saber quem sou, nem mesmo pelo meu sobrenome comum, porém, eu não iria arriscar. Ele só saberia no momento certo. Não foi nenhum deles que nos saldou, mas a voz rouca e aveludada vinda de nossas costas, causando sensações desconhecidas em mim.

— Sentido! — todos ficamos em formação, mãos para trás e olhar reto. — Passado a primeira fase, parabenizo-os pelo empenho que até agora demonstraram. Comunico que a partir de agora, os senhores e senhoras viverão sob rígidas normas e regulamentos da Agência Nacional de Segurança dos EUA. Estarão sujeitos às penas e sanções nela previstas, aqui os senhores envontraram os melhores instrutores do corpo de agentes especiais militares de segurança nacional, que os acompanharam 24 horas por dia. Militares capacitados a doutrinar e, principalmente, a disciplinar cada um dos senhores e senhoras. Para isso, conto com o comandante de pelotão e seus auxiliares. Dêem um passo a frente e se apresentem.

— Eu sou o Primeiro Sargento, agente especial 109, Benjamim Randall, comandante deste pelotão fase 2 da NSA, e terei como meus auxiliares o Sargento Diller e o Sargento King. Apresentem-se!

— Segundo Sargento, agente 224, Bob Diller. — aquela voz grotesca ouvida a anos atrás fez um novo arrepio descer por minha espinha e o sangue em minhas veias transformar-se em gelo.

— Terceiro Sargento, agente 3342, Royce King.

Enquanto ainda tentava engolir o asco preso em minha garganta, nem prestei atenção direito na outra apresentação. Minha vontade era partir para cima de Bob e bater nele com todas as minhas forças até ele implorar por socorro.

— Se alguns dos recrutas pensam que ao ingressarem aqui encontrarão um simples emprego ou uma mera ocupação na vida, estão totalmente enganados. Poupem o seu tempo e peçam para sair agora! Aqui queremos cidadãos vocacionados para o sacrifício da vida de agente especial militar. — o Cullen proferiu e seu olhar parecia pesar em cada um, quando parou em mim forcei-me a não encolher. — A partir de agora receberão um fuzil que ficará sob responsabilidade de vocês e lembrem-se: Nunca podem ficar sem o fuzil! Qual a primeira ordem?

— Nunca ficar sem o fuzil, senhor! — respondemos em uníssono.

— Eu não ouvi! – berrou.

— Nunca ficar sem o fuzil, senhor!

— Muito bem. Primeiro Sargento?

— Sim, senhor?

— Pode assumir. — o General Cullen bateu continência e foi embora. Involuntariamente meus olhos o seguiram.

— Pelotão... Sentido! — ele caminhou entre nós e parou em frente ao cara que estava ao meu lado esquerdo. — Qual o seu nome, recruta?

— Brady Fuller, Primeiro Sargento!

— Está disposto a continuar? – ele gritou.

— Sim, senhor!

— Irá proteger a pátria e aos cidadãos? — berrou novamente, eu duvidava que ele não estivesse cuspindo.

— Com toda a certeza, Primeiro Sargento!

Estava tão absorta que quase me assustei quando Bob parou em minha frente.

— Seu nome, recruta?

— Isabella Swan, senhor! — fiz questão de berrar em sua cara.

— Por que está aqui?

— Para servir ao país, Segundo Sargento!

Ele deu a volta ao meu redor e voltou a minha frente ficando a centímetros do meu rosto, mais uma vez controlei-me para não partir pra cima.

— Seja bem vinda, belezinha.

Esse idiota só pode estar testando meu auto controle, mesmo que eu olhasse além dele, eu sabia que ele me dirigia um olhar asqueroso. Mantenha o foco, Bella, ou você põe tudo a perder!

Esse procedimento perdurou por alguns minutos até que algum recruta da linha da frente deve ter dito algo que o Terceiro Sargento não tenha gostado, porque ele nos fez pagar quinze flexões.

— Aprendam uma coisa: quando um erra, todo o pelotão paga. — explicou King. — Vamos! Mais rápido, seus molengas!

Quando já estava nas últimas flexões, um par de coturnos parou em minha frente e dessa vez eu tinha absoluta certeza de que não aguentaria mais uma gracinha de Bob.

— De pé, Swan.

Quase perdi o equilíbrio quando o ouvi. Que merda de sensações são essas que sinto toda vez que ele está por perto? Levantei e mais uma vez notei a diferença entre o Cullen e eu, no mínimo ele tinha uns quinze centímetros de altura a mais que eu. Antes que eu dissesse algo, ele mandou que eu o seguisse.

Caminhar atrás dele não era muito legal, pois examiná-lo era uma atitude involuntária, desde os cabelos bronze bem cortados, descendo pelos ombros largos e tencionados, costas aparentemente fortes, até seu andar firme. Parei de observá-lo quando voltei a subir os olhos e os parei em seu quadril, mais especificamente... Bom, acho que ficou claro.

— Entre, recruta.

Sua sala era totalmente diferente dos outros recintos, ao invés da cor usada em todo o quartel, o verde musgo, predominava ali o cinza estéril. Sua poltrona parecia ser bem mais confortável que minha cama; sua mesa, bem organizada diga-se de passagem, estava lotada de pastas e uma miniatura da bandeira dos EUA e outra na NSA. Atrás de mim tinha um grande sofá de couro negro e muito convidativo e ao lado da grande janela com persianas tinha uma estante de portas de vidro preenchida de cima a baixo com troféus, medalhas e diplomas. Evidentemente, esse é um dos motivos de toda a sua superioridade.

— Sente-se. — ele virou-se para mim e estendeu uma pasta preta. — Pode me explicar o que você faz na ala masculina?!

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, volto com o próximo capítulo se tiver uma quantidade razoável de comentários, tipo uns 10...
Brincadeira! Hahaha
Mas comentem, por favor, é importante para nós, autoras.
Isso é uma ordem!
Brincadeira de novo! Hahaha e.e
Beijos e até mais.

Att,

General C. Magalhães.



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