Abriu os olhos e olhou a sua frente e um jardim se estendia e ele era lindo, o mesmo jardim do sonho de Edward. Cheio de borboletas e flores e ela gostaria de colher algumas, brincar com as borboletas. Mas em suas condições não imaginava poder se levantar. Olhou a frente e viu uma linda moça, ela vestia um vestido branco e se parecia com um anjo.

- Você é um anjo?

Ela riu.

-Sou tão angelical quanto você, minha linda Renesmee.

- Você sabe meu nome.

- Sei muito mais, meu amor, sei por exemplo que pode mexer suas pernas aqui.

- Eu, eu não poderia, é impossível moça.

- Nada que queira é impossível, querida, basta acreditar. Vamos levante, irei te ajudar.

E dizendo isso pegou-lhe as mãos e gentilmente a puxou para cima para que ela se levantasse ela se apoiou no braço da moça e em pé ela arregalou os olhos e a moça foi se afastando e ela deu seu primeiro passinho.  

A moça se distanciou e viu a pequena menina se equilibrar em seus próprios pés.

Ela queria isso tanto e se arriscaria a cair se pudesse tentar andar.

Ela  deu um passo tremulo, e mais outro, mais outro e outro. Dalí a pouco estava correndo pelo jardim  atrás das borboletas e colhendo  flores ela se divertia, para lá e pra cá. Mas não havia se esquecido da moça que tanto lhe ajudara.

Ela procurou a sua volta e viu uma luz, de lá o rosto de Bella saiu e ela correu até ela que se ajoelhou.

- Estou em pé Bella, andando e correndo.

- Eu vi, meu bem.

De repente o rosto de Bella se transformou no de Marie

- Tenho uma missão para você, meu amor, tem que ajudar o papai a ver, a enxergar.

- Enxergar o que?

- Você saberá o que, você promete que ajudará o papai?

  - Como conhece meu pai? Quem é você e o que ele tem que enxergar? Me diga ou não o saberei!

- Sim o saberá, você logo verá! Fique bem meu bebê, mon petitt.

O rosto de Marie novamente era o de Bella e de repente o de Marie, eles se invertiam até que a luz a envolveu e tudo ficou branco.

Ela começava a sentir seus braços e pernas envoltos em um cobertor, sua cabeça doía e ela podia sentir presente ali o curativo. Lentamente abriu seus olhos e ao olhar a sua frente viu uma TV desligada, tirando os braços do cobertor e suspendeu-se com a força dos braços, já que as pernas não se mexiam. Em seu braço havia uma agulha que doía um pouco ao se mover, ela não sentia o soro em sua veia, mas podia ver que aquele pacote já estava na metade. Ao seu lado havia um sofá de dois lugares em uma cor neutra, neste sofá estavam deitados Bella e seu pai, abraçados, quem os visse diria que Bella era sua mãe. (Quarto)

Olhou-a ela não estava machucada, apenas uma marca roxa no pulso e mais nada. Sentia-se bem por ela estar bem.

Olhou pelo quarto novamente e não viu sua cadeira de rodas, aparentemente teria que ficar ali por um tempo sem sair da cama. A dor de cabeça que antes era fraca se intensificou e ela recostou a cabeça nos travesseiros para que a dor passasse. Não pode conter um gemido fraco de dor.

Edward o escutou e abriu seus olhos, já direcionados para a cama, viu sua filha acordada e suspirou, mexendo o corpo para se levantar. Renesmee o olhou com um pouco de medo de sua reação.

- Desculpa, não pretendia acordá-los.

Edward moveu-se em direção a Bella que ainda sonolenta levantava de cima dele lentamente, meio que como se não quisesse sair dali.

- Não há problema nenhum nisso. Já está acordada a muito tempo? Porque gemeu?

- Dói. – disse a garotinha, pondo a mão  na cabeça com o curativo.

- Irei chamar uma enfermeira. – disse Bella já mais desperta. E saiu do quarto dando um pouco de espaço aos dois.

-Me perdoe. Sei que não mereço isso, mas queria que me perdoasse por tudo que lhe fiz, filha.

Renesmee que manteve sua cabeça baixa para ouvir mais uma frieza do pai,se surpreendeu e ao ouvir as palavras levantou a cabeça e viu o próprio com a cabeça baixa.

- Nunca me chamou assim antes, pai. É claro que eu perdôo. Venha aqui.

Ele foi até ela e eles se abraçaram e ela nunca havia se sentido tão bem.

-Está se sentindo melhor querida?-Uma enfermeira entrou no quarto, junto com Bella, e foi pra perto do soro onde a menina estava.

- Dói a minha cabeça.

- Sim, aqui está o remédio, vou colocar na sua veia para que não tenha que engolir tudo bem?! O medico já vira falar com vocês- disse ela sorrindo simpática, até demais pensava Bella ao ver os olhares da enfermeira direcionados a Edward.

- Obrigado- ele disse e pegou a mão de Renesmee que a aceitou de bom grado, puxou até que pudesse sussurrar em seu ouvido para que ele pedisse desculpas a Bella.  Ele a deixou com a enfermeira e puxou pela para fora pela mão.

– Gostaria que me desculpasse Isabella, eu me excedi. Espero que continue conosco, Renesmee aprecia muito sua companhia.

- Eu me encantei por sua filha, senhor Cullen, não os deixarei, mas não continuarei lá se não puder controlar seus nervos e me escutar quando necessário.- Edward assentiu.- pode me escutar agora,sem se exaltar?

-Sou todo ouvidos- disse Edward sorrindo pelo modo submisso e ao mesmo tempo mandão com que ela falava, pensamentos pecaminosos passavam por sua cabeça e ele imaginava como ela deveria ser na cama.Repreendeu-se por seus pensamentos e se concentrou em escutá-la.

-Eu realmente não acho que sua filha seja paraplégica, ela pode estar sofrendo de conseqüências emocionais...

- Não posso mais ouvir, nenhum medico encontrou solução para o problema de minha filha, não vai ser uma psicologazinha de merda que vai encontrar. Não dê falsas esperanças a ela como muitos já deram.

- Não, são falsas, tem de me escutar senhor...

Ele já havia entrado no quarto novamente.

Se ele não ajuda, ajudo eu.

Bella não desistiria facilmente e ele era um tolo por achar que sim.

Provarei que estou certa, senhor Cullen, você vai ver.