Eu sempre fui a primeira em tudo. Na escola, eu era a favorita dos professores. Em casa, eu era a princesa da família. Nas notas, sempre 10. Nas brigas, a justa. Nas amizades, a correta. Ou seja, a primeira, sempre. E agora, vem essa doninha albina e me deixava em segundo plano!

- Fale sério Granger. Está reclamando que sou melhor que você?

Mordi o lábio. Não admitiria que, na verdade, reclamei por ele me deixar de lado.

- Você não é melhor que eu Malfoy. Você nunca vai ser melhor que eu.

- Oh, sinto muito te desiludir Granger, mas não se preocupe, algum dia talvez você me supere em algo. O que eu duvido, claro.

Eu já estava vermelha, só que de raiva.

- Olha aqui Malfoy, sou muito melhor que você, e posso provar isso quando eu quiser.

Ele riu. Uma risada irônica e sarcástica. "Uma vez Malfoy, sempre Malfoy", pensei, revirando os olhos.

- Pois bem Granger. Mas não é você que vai provar ser melhor do que eu, mas sim eu que vou provar pra você.

E, incrivelmente, ele me beijou. Mas aqueles beijos de cinema, apaixonados e românticos. Acabei retribuindo com a mesma intensidade.

- Droga.

Murmurei, entre o beijo. Ele parou.

- O que houve Granger?

Ele perguntou, com uma voz arrastada. Não, eu não iria dizer. Mas o beijo dele era realmente bom. "Primeiro", resmunguei mentalmente.

- Nada.

Eu respondi, e voltei a beijá-lo.