Passei o batom nos lábios antes de sair do quarto sexta-feira pra mim era o pior dia da semana. Eu odiava a separação da turma e hoje era diferente hoje fazia dois meses que eu estava sem meus pais era estranho pensar em como minha vida tinha mudado tanto. Eu não tinha mais a minha casa. Eu tinha minha casa mais ela não era mais minha porque eu não sentia isso Edward estava escorado no sofá e sorriu sorri levemente indo ate ele dar um beijo um leve selinho.

Hoje eu sentia saudades da Florida ainda mais por estar mais frio que o comum em Forks. Estávamos chegando em dezembro e já estava começando a época em que era mais frio.

Entrei no carro com Edward em silencio o silencio entre nos não era desconfortável. Era algo até bom porque para nos ao meu ver a companhia era o que valia a pena.

O silencio durou o tempo todo eu me sentia hoje mais sozinha que qualquer dia não por ser o dia em que meus pais morreram mais eu queria eles aqui de alguma forma me lembre dos sonhos que tive com minha mãe.

Fechei os olhos me controlando pra não chorar era difícil acreditar que eu estava sem eles. Ri irônica nas diversas brigas que eu tive com minha mãe eu havia dito que um dia eu não precisaria mais dela. Era mentira. Eu precisaria sempre... Ela não estaria aqui pra ver os neto ou pra me ver casar eu não teria meu pai pra me levar ao altar e muito menos para me darem um beijo de boa noite.

Eu nunca dei valor, eu vivia discutindo xingando e não dando valor eu queria eles aqui e eu não podia ter. hoje eu poderia ter qualquer coisa menos o abraço caloroso que minha mãe costumava me dar. Fechei os olhos lembrando.

Eu sempre quis ter um cachorro. – ri levemente atraindo a atenção de Edward. – eu sempre fui tão mesquinha. Sempre tive tudo minha mãe tinha alergia a cachorro e mesmo assim ela me deu um. Meus olhos encheram de água eu estava mentindo. Eu não consegui fingir que as coisas iam bem. Coloquei as mãos no rosto e Edward parou o carro senti seus braços a minha volta.

- Amor o que foi? – perguntou.

- eu não sei. – funguei olhando pra janela me afastando. – eu não sei. – repeti.

- quer voltar? – falou. – você quer descansar?

- não quero ir a escola. – funguei novamente. – me distrair. – me virei pra ele sorrindo.

- não gosto de te ver triste... – comentou colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha ele sorriu travesso. – vamos vou te levar a um lugar. – franzi o cenho.

- não podemos faltar a aula. – falei certinha.

- vai valer a pena. – ele ligou o som baixinho. Hoje estava tão frio pensei comigo tanto que eu estava vestindo um casaco grosso.

Fomos em silencio. Edward estava com uma mão no volante e a outra entrelaçada com a minha. Sorri tudo parecia tão certo franzi o cenho.

- Edward não temos uma musica nossa. – falei seria. Ele riu baixinho.

- precisamos de uma musica? – perguntou. Olhei a paisagem a fora o que não era muito possível Edward dirigia que nem um louco.

- acho bonito um casal ter uma musica... – falei rindo. Meu humor melhorando um pouco.

- acho que tem musicas tristes demais... – falou. – são poucas que são boas... eu poderia procurar uma musica mais nem uma seria boa o suficiente pra nos dois. – sorri o olhando.

O resto da viajem se passou em silencio ele parou em frente a uma praia sorri saindo do carro e rindo que nem uma criança.

- não sabia que tinha praias aqui... – peguei a mão dele enquanto andávamos em direção a areia.

- aquela. – ele apontou. – é a casa dos meus pais nos vínhamos aqui nos finais de semana quando criança mais agora como papai vivi viajando pra seattle fica meio difícil e mamãe não fica muito animada pra sair.

- nos não temos muitos momentos nossos. – falei baixando o rosto.

- pra mim Bella cada minuto que eu passo com você é valioso. – disse levantando o meu rosto e selando nosso lábios.

Ali estava minha recompensa Deus não tira da gente sem nos recompensar Edward era minha recompensa.

- somos eu e você. – falei entrelaçando nossos dedos. – não sei se pra sempre... – ele colocou o dedo nos meus lábios e sorriu.

– Isabella Swan... você talvez não tenha entendido.

- como? – perguntei olhando nos seus olhos o vento gelado bateu em meus cabelos e eu tremi.

- quando eu disse que nos éramos pra sempre eu não estava brincado... – o abracei ele era real e ele era meu eu senti orgulho por ter algo tão valioso algo que eu não trocaria por nada eu confiava e sabia que por mais que um dia alguém tentasse nos separar podia ser Tânia podia ser tudo. No fim nos íamos ficar juntos.  

Dei um leve beijo no seu pescoço. Ele tinha o melhor cheiro do mundo era o meu garoto... O cara que eu queria pra minha vida.

- Ta frio aqui. – ele disse. Eu ri porque tinha malicia em sua voz. – que tal... a gente ir na casa da praia ali... e conhecer meu quarto. – falou se levantando e me puxando. Meus pensamentos ficaram incoerente o que era normal quando  chegávamos a este nível de animação. Ri com meus pensamentos me levantando e fomos nos agarrando até eu bater contra algo sólido.

- que isso? – perguntei. Olhando pro lado e ver que estava escorada na porta.

- Deixa eu abrir a porta antes que eu comece a tirar sua roupas aqui mesmo. – falou malicioso algo nas suas palavras me mostraram que ele não estava brincando.

- Edward. – falei quando ouvi a chave girar e sua boca voltar a minha ouvi a porta ser batida mais não voltei a olhar pra lá.

Senti meu corpo esquenta quando os lábios de Edward desceram pro meu pescoço, ele me ajudou e tirar o casaco então sorriu me analisando.

- esta me devendo um stripper. – falou se sentando no sofá. – e você não sabe como esta sexy com os cabelos bagunçados e o uniforme da escola... – ele se levantou me puxando pela cintura. Mais gentilmente. – eu te amo tanto.

Coloquei meus braços em seu pescoço e olhei bem nos olhos dele.

- Não posso, não quero. – dei um leve beijo no seus lábios. – eu não devo e jamais poderia viver sem você e... – ele me beijou e eu sorri. – você é tudo... que eu quero na minha vida.

[...]

Passamos a tarde toda no quarto. Edward tinha o dom de me fazer esquecer o mundo la fora. Coloquei minha cabeça sobre seu peito.

- Edward Cullen... você me fez faltar no treino. – falei rindo.

- você treinou acredite em mim. – me afastei olhando a janela de vidro do seu quarto.

- se meus pais não tivessem morrido eu ainda estaria na Florida. – comentei passando a mão no cabelo dele e ele fechou os olhos.

- eu iria atrás de você, não iria demorar muito. – falou abrindo os olhos. E ele riu sem graça. – eu não consegui te esquecer desde que te vi passar pela porta da minha casa.

- uau isso foi sexy. – falei me levantando e colocando minhas roupas e ele franziu o cenho. – vamos dar uma volta na praia... – falei. Olhando o relógio e arregalando os olhos. – meu deus já é quase 13:00 da tarde.

- eu sou insaciável. – falou saindo da cama e colocando sua boxer preta quase o joguei novamente na cama mais sacudi a cabeça.

Saímos pela rua de mãos dadas. Ele me mostrou cada lugar e me colocou nas suas costas para não sujar os sapatos me sacudi e ele e eu caímos.

- sabe se fosse outra mulher teria feito um escândalo. – riu me puxando pela mão e me levantando. Fiquei nas pontas dos pés e coloquei meu nariz na altura do seu e sussurrei.

- não sou qualquer mulher... – ele riu me alevantando e me beijando.

- jamais será. – ele olhou sobre meu ombro. – que tal conhecer La Push?

Olhei pra onde ele olhava e franzi o cenho pro ônibus.

- que ir la no ônibus? – perguntei. Ele puxou minha mão e fomos correndo até la e entramos no ônibus.

Eu não sei mais só percebi que o tempo tinha passado porque escureceu e eu estava cansada depois de conhecermos toda a reserva de La Push fomos pra casa. Alice estava sentada no sofá com uma revista a folhando. Ela olhou pra nos com um leve sorriso.

- Aproveitaram o dia? – perguntou.

- foi ótimo. – Edward me abraçou pela cintura e Esme entrou na sala com uns sanduíches então nos encarou.

- sanduíches? – perguntou se sentado ao lado de Alice que já estava pegando um.

Nos sentamos no sofá e pegamos um sanduíche eu estava faminta. Depois ficamos conversando sobre coisas banais e Emmett passou pela porta com os olhos vermelhos.

- Emmett o que... – Alice perguntou e ele subiu as escadarias correndo franzi o cenho.

- o que deu nele? – perguntei.

- ah ele ta assim o dia todo. – falou Alice. – Rose e ele brigaram de novo e ela disse umas coisas que magoaram ele, ela esta mal também.

- mais como foi? – perguntou Esme chateada.

- Nathalia ficou com Emmett hoje e Rose viu. – suspirou olhando pra janela escura.  – ela ficou mal e ele pediu desculpas mais ela disse que eles não eram nada um do outro.

- mais ele ficou mal com isso? – perguntou Edward fazendo carinho no meu cabelo.

- não ele ficou mal porque ela disse que ela só iria ficar e gostar dele quando ele virasse gente. – ela balanço a cabeça. – ele gosta dele e ela não percebe ou talvez perceba e não tenha coragem de admitir. – alguém tocou a campainha e ela levantou para abrir a porta. Ela arregalou os olhos. – Jasper?

Esme pegou a bandeja e saiu da sala eu e Edward fomos até a sala do piano.

Pov’s Alice.

Jasper estava com o cabelo loiro agora mais curtos bagunçados. Os lábios cheios mais vermelhos e as bochechas avermelhadas no seu casaco preto tinha vestígios de neve. Ele parecia indeciso então resolvi começar.

- o que quer Jasper? – perguntei amarrando meu cabelo. Era ainda estranho ficar com Jasper depois de anos como namorados agora eu não poderia correr e abraçá-lo como antigamente ele estava ali mais mesmo assim eu não podia te-lo.

- vim ver como você esta... – falou meio incerto. – que tal a gente dar uma volta la fora? – perguntou.

- vou pegar um casaco e já venho. – subi as escadas e coloquei um sobretudo preto e umas botas então peguei minhas luvas e desci as escadas rápido ele sorriu ao me ver então abri a porta para nos sairmos a propriedade da minha casa era enorme. Então nos sentamos no degraus da escada e eu me encolhi estava frio olhei o céu e sorri. Jasper me encarou.

- qual o motivo desde sorriso? – perguntou.

- é raro ver estrelas aqui em Forks esta sempre nublado nunca vemos. – falei ainda maravilhada.

- eu gostava de quando namorávamos. – comentou. Me senti irritada com seu comentário.

- gostava? – perguntei minha voz saiu um pouco mais alta.

- Sim eu gostava era ótimo quando estávamos juntos. – os olhos azuis me fitaram apreensivos. – isso era ruim? – perguntou.

- não era mais pra mim significou muito mais que gostar eu te amava e isso não muda tudo que você fez. – falei.

- o que eu fiz? – perguntou surpreso.

- Jasper você me... Traiu alguma vez? – perguntei meu cabelo caiu sobre meu rosto por causa do vendo.

- Alice... – o cortei.

- é melhor me contar a verdade porque eu não sei se posso perdoar sua mentira. – falei encarando seus olhos. Ele os fechou fortemente. – com quem? – perguntei me levantando e me parando na sua frente.

- não te trai exatamente. – falou. Ri sem humor.

- se você beijou você traiu. – falei olhando pro jardim. – não acredito que estamos falando nisso.

- como assim? – perguntou.

- eu jurei pra mim mesma que não iria mais sofrer ou viver isso. – ri novamente. – é irônico eu estar aqui com você agora.

- nós tivemos uma historia... – o cortei novamente.

- uma historia? – perguntei.  – tivemos um rolo infantil. Pra mim foi uma historia não pra você  - subi os degraus e ele me puxou pelo braço.

- sinto saudades. – ele pareceu engolir as palavras. – sinto falta do seu sorriso, sinto falta de olhar nos seus olhos depois de horas juntos, sinto falta do seus carinhos do jeito que falava meu nome... eu sinto vontade de dizer mais, mais você não escuta.

- eu não posso ouvir. – falei quase chorando.

- você pode... – parou. – você pode ouvir que eu sinto falta do som da sua voz a noite sinto falta de escutar musicas com você ou olhar um filme de romance quando você me tortura pra prestar atenção sinto falta da forma que costumava puxar meu cabelo quando dormíamos juntos. – ele pareceu rir da lembrança. – sinto falta de ouvir você sussurrar eu te amo quando achava que eu estava dormindo.

Senti meu rosto esquentar eu pensava que ele estava dormindo e isso me irritou mais ainda por que ele sabia que eu tinha dito diversas vezes e ele nunca falou.

- você disse toda vez em que eu fechei os olhos e tentei dormir. – me explicou.

- eu sou tão idiota. – falei sentindo uma lagrimas molhar meu rosto.

- foi aqui nesta mesma escada que nós nos conhecemos... – falou olhando o lugar sorrindo. – e é aqui que eu vou pedir pra você namorar comigo novamente mais desta vez... – ele mexeu no bolso tirando uma caixinha de veludo do bolso. Arregalei meus olhos. – mais desta vez da forma certa... Quer voltar a namorar comigo?