Doubtful Fate escrita por Cahh_M


Capítulo 10
Capítulo 9 - There's no one else to blame


Notas iniciais do capítulo

Oie amores. Por pedidos, principalmente da Bruna, hoje eu postei dois caps, mas não se acostumem einh? shuahsauhsuah. A música desse é When the lights die Boyce Avenue (eles cantam muuuito).
http://www.youtube.com/watch?v=LP346UnjC_w
Espero que gostem.
Beeijos.



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Capítulo 9 - There's no one else to blame

-Eu não acho que consigo. – Matt dizia saindo do carro quando viu Tyler e Caroline chegarem juntos.

-Claro que consegue. – Disse, encorajando-o. – Vamos lá. Não precisa ficar o tempo todo com eles, mas não os ingnore.

-Está bem. – Ele disse batendo a porta do carro, indo em minha direção. – Elegante, Sarinha, elegante.

-Vou tentar. – Respondi rindo. – Sabe que elegância não é muito comigo.

-Meu desafio é manter a máscara e o seu manter a postura. Ótimo, sinto que fracassaremos. – Matt gargalhou contagiando-me.

-A gente consegue. – Seguimos para dentro do salão que já estava lotado de gente. Rodamos por alguns minutos até acharmos nossos amigos. Todos ali, senti uma lágrima escorrer por meu olho percebendo que só faltava Stef, de quem não sabiamos notícias desde sua partida. Nossos corações sentiam falta daquele ser bondoso, que se tornara irreconhecível. Elena estava de braços dados à Damon, que abriu um lindo sorriso quando nos viu. Ela usava um lindo tomara que caia tom de uva, que modelava seu corpo perfeitemente. Suas pernas à mostra faziam com que Damon desviasse seu olhar algumas vezes, o que me causou risos.

-Ainda bem que você chegou. – Caroline disse, chegando perto com seu vestido rendado preto com dourado de um ombro só. Matt a fitava por longos segundos e percebi o constrangimento, cutucando-o.

-Desculpe. – Ele sussurrou envergonhado. – Disse que seria difícil.

-Sem problemas. Só tente se controlar. – Respondi gentilmente.

-Você está linda. – Bonnie disse, sorrindo.

-Obrigada Bo. Você também está. – Seu leve vestido branco caia até seus joelhos, realçando em sua morena pele. Ela estava linda. Todos estavam.

-Vamos nos divertir um pouco. – Tyler disse.

-Encher a cara. – Damon falou e Elena o olhou desaprovando. – Ou só beber um pouquinho.

-Vamos dançar. – Caroline disse, puxando Tyler para a pista. Damon e Elena os acompanharam. Bonnie e Jeremy fizeram o mesmo.

-Está bem para ir? – Perguntei a Matt, que permanecera calado.

-Sim, estou bem. Vamos dançar. – Matt me carragou até a pista e começamos a dançar. As músicas variavam, das mais agitadas as mais lentas e era nesse momento que o constrangimento maior nos atingia.

POV Damon

Elena tinha a cabeça apoiada em meu peito e eu segurava sua cintura enquanto dançávamos uma música lenta. Durante todos esses meses não conseguia deixar de notar sua tristeza, a falta que Stefan lhe causava era absurda e por mais que ela escondesse na maioria do tempo, eu a conhecia bem demais para saber o que se passava por sua cabeça e principalmente, por seu coração. Eu a amava e disso eu não tinha dúvida. Estávamos próximos como nunca antes, eu tentaria algo, mas minha fama de cretino não me fazia jus quando o assunto era ela. Eu a respeitaria, e deixaria que ela viesse. Uma hora ela viria.

-Está tudo bem? – Perguntei sussurrando em seu ouvido.

-Está. – Ela respondeu enterrando sua cabeça em meu peito.

-Não minta Elê. – Falei passando minhas mãos por seus lisos cabelos. – Algum motivo novo ou não?

-Eu sinto falta dele. – Ela respondeu e senti uma lágrima molhar minha camisa. – Só isso.

-Também sinto. Todos os dias me sinto tão culpado. Se não fosse por mim ele estaria aqui agora, dançando com você. Tenho medo por ele. Nunca deveria ter ido pedir ajuda a Klaus. – Respondi sinceramente. Elena ergueu sua cabeça e seus lindos olhos castanhos me fitaram.

-Nunca diga isso. Se ele não tivesse ido a Klaus você estaria morto. Como isso pode ser melhor? – As palavras de Elena me trouxeram conforto. Ela sofria por ele estar longe, mas sofreria mais se eu estivesse morto.

-Desculpe. Eu sou meio cretino. – Respondi sorrindo e ela retribuiu, abraçando-me novamente.

-Meu cretino. – Elena sussurou e beijei o topo de sua cabeça. No momento, não poderia estar mais feliz.

POV Matt

Sara sorria mas sabia que não era verdadeiro seu sorriso. Não por minha companhia, mas eu sabia exatamente o que era não poder ficar com quem se ama. Meus olhos iam a Caroline e Tyler que me pareciam tão apaixonados, tão felizes. Eu deveria estar feliz, e parte estava, ele era meu melhor amigo e ela, bom…sempre foi minha amiga também, mas meu coração explodia de dor. Sara mantinha sua cabeça apoiada em meu ombro e nos balançávamos lentamente.

-Sabe Matt…acho que deveríamos fazer um pacto. – Ela sussurrou. – Se nós dois continuarmos assim, podemos ajudar um ao outro em encontrar alguém. – Ela riu vagarosamente e eu sorri.

-Ou podíamos nos casar. – Sugeri brincando e ela riu.

-Fachado parceiro.  – Ela respondeu apertando minha mão.

-Fechado. Mas não ache ninguém, não quero ser o único sozinho. – Avisei e seu rosto instantaneamente se fechou, trocando seu cativante sorriso por decepção. A culpa martelava em minha cabeça. Havia tocado na ferida. – Desculpe Sara. Desculpe.

-Não foi nada nem é sua culpa Matt, está tudo bem. – Ela tentou forçar um sorriso. A puxei para perto de mim novamente, continuando dançar.

POV Klaus

Estava em Mystic Falls e podia sentir minhas emoções começarem a me atingir novamente. Essa cidade é um droga. Descobri que havia uma festa de inverno e quase a cidade inteira estaria lá. Coloquei meu melhor terno e fui em direção a meu ponto fraco.

Entrando no salão, não conseguia ver ninguém conhecido, girei algumas vezes, flertei com algumas estúpidas garotas. Tudo aquilo deixava-me entediado quando a visão que fazia meu mundo mexer tomou meus olhos. Sara estava parada no meio da pista de dança sozinha. Uma vestido vinho contornava seu delicado e pálido corpo, mostrando como era perfeito. Ela se balançava lentamente, fazendo os cachos em seu cabelo balançarem suavemente. Hesitei alguns passos, mas eu iria em sua direção quando ela sorriu para um homem que a segurou pela cintura e começou a dançar. Era o humaninho Matt. A fúria tomou minha cabeça e em apenas um pequeno golpe, quebrei um copo que continha em minha mão. As pessoas ao redor olharam-me assustadas, eu iria embora antes de chamar mais antenção.

-Klaus… - Ouvi um sussurro distante e me virei para ver a direção da voz. Sara disse, soltando seu corpo do de Matt, que me encarava. O garoto era corajoso. Me aproximei cautelosamente sentindo sua respiração ficar cada vez mais forte e seus batimentos cardíacos mais altos.

-Olá Sara. – Respondi com certa indiferença.

-O que faz aqui? – Ela perguntou, ainda em choque.

-Tinha coisas a fazer nas cidade próximas, então resolvi passar para uma festa. – Falei sorrindo maliciosamente.

-Cadê Stefan? – Sara perguntou, ignorando minha malícia.

-Não veio. – Respondi e em um simples movimento, seu rosto expressava desdém.

-Claro que não. – Ela disse irônica.

-Seria muito pedir uma dança? – Perguntei sorrindo.

-Sim, seria. Tenho companhia. – Ela respondeu puxando Matt para longe de mim. Os segui, impedindo a passagem.

-Só uma, tenho certeza que não incomodará seu parceiro, certo Matt? – Perguntei tentando hipnotizá-lo.

-Não se atreva. – Sara me alertou, percebendo minha tentativa. – E não conseguiria, tomamos banhos de verbena todos os dias.

-Eu sou diferente Sara, verbena não faz sentido para mim. Quando perceberá isso? – Perguntei ironicamente. Uma música lenta cortava o ritmo agitado de antes  mesmo de Sara reagir, puxei seu corpo para perto do meu.

-Me largue, Klaus. – Ela bufava olhando para Matt parado nos observando.

-Não até a música acabar. – Respondi sorrindo. Passei minhas mãos à sua cintura, forçando-a a ficar parada. Fitávamos um ao outro e eu não cansava de olhar aqueles expressivos olhos azuis me encarando. O constrangimento a atingia e por segundos, ela desviava. Nossos movimentos eram sincornizados na pista e eu girava nossos corpos com facilidade, me esquecendo do resto do mundo.

-Por onde estava? – Ela perguntou sobrepondo sua voz na música.

-Resolvendo meus assuntos. – Respondi trazendo-a para mais perto. Apoiei meu queixo levemente em sua cabeça, inalando o doce aroma que vinha daquele perfeito ser. Passei minha mão por seu aveludado braço e sem ao menos perceber, nossa formal dança havia se tornado no mais forte abraço. Um que esperei durante muito tempo para dar. Fechei meus olhos, sentindo meu até então morto coração pular. Eu não devia me sentir assim, mas a pessoa que roubava minha sã mente estava envolvida em meus braços. A maldição jogada sobre nós não ajudava.

-Eles formam um belo casal. – Tyler disse à Caroline do outro lado da pista e não controlei meu raro e verdadeiro sorriso. Senti as mãos de Sara apertarem-me mais forte contra seu peito.

-Sara… - Hesitei pensando nas consequências de meu futuro ato.

-Sim? – Ela perguntou e para minha surpresa, não saiu dali.

-Eu…eu… - Senti uma mão em meu ombro, interrompendo nosso momento. Rosnei olhando quem agia de tal forma. Era Damon que a puxava para longe de mim.

-Minha vez. – Ele disse sorrindo. Eles começaram a dançar e rapidamente meus olhos procuravam por Elena. Se ele ficaria com Sara, eu dançaria com Elena. Me aproximei da garota que os observava sorrindo.

-Posso…? – Perguntei esticando minha mão. Elena virou seus olhos com raiva.

-Não, estou bem aqui. – Respondeu e sorri.

-Não seja tão rancorosa, Elena. – Respondi gentilmente.

-Não sou rancorosa, mas nunca irei gostar de alguém que matou Jenna e quase me matou. – A irritação era presente em seus olhos e não conseguia não surpreender-me como ela ainda falava comigo depois de meus atos na noite em que o sacrifício foi realizado. Puxei sua mão, colocando-a em meu ombro. – Quer parar?

-Receio que não, minha cara. – Respondi, foraçando-a  a começar dançar.Elena mexia-a contra sua vontade e não havia a emoção da dança com Sara. Não havia emoção alguma. Ela não era a parceira de minhas danças. Meus olhos desviavam para Sara por segundos e ela sorria para Damon, incomodando-me.

-É ruim não é? Amar uma pessoa e não tê-la? – Elena disse percebendo meus movimentos. – Fez isso em me tirar Stefan.

-Você tem Damon. – Respondi sarcasticamente. – E não a amo – Menti encolhendo-me levemente. -  É essa maldição que nunca acaba. – Elena virou seus olhos assustada e não entendia o porquê.

-O que foi? – Perguntei emburrado, ainda levando-nos na dança.

-Pensei que soubesse… - Sua voz falhou e a apertei, lembrando-a que eu esperava sua resposta. – Não existe mais maldição.

-Claro que existe. – Respondi quase em um grito.

-Não. – Seus olhos eram confusos. – Klaus ela se quebrou na noite que virou um híbrido.

-Não, isso não é possível. – Minha respiração acelererou-se.

-Sim, e aconteceu. Sara falhou em impedí-lo de se tornar o que é, então a maldição foi quebrada. Está livre ‘disso’ a meses. – Soltei Elena, abaixando minha cabeça. Meus pensamentos borbulhavam em minha mente.

-Não minta para mim. – Disse, olhando- a furioso. – Quer me atingir e não deixarei.

-Não preciso te atingir. – Ela respondeu com sinceridade e isso causava facadas em meu peito.

-Então… - minha voz falhou e com certa covardia, não conseguia terminar a frase.

-Você a ama de verdade, sem maldições. – Elena terminou, e meus olhos foram a criatura que me causara tanto. Os olhos de Sara vieram aos meus e senti um frio nunca sentido antes passar por minha espinha.

-Ela sabe? – Perguntei frustrado.

-Não. – Elena respondeu, fitando o chão envergonhada. – Nunca a contei, ela não precisava se preocupar com isso.

-Então todos tem tratado nós dois como idiotas? – Gritei, fazendo todos olharem assustados. Sara veio ao lado se sua amiga, protegendo-a.

-O que está acontecendo? – Sara perguntou encarando- me.

-Nada. – Respondi e Elena assentiu, sabendo das consequências de seus atos.

-O que está acontecendo? Não mintam para mim. – Ela repetiu ordenando.

-Precisamos conversar, Sara. – Elena disse e Damon que ouvira toda a conversa por seus sensíveis ouvidos, já estava ciente do que viria. Pela primeira vez eu não tinha coragem para enfrentar alguém. Ela não podia saber que a maldição fora quebrada, que eu realmente a amava.


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Notas finais do capítulo

E aí? Amar de verdade é lindo, mas dependendo da situação é muito tenso. Me contem o que acharam *o* E se puderem espalhar a fic por aí, para ter mais leitores eu já agradeço. Beeijos minhas lindas.