O Jardim Secreto escrita por MarinaHinacha


Capítulo 15
Décimo Quinto




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/176064/chapter/15

A família Hyuuga está no restaurante. As malas estão nas cadeiras. Hinata está na água com Naruto. Bastou ela querer nadar novamente e ele foi ao encontro dela. Ela satisfeita percebeu a queda do número de mulheres na piscina natural. Naruto só tinha olhos para a azulada. Ainda sim. Hinata continua incomodada. Ela sente que algumas mulheres esperam por um momento em que ela se afaste do Uzumaki.

— Naruto. Estou a fim de passear pela floresta.

— Vou-me contigo. Doce Hinata.

— “Vitória!” — ela comemora no pensamento. Se há algo que ele gosta mais do que se banhar ao ar livre, é passear pela natureza. Os dois se introduzem na floresta pelos caminhos sinalizados com placas que ajudam quem desconhece a região a não se perder. É uma caminhada tão boa. Tanto ar puro. Bem longe da poluição das fábricas. Naruto decide carregar a perolada nos ombros. Ela meio que nega por se sentir estranha com a ideia, porém ele insiste e ela acaba cedendo. O rosto de Naruto esquenta. Com a cabeça entre as coxas desnudas. As faces de ambos queimam. Um arrepio do tamanho de um arranha-céu percorre o sistema nervoso da Hyuuga. É o efeito causado pelas mãos grandes segurando firmemente a pele das coxas femininas.

— Naruto? — ela estranha ele permanecer imóvel por muito tempo:

— não vai andar?

— Sim. Sim. — Ele teme sofrer de uma grave ereção. Avança em ritmo devagar. No progresso do tempo, aos poucos, eles vão distraindo as mentes com o passeio. Alguns insetos como borboletas e gafanhotos cruzam o caminho dos dois. Hinata estica um dos braços. Os dedos dela chegam próximos de uma borboleta. Um casal está retornando do passeio, indo eles em direção ao balneário. A mulher observa o Uzumaki e recebe uma cutucada do esposo.

— Humpf!!! O que é?!!! Podemos ao menos andar de mãos dadas?!!! — a mulher explode capturando a mão do esposo que bufa avermelhado.

A cena fez a perolada pensar no ex. Sasuke Uchiha é muito sério. Quando ele lhe demonstrava afeto. Ela se sentia especial por ser escolhida por ele. Cada contato carinhoso entre os dois, embora curto, eram intensos na cabeça dela. Porém, ela passa a crer que a intensidade residia exclusivamente na cabeça dela. Se ele compartilhava da mesma intensidade, em algum momento, aquilo acabou. E ele só ficou no automático. As mãos da Hyuuga estão segurando os cabelos loiros. Hinata se toca que deixou de pensar em Sasuke por vários dias seguidos. Ela está vivenciando o fato de poder ser feliz sem ele. Seu maior medo antes era tentar seguir em frente e ter uma felicidade incompleta, por sustentar a dor da traição. Mas não. No presente a dor se resume a uma espetada de palito de dente. A azulada deixa de pensar nisso quando sente o loiro parar de andar. Ele a deixa no chão.

— Naruto?

O Uzumaki está encarando uma abertura na floresta. Longe do caminho sinalizado. É uma abertura distante preenchida por luz solar. Por que o sol irradia tão intensamente naquele lugar? O loiro quer descobrir. Ele começa a avançar.

— Naruto. — Hinata envolve as duas mãos na mão direita do Uzumaki.

— Desculpe-me. Doce Hinata. — Ele dirige o olhar para ela:

— apenas verei eu o que tem ali. — Aponta para a abertura:

— espere-me. Não vou demorar-me.

A azulada deixa as pálpebras semicerradas e identifica um espaçamento na floresta recebendo muita luminosidade. O loiro avança os primeiros passos em direção ao novo destino e sente sua mão ainda segurada pelas pequenas da azulada.

— Eu vou com você. Naruto.

Ele sorrir. Com os dois chegando no lugar. Observam um lugar como qualquer outro da floresta. Com muito mato. Muitas árvores. Insetos. Pedras. É um lugar bonito que recebe muito sol por causa do afastamento das árvores. O Uzumaki vaga pelo espaço. Observando tudo atentamente.

— Vamos voltar. Naruto. — Hinata fala um tempo depois.

O loiro que está de costas para ela se volta. Ele a fita e ela reconhece uma confusão nos orbes azuis.

— O que há? Naruto?

Ele hesita em responde-la. Mas responde:

— Pensei eu que me lembrava de algo. — Da uma observada a mais em volta e sacode a cabeça:

— mas não é nada. — Ele sorrir e se aproxima da perolada:

— vamos voltar. Tu queres ficar nos meus ombros de novo? Doce Hinata?

— Não. Obrigada. Eu gostaria de caminhar um pouco.

Eles retornam ao caminho sinalizado. E o loiro avança para andar na frente da azulada senão a visão traseira dela o despertaria a ereção. Quando os dois regressam ao balneário avistam os Hyuugas o procurando. A família Hyuuga já está de roupa trocada. Faltam poucos minutos para as 17H.

— Ali estão eles. — Hanabi é a primeira a ver os dois.

— Até que fim. — Hanashi se alivia:

— temos que alcançar o penúltimo ônibus. O último só vai passar as 18H.

— É. Por que não esperaram retornamos para casa para terem um momento só para vocês? — Hanabi pergunta.

— Hanabi. — Hiashi a repreende.

— Sinto muito gente. — Hinata se sente culpada:

— vamos nos trocar rapidinho para não perdermos o ônibus.

— A culpa foi minha. — Naruto assume:

— quis eu ir por um caminho longo durante o nosso passeio. Como punição retornarei andando para a casa de minha doce Hinata.

— Não precisa fazer isso. Querido.

— Faço eu questão. — Naruto começa a andar para longe.

— Seu namorado é muito dramático. — Hanabi rir.

— Nós temos que ir. — Hiashi apressa. Ele vê que o balneário já está quase vazio.

— Querida. — Hanashi pega uma saia boho de abertura na perna direita:

— já que está enxuta. Apenas coloque essa saia por cima e vamos.

— Tudo bem. — A azulada concorda e depois de pô-la vai andando com a família para a parada de ônibus. Quando chegam na parada eles avistam Naruto indo longe em direção a Konoha.

— Nossa. Ele vai mesmo andando. — Hanabi admira.

— Naruto gosta de longas caminhadas. — A azulada sorrir. Uma boa desculpa para ele fugir de pegar ônibus novamente.

— Ele nasceu mesmo para praticar esporte. — A dona Hyuuga aprecia.

Dando 17H em ponto a família Hyuuga entra na fila para adentrar no ônibus. Retornam para casa em um clima de paz. Hinata dá tchau para Naruto quando o ônibus o ultrapassa e ele a corresponde com o mesmo gesto - e ainda a lança um beijo a fazendo sorrir coradinha. De noite todos dentro da casa da azulada se distribuem em seus espaços de dormir. Neji dorme no sofá. Hiashi trouxe seu colchão de acampamento e arredou a mesa de centro para estender o colchão no meio da sala. Hanashi divide o colchão com o marido. E Hanabi trouxe um colchão próprio. Naruto retorna a dividir a cama com a azulada. Ela o lembrou de pedi-lo de não mencionar que ele dormia no sofá antes da vinda dos Hyuugas. O Uzumaki descobre não ser difícil dormir com Hinata sem sofrer da ereção contínua. A perolada usa o peito dele para descansar. Ele acaricia os cabelos azulados. Ele se concentra mais na paz do momento, no carinho suave entre os dois. Não se prendendo à tentação. Assim. O fim de semana passa voando e a família Hyuuga parte. Foram despedidas calorosas e a azulada consegue entender que seu namorado de mentira foi aprovado pelos parentes. Mesmo com a partida dos parentes, Naruto e Hinata seguem dividindo o mesmo leito. Os dias progridem e a família Hyuuga os visitam a cada fim de semana de julho. Pelas manhãs Hinata trabalha no ateliê e deixa seus trabalhos expostos no quintal da casa. Naruto fica de vigia. O Uzumaki aprendeu a contar o dinheiro. E seu aprendizado de leitura está ok para fazer coisas simples como ir às compras. É um clima de paz. Alegria. E amor. Sim. O amor. O contato que os dois têm é o mesmo que de um casal. A única coisa que a perolada vem estranhando são os momentos de reflexão do Uzumaki. Desde que ele visitou o balneário pela primeira vez. Ela sempre o flagra fitando o nada em tempo prolongado. Pelo meado da última semana de julho. Em uma tarde. Naruto está em um desses momentos em focar no nada. Sentado ao lado da janela. Por está chovendo muito, os dois recolheram do quintal os produtos do ateliê. É uma chuva leve, mas ainda sim, muito tempo sob essa chuva estragaria a maioria dos produtos que Hinata construiu. A Hyuuga se encontra sozinha no quarto, abrindo o livro “O jardim secreto”. Ao esfolheá-lo. Ela percebe que há mais um texto escrito. A leitura do texto aborda Naruto seguindo a luz pela floresta e encontrando um muro alto. Um muro cheio de musgo cujos tijolos pedregosos aparentavam terem sido postos ali há séculos. Naruto estranha. Ele passou por aquele lugar e nunca viu aquela construção antes. Facilmente o loiro salta por cima do muro. Ele encontra um jardim. Parecido com o jardim abandonado que ele encontrou, por meio da passagem secreta, porém esse segundo jardim está muito bem cuidado. Muito mais colorido. “Que lugar lindo.” Naruto ficou estonteado. “Como estás? Naruto Uzumaki?” uma voz feminina repercute o jardim. “Quem que diz isto?” o loiro procura olhando para todos os lados. Não sabendo discernir de qual direção viera o som. “Sou Kishah! Deusa Terra. Mãe da natureza. Aprecio quem tem um amor puro por criação minha. Quando alguém ama a natureza. Eu recebo este amor e considero este alguém, filho meu.” “Estou honrado! Lisonjeado! Deusa Kishah!” ele se ajoelhou. “Levante-se! Filho meu! Faço-te encontrar este lugar que o salvará de ser morto.” O loiro se levanta e fica preocupado. “Como assim? Deusa Kishah!”. “O rei de Samas está planejando lhe entregar para um reino inimigo. Como pagamento.”. “Não entendo. Pagamento pelo que?”. “A notícia ainda não se espalhou. Mas o filho do rei Samas desvirginou a filha do rei cujo exercito já foi enfrentado pelo exército de Samas. O rei inimigo está disposto a perdoar o rei de Samas. Contanto que o filho de Samas se case com a jovem. E que você seja entregue de bandeja. Por se tratar de um escravo precioso.". “Então irei eu, ser usado como pagamento. Se é assim que posso recuperar a honra do re-“. “Não! Filho meu! Você será poupado! Salvarei tua vida. Fique no jardim. Aqueles que ultrapassarem os grandes muros só vão ver um jardim abandonado. E você poderá viver para sempre aqui!”. “Agradeço-te. Deusa Kishah. Mas jamais poderia fugir. Os outros escravos pagarão por isso”. “Mas filho meu! Achas que eles fariam o mesmo por ti?!!!”. “Não sei até onde os outros escravos iriam por mim. Deusa Kishah. Mas até hoje ninguém tentou fugir. Sempre evitamos prejudicar o outro. É o único fato que conheço.”. Naruto se curva e agradece. Ele se encaminha aos muros. A leitura termina e a perolada fica frustrada, querendo saber o que acontece depois. Ela coloca o livro em cima do armário e se retira do quarto. Quando ela está terminando de descer a escada, é abordada pelo loiro:

— DOCE HINATA!!! Ganhei mais uma lembrança!!! — ele comemora e a abraça. Ele a carrega e a leva para a sala, louco para conta-la. E enquanto ele a narra sobre o encontro dele com a deusa Kishah, a Hyuuga entende que quando o Uzumaki está perto de alcançar uma lembrança, significa que um novo texto surgiu no livro. Mas ele só se lembra definitivamente, quando a perolada ler o texto.

— Mas depois que parti do jardim, não lembro-me de muita coisa. — Ele termina de narrar. Estando todo ansioso. Movendo todo o corpo. Inquieto. 

— Naruto. Eu sei que está muito animado, mas tente não se forçar a lembrar.

— Sei. Sei bem. Doce Hinata. — Ele pega uma mexa azulada e cheira:

— é difícil conter-me. Creio eu que um chocolate quente me acalmaria. 

— Pois um chocolate quente sairá. Com mashimelow.

— O que é mashimelow?

— Algo macio e muito gostoso que combina com chocolate quente.

— Quero eu mashimelow! Doce Hinata!

— Então é o que terá. — Ela se levanta para ir à cozinha e é seguida pelo loiro. A azulada se sente ruim, por não conta-lo o que descobriu. Pretende conta-lo quando todas as páginas serem preenchidas. Assim, saberá tudo de uma vez e não será torturado pela ansiedade se esforçando para recuperar a memória.

CONTINUA

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!