Superfreddie escrita por Beto El


Capítulo 8
O primeiro beijo


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, atualizando minha fic. Gostei muito dos reviews do último capítulo, agradeço mesmo. Espero que vocês gostem deste capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/175976/chapter/8

Abril de 2007

Os três amigos já transmitiam o show há alguns meses, e, a cada exibição, a quantidade de espectadores aumentava. Obviamente, passavam por alguns problemas, alguns desentendimentos (especialmente entre a loira e o moreno) e dificuldades, mas o iCarly já podia ser considerado um sucesso da web, com uma audiência sólida de 500 mil espectadores.

Certo dia, na escola, duas das garotas mais pedantes da Ridgeway intervêm, quando os três estão distribuindo panfletos do programa.

“Aff... iCarly... o que é isso?”

Sam responde invocada.

“É o nosso programa, é muito popular, sua bitch.”

“Se fosse popular mesmo, ia aparecer no Nevelocidade.”

“Nevelocidade?”

“Sim, o programa que comenta os sites que estão bombando. Como não falaram do iCarly...”

As meninas deram as costas e foram embora.

“Ora, suas...”

Carly segura Sam.

No apartamento dos Shay, depois das aulas, estão os três pesquisando no computador sobre o Nevelocidade.

Carly acessa o site e começa a explicar para os outros dois. Sam está ao seu lado, enquanto Freddie se mantém no sofá.

“É... parece ser um programa, onde um tal de Nevel apresenta críticas, elogios sobre sites da internet...”

Freddie se exalta.

“Nevel? Nevel Papperman?”

“Sim, por quê?”

Ele se levanta, dá a volta em Sam, procurando manter distância dela, e olha para o computador.

“Ele é um amigão meu! Deixa eu mandar um e-mail pra ele!”

E assim o garoto o faz.

Poucos minutos depois, chega a resposta de Nevel, convidando Freddie para ir a sua casa.

Ouvem-se algumas batidas na porta do apartamento.

Carly atende à porta. É Marissa Benson.

“Freddibear, você se esqueceu do banho contra carrapatos?”

“Ah, mãe!!! Quantas vezes eu preciso dizer que eu não tenho carrapatos?”

“Graças aos meus banhos. Agora vamos, carinho.”

Freddie sai, demonstrando irritabilidade.

Entretanto uma vez lá fora, sua mãe lhe dá uma piscadela.

“Até quando você vai querer manter isto?”

“O Freddie precisa continuar parecendo fraco, mãe.”

“Algum plano pra mais tarde?”

“Sim, vou visitar o Nevel, ele está aqui em Seattle.”

“Sério? Nunca mais tive notícias dele... que bom que você vai reencontrá-lo, filho.”

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Freddie está à frente de uma grande casa, na zona oeste de Seattle. Alguns segundos depois de ter se anunciado pelo porteiro eletrônico, ele é recebido por um empregado, muitíssimo bem arrumado.

“Boa tarde, Sr. Benson. O Sr. Papperman o espera na sala.”

Freddie ruma à sala, reparando em como o local é bem decorado e suntuoso. Ele não se lembrava da casa da fazenda ser assim.  Ele vê Nevel, que lhe cumprimenta com um fraternal abraço.

“Freddie, que satisfação imensa revê-lo! Não sabia que você morava aqui em Seattle!”

“Eu também fico feliz, Nevel. Depois que meu pai morreu, as coisas ficaram difíceis pra mim.”

“Imagino, querido amigo. Minha vida também não está das melhores.”

Nevel acena para que Freddie se sentasse.

“Mesmo? O que houve?”

“Papai abandonou Mamãe, trocou-a por umazinha lá do Kansas...”

“Oh... péssimo, nem imagino como você deve estar se sentindo...”

“Sem problemas... ele nos proveu com bastantes recursos. Escolhi ficar com Mamãe e ingressar no mundo virtual. Lembra o quanto conversávamos?” Freddie acena positivamente. “Então, resolvi abrir o Nevelocidade, e tem sido um sucesso até agora. Em breve, inclusive, vou fechar alguns contratos publicitários. Aliás, soube que você também fez o mesmo...”

“Sim. Eu e uma amiga, mais uma outra garota, montamos um site chamado iCarly. Apresentamos ao vivo uma vez por semana. Mas é só por diversão.”

“Eu já ouvi falar - inclusive, era uma das minhas próximas pautas - mas nem imaginava que você estava envolvido. Soubesse disso, já teria comentado há tempos.”

“Então, Nevel... eu queria saber se você poderia comentar o iCarly...”

“Claro, Freddie! Vou priorizar isso!”

Os dois amigos conversam por várias horas, colocando a conversa em dia. Em certo momento, Freddie mostra no computador de Nevel o site do programa, e este arregala os olhos ao vislumbrar a imagem de Carly.

“Uau... esta morena... que linda. Tem namorado?”

“A... Carly...? Bem...”

“Já entendi. Você gosta dela. Tudo bem, Freddward, sem problemas.”

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Julho de 2007

Como prometido, Nevel comentou o iCarly, tecendo elogios às apresentações e criatividade dos membros do programa. Como resultado, a audiência praticamente duplicou.

Certo dia, estavam os três, cada um sentado em um puff, conversando.

“Ontem eu tava pensando no Borrão... como será que ele é?”

Carly diz isso, olhando para cima.

“Sei lá, Carlotta... vai ver é um alien... um mutante, realmente não sei...”

Sam diz, sem muito interesse.

“Aposto que é um gatinho.”, responde a garota morena.

Freddie olha para o lado e dá um sorriso. Se ele pudesse contar... ele resolve mudar de assunto.

“E o filme que vocês viram ontem à noite, como foi?”

“Uma porcaria, também, o que se espera de um filme chamado ‘O primeiro beijo’?”, diz Carly.

“Falando nisso, qual foi o primeiro beijo de vocês?”, pergunta Sam.

“Sam!”

“Ora, estamos em amigos aqui... e colegas de trabalho, claro.” Sam diz, olhando para Freddie.

“Bem, meu primeiro beijo foi com o Ben Huebscher, embaixo de uma árvore.”

“Huebscher?” os outros dois riam do nome esquisito dele.

“É... teve gosto de salada de batata.”

“E tava gostosa a salada?”

“Sam!”

“Ok, ok... bem, o meu foi com o Buddy Hinton, num show de rock.”

“E o seu, Freddie?”

“Não quero falar nisso!”

“Bem, como não quero saber e o papo da salada de batata me deu fome, vou comprar um hambúrguer lá na loja de conveniência.”

Sam sai do estúdio, e Carly se aproxima de Freddie.

“Freddie, eu sou sua amiga, vai... conta pra mim.”

“Ah, eu não quero...”

“Conta, vai...”

“Tá. Eu... nunca beijei ninguém.”

“Como? Tem tanta menininha que manda mensagens apaixonadas pra você no site... como pode?”

“Eu... não quero que seja banal, quero que meu primeiro beijo valha. Meio idiota, né?”

“Não, é fofo, Freddie.”

Ela coloca mão no ombro do garoto.

“Por favor, não conta isso pra ninguém, é vergonhoso.”

“Tudo bem, Freddie... eu não vou contar.”

No lado de fora, encostada à parede do lado da porta, Sam ouviu atentamente ao que foi dito segundos atrás. Ela olha para o teto e não acredita na oportunidade que lhe foi dada de bandeja, e a loira aproveita para sorrir de forma assustadoramente perversa.

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Dia seguinte, apresentação do iCarly, no final do programa.

“Então, pessoal, este é o fim de mais um iCarly!”

“Ah, Carls... espera um pouquinho. Tenho um último anúncio a fazer.”

Carly e Freddie olham Sam com espanto.

“Vocês conhecem nosso produtor técnico, Freddie, né? Diz oi pra galera, Freddie.”

Ele aponta a câmera para si próprio e cumprimenta a audiência.

“Oi...”

Sam se aproxima dele, pegando a câmera e virando-a novamente em sua direção, deixando Freddie um pouco trêmulo, em razão da proximidade da pedra.

“Então... ontem eu fiquei sabendo que esse panaca é um boca-virgem. Isso mesmo, pessoas. Freddie Clark Benson nunca beijou nenhuma menina na vida, isso tudo aos 13 anos de vida. Eu ouvi isso da boca dele, e a Carly aqui tá de testemunha. Bem, é isso. Tchau!”

Ela sai do estúdio triunfante. Conseguira humilhar seu inimigo.

Boquiaberto, Freddie fica paralisado, sem conseguir achar reação. A câmera cai de sua mão.

“Sam, volta aqui! Você acabou com a vida dele!!!”

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

No dia seguinte, depois das aulas, Freddie está em uma planície africana, socando o chão. Uma grande cratera foi feita sob seus pés. É a única maneira que ele achou para extravasar a frustração do dia.

A escola inteira havia zombado dele durante o dia. Até mesmo a criançada com menos de 10 anos.

Ele volta para casa.

Algumas horas depois, Carly toca a campainha do apartamento dos Benson, sendo atendida por Freddie.

“Oi, Carls.”

“Oi, Freddie... estou aqui pra pedir desculpas pela Sam... ela... às vezes exagera...”

“Eu não quero saber dela por enquanto, Carly. Depois eu digiro isso , OK?”

De repente, Sam chega por trás da morena.

“E aí, caipira BV? Gostou de ser aloprado?”

“Sam... não sabe a sorte que você tem de eu ser controlado.”

Sam encara o olhar dele, mas, pela primeira vez, sente um calafrio ao fitar os olhos castanhos do garoto, ao sentir agressividade, algo que nunca sentira antes em Freddie. Ela até tem a sensação de ver um brilho vermelho no fundo de suas pupilas.

“Eu... eu... não tenho medo de você, Benson.”

“Nem devia. Eu jamais faria qualquer mal a você, Sam. Agora, se as duas pudessem me dar licença.”

E com isso, Freddie volta ao seu quarto.

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Depois de ouvir poucas e boas de sua melhor amiga, Sam voltou para sua casa e está em seu quarto, em frente ao seu computador. No seu navegador, a seção de comentários do iCarly.com.

A loira está horrorizada com os comentários maldosos direcionados a Freddie. Inocentemente, ela não esperava que todos fossem pegar no pé de Freddie desta maneira; ela mal consegue imaginar o que ele não deve estar sofrendo, ao ouvir tantas coisas horríveis.

Sam apoia sua cabeça em sua mão direita, arrependendo-se do que havia feito.

A garota liga sua webcam e começa a falar.

“Oi. Aqui é a sua amiga Sam. Ontem eu falei uma coisa muito pessoal sobre o Freddie, e... eu não devia ter falado aquilo. E vocês que estão zoando o Freddie, se liguem! Tô ligada que vários de vocês nunca beijaram ninguém antes!”

Sam olha para baixo, respira fundo.

“Incluindo eu. Isso mesmo. Eu nunca beijei ninguém. Então, se for pra vocês zoarem alguém, zoem comigo! Se bem que isso seria uma péssima ideia, a não ser que você more perto de um hospital! É isso aí, tchau.”

Ela coloca o vídeo no site do programa, troca de roupas e vai em direção ao Bushwell. Em cima da sua escrivaninha, ela esquece a corrente com a pedra verde.

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Freddie está escutando a cidade, sentado na escada de incêndio, seu ponto favorito do prédio. Ele ouve Sam se aproximando.

“Oi.”

“Oi, Sam.”

“Olhando a cidade?”

“Sim, eu gosto da vista daqui. Eu vi seu vídeo. É verdade aquilo?”

“É. Sabe como é... nunca... tive a oportunidade.”

“Entendo.”

“Queria pedir desculpas por ter dito aquilo.”

“Desculpada. Como é idiota essa neura em cima do primeiro beijo, né?”

“É sim, você não acha? Coisa mais imbecil! Eu queria tanto me livrar disso...”

“Eu também.”

Freddie suspira e dá um leve sorriso, olhando para cima.

“Que foi?”

“Nada.”

“Fala!”

“Eu tava pensando... e se...”

“A gente se beijasse?”, diz Sam, dando um sorriso para ele.

“Vai me dar um cuecão agora?”

“Não”, diz ela, balançando a cabeça.

“Você quer? Só pra gente se livrar disso?”

Sam pensa.

“Só pra se livrar disso. E a gente volta a ser como antes, e nunca mais fala disso.”

“OK, só pra gente se livrar disso.”

Ela se aproxima dele, que já pensa como vai fingir não sentir dor para não magoá-la. Entretanto, para seu alívio, nada sente com a proximidade da garota.

“Então? Vem.”

Os dois adolescentes fecham seus olhos e unem seus lábios, em um beijo terno que surpreendentemente ambos apreciam.

Depois de um minuto, eles se separam.

“Foi... bom. Parabéns.”’

“Concordo. Parabéns também.”

Sam se levanta e vai em direção à saída.

“Ei, ainda te odeio.”, diz Freddie, sorrindo.

“Também te odeio, caipira tecnológico.”

E ela vai para casa.

Freddie sorri e continua ouvindo o que acontecia na cidade.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, foi bom? Está diferente do iKiss, mas eu queria fazer algo diferente. Espero que tenha ficado bom.
Até a próxima...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Superfreddie" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.