Superfreddie escrita por Beto El


Capítulo 47
Apocalypse Now


Notas iniciais do capítulo

E aí?
Atualização dupra hoje, o vini-Jack que vai gostar!



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“Srta. Croft, mais uma tranca foi embora. Com essa, são quinze, faltam cinco.”

Um homem de jaleco branco, com sujeiras negras no peito (ostentando a logomarca da NevelCorp) e nas mangas reportou a situação à arqueóloga de artefatos espaciais Lara Croft, vestida com camiseta azul e calças jeans, com grandes botas de trekking.

Ela sorriu gentilmente.

“Obrigada, Dick.”

O homem retribuiu o sorriso e se afastou.

Quando ele saiu de seu alcance visual, Lara se sentou à sua mesa, localizada no escritório improvisado no complexo temporário da NevelCorp armado na Carolina do Sul. Diferente do período em que Nevel esteve preso, os recursos para o estudo eram abundantes.

Os avançados equipamentos da NevelCorp revelaram que o conteúdo da cripta era um ser humanoide de 3,0 metros de altura e 1,8 m de largura, proporções até maiores do que o Hulk.

A energia contida naquela cripta era imensurável. Quem havia acondicionado aquela criatura naquela cripta, a julgar pelas avançadas e numerosas trancas dela, queria mantê-la ali por um bom tempo. Pelas características da topologia, Lara calculava que a cripta estivera ali por pelo menos 1 milhão de anos.

Os pesquisadores ligados à abertura da tranca apelidaram o humanoide de ‘Máquina do Apocalipse’, e não podiam deixar de demonstrar um certo temor pela NevelCorp estar envolvida com tal coisa.

Até mesmo o pensamento de Lara havia mudado. Sua curiosidade havia dado lugar à preocupação de liberar aquela criatura na Terra. Nevel, por outro lado, tinha plena convicção que a criatura poderia ser controlada.

Batucando com sua caneta na madeira da mesa, Lara relembrou a conversa de semanas atrás com Nevel.

Flashback

Anunciada pela secretária, Lara adentrou o escritório de Nevel. Diferente das outras vezes em que o tinha encontrado, a britânica viu que as feições do bilionário eram graves. Inevitável foi o pensamento de que os anos na prisão o tenham deixado ainda mais amargurado.

“Sim, Lara? O que houve de tão especial para você ter de vir se reportar pessoalmente? Algo errado com o projeto A?”

Lara se sentou logo à frente do bilionário. Respirou fundo, procurou se manter calma.

“Não, Nevel. Eu vim aqui para conversar sobre a... necessidade de continuarmos o Projeto A.”

“Não entendi. Explique-se.” Nevel ordenou, pousando suas mãos sobre a mesa.

“É... bem... estive pensando, Nevel. Pense comigo, se alguém lá fora trancafiou aquela coisa tão bem, foi porque não pôde controlá-la. Seria realmente prudente a libertarmos?”

Nevel levantou-se, deu as costas para a arqueóloga, enquanto olhava para fora através da vidraça. Longos momentos se passaram até que Nevel falasse algo.

“Lara, apenas continue. É para isso que a pago.”

“Mas, Nevel...”

Ele se virou bruscamente e socou a mesa, gerando um barulho alto. Sua feição era de raiva.

“Continue, ou, se quiser, demita-se. Arrumo alguém para tocar o projeto, sendo você ou não!”

Derrotada, a arqueóloga se levantou, ainda espantada por ver a loucura daquele homem.

“Certo... eu continuarei.”

Fim do flashback

Lara colocou a caneta em seu porta-trecos (um que ela ganhara de presente do seu último namorado, de anos atrás, em forma de dois revólveres cruzados, que ela adorava) e entrou no site da CNN.

Em uma seção do currículo de seus profissionais, a arqueólogo em pouco tempo descobriu o perfil de Carly Lane Shay, a mãe do filho de Nevel, Percy Papperman. Nevel ainda travava uma batalha judicial pela guarda da criança, mas, como um criminoso condenado, nenhum juiz se atrevia a dar ganho de causa ao bilionário, principalmente pelo medo da má repercussão midiática.

A britânica pensou um pouco, e, do seu aparelho celular, localizou o telefone da repórter morena.

Pressionou o botão de chamada, e, após três toques, ouviu:

“Alô?”

“Srta. Lane-Shay?”

“Sim... quem é?”

“Aqui é Lara Croft, Srta. Lane.”

Carly, que estava tomando um café na copa do nono andar da sede da CNN, ergueu uma sobrancelha em surpresa com o interlocutor do outro lado da linha.

“A Lara Croft, arqueóloga inglesa?”, questionou a morena, largando seu copo de plástico na mesa, já imediatamente interessada no assunto.

“Sim, eu mesma. Preciso... conversar com você, Carly. Teria um espaço na sua agenda?” Lara perguntou, ao mesmo tempo olhando para os lados, receosa.

Esperta como toda grande repórter deve ser, a ex-apresentadora engraçadinha do infantil iCarly sacou uma caneta e um guardanapo. Sabia que Lara trabalhava para a NevelCorp, e seu instinto de jornalista tilintou quando ouviu o pedido da arqueóloga.

“Diga onde e quando, eu estarei lá.”

As mulheres marcaram para dois dias adiante e combinaram o encontro, à meia-noite. O local era um abrigo abandonado na zona oeste de Seattle. A ligação foi encerrada.

Seria algo sobre Nevel? Sinto cheiro de coisa boa aí...

Dois dias depois, Lara estava copiando alguns arquivos do Projeto A, quando foi abruptamente interrompida pela entrada da chefe de segurança da NevelCorp, Mercy Graves.

“Srta. Croft, pare o que está fazendo. Sabemos o que planeja...”

Defensivamente, Lara retirou o dispositivo do computador e retrocedeu um pouco.

“Aposto que clonaram meu aparelho... Graves, afaste-se... vocês não sabem o que estão libertando aqui... Essa coisa não deveria ver a luz do dia!”

A mulher loira não se deteve e partiu para cima da inglesa. Esta, de forma intintiva, moveu sua mão até sua cintura, à procura do seu revólver, mas ele não estava lá, era proibido portar armas de fogo no complexo.

Mercy deu um soco de direita, mas Lara conseguiu se desviar. Ela contra-atacou com um gancho de esquerda na região do estômago da loira, mas foi pouco efetivo, pois ela apenas deu um passo para trás.

Em compensação, a resposta de Graves foi forte.

Ela chutou o estômago de Lara, fazendo-a arquear, e, num movimento rápido, pôs-se atrás da britânica, aplicando-lhe uma chave no pescoço.

Lara debateu-se, mas logo perdeu a consciência.

Algum tempo depois, Lara lentamente acordou. Estava amarrada numa sala com apenas uma fonte de luz sobre ela, em um escritório obscuro do complexo, nunca havia estado ali.

“Ora, ora... veja quem acordou.”, a arqueóloga reconheceu a voz de Nevel Papperman.

Lara levantou o rosto, para ver a figura sombria de Nevel.

“Nevel, escute-me... Você vai liberar algo inominável no planeta...”

O bilionário a observou com desdém, enquanto deu as costas para a arqueóloga.

“Não tenho nada para falar com você, Lara. Levarei a NevelCorp ao topo novamente, e essa máquina de guerra me ajudará nesse intento. Mercy?”

A segurança se aproximou de Lara, que a fitou com relativa calma.

“Espero que você não se arrependa amargamente, Graves... Eu vou com a minha consciência tranquila.”

Mercy esticou um cordão, passou em volta do pescoço da arqueóloga e logo findou a vida dela.

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Enquanto Freddie arrumava uma mala com roupas de uso diário, Sam o abraçou pelas costas. O homem parou o que estava fazendo, virou-se para ela e a abraçou.

“Ahn... Você precisa mesmo ir pro Afeganistão?”, perguntou a mulher, com olhos tristonhos.

Freddie sorriu docemente.

“Eu preciso... Vou cobrir a recente revolta dos rebeldes contra o governo local. Eu me candidatei, pois senti o medo dos meu colegas. Ademais, eu posso cobrir tanto como repórter como fotógrafo. Dois em um , sacou?”

“Ah, mas mesmo assim...”, ela apertou o abraço.

“Eu venho aqui em toda a folga, okay? Estarei só a dez segundos de distância. A parte chata será ter de ir de avião...”

“Tá bom, nerd. Ainda bem que eu sei que você não correrá riscos.”

Freddie esfregou o topo da cabeça da loira, e continuou a arrumar sua mala.

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No horário e local combinados, Carly Lane esperava Lara Croft. O local era escuro, e ela não deixava de transparecer uma certa preocupação por estar desprotegida em um lugar daqueles. Se bem que bastava acionar o transmissor do Superman para que ela recebesse ajuda quase instantânea....

Três horas se passaram e nada da arqueóloga aparecer.

Carly olhou para seu celular, nenhuma mensagem que pudesse explicar a ausência da britânica.

Ora, vai ver ela desistiu...

A morena deu de ombros e saiu em direção ao seu veículo.

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Com as mãos para trás, Nevel supervisionava pessoalmente a evolução do Projeto A. Faltava apenas duas trancas, em poucos dias ele poderia vislumbrar sua futura máquina de guerra contra o Superman.

“Conseguimos! Falta só uma tranca, a mais forte! Ei... espere... a última tranca está...”

BADOOOOOM

Um grande estrondo é ouvido por todo o complexo, e, de dentro da cripta, surgiu uma criatura monstruosa, com pele da cor cinza, ossos expostos como garras nos punhos, protuberâncias no rosto, joelhos e cotovelos. Seus olhos eram vermelhos, ela dava passos calmos até sair da cripta e parar.

Todos a fitavam com medo, alguns correndo. Entretanto, os olhos da criatura se apagaram e ela parecia ter se desligado.

Nevel, escoltado por Mercy, aproximou-se, chamando a atenção do cientista-chefe.

“Stewart, veja como controlar essa criatura. Finalmente...”

O cientista aproximou-se da criatura, mas, quando estava a poucos passos delas, seus olhos voltaram a ficar vermelhos, e, num movimento muito além da velocidade humana, apanhou a cabeça do cientista, arrancando-a do seu pescoço e a atirando na parede.

“Raaarrghh!!!”

Nevel retrocedeu assustado e Mercy se posicionou à sua frente, disposta a defender seu patrão.

Pouco efetivo foi. A criatura, com seus ossos nos punhos, cortou a mulher ao meio. Nevel corria como um desesperado, mas a criatura pulou à sua frente, detendo-o. Seus olhos vermelhos o encaravam.

“Criatura... eu o libertei, você me deve! Ajude-me a destruir o Superman!” - Nevel bradou com a coragem que lhe restava, enquanto a criatura o encurralava contra a parede.

“Criatura... eu a comando!”

“Bah!”

O monstro, com sua gigantesca mão, apanhou a cabeça do bilionário.

“N-Não... V-Você... lastimará...!”

PLOOOOSH

E assim terminou a vida lastimável de Nevel Alexander Papperman.

Após deixar o corpo sem vida de Nevel cair no chão, o monstro olhou ao redor, enquanto seus olhos tecno-orgânicos analisavam o ambiente. Os funcionários da NevelCorp corriam como baratas tontas.

Movendo-se em uma velocidade estupenda, o monstro foi à caça de cada um dos funcionários, matando-os sem piedade.

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No Afeganistão, Fredward Clark Benson entrevistava no hospital uma vítima do último atentado das forças rebeldes, quando, de repente, uma imagem na televisão roubou sua atenção.

Da visão de um helicóptero, uma destruição sem igual foi vista com terror pelo repórter, na qual uma pequena cidade havia sido reduzida a pó por algum tipo de criatura.

Relatos de uma criatura à solta no interior dos EUA chegaram à nossa redação. Contabilizam-se centenas de mortos.

Sem pensar duas vezes, Freddie saiu do hospital, acionou seu uniforme e, à toda velocidade, rumou aos EUA, mais precisamente em Greensboro, local que estava sendo pulverizado pelo monstro libertado pela NevelCorp.

Em poucos segundos estava lá, e sua visão telescópica o deixou boquiaberto. Eram centenas de mortos, e a cidade estava destruída. À procura do epicentro, Freddie, em desespero, acionou sua visão telescópica, localizando a criatura.

Ela estava com um veículo em uma das mãos, atirando-o com força à distância. Superman voou em velocidade e interceptou o veículo, com uma mulher assustada a bordo.

“S-Superman!” a mulher exclamou ao ver o herói, que colocava seu veículo em um local seguro.

“O que é aquilo?”

“Ele... ele matava... todo mundo, meu Deus... Superman... aquilo é o Apocalypse!”

“Procure ajuda, eu vou cuidar dele.”

O herói voou em direção ao monstro, arrebatando-o com um forte golpe no peito. A criatura voou para trás, caindo sentada, mas logo se levantou. Superman parou à sua frente, punhos cerrados.

“Quem é você?”

“Bah!”

Com uma velocidade que impressionou até mesmo o kryptoniano, Apocalypse arremeteu contra ele, desferindo um murro em sua cara que se ouviu a vários quilômetros de distância.

KKKKRAAAAAAAKKKK

Superman saiu voando sem controle, nunca fora atingido com tanta violência. Seu voo descontrolado continuou até o corpo do herói encontrar uma montanha, na qual afundou trezentos metros em seu interior.

Superman perdeu a consciência.

“AHAHAHAHAH!!!”, Apocalypse gargalhou, e se virou em direção ao que restava da cidade.

Sua função original tinha de ser seguida: destruir cada ser vivo do planeta. E nada o deteria.



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Notas finais do capítulo

Final se aproximando!
Valeu!



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