Superfreddie escrita por Beto El


Capítulo 33
Blindado


Notas iniciais do capítulo

E aê!
Mais uma vez, desculpem pela demora na postagem. O capítulo deu muito trabalho (tanto que é o maior até agora).
Vamos ver como o Freddie resolveu a parada com os vilões?



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Após derreter a grossa camada de gelo que protege a entrada de sua Fortaleza da Solidão, Superman anda pelo amplo salão que contém alguns de seus troféus, colecionados durante sua curta mas produtiva carreira de super-herói. Estão lá o capacete do Homem de Ferro, a amostra da fórmula utilizada contra o Homem Hídrico, entre outras lembranças. Ele passa a mão pela boca, retirando o sangue resultante da batalha fracassada contra seus três compatriotas que ameaçam dominar a Terra. De repente, seu comunicador o alerta.

"Freddie? Você tá bem? O que aconteceu, onde você está? Quem são aqueles?" Sam o questiona com preocupação em sua voz.

"Estou bem. Apanhei pra caramba, mas nada de grave. Me diga uma coisa, eles continuam ferindo as pessoas?"

"Não. Logo depois que você..." ela pensa um pouco antes de falar as próximas palavras "... foi embora... o barbudo que parece ser o líder gritou alguma coisa sobre você ser covarde e os três saíram voando."

"Graças a Deus. Essa era a minha esperança, que eles parassem com a matança quando eu fugisse. Zod considera os humanos como vermes, não faria sentido ele continuar ferindo gente inocente, a não ser que fosse para me afetar. Eu... não ia conseguir vencê-los, Sam..."

"Não se preocupe, amor... mas agora, o que você vai fazer?"

"Eu fui um idiota egoísta, Sam..." Freddie coloca sua mão sobre seu rosto, pressionando-o, sentindo raiva de si próprio, "... eu destruí a kryptonita, só pelo que ela fazia comigo, e deixei de pensar nos benefícios que ela poderia ter para a humanidade. Ela serviria como defesa contra esses três..."

"Você não tinha como saber. E precisa se concentrar agora em como detê-los."

"Eu preciso achar kryptonita! É o único meio de pará-los. Por favor, fique longe do caminho deles, se eles continuarem atacando em Seattle, só saiam do caminho, será inútil tentar combatê-los."

 "Cuidado, amor..."

"Eu vou resolver isso, Sam. Te amo..."

"Eu também te amo... e confio em você, Freddie."

Freddie encerra a chamada. Um pequeno robô flutua à sua frente.

"Kelex, é possível calcular os locais onde fragmentos de Krypton podem ter caído?"

"Já fiz isso de antemão, Kal-El. As pequenas amostras que aqui chegaram vieram no rastro da sua espaçonave. Há outros pontos possíveis para quedas, como próximos ao monte K-2, contudo, varri todos os locais com nossos sensores e nada localizei."

"Outros pontos da galáxia, talvez?"

"Segundo meus cálculos, o local mais provável é o planeta Marte."

"Marte fica a mais de 50 milhões de quilômetros da Terra! Vou levar semanas para chegar lá!"

"Na verdade, Kal-El, no vácuo espacial você será muito mais veloz, e, sem a camada de ozônio para filtrar os raios solares, seu poder aumentará ainda mais. Provavelmente você conseguiria fazer a viagem de ida e volta no equivalente terráqueo a 56 horas."

"Então, eu vou sair agora, só preciso instalar o filtro de radiação..."

"Espere, Kal-El. Pelas minhas projeções, talvez haja outros espectros radioativos nos detritos de Krypton. Então, se houver uma pequena variação, o filtro se tornará inútil."

"Sem problema. Hora de estrear a armadura."

O Homem de Aço digita alguns comandos no painel do seu laboratório. A parede se afasta e revela, atrás de um display transparente, uma armadura cinza com um grande S estampado no peito. Esse protótipo era revestido com chumbo e foi uma das primeiras ideias para protegê-lo dos efeitos nocivos da kryptonita, mas fora descartado, pois seria facilmente danificado pelo Homem de Ferro, expondo o herói à radiação. Ademais, o filtro invisível era muito mais discreto.

Ele veste a armadura, e imediatamente alça voo, em poucos segundo deixando para trás a Terra, carregando consigo a última esperança de liberdade da raça humana.

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Zod, Ursa e Non se recuperam rapidamente do contra-ataque lançado por Superman. Mesmo com seus poderes, os vilões não conseguem localizar seu inimigo. Os três permanecem no local de batalha, agora vazio, pois as pessoas haviam fugido.

- Ele... fugiu? Quando tinha a vantagem?

- Bem, Jor-El não era um exemplo de coragem, possivelmente o filho segue pelo mesmo caminho.

- Rurhhh!!!

- Calma, Non. Nós acharemos Kal-El para lhe dar o tratamento merecido. Antes, precisamos encontrar o líder desta chamada nação.

Os três alienígenas voam em direção a Washington.

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Voando a uma velocidade inimaginável, Superman cruza o espaço sideral. No longo tempo que a viagem demanda, o rapaz se lamenta por não ter tempo para admirar a paisagem; já havia feito viagens no espaço antes, mas sempre para, digamos, os ‘arredores’ da Terra.

No equivalente a vinte e quatro horas, quatro horas antes do que Kelex havia calculado, o herói chega a Marte. Agora, precisava vasculhar o planeta em busca da única coisa que lhe instila medo: kryptonita.

O jovem herói voa pelos céus do planeta árido, varrendo sua superfície com sua visão telescópica.

Horas se passam. Nada encontrava, para seu desespero.

De repente, um brilho amarelo lhe chama a atenção. Ele se aproxima, agarra a pedra, analisando-a com seus poderes. Era praticamente idêntica à verde, o mesmo tipo de composição, o mesmo formato.

Vai ter de servir..., pensa o herói, guardando a pedra em um compartimento da armadura e iniciando a longa jornada de volta a casa.

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Em seu último ano no poder, Barack Obama jamais enfrentara uma crise como a que tem em suas mãos neste momento. O presidente dos Estados Unidos acompanha a reportagem na TV, na qual três kryptonianos chacinaram centenas de pessoas em poucos minutos, e nem o Superman havia conseguido detê-los.

Várias alas da Defesa sempre se questionaram sobre as ações que teriam de ser tomadas caso o Superman se voltasse contra os humanos, mas, em todas as projeções, nenhuma medida se mostrava eficiente. Pessoalmente, o Presidente considerava essas preocupações desnecessárias: confiava no herói.

Contudo, o momento era outro.

Desde o desaparecimento do Superman, derrotado pelos outros três aliens, Obama havia convocado de imediato uma reunião com todos os integrantes do Ministério da Defesa, para decidir medidas contra os vilões.

“Senhor Presidente, sempre podemos pensar na alternativa atômica. Jamais o Superman enfrentou uma situação dessas.”

“E quanto ao minério verde, a kryptonita?”

“Varremos o país, não localizamos mais nenhum pedaço.”

O presidente pressiona suas têmporas, na esperança de que esse pequeno ato lhe dê alguma ideia genial.

Para piorar a situação, há centenas de jornalistas se amontoando no salão de imprensa da Casa Branca, ávidos por uma declaração do presidente norte-americano.

“Antes de mais nada, precisamos saber quais são as suas intenções. Aí...”

O Presidente é interrompido por gritos oriundos do rádio transmissor do soldado que estava guardando a entrada da sala.

“Argh!!!”

“Atira nele! Atira nele! AAAHHHH!!”

“Oh, meu Deus! Oh, meu Deus!”

De repente, todos os gritos de agonia cessam, um silêncio mortal se instala entre os poderosos homens.

“O que... foi isso?” – o Presidente, assustado, questiona seus comandados.

Um forte estrondo é ouvido, na medida em que a porta reforçada é arrancada por Zod, sem que este demonstre o menor esforço.

“Você, seu verme, venha comigo!”

 Sem qualquer cerimônia, Zod agarra o Presidente dos EUA pelo cangote, flutuando pelos corredores de onde os três vilões haviam vindo. Vários corpos despedaçados e carbonizados estavam espalhados pelo caminho, pertencentes aos pobres seguranças e militares que tentaram manter os importantes membros do governo a salvo.

Zod o carrega até o salão de comunicação da Casa Branca, jogando-o no chão. O Presidente cai sentado de forma patética.

“Vocês, macacos da comunicação! Saibam que Zod reclama agora seu direito como líder supremo desta parva nação...”

“Nós não somos seus escravos!” – Teddy Devon, um apresentador polêmico e  popular, especialista em criticar o governo e assuntos policiais.

Zod apenas sorri.

E, numa fração de segundo, pulveriza o homem bonachudo, restando somente cinzas em seu lugar. As pessoas próximas berram de terror.

“Mais alguém irá me interromper?” Zod olha para os assustados jornalistas – “Bom. Como eu disse, agora eu me proclamo como Imperador desta nação. E, para isso...”

O vilão puxa Obama para a sua frente.

“Eu ordeno que você se ajoelhe perante minha grandeza, ser atrasado.”

“Jamais!” – exclama o presidente norte-americano.

Zod faz um sutil movimento com a cabeça.

Ursa e Non agarram cada um um jornalista, quebrando seus pescoços em um instante.

“Não!”

“Então... ajoelhe-se, ser asqueroso.”

Sem alternativa, Barack Obama se ajoelha na frente do tirano.

“Saiba que Superman o derrotará, eu tenho fé nele.”

“Mero sonho, ex-presidente. Ei,  você, seu verme!”

Zod aponta para o operador de câmera oficial da Casa Branca.

“Foque em mim.”

O homem, tremendo de medo, obedece e faz o que lhe foi ordenado.

O vilão, confiante, começa a discursar.

“Eu sei que alguns de vocês, terráqueos frágeis, devem estar exultantes ao ver a queda do país mais poderoso desta bola de lama imunda, possivelmente arquitetando planos para que seus malditos países tomem o poder que outrora era deste. Mas Zod lhes diz: é apenas questão de tempo até que cheguemos a vocês também. E não há nada em sua tecnologia retrógrada que consiga parar a mim e a meus camaradas. Planeta Terra, considere-me como seu novo Imperador. Todos vocês se ajoelharão em adoração ao seu novo deus, Dru-Zod!”

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                Em um apartamento localizado na área nobre de Seattle, uma jovem morena, portando um copo de martini em sua mão direita, assiste pela terceira vez ao pronunciamento do auto-proclamado novo líder do planeta, Zod.

                Ela bebe uma pequena porção da bebida alcoólica. Era necessário, tudo que estava acontecendo naquele momento era surreal demais, o planeta estava à beira de uma era de tirania sem precedentes.

                Ela se perguntava onde estava seu super-amigo, desaparecido há quase dois dias. Mas, depois da surra ele levara, Carly sentia que nem mesmo se ele não tivesse se acovardado haveria algum resquício de esperança.

                De repente, leves batidas no vidro da porta de sua sacada chamam sua atenção. Só havia uma pessoa no mundo que costumava fazer isso. Ela se vira e imediatamente fica alegre. Era o Superman.

                “Kal!” – Ela se dirige à porta correndo, abrindo-a para dar passagem ao amigo – “Eu sabia que você não tinha fugido! Eu sabia que você não ia desistir!” – Carly o abraça forte, liberando de uma vez todo o medo que tinha sentido nos últimos dias.

                “Foi uma retirada estratégica, Carly.” – o herói coloca sua mãos sobre os ombros dela, olhando com seus olhos azuis diretamente nos olhos negros da morena – “Eu preciso de sua ajuda para um plano.”

                “Claro, o que eu puder fazer!”

                Superman sorri para a amiga. Ela sempre estava disposta a ajudar seus amigos. Ele sabia disso desde criança, mas a morena jamais imaginaria que o conhece há muito mais tempo do que tem ideia.

                “Carly, eu preciso de uma câmera e o módulo de transmissão para uma coisa que quero fazer amanhã. Você consegue arrumar essas coisas?”

                “Não vou perguntar para quê, mas eu consigo sim! Como fazemos pra carregar?”

                “Deixa comigo. Podemos ir?”

                A jovem assente com a cabeça, e Superman a pega no colo, voando delicadamente pela sacada em direção à sede da emissora Seattle News.

                Sob orientação da jovem, os dois se esgueiram pelos corredores da emissora, até chegarem a um depósito onde eram guardados os equipamentos. Felizmente, devido a Seattle estar praticamente sitiada, não havia ninguém nos corredores da empresa.

                “É aqui, você pode pegar o que quiser. Mas você sabe usar essas coisas?”

                Mesmo num momento tão difícil, Freddie não consegue segurar um sorriso irônico. Desde que fazíamos o iCarly, Carls... pensa o herói.

                “Sei... não se preocupe.”

                Ele escolhe alguns equipamentos, alojando-os em uma plataforma que foi levantada sem dificuldade por seus braços que podiam erguer montanhas. O herói pede que Carly suba na plataforma, e logo depois leva a jovem e os equipamentos até uma área próxima ao prédio onde ela reside.

                “Eu preciso que você me dê uma brecha amanhã, às 9 horas, para que eu faça um pronunciamento ao vivo, OK? Não vou te falar mais nada, para sua própria segurança, mas peço mais um voto de confiança.”

                “Você tem todos os meus votos de confiança que posso dar na minha vida inteira, Super...” – ela fala ao herói, pegando suas mãos e alojando-as entre as suas próprias – “Eu sei que você vai nos salvar, Kal.”

                “Espero que sim. Porque, mais do que nunca, este é um trabalho para o Superman, não?”

                Superman delicadamente solta suas mãos das da morena, dá alguns passos em direção à plataforma, erguendo-a logo em seguida. Ele olha novamente para a amiga, sorrindo.

                “Para o alto e avante, Superman.”

                Ele acena com a cabeça e decola, sumindo na noite escura. Carly cruza seus braços e morde seus lábios inferiores, orando em voz baixa, pedindo a algo superior ajuda para que o herói conseguisse sobrepujar as poderosas forças malignas que ameaçavam dominar o planeta Terra.

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                Antes de rumar ao local onde planejava travar a derradeira batalha, Freddie passa no prédio onde reside Samantha Lang Puckett. Ele deixa a plataforma na cobertura e flutua até a janela da namorada.

                Após ouvir as já conhecidas batidas na janela, Sam, que estava assistindo às notícias ( Zod já havia conquistado a Rússia), corre para saudar seu amado.

                “Freddie! Eu estava tão preocupada!” – ela o abraça com força. Freddie aproveita para retribuir o abraço e desativar o disfarce facial.

                Com um olhar triste, ele a afasta um pouco, acariciando seu rosto com a mão direita, enquanto sua outra mão pousa sobre sua cintura.

                “Sammy... eu tenho um plano, mas não sei se vai dar certo. Então, antes de tentar derrotar aqueles malditos, eu queria te encontrar uma última vez...” – o moreno a fita diretamente em seus olhos azuis – “Eu te amo.”

 “Eu também, Freddie.”

Os dois se beijam apaixonadamente.

Quando quebram o beijo, Freddie, ainda com as mãos sobre os ombros dela, sorri, demonstrando confiança. Ele retira uma pequena caixa de metal do seu cinto e a deposita nas delicadas mãos da loira.

“Não abra! Se eu morrer, eu quero que você fique com isso e utilize como uma joia, como a sua correntinha, OK? Nessa caixa, tem o suficiente pra fazer três correntes: uma pra você, outra pra minha mãe e uma pra Carly. Elas devem servir como proteção contra os três kryptonianos.”

“Você vai conseguir derrotá-los, Freddie...”

“Eu sei. Eu vou voltar, Sam.”

“Vai lá, SuperFreddie. Dá uma surra neles!”

Ele acena com a cabeça e sai pela janela.

Tinha de preparar o cenário para a execução do seu plano.

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Zod, sentado na cadeira reservada ao Presidente dos EUA, é interrompido de seus planos para a Terra por Ursa.

- Dru, veja na TV. Kal-El voltou.

O tirano liga a TV do Salão Oval.

Na tela, a imagem do Superman aparece. No fundo, a paisagem dá a entender que o herói estava em um local árido, talvez um deserto.

“Zod! Na última luta, eu não estava preparado. Eu desafio vocês três a tentarem me derrubar definitivamente. Estou esperando no deserto de Chihuaha.”

A transmissão é finalizada.

Ursa coloca sua mão sobre o ombro do amante, questionando-lhe logo a seguir.

- Seria uma armadilha armada por Kal-El, amado?

O maléfico kryptoniano coça o queixo, intrigado.

- Não sei, mulher. Mas, independente de haver uma armadilha, ele não tem chance contra nós três. E Zod jamais recusou um desafio. Vamos acabar com Kal-El! Non, venha!

Os três kryptonianos decolam em direção do deserto de Chihuaha, o maior das américas. Em poucos segundos estão lá, frente a frente com seu inimigo, que os espera com os braços cruzados.

“General, eu li sobre o senhor. Sei que você tinha uma rixa com meu pai, que o desmoralizava frente ao Império.”

- Fale na nossa língua, cachorro!

“Não! Vou falar na minha língua. Eu sou terráqueo! E vou derrotá-los, em nome da honra da minha família kryptoniana!”

Zod ri.

- Você não tem chance, Kal-El!

Superman sorri de forma irônica.

“Ah, eu tenho um plano... Mark II, ativar!”

Surpreendendo os três vilões, um maquinário avançado de forma retangular e cor prateada emerge da areia, abrindo-se e rumando em direção ao Superman, que abre seus braços. A máquina preenche seu corpo, e, após décimos de segundo, percebe-se que se trata de uma armadura, muito parecida com a do Homem de Ferro, só que prateada e com um brilho amarelo no peito e nos leds onde ficam os olhos.

Rapidamente, o herói blindado aponta para Non e Ursa, disparando duas rajadas de raios repulsores que os jogam longe. Quase simultaneamente, Superman arremete contra Zod, socando-o com força inimaginável e jogando-o longe.

“Surpresos? Vocês serão derrotados por tecnologia humana!” – a voz do herói sai metalizada.

Zod, que limpa sua boca com as costas de sua mão direita, se levanta com uma expressão de ódio.

- Isso é uma piada! Não vai mudar em nada o resultado deste embate!

Os instrumentos da armadura alertam Freddie sobre a presença de um inimigo voando em velocidade à sua direita. Porém, antes que fosse atacado, joga violentamente seu punho, atingindo em cheio Ursa, repelindo seu ataque.

Non tenta revidar, mas é atingido por uma rajada dos raios repulsores e golpeado com um chute no estômago.

Freddie presta atenção aos dois inimigos mais próximos, mas é surpreendido por Zod, que o ataca pelas costas, como se fosse um torpedo vivo. O golpe é forte e avaria alguns equipamentos da armadura.

Freddie se livra do General, chutando-o na cara.

Mas recebe uma dose dupla de visões de calor, oriunda de Non e Ursa. A armadura podia suportar calor, mas não o bastante para aguentar dois kryptonianos.

Zod, aproveitando-se da distração, desfere um soco de cima para baixo em Freddie, que o deixa jogado no chão. Non e Ursa tratam de segurar seus braços, deixando-o novamente à mercê do General Zod.

O líder dos krytponianos arranca o capacete da armadura, encarando Superman.

- Eu não disse que era inútil?Agora, Kal-El, prepare-se para dar adeus à sua vida...

Freddie sorri.

“Pelo contrário, babacão... a armadura era uma mera distração, eu queria vocês três pertinho de mim... pra isso!”

O dispositivo peitoral da armadura se abre, revelando a pedra amarela coletada em Marte. Os três vilões permanecem impassíveis.

- Que piada é essa? Nada aconteceu!

 “Nada, né?”

O herói se levanta e levanta Ursa e Non como se fossem plumas, balançando seus braços até que eles caíssem no chão.

- O quê...?

Zod, incrédulo, desfere um murro no rosto de Freddie, que nem se move. Em contrapartida, o vilão urra de dor, pois acabara de ter sua mão quebrada. Ele aperta a mão quebrada com a outra e, com lágrimas nos olhos, olha para o Superman.

- Como...?

“Ah, General... é um presentinho do seu planeta natal... trata-se de uma rocha com propriedades radioativas que afetam especificamente nós, kryptonianos... os humanos a batizaram de kryptonita.”

- Mas... eu pesquisei, não há nenhum exemplar dessa rocha neste planeta... e o efeito descrito não era esse!

“Pois é. Essa tem um efeito ainda melhor... Pelos testes que emulei no meu laboratório, ela retira os poderes de um indivíduo nascido em Krypton. Retira permanentemente, General... vocês não passam de meros humanos agora. Agora e até o fim de suas vidas.”

- Impossível! E como você está protegido?!?

“Ah... eu estou usando um equipamento muito comum em operários de usinas nucleares de Krypton... aqueles que você tanto desprezava, se lembra? Que foram massacrados por seus homens quando fizeram um protesto pacífico em busca de melhores condições de trabalho... Surpreso? Sim, eu pesquisei sobre vocês, Zod... mas, voltando ao assunto, bastou configurar o aparelho para filtrar as ondas radioativas dessa kryptonita amarela.”

- Maldito... eu vou achar um jeito de reaver meus poderes...

Superman agarra os três vilões, preparando-se para levá-los à justiça.

“Duvido. Em nenhuma projeção do meu computador havia maneira de recuperar os poderes. E eu testei todos os cenários possíveis. Agora, é hora de vocês pagarem pelos seus crimes.”

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                A Capitã Maggie Sawyer e seu braço direito, a policial Samantha Puckett, já avisadas de antemão pelo Superman, aguardam na frente da 1ª Delegacia de Seattle o herói, que está trazendo a tiracolo os três supervilões oriundos de Krypton.

                Eles aterrissam e o herói passa a custódia dos três à Capitã.

                “Eu sabia que você ia conseguir, Superman.” – diz a experiente mulher.

                “Obrigado. Fico honrado por ter sua confiança.”

                O herói olha para a loira e lhe dá um sorriso, que é retribuído. Se alguém prestasse atenção, veria nela um claro ar de alívio por ver Superman de volta a salvo.

                “Bom... eu vou até Washington, ver como estão as coisas por lá.”

                O herói alça voo. Sam sussurra, enquanto leva Non para dentro da delegacia.

                “Você é foda, hein, nerd? Te amo... eu sabia que você ia chutar a bunda desses manés!”

                Freddie sorri ao ouvir isso. Era bom ter alguém ao seu lado.

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                Na imagem da TV, surge a cena de Superman e o Presidente Obama se cumprimentando, depois que o herói derrotou as maiores ameaças que o planeta havia enfrentado até então. Em um rápido discurso, o Presidente exalta a determinação do herói, sua coragem e compaixão.

                Por fim, o herói decola, sob uma salva de palmas dos presentes.

                Carly, enviada especialmente para cobrir o evento, finaliza a entrevista magistralmente.

                Aproveitando um momento em que ela está só, Superman a intercepta.

                “Oi, Carly... queria te agradecer por ter me ajudado...”

                Ela sorri e dá um beijo na bochecha dele.

                “Eu que agradeço por nos salvar... você... gostaria de ir à minha casa mais à noitinha?”

                Freddie coça a cabeça. Ela ainda não esqueceu o Superman?

                “É... eu preciso estudar alguns dados no meu laboratório. Mais uma vez, obrigado, Carly. A gente se vê...”

                O super-herói decola, deixando para trás uma repórter muito chateada.

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                Mais tarde, Sam desliga o carro e o tranca. Fora um dia de trabalho bastante agitado, a loira está cansada. Ela chama o elevador e, após entrar na cabine, pressiona o número correspondente ao seu andar, sétimo.

                Cumprimenta dois vizinhos de conhecia de vista, e em poucos minutos está em frente à porta do seu apartamento, onde destranca a fechadura e abre a porta.

                A policial liga a luz da sala, e se surpreende ao ver um homem vestido de azul deitado em seu sofá, dormindo tranquilamente.

                “Ei, desde quando você invade casas, super-herói?”

                Ele acorda com um sorriso.

                “Ninguém manda deixar a janela aberta.”

                “Bom, eu imaginava que não teria problema, uma vez que ela fica a mais de vinte metros de altura...”

                Ele a traz para perto de si, abraçando-a pela cintura e dando-lhe um beijo nos lábios.

                “Ei, nunca vi você dormindo assim.”

                “Os últimos três dias foram duros... viajei mais de cem milhões de quilômetros... repliquei a armadura do Tony Stark, detonei três kryptonianos superpoderosos...”

                “Convencido...” – ela ri sem descolar os lábios nos dele.

                “E o Zod?”

                “Prisão de segurança máxima. Tem certeza que eles não conseguem mais os poderes de volta?”

                “Absoluta. Essa kryptonita amarela é do cão!” – Freddie fala enquanto se deita novamente no sofá.

                “Você não acha que vão tentar fazer alguma coisa com eles, tipo querer saber sobre tecnologias do seu planeta, examiná-los...?”

                Freddie se senta e olha para a namorada.

                “Sam, você é uma mulher inteligente do século XXI. Me diga uma coisa, você sabe como montar um rádio, algo que foi inventado no século XVIII?” – a loira acena negativamente com a cabeça – “É a mesma coisa com eles. São militares, não conhecem nada sobre a tecnologia kryptoniana. Quanto ao resto... pouca coisa diferente entre meu corpo e o seu, por exemplo. Os corpos dele estão permanentemente eivados de seus poderes. Sabe? Por mim, podiam até fazer exame de toque no Zod, não tô nem aí.”

                Os dois começam a gargalhar ao imaginar a cena do tão pomposo general passando pelo mítico exame.

                “E aquela caixinha que você me deu?”

                “Ah, sim... ela contém um pedaço dessa kryptonita. Eu quero que fique com você, guarde em um local seguro.”

                “Pra quê vou querer essa coisa?”

                “Pro caso de eu perder o controle. Sei lá, eu ficar louco, ou alguém me controlar... você vai usar isso contra mim.”

                “É... é muita responsabilidade!”

                “E você é a mulher certa para o trabalho! Confio em você, Sammy.” – Freddie olha para a cozinha – “Ei, o que você acha de fazer uma macarronada pro seu super-namorado?”

                Ela dá alguns passos em direção à cozinha, para e olha por cima de seus ombros, com um sorriso adorável.

                “Você esquenta a água com sua visão?”

                Freddie se levanta com um sorriso confiante, juntando-se à namorada. Seus olhos brilham, resultado da visão de calor sendo acionada.

                “É pra já, minha loira...”


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Notas finais do capítulo

E aí, satisfeitos com o fim dos kryptonianos? Legal o 'Super-Homem de Ferro'? Na próxima, problemas mais... 'quentes' para o Freddie. E o surgimento de uma nova kryptonita.
Obrigado!
P.S.: amanhã eu respondo aos reviews!



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