Superfreddie escrita por Beto El


Capítulo 16
Superman - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Eita! Chegou a hora de escrever os capítulos que eu estava esperando!!!
Hora do Superman aparecer!!!



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Outubro de 2014

Freddie, agora um rapaz de 20 anos, anda rapidamente pelos corredores da Universidade de Boston, vestido com uma jaqueta, capuz sobre a cabeça, sem conversar com ninguém. Para alguém capaz de decorar dez dicionários de línguas diferentes em menos de 5 minutos, cursar a faculdade era fácil demais. Ele só tomou cuidado para não fazer amizade com ninguém, bem como não tirar notas boas demais. Na verdade, até pegou algumas dependências para esticar seu tempo em Boston.



Agora ele sabia muito mais sobre seu planeta natal. Sabia que em sua família (a Casa de El) figuravam os maiores cientistas e filósofos de Krypton, que era um planeta com tecnologia milhares de anos à frente da Terra. Sabia que por arrogância do corpo de cientistas toda a raça kryptoniana fora exterminada.



Freddie agora tem acesso a tecnologia que ninguém no planeta Terra jamais imaginaria existir. Mas o que fazer com tanta informação? Em nenhum momento lhe fora dito o que ele deveria fazer, o que significava manter a cultura kryptoniana? O rapaz tinha medo de que os humanos fizessem mau uso dessa tecnologia, afinal, armas poderosíssimas poderiam ser criadas com tal conhecimento.



O rapaz sai pela calçada da universidade, pensando em alguma solução para seu dilema, quando repara em algumas pessoas esperando um ônibus, dentre elas, uma senhora que certamente tinha mais de 70 anos.



O motorista abre a porta do ônibus e um bando de jovens, a maioria da universidade, se apressa em adentrar o veículo, mal notando a pobre idosa, que, após levar uma trombada de um jovem alto, cai ao chão, sem ninguém para ajudá-la ou mesmo perceber que ela havia caído. O motorista fecha a porta e o ônibus parte.



Sensibilizado, Freddie corre ao encontro dela, ajudando-a a se levantar.



Senhora, está tudo bem? Se machucou?”



Ai... obrigada, filho... esses jovens sem educação!”



Freddie percebe um táxi vindo e faz sinal para ele, que para próximo ao ponto de ônibus.



Pra onde a senhora vai?”



Rua Elmo, mas não se preocupe, querido. Eu espero o próximo ônibus, não tenho como pagar um táxi.”



Amigo, quanto fica a corrida até a Rua Elmo?”



Trinta dólares bastam, garoto.”



Tá aqui. Por favor, leva essa senhora até lá.”



Oh, muito obrigada, querido. Quem dera houvessem mais jovens como você...”



A idosa dá um simpático sorriso para Freddie, que retribui o gesto. Após o táxi partir, ele volta à sua caminhada, chateado pelo que acabara de presenciar. Gestos como esse eram comuns de se ver em qualquer lugar do mundo, as pessoas pareciam estar mais secas, duras umas com as outras.



Ele encontra um ponto isolado em um beco e alça voo em direção à sua Fortaleza, pois ainda há o que aprender sobre Krypton.



Ele chega ao deserto gelado e, com sua visão de calor, abre um caminho entre o gelo até a entrada de sua Fortaleza. Freddie se senta na frente do painel central, tentando retomar seu aprendizado, mas pensamentos alheios o interrompem.



Algum problema, senhor?”, pergunta Kelex.



Não. Apenas acho que... hoje não conseguirei estudar.”



Ele coloca as mãos atrás de sua cabeça e se recosta na cadeira. Vêm-lhe à mente a ideia de navegar na internet, à procura de notícias sobre o mundo exterior.



Uma notícia em particular atrai sua atenção. Em uma pequena cidade do Brasil, há relatos de que um menino de 5 anos, vestido como o Homem-Aranha, salvara um bebê de uma residência em chamas.



Freddie coça seu queixo com seus dedos indicador e polegar da mão direita, questionando-se como um herói fictício conseguira inspirar tal coragem em uma criança de apenas 5 anos.



O que faria um herói de verdade? Claro, ele ainda atuava como o Borrão, mas não dava para considerá-lo um herói, ninguém jamais o havia visto, ele não inspirava nada a ninguém, a não ser medo em quem fizesse coisas erradas. Ele não queria ser um Batman, outro dos heróis fictícios preferidos de Freddie.



O jovem kryptoniano olha para uma foto disposta na parede ao seu lado esquerdo. Nela, estão ele e suas duas melhores amigas, sorrindo e abraçados em um restaurante. Esta foto foi tirada há alguns meses, na última vez em que se viram.



Ele sorri. Talvez ele volte para Seattle antes do que esperava.



Mas não como Freddie Benson.



Freddie se levanta, rumando a um dos laboratórios do complexo. Uma cena do seu filme preferido, 'Homem-Aranha', lhe vem à cabeça, quando Peter, que tinha acabado de descobrir seus poderes, começa a desenhar uniformes que ele poderia utilizar.



Kelex!”, ele fala, quando chega ao laboratório.



Sim, Kal El?”



Acione o computador do laboratório N1, por favor. Preciso utilizar a aplicação G4389YO.”



Claro, senhor.”



Freddie apanha um pequeno dispositivo metálico parecido com uma tiara, que acabara de sair de um compartimento aberto logo à sua frente, e o coloca em sua cabeça.



Na grande tela que se abre à sua frente, aparecem, ao comando de seu pensamento, imagens da malha com a qual foi enrolado quando bebê, do símbolo de sua família, e do uniforme do Homem-Aranha.



Hum... as cores do meu cobertor combinam com as do Aranha...”



Ele pensa um pouco, e as três imagens se movem para uma tela à sua esquerda. Na tela à sua frente, aparecem modelos de uniforme imaginados pelo rapaz. De repente, ele se contenta com um.



Kelex, por favor, fabrique para mim um uniforme neste modelo, com aquele tecido expansível kryptoniano.”



Kal El, não sei se você percebeu, mas essa vestimenta não possui máscara, pessoas que já o viram vão reconhecê-lo.”



Máscaras atraem desconfiança. Preciso de um rosto pra passar ao público confiança. E eu já sei o que fazer, vou utilizar um indutor de imagens para mudar minhas feições.”



Tenho minhas reservas quanto ao que você pretende fazer, Kal El.”



Deixa comigo, OK, Kelex? Este mundo precisa de um herói.”


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo não vai demorar, eu tenho ele quase feito.
Prometo que posto logo.



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