Superfreddie escrita por Beto El


Capítulo 14
Conhecendo meus verdadeiros pais


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Como teve reclamação, não demorei tanto pra postar esse novo capítulo.



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Poucos minutos depois de sua mãe deixá-lo em casa, ele voa para o local indicado na visão. Freddie pousa suavemente no solo, e, ao vislumbrar o local, lembranças antigas retornam.

Por um momento, ele pensa em seus amigos, Lana, Pete, Nevel... sobre Lana e Pete, ouvira que os dois tinham se mudado para Nova Iorque e haviam começado a namorar. Com relação a Nevel, Freddie já sabia bem o que acontecia com ele, a nova sensação de Seattle. Após adquirir um grande portal da Internet, Nevel, com apenas 15 anos, começara a expandir seus negócios entre os mais variados ramos, sendo alvo de diversas revistas sobre negócios, sempre tratado como um fenômeno na área de negócios. Infelizmente, Freddie já quase não se encontrava com o antigo amigo.

Desfazendo-se dos pensamentos que o distraíam, ele dá alguns passos, procurando por algo enterrado no solo com sua visão de raios-x.

Não foi necessário. Poucos segundos depois de iniciar a busca, ele ouve um ruído que foi se intensificando e que parecia vir de baixo. De repente, a mesma nave que o trouxe à Terra surge de dentro do solo, situando-se à frente dele.

“Então... essa é a espaçonave que me trouxe aqui...”

Abre-se um compartimento na nave, revelando uma projeção em altíssima definição, projetado ao redor de Freddie, que olha estupefato, pois tinha a clara impressão de estava no local da filmagem, tão viva era a imagem. No vídeo, há um homem de barba e cabelos negros e uma mulher de cabelos longos, lisos e loiros, que está segurando um bebê de poucas semanas de idade. Freddie imediatamente percebeu que ele próprio era uma mistura do casal do vídeo, chegando logo à conclusão de que o bebê no colo da mulher era ele, e as duas pessoas no vídeo eram seus verdadeiros pais. Os três pareciam estar em uma espécie de laboratório, que parecia prestes a ruir, sons de trovão eram escutados e vários equipamentos estavam jogados no chão.

“Kal El, meu filho. Eu sou Jor-El, e esta é minha querida esposa, Lara. Nós somos seus verdadeiros pais. Eu sei que... você tem diversos questionamentos, contudo, nosso tempo é muito curto. Quando você vir esta gravação, já estaremos mortos há vários anos do planeta onde você está. Estamos falando de Krypton, o seu planeta natal. Nosso sol vermelho virou uma supernova e irá consumir todos os planetas desta galáxia. ”

A mulher fala.

“Kal El, querido, nós o enviamos a esse planeta, pois Krypton não tem mais do que alguns minutos de vida. Infelizmente, praticamente toda a população foi pega de surpresa, e não foi possível acompanharmos você nessa jornada.”

“Sim, filho, essa era a única esperança para que você sobrevivesse. Talvez haja alguns sobreviventes, mas a única certeza que temos é que você é tudo o que resta da nossa cultura. Eu sei que o fardo em suas costas é grande, mas caberá a você manter viva nossa tradição. A esta altura, você já percebeu que possui dons muito acima dos nativos do planeta... isso ocorreu porque nossos corpos, quando habitando planetas imaturos, como o que alimenta o seu planeta atual, absorvem as ondas solares e ganham poderes inimagináveis. Imagino que a esta altura, você tenha descoberto que pode voar, tem força muito acima do normal, além de ser invulnerável. Caberá a você, Kal El, fazer bom uso desses poderes.”

O homem pega um cristal e o mostra.

“Neste cristal, filho, estão basicamente todas as informações sobre nossa civilização, nossa história, descobertas, enfim, tudo o que você precisará saber. Escolha um local apropriado, distante da civilização, e este cristal, em conjunto com seu módulo de transporte, construirá uma fortaleza onde você apreenderá tudo o que for necessário sobre nossa cultura. Tenha em mente que tal aprendizado demandará provavelmente o equivalente a cinco anos do planeta onde você cresceu.”

A mulher chora discretamente, enquanto olha para ele.

“Querido, eu sei que as pessoas desse planeta podem ser muito boas. Elas só precisam de alguém que lhes mostre a luz. Seja sábio e bom.”

“Adeus, estimado filho. Sabemos que você fará bom uso dos dons oriundos de sua genética kryptoniana.”

A projeção acaba e Freddie se vê novamente no Kansas, com o pequeno módulo de transporte à frente dele; o pequeno equipamento, que está flutuando à frente dele, abre um compartimento e revela um cristal que parece um diamante, mas muito mais bonito e brilhante, que Freddie pega com sua mão direita.

 Uma descarga permeia todo seu corpo, dando-lhe ideia do que tem de fazer e quanto tempo levará. Mas, antes de qualquer coisa, ele precisa dar resoluções em sua vida em Seattle.

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“Mas, como? Ainda tem um ano e meio pra gente se formar!”

Ele não consegue fazer contato visual com suas duas amigas, mas percebe que Carly começa a ficar com lágrimas nos olhos e Sam parece incomodada com a notícia.

“Eles me ofereceram uma bolsa interessante na faculdade de jornalismo de lá... como tenho créditos de sobra aqui, achei interessante.”

“Mas... mas... e nós, seus amigos? Sua mãe? Boston é longe demais daqui!”

Freddie olha para baixo.

“Eu... venho aqui uma vez por mês, pra visitar vocês.” De forma triste, ele olha para as duas amigas. “Eu prometo.”

Ele continua, “E quanto ao iCarly... eu chamei o Shane - que aceitou, e ele, com o auxílio do Brad, podem levar a parte técnica. Eu lamento, gente... mas eu preciso ir mesmo.”

Os três amigos se abraçam, e depois de alguns minutos emocionados, Freddie parte em direção à secretaria para acertar os últimos detalhes de sua saída do colégio. Por cima do seu ombro, ele fita as duas amigas se abraçando. Com sua superaudição, ele involuntariamente ouve o que as duas estão falando.

“E agora, Sam? Como vão ser as coisas sem o Freddie aqui?”, Carly diz com uma voz de choro.

“Eu também vou sentir saudades dele, Carls...”

Freddie fecha os olhos e uma lágrima escapa. Ele não queria ir, mas era necessário.

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Depois de uma festa de despedida com seus amigos, é hora de se despedir de sua mãe, que, apesar de entender a necessidade do filho se ausentar por tanto tempo, ainda não havia assimilado muito bem a notícia.

“Mãe, você sabe que eu vou vir toda semana pra te ver... eu consigo chegar aqui em poucos minutos. E se você precisar, é só dar um berro. Eu venho em alguns segundos pra cá.”

“Eu sei, mas mesmo assim... ah, não esquece isto.”

Sua mãe lhe passa a manta azul e vermelho com a qual ela o encontrou enrolado, com aquele símbolo com um S emoldurado.

Freddie dá um abraço na mãe, dobra delicadamente a manta e a coloca em uma mochila. Ele se despede mais uma vez da mãe e vai à janela, onde, depois de confirmar que não havia ninguém prestando atenção, alça voo em direção a Boston, onde ele terá de cuidar dos últimos trâmites para iniciar as aulas na faculdade de jornalismo.

Durante o voo, ele reflete se a escolha por uma faculdade do outro lado do país foi sábia. Seu plano era terminar a faculdade rápido (ele havia decidido se tornar repórter fotográfico), dedicando-se ao mesmo tempo à aprendizagem na fortaleza. Seria fácil, ele não precisava dormir.

Freddie acaba aceitando que era o melhor estar longe de todos os que conhece, seria mais fácil para explicar suas ausências.

Depois de cuidar da matrícula, ele voa para o Kansas, para pegar o módulo de transporte e o cristal, que ele havia deixado escondidos em um celeiro abandonado da região. Antes de ir ao celeiro, porém, ele para no pequeno túmulo do verdadeiro Fredward Benson.

Ele junta as mãos em sinal de respeito.

“Oi, irmão. Eu sei que faz um tempo que não venho aqui... mas eu quero agradecer por você ter me dado uma família maravilhosa. O que eu poderia me tornar se não fossem nossos pais? Espero de verdade que você esteja em um lugar maravilhoso. Quanto a mim... é hora de descobrir tudo.”

Freddie sorri e voa até o celeiro, onde pega a mini-nave e o cristal, que ele coloca em sua mochila.

“Um lugar longe da civilização... acho que eu sei aonde vou.”


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Notas finais do capítulo

Está chegando a hora do Superman aparecer! Faço com o uniforme normal ou pego um alternativo?
Obrigado pelos reviews, vocês são super-leitores!



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