One Shot - Um Presentinho Para Tasha escrita por shadowangel


Capítulo 1
Para Tasha, com carinho!


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu não gosto muito de escrever qualquer coisa que se passe depois de Last Sacrifice, pois ainda quero ver o que vem da cabeça da nossa querida Richelle na nova série...
Mesmo assim, essa pequena fic se passa algum tempo depois da coroação de Lissa (não sei precisar o quanto).
Lembro que essa fic é uma brincadeira para tranquilizar minhas ciumentas leitoras que estão quase morrendo ao ver Dimitri com Tasha em Frostbite! rs
Espero que gostem! bjs



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Algum tempo após a coroação de Lissa, o clima na Corte parecia ter retomado a sua antiga estabilidade. As pessoas pareciam contentes por ter uma rainha jovem e com pensamentos atualizados. Mesmo assim, alguns poucos grupos demonstravam descontentamento com aquela coroação, todo governo sempre possui bancadas contrárias, nunca um governante administra com unanimidade. Mas um novo acontecimento retornou às manchetes e trouxe de volta a atenção das pessoas para um caso que quase tinha caído no esquecimento. O Conselho Moroi tinha marcado o julgamento de Tasha, assassina confessa da rainha Tatiana.

Durante meses, os advogados da família Ozera tentaram, fazendo uso de várias manobras jurídicas, adiar ao máximo o julgamento. Os Ozeras eram muito ricos e influentes e não tinham interesse em ver seu nome estampando as notícias de forma tão negativa novamente. Os advogados mais caros e renomados estavam trabalhando para eles neste caso. Ao mesmo tempo, a família Ivashkov, que era muito mais rica e influente que eles, lutava por justiça. Era uma questão de honra para eles ter a assassina do maior membro de sua família condenada a morte.

Eu tinha passado todo esse tempo ignorando a existência de Tasha. Tinha assumido que desprezá-la seria a melhor coisa, vinda da minha parte, que ela receberia. Quando eu finalmente pude ter acesso a todo o processo montado pela acusação, senti ânsias de vomito ao ler. Os relatórios eram detalhados, muito complexos e deixavam claro toda a rede que Tasha havia montado. Eu me perguntava como uma pessoa podia ser tão fingida e cínica. Ela planejou tudo meticulosamente, usando de meios baixos e sujos. Tudo era montado para conduzir a uma única suspeita: Rose.

Ler aquelas páginas fez crescer em mim um grande ódio por Tasha. Eu jamais poderia admitir que as razões apresentadas por ela fossem suficientes para cometer um assassinato, mas ela poderia muito bem ter feito tudo sem culpar ninguém. Da maneira como ela teve acesso aos aposentos de Tatiana, ela poderia ter feito tudo de uma forma menos sanguinária. Poderia ter usado veneno, asfixia, em fim, qualquer outro método que não deixaria rastros. Mas Tasha fez questão de deixar um rastro. Um rastro falso. O que precisou de muito mais planejamento e fez com que ela corresse muito mais riscos de ser pega. Mesmo assim, foi o que ela fez. Secretamente, eu duvidava que a Lei da Idade fosse a principal motivação para tudo aquilo. Era óbvio para mim. Tasha teve seu orgulho ferido quando eu neguei para ela o pedido feito para me tornar seu guardião. Era como se eu ainda pudesse ver aqueles olhos azuis dela se enchendo de lágrimas à medida que eu me justificava. Na época, ela tinha dado um trêmulo sorriso e dito que estava tudo bem, que ela entendia, mas na verdade, aquele era o momento que todo esse plano nascia.

Como eu queria poder voltar no tempo. Eu jamais teria apresentado Rose a Tasha. Jamais teria entrado naquele jogo de tentar esquecer Rose a todo custo, buscando em Tasha a solução para tudo que eu sentia. Se eu bem soubesse, teria simplesmente mantido distância, teria mantido minha imparcialidade.

Um dos depoimentos, dado por ela, estava transcrito na integra em um dos capítulos do processo. Enquanto folheava as páginas, eu revivi aquela cena, ali digitada. O interrogatório tinha sido conduzido por Alberta, que veio à Corte provisoriamente para ajudar nas investigações do assassinato. Eu assisti a tudo, atrás de um vidro que imitava um espelho. Ela jamais soube que eu presenciava aquilo. A sala do interrogatório tinha uma câmera que gravava tudo.

“Qual era sua relação com Rosemarie Hathaway?” Alberta perguntou, após algumas horas. Muitos outros questionamentos tinham sido feitos anteriormente.

“Eu a conheci na Academia St. Vladmir, durante os festejos de final de ano. Ela ainda estudava para ser guardiã de Vasilisa, que namorava o meu sobrinho, Christian. Elas duas não se desgrudavam.”

“Em que momento vocês apresentaram divergência de pensamentos?”

“Bem, nós nunca tivemos divergência de pensamentos.” O tom de Tasha era puramente casual.

“Então, que fato levou você a querer que ela fosse executada por um crime que não cometeu?”

Tasha engoliu seco e abaixou os olhos para a mesa. Longos minutos se passaram.

“Isto é um interrogatório, Srta. Ozera. Estamos esperando sua resposta.” A voz e a expressão de Alberta eram nulas de qualquer sentimento. Tasha olhou novamente para ela.

“Ela atrapalhou os meus planos. Eu tinha esquematizado tudo e ela simplesmente aniquilou todas as chances que eu tinha para que ele desse certo.”

“E que planos seriam estes?”

“Façam-me o favor! Não é claro para vocês? Com quem ela fugiu? Com quem ela está agora? Eu posso estar presa, mas as notícias correm até mesmo dentro das celas!”

“Precisamos ouvir de você, Srta. Ozera. Pode ser mais específica?”

Tasha suspirou. Ela não tinha mais escolha. Sua voz saiu baixa e controlada.

“Eu tinha requisitado Dimitri Belikov para ser meu guardião. Nós nos conhecíamos há anos. Rose provavelmente ainda era uma fedelha quando nós dois já éramos muito bons amigos. Eu e ele não pudemos ficar juntos naquela época por causa do compromisso que ele tinha em proteger Ivan Zeklos. Eles eram muito amigos, Dimitri jamais o abandonaria, ele sempre foi muito dedicado a carreira. Depois que Ivan morreu... eu pensei que era hora de retomar tudo. Eu sabia que ele não deixaria essa vida para ter uma família, então eu o requisitei como meu guardião, assim ele podia conciliar as duas coisas.” Ela fez uma longa pausa e encarou Alberta. “Eu já tinha tudo planejado, de verdade. Estava até procurando uma casa maior. Tudo parecia perfeito, não tinha como dar errado. Nós sempre nos demos muito bem e eu cansei de ouvi-lo falar o quanto ele gostava de conversar comigo, como ele se sentia relaxado na minha presença e me achava divertida. Nós tínhamos os mesmos amigos, pensávamos da mesma maneira, tínhamos objetivos comuns.” Os olhos dela pareciam um pouco sonhadores, em algum lugar distante. Vários minutos se passaram.

“Continue, Srta. Ozera. Estamos esperando.” Alberta falou, soando fria como uma geleira.

“Então, eu fui até a Academia. Eu tinha mesmo que visitar Christian, então aproveitei para fazer essa proposta a ele. Mas eu encontrei um Dimitri bem diferente. Ela ainda era o mesmo, de certa forma, mas algo tinha mudado dentro dele. Ele ainda conversava, ria, era atencioso e solicito, mas só isso. Não existia calor nos olhos dele. Não existia cumplicidade. Não existia paixão. Eu tentei, de todas as maneiras resgatar aquilo, mas nada parecia surtir efeito. Ele só me tratava como uma amiga, nada mais. E o que mais doía... era ver que ele...” As palavras dela demoraram a sair. “Ele demonstrava isso por outra pessoa. Rose. No começo eu quis pensar que estava imaginando tudo. Mas não. Era tão claro, tão óbvio. Era impressionante que ninguém da Academia notasse. A maneira como ele olhava para ela, como ele se referia a ela, como ele reagia ao ouvir seu nome. Tudo era tão explícito. Talvez porque eu o conhecesse tão bem, talvez porque ele não tinha reservas comigo, eu podia ver que ele a amava nos menores gestos. Aquilo não podia ser verdade. Eu não podia aceitar. Era como estar em um grande pesadelo, sem poder acordar. E ela era só uma menina! Imatura, ingênua, infantil, desrespeitosa, rebelde, impertinente. Ele não podia gostar dela assim. Mas ele gostava. Ele a amava. E para meu desespero, ele me disse isso com todas as palavras. Eu tentei, juro que eu tentei seguir minha vida, sem pensar mais nele. Principalmente depois daquele ataque à Academia, onde ele foi dado como morto. Foi uma grande dor. Eu pensei que não iria superar nunca. Mas depois, a notícia que ele tinha sido restaurado correu o mundo. Eu segui para a Corte e fui vê-lo. Antes disso, Christian tinha me avisado que Dimitri não queria ver Rose. Que ele a tinha desprezado. Então, eu senti aquela velha esperança voltar. Mas quando eu o vi, tão frágil naquela cela... minhas esperanças morreram novamente. Ele só se importava com Rose. Ele repetia e repetia que não queria vê-la. Ele se culpava pelo que tinha feito com ela e mesmo dizendo que não a queria por perto, era só com Rose que Dimitri se importava, era como se ninguém mais no mundo existisse para ele. Só ela importava. Ele dizia que não podia amá-la, mas novamente, era só o que eu via nele. O amor que ele sentia por ela. Estava ali. De novo. Sempre esteve.” Tasha começou a chorar quase que descontroladamente, era óbvio que aquele assunto lhe machucava muito. Eu ouvia a tudo, com os olhos fixo no vidro, ignorando os demais guardiões que também estavam ali, assistindo a tudo. Sinceramente, à estas alturas, eu não me importava mais com a opinião das pessoas.

“Continue.” Alberta disse, sem qualquer sentimentalismo. Tasha limpou uma das lágrimas que corriam em sua bochecha.

“Nem a morte pôde destruir aquilo que ele sentia por ela. Ou pior que a morte. Estamos falando de um ex Strigoi! A criatura mais cruel e má que o mundo já viu. Nem isso, nem isso conseguiu acabar com o que ele sentia por ela.” Ela colocou as mãos na cabeça, puxando os cabelos para trás. “Eu conhecia Dimitri. Ele sempre foi forte e determinado. Ele podia estar prostrado daquele jeito, se remoendo em culpa, mas ele iria se recuperar. E mesmo negando, mesmo fugindo, uma hora ele iria se render novamente ao que sentia por Rose. Isso era mais que uma certeza e eu não poderia conviver com aquilo. Nunca. Não depois de perdê-lo. Não depois de pensar que ele estava morto. Então armei tudo. Tudo para que ela fosse incriminada. Era uma maneira de fazer com que ela saísse do caminho definitivamente. E ele, pensando que ela era uma assassina, se decepcionaria com ela. Rose seria condenada a morte por ser uma assassina e teria do desprezo de todos. Um plano perfeito.”

De volta à sala dos processos, eu fechei a pasta que estava analisando, ainda revivendo tudo que Tasha havia dito naquele interrogatório. Foi quando uma ideia me ocorreu. Eu precisava falar com ela. Eu sabia tudo que ela tinha sentido, mas ela precisava saber o que eu pensava. Ela não podia viver achando que, de alguma maneira, eu apoiaria qualquer coisa que ela fizesse.

Passei pelos corredores até chegar à área de controle da guarda. Dois guardiões estavam lá. O prédio estava silencioso e calmo, talvez por causa do horário. Já passava das dez da noite.

“Olá Belikov.” Um dos guardiões me cumprimentou, assim que eu entrei. Eu acenei para eles.

“Boa noite. Eu estava precisando ver Natasha Ozera. Seria possível?” Eles se entre olharam, parecendo surpresos. Não havia ninguém da Corte que não tivesse tomado ciência de tudo que tinha acontecido.

“Claro. Podemos agendar uma hora-“

“Eu precisaria vê-la agora.”

“Bem, Belikov, não estamos em horário de visitas. E, além do mais, ela pode já estar dormindo. Os advogados dela podem não gostar nada se deixarmos você entrar.”

“Por favor, eu serei breve. Não tenho interesse em falar com ela amanhã. Eu preciso que seja agora.”

Eles voltaram se olhar e ficaram pensativos. Muitos guardiões tinham bastante respeito e amizade comigo. Mesmo depois de eu ter voltado de ser um Strigoi, minha relação com a maioria deles não mudou. E, à medida que o tempo passava, a confiança que todos tinham em mim era retomada.

“Tudo bem,” um deles falou após um tempo “vamos ver se ela está acordada e se concorda em lhe receber.” Ele saiu e eu esperei por poucos minutos, até que ele voltou dizendo que eu podia subir. Era um caminho que eu conhecia bem. Eu tinha ficado, por vários dias, prezo ali e depois tinha retornado ao mesmo lugar para resgatar Rose. Caminhei pelo corredor de celas vazias, até parar em frente a que ela estava. Tasha já me aguardava, em pé, segurando as grades. O guardião que fazia a guarda da cela acenou, ao me ver, e saiu. Eu olhei para ela e, pela primeira vez aquela cicatriz que ela tinha no rosto saltou na minha visão. Eu só consegui enxergar aquela terrível marca. Era horrível.

“Dimka!” Ela exclamou, com um sorriso sobrenatural de tão feliz. “Eu pensei que você tivesse esquecido de mim. Você nunca veio me ver.” A voz dela era suave como uma brisa.

“O quê você esperava, Tasha? Depois de tudo que você fez?”

Ela baixou os olhos, desolada. “Eu sei que eu errei –“

“Você errou? O que você fez não pode ser chamado de erro! Erro nós cometemos quando agimos de maneira inconsciente. Tudo que você fez foi em pleno uso de suas faculdades mentais. Você sabia o que estava fazendo, todo tempo. Não pode ser chamado de erro!” Eu senti minha voz sair rude e feroz, cheia de indignação. Eu nunca precisei usar máscaras com Tasha, e se isso teve proveito em boas situações, também teria agora. Eu não tinha necessidade de me conter.

“Eu não acredito, Dimka, que você veio aqui para me dar um sermão sobre minhas atitudes.” Ela soava magoada, mas eu podia jurar que era puro fingimento. Aquilo só fez crescer toda repugnância que eu tinha por ela.

“E o que você esperava que eu viesse fazer aqui? Relembrar historinhas do passado? Ou conversar sobre a vida de um de nossos amigos?”

“Claro que não! Mas nós nos conhecemos há tanto tempo, você poderia querer saber como eu estou, como eu tenho passado, como fazem os bons amigos. Você sempre teve sentimentos nobres, nunca se deixou levar por acontecimentos.”

“Sim, sentimentos nobres. E você se aproveitou disso. Eu me pergunto, como eu pude me deixar enganar tanto com uma pessoa? Como você pôde ser tão cínica, falsa e fingida? Eu estava ali, sempre sendo sincero com você e, no entanto, você só queria me usar, como você usava a todos e a tudo. Tudo. Você usava tudo a seu favor. Agora eu posso ver todo seu jogo sujo. Você usava o desprezo que as pessoas tinham por sua família para se fazer de vítima, você usava essa sua cicatriz para chocar as pessoas, você usava a perda de seus parentes como um troféu para impressionar a todos. Você usava tudo como parte do seu jogo nojento! Você só queria se esconder embaixo de um véu de compaixão que as pessoas sentiam por você.”

Ela me olhou com a incredulidade irradiando pelo seus olhos. “Não Dimitri! Não foi sempre assim. Você não pode acreditar nisso, eu fui sincera com você.”

“Sincera? O quê você entende por sinceridade? Você não sabe o que é isso, Tasha! Você pensa que eu não me lembro de como você tratava Rose naquela estação de sky? Sempre parecendo achá-la divertida, engraçada. Sempre parecendo paciente e compreensiva com ela. Tudo falsidade! Você não teve a dignidade de ao menos respeitá-la! Eu lembro de você tentando me influenciar contra ela, sempre repetindo que ela era uma criança e subestimando toda capacidade que ela tinha!”

“Mas era verdade, Dimka! Eu não tinha culpa dela agir sempre como uma criança que perdeu o doce, quando estava perto de mim!”

“Você percebeu que ela tinha ciúmes e a provocava! De forma velada, sim, mas a provocava.”

“Olha aqui, Dimitri, se você veio aqui para falar de Rose, acho melhor você ir embora. É tudo que eu menos preciso agora.”

“Mas é sobre Rose que você vai me ouvir falar e acho bom você prestar bastante atenção.” Eu colei meu rosto entre as grades, sentindo uma grande ira se apoderar de mim, lhe lancei um olhar que eu sabia ser mortal. Tasha deu um passo atrás, me olhando assustada. “Você podia ter me atingido. Você poderia ter atingindo a qualquer pessoa deste mundo. Mas não poderia ter conspirado contra a vida de Rose. Você, com toda sua mente criminosa e doente, não pode imaginar do que eu sou capaz de fazer para defendê-la, de tudo que eu sou capaz de fazer por ela. Eu vou estar naquele julgamento e vou assistir você receber sua sentença e, se por acaso, ela lhe for favorável – o quê eu duvido, eu lhe garanto Tasha, eu vou lhe caçar pessoalmente e fazer você pagar  por tudo que fez contra Rose. Nem que eu tenha que ir até o final do mundo, até o inferno, eu acabo com você. Você não sabe o que eu já fiz nessa minha vida, então eu repito, você não pode imaginar do que eu sou capaz.”

“Não, eu não estou ouvindo isso!” Ela falou, levando as mãos para a cabeça. “Você está me ameaçando? Você? De todas as pessoas?”

“Não. Não é uma ameaça. É uma afirmação. Para que você saiba que não escapará. Nem de uma forma, nem de outra. Eu odeio você. Eu nunca vou lhe perdoar pelo que você fez.” Senti minhas palavras saírem por entre meus dentes.

“Como você pode fazer isso? Como você pode me decepcionar tanto? Porque você não enxerga que tudo que eu fiz foi por amor a você? Eu amei você, Dimitri! Com todas as forças que eu tinha.”

“Amor? Você não sabe o quê é isso. Você não é capaz ter um sentimento tão sublime. O que você sente é vaidade e egoísmo. Primeiro, foi vaidade de ter um capricho realizado e depois a frustração de ter seu orgulho ferido. Vaidade e orgulho. É isso que você está chamando de amor.”

“Dimka...” Ela murmurou, chorando. Eu me afastei das grades e respirei fundo, ainda sentindo a raiva correr em minhas veias. Rapidamente, fechei meu rosto e meus sentimentos. Olhei para ela seriamente, guardando tudo que eu estava sentindo dentro de mim. Eu tinha meu controle de volta.

“Bem, Tasha.” Senti minha voz sair fria. “Eu só vim lhe dar este aviso.” Então me aproximei novamente das grades e falei bem baixo. “Será que eu fui pouco claro?”

Ela me olhou, ainda chorando, pelo que pareceu ser uma eternidade.

“Não.” Ela sussurrou.

“Hum, bom. Muito bom.” Eu disse, enquanto me afastava da cela. Antes, dei uma última olhada para ela, consertei o casaco no meu corpo e sai.

Passei pelos guardiões que estavam de plantão, agradeci rapidamente e segui pelas ruas da corte, sentindo aquele profundo ódio me percorrer. Eu precisava me acalmar e eu sabia bem onde eu encontraria paz. Parei em frente a uma porta e dei uma leve batida. Após alguns segundos, Rose abriu a porta e sorriu ao me ver.

“Oh, Roza...” falei entrando e já abraçando sua cintura.

“Dimitri, o quê aconteceu?”

Eu não falei nada, apenas a beijei, com todo amor que sentia por ela.


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Notas finais do capítulo

Promessa cumprida!
Digam o que acharam!
E não deixem de acompanhar a fic 'Frostbite por Dimitri Belikov'
bjs