Capítulo I: Surprise:

Sentei-me e me pus a pensar.

“Finalmente estou voltando a Hogwarts, após a batalha em que campos verdejantes viraram campos rubros de sangue. Voltando para aquela Hogwarts segura, cheia de vida e paz. Voltando para o enfadonho cotidiano da calmaria do meu paraíso. Mas é esse ano que me despedirei dessa maré de segurança. Depois desse ano sairei do meu princípio mágico, e irei para fora dos muros que cercam o aconchego da minha adolescência, embarcando finalmente para a vida real, que se encontra cheia de perigos, do lado de fora do grande castelo, e longe, é claro, dos braços da diretora.”

Foi na hora mais triste que um estrupício interrompeu meu diálogo interno. Digamos que tenha sido um estrupício bem indesejado, por mim é claro.

- Rita... – falou o burro do Malfoy.

Todos dentro do vagão seguraram uma risada quando ele começou a gaguejar.

- Sim, Malfoy? – respondi.

- Você sabe onde está a rata de biblioteca da Granger?

Respirei fundo e respondi.

- Malfoy você é muito lesado. Seu fuinha bastardo filhote de comensal! Não percebeu ainda que eu sou a Granger?

- Ã... Eh... B-bem... É que você ta diferente né?

- Esse é o cúmulo da burrice. Fala o que você quer Malfoy.

- Mcgonagall está te chamando. Você e o garoto que explode tudo.

- Tá, mas o que ela quer comigo e com o Simas?

- Como é que eu vou saber? Ela só pediu pra eu vir aqui chamar vocês.

- Ok, vamos chamar o Simas então.

Ele segurou a porta para eu passar. Um ato muito cavalheiro vindo do Malfoy.

Chegamos a cabine. Nela estavam: Dino Thomas, Simas Finnigan, Godofredo Hooper e Colin e Dênis Creevey.

- Hermione? – perguntou Dino meio que no chute.

- Bingo! – ri.

- Que veio fazer aqui? Nunca tinha te visto aqui desse lado do trem. A não ser... – ele disse.

- Hoje! – falou Godofredo.

- Ah, sim, claro! A menina que fingiu ser uma pessoa e deixou o Malfoy babando por ela! Então era a Hermione mesmo. – falou Dino.

- Há! Passa os 17 galeões pra cá! – falou Simas.

- Mas falando em Malfoy... Que é que ele está fazendo atrás de você Hermione? – perguntou Dênis inocente.

- Então, não! Calma Colin, não precisa sacar a varinha! Ele tá comigo. Nós viemos chamar o Simas.

- Eu? Mas não foi eu! Eu nem sei do que eu estou sendo culpado. Mas eu sei que não foi eu! E a privada foi sem querer eu juro! – ele falou se ajoelhando na frente de Hermione, como quem pede penitencia.

- Calma Simas! – ri. Não, isso é pouco. Eu gargalhei. – Ela também me chamou. E chamou o Malfoy também.

- Ah, claro, eu já sabia. Eu só estava vendo se o meu teatro dava certo.

- Aham, claro Simas. Tudo bem. Eu acredito em você. – falei irônica. Esse garoto é hilário.

- Vocês vão demorar muito? Se vão, não contem comigo pra esperar, não gosto de atrasos.

- Ok! – eu e Simas falamos juntos. – Senhor apressadinho!  - eu completei.

Andamos até uma cabine fechada. Na porta da mesma havia uma plaquinha de ouro, com os dizeres:

“ Sra. Mcgonagall

Diretora de Hogwarts e Diretora sênior da Grifinória.”

Nós nos entreolhamos.

- É agora... – falou Simas com um tom de suspense.

- Simas, é só uma reuniãozinha com a diretora.

- Por isso mesmo! Eu não bato!

- Nem eu! – falou Malfoy.

- Tudo sobra pra mim. Que cavalheirismo o de vocês.

Bati.

- Entrem! – ouvi a voz abafada da diretora lá dentro.