Damon suspirou, ele olhava fixamente a parede a sua frente, ele não queria encarar aqueles olhos azuis que insistiam em culpar-lhe, e estranhamente pela primeira vez parecia impossível ignorá-los.

- Diga Damon, o que quer? Não tenho todo o tempo do mundo – disse a loira batendo o pé contra a madeira impaciente soava um barulho irritante.

- Quero apenas saber de tudo o que aconteceu após... – ele se interrompeu.

- Após você ter me deixado não te interessa o que aconteceu – respondeu bruta.

Damon se estressou levantou da cama em um pulo em sua velocidade vampiresca. Ele havia ido até ela com toda a humildade que podia estabelecer em si. Apenas algo pôde impedi-lo de atacar ela. Parou fitando os incríveis olhos azuis, o corpo perfeito da loira parecia porcelana coberta pelos pequenos cristais de água, sua toalha ridiculamente pequena cobria só até abaixo de seu traseiro, Damon supôs, aquilo era uma visão privilegiada, e tudo isso iluminada pela luz prateada da lua, não foi muito inteligente de sua parte entregar uma toalha tão pequena, e ainda por cima fica babando por quem agora havia se declarado sua inimiga. Abaixou a cabeça, rendido, e se retirou do quarto, não por medo, e sim como quem desistia da luta interna entre admirar, e não admirar o corpo da sua ex-noiva, se é que ainda podia chamá-la assim, o nome parecia ser tão dócil para ela. Foi para o quarto, mais cedo ou mais tarde descobriria o plano daquela maldita. Hoje foi uma chance que ele teve para acerta tudo parcialmente, Stefan e Elena saíram, ele poderia conversa sem ter Stefan ao seu lado enchendo sua paciência.

Pegou uma garrafa de uísque e bebeu um gole da garrafa mesmo. Deitou cansado, o dia foi cheio.

No entanto nem em seus sonhos podia descansar. Teve um sonho, na verdade um pesadelo, via uma garota loira, apenas via isso, era uma visão longínqua, mas os cachos loiros eram vistos de longe, ela saia de um carruagem juntamente a uma mulher que pouco se importou em identificar, rapidamente um homem vinha as pressas até um homem próximo a loira, ele tinha respiração descompassada, não conseguia ouvir o que ele dizia, talvez por não ter capacidade ou porque estava mais focado na menina loira vestida de branco, mas ambos os dois homens correram, tudo que conseguiu ouvir foi o choro da garota, e algumas pessoas cochichavam a desgraça da menina, ela saiu correndo suspendendo o vestido, afinal o que estava acontecendo com ela?! Ele não entendia, e como se tivesse vendo de uma perspectiva diferente, ouviu um pequeno barulho olhou para frente vendo um homem, mas não conseguiu ver muita coisa além dos olhos negros, rapidamente a criatura o atacou fazendo-o sentir a pior dor que podia sentir, a sensação de não poder fazer nada para impedir o causava frustração. Levantou rapidamente, com a respiração acelerada.

- Mas que diabos... – sussurrou.

- Queria saber o que aconteceu, não queria? – olhou para a ponta da cama vendo a loira sentada sensualmente.

- Sim, queria, mas você poderia ao menos, me avisar quando iria invadir meus sonhos! – disse com raiva – e, aliás, tem que ter muita habilidade para fazer isso.

- Tem razão é preciso muita habilidade, e sangue de original para conseguir fazer isso com tanta destreza.

- Não poderia simplesmente ter me contado? – ele perguntou se sentando ao lado dela.

- Não seria a mesma coisa.

Ele se lembrou o que sentiu, não foi uma sensação boa.

- O que você viu não foi nada além do que senti, não exagerei e nem diminui – murmurou olhando a janela observando a lua ser eclipsada por uma nuvem negra.

- Sinto muito – sussurrou, não acreditou em suas palavras, mas daria tudo para ela sair e deixar ele em paz.

- Não, você não sente, e nem deveria sentir – ela se levantou o encarando – Você não se importa Damon só pensa em você mesmo, e na megera da Katherine.

Agora era a vez dele se exaltar.

- Olhe, aprendi minha lição, Katherine não era nada que pensei, ela estragou minha vida, e a do meu irmão, me amaldiçôo todo santo dia por ter amado aquela desgraçada, o que fiz a você e ao resto do mundo, não tenho culpa – cuspiu as palavras com raiva.

- Damon, não minta você tinha plena consciência do que fazia quando me largou, Katherine jamais te hipnotizou, em nenhum momento você deixou de ter consciência de seus atos! Agora não tem desculpa Damon!

- Calhe á boca – sussurrou abaixando a cabeça.

O que ele podia fazer? Ela não dizia nada mais que a verdade do qual ele não queria admitir.

- Sabe qual é o pior de tudo – ela falou caminhando até a uma janela, enquanto ele a acompanhava com os olhos – é que você continuou comigo, mesmo quando sabia que não resistiria a Katherine, tentei durante anos entender o que se passava na sua cabeça pra fazer uma merda dessas, e depois de um tempo decidi que era melhor deixa para lá, prefiro não saber e nem entender sua perspectiva em relação a isso.

Permaneceram em silêncio.

- Você superou tudo isso? – ele perguntou interessado, e pode acreditar: sincero.

- Não quero ter essa conversa agora, para começá-la precisaria de uma boa dose de Vodca, bem vou indo, tenho uma cama me esperando , tenha uma péssima noite – ia saindo, mas foi interrompida por Damon que segurava seu braço.

- Espera, você veio até aqui só para me torturar com seu passado?

- Exatamente – ela respondeu simplesmente se soltando de Damon, saindo do quarto.

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Caroline assistia concentrada a serie “Hellcats”, havia tomava uma xícara de café, Stefan lhe deu á dica certo dia de que o café ajudava á esquentar o corpo, era de manhã por volta das 9h, sua mãe já havia ido trabalhar, sentia saudade de Matt justamente nessas horas, estava mal por não tê-lo mais ao seu lado, mas o que podia fazer? Era para á segurança dele.

A campainha tocou insistente e apressada.

- Já vou, já vou – falou correndo até a porta rolando os olhos “pra quê tanta pressa?” – Rachele?

- Oi, Caroline! – Rachele disse simpática.

- Como descobriu onde moro?

- Á cidade é pequena perguntei para o primeiro retardado que vi pela frente.

- Mas e aí? Quer fazer o quê?

- Hum... – fingiu pensar, na verdade já tinha tudo armado – na volta para cá vi uns cartazes sobre um leilão de solteiros, alguma coisa assim, e pensei que poderíamos ir.

- Claro, vai ser lá pelas 19h30, e isso é só a abertura, porque o sorteio mesmo começa oito da noite – bufou logo após.

- Bem, até lá podemos sair um pouco... – a loira de olhos azuis propôs sorrindo.

- Claro! – a Forbes falou animada jogando o cabelo para trás – só vou lá dentro pegar as chaves de casa.

- Ok, enquanto isso liga para Bonnie, já que Elena deve está muito ocupada – Rachele disse insinuando como uma adolescente.

Caroline riu entrando na casa saindo logo após 5min, já estava fora da casa quicando para dentro do conversível de Rachele, á ultima havia ligado para Bonnie, mas a mesma estava ocupada também, provavelmente com Jeremy. Dirigiu rumo á uma cidade vizinha, já que Mystic Falls não tinha um centro comercial muito digno, se dependessem das roupas da cidade iriam para o leilão com vestido de algodão com miçangas e lantejoulas.

Percorreram algumas lojas, depois de muita discussão escolheram seus vestidos e demais acessórios. Dirigiram-se ao carro estacionado do outro lado da rua, Caroline deu um gritinho fazendo Rachele se assustar e derrubar as chaves do carro no chão, já que estava prestes á desativar o alarme.

- O que foi isso?! – Rachele reclamou ajuntando as chaves.

- Aquele colar é lindo!!! Vai combinar mais do que o que eu comprei! – Caroline exclamou correndo até á uma loja no final da rua, a outra loira encostou-se ao carro revirando os olhos.

Não foi tão ruim afinal, foi até divertido pra falar a verdade, embora Caroline ainda não soubesse que Rachele era uma vampira assim como ela, as duas se identificavam em certos pontos. Pra falar a verdade Caroline era parecida com a antiga Rachele.

Seu celular vibrou no bolso, olhou o visor e atendeu.

- Alô, quem é, e por que seu número está restrito? – perguntou entediada já sabendo quem era.

- Não finja que não sabe, onde você está sua vadia?!  - Damon exclamou pelo outro lado da linha.

-Ta aí uma coisa que não te interessa – a loira respondeu.

- Rachele, não me irrite, não é legal acorda e descobrir que alguém bebeu todo o meu uísque, e acabou com todas as minhas bolsas de sangue!

- Stefan me deu duas opções, fiquei com a que te irritaria mais – ele rosnou fazendo ela gargalha – Enfim, estou meio ocupada, poderia ir assaltar um hospital e me deixar em paz?

- Primeiro, eu já estou fazendo isso, segundo, você não respondeu minha pergunta, onde você está?!

- Opa, cuidado com o que diz, estou com Caroline, estamos fazendo compras, e se me irritar muito ... Você sabe, some uma vampira mais velha, uma grande raiva á descontar e apenas uma jovem vampira por perto...

- Você não é louca de fazer isso!

- Espere, e quando menos esperar cachos loiros vão está em cima da sua cama, me subestimar Damon ainda é sinal de burrice, agora não me amole.

Desligou o celular impaciente, não cumpriria sua ameaça, Caroline era uma boa pessoa, mas nada era comparado a mexer com os sentidos de Damon, noite passada não fora apenas uma forma de mostra a ele o que aconteceu a ela, na verdade sua intenção foi além, ela o fez sentir como ela sentiu, e sabia da dor que ele tinha sentido, tanto emocional como física.

- Então, vamos? – Caroline perguntou já ao lado de Rachele.

- Ah... Claro, e aí como foi á compra? – perguntou um pouco desinteressada.

- Ótima, fora o fato de que minha mãe vai me matar por eu ter acabado com minha mesada do mês inteiro, está tudo ótimo.

- Ainda estamos no começo de Fevereiro, como vai se virar esse mês todo?

- Bem, não me importo, eu sempre dou um jeito, agora vamos estou morta de fome – disse a loira meio incomodada com a parte da fome.

- Tem razão, vamos, já são 17h36, chegaremos á meia ou uma hora, mas não passa disso.

As duas entraram no carro, passou á viagem inteira caladas, Caroline tinha uma dor horrível nos caninos, sua mandíbula doía, tinha medo de atacar Rachele, se esforçava o Maximo que podia.

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- Pronto, reabastecido – Damon falou fechando o freezer enquanto chupava sua bolsa de sangue.

- Feliz agora? – Stefan perguntou escorado na porta.

- Eufórico – respondeu dando um longo gole na bolsa.

- Onde está a Rachele? – o Salvatore mais novo perguntou.

- Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe, até porque pouco me importa, estou muito ocupado aqui – deu mais um gole de sua bolsa lambendo os lábios.

- Damon, isso é importante, preciso conversar com ela...

- Isso também é importante – falou incrédulo apontando para a bolsa em suas mãos.

- Damon, é sério!!! Tem haver com Elena e o sacrifício, e se Rachele estiver junto de Klaus e ela for uma informante dele? – Stefan falou exaltado.

- Ok, ok... Calma, quando liguei para ela, estava com Caroline.

- Eu... – Stefan começou.

Um barulho da porta o interrompeu, aparecendo de lá Rachele com seus cachos loiros sendo iluminados pela luz fraca do local onde era uma espécie de porão.

- Oi Salvatores – ela cumprimentou, passou pela porta onde eles estavam.

Os dois se entreolharam, seguindo a loira até os fundos onde se encontrava a pequena plantação de verbena.

- O que está fazendo? - Damon perguntou, enquanto a loira colocava luvas grossas de pano nas mãos, metendo logo após os braços dentro da plantação.

Rachele fez uma careta quando a erva roçou seu braço nu, Stefan deu um passo para ajudá-la, mas logo ela retirou os braços com uma caixa de madeira com detalhes em ouro, mas que pelo tempo escureceu parecendo bronze.

- Quero mostrar algo á vocês, algo que vai ajudar – respondeu tirando as luvas enquanto o estrago na pele de porcelana feito pela verbena curava automaticamente, Stefan ficou impressionado, se isso fosse com ele demoraria algumas horas apenas para cicatrizar.

- E o que é? – Stefan perguntou curioso.

Ela retirou de dentro da caixa uma adaga com um saquinho de pano esfarrapado, ela segurou os dois mostrando aos dois Salvatores.

- Vocês precisam disso para matar um original – a loira entregou um saquinho para Stefan – aí contém as cinzas de um carvalho raro capaz de matar um original, achar um desses á essas alturas é praticamente impossível – ela estendeu á adaga se olhando seu reflexo, enquanto olhava da adaga para Damon, depois sorriu sínica e fria para ele, ele apenas olhou tenso de volta, ela voltou a prestar atenção á Stefan  – no entanto sem essa adaga seriam nada mais que cinzas – entregou a Damon que olhava a adaga de ponta a ponta, um pouco fascinado e ao mesmo tempo se preparando para uma armação vindo dela – e embora eu tivesse o enorme prazer de ver Damon caído e morto no chão, infelizmente tenho que avisa á vocês que essa adaga só pode ser manipulada por um humano, caso contrario o vampiro que tentar usá-la morre.

- Por que está fazendo isso? – Stefan disse surpreso encarando a trouxinha nas mãos.

- Eu ouvi o que disse... - ela sussurrou com uma leve amargura na voz, engoliu em seco tentando continua o que dizia – eu ouvi sua desconfiança e embora eu talvez a mereça, já que cheguei aqui já dizendo que era a “amiguinha” de Klaus, quero ajudar vocês, e Elena, já que ela não é... Qual é a palavra? Ah... Sim, porque ela não é uma vadia.

- Olha Rachel... Eu não quis... – Stefan começou tentando concerta o que disse.

- Não diga nada Stefan, vou embora, sei quando não sou bem-vinda por um amigo – a loira murmurou, indo para saída do porão, que parecia mais um cônvio secreto.

Os Salvatores saíram rumo á sala da casa onde a vampira bebericava sua bebida enquanto lia um jornal.

- Por favor, Rachele, pense na sua escolha – o mais novo tentou convencê-la, seu celular apitou recebendo uma mensagem – bom tenho que ir, Elena quer me ver, mais uma vez pense bem Rachel – ele sorriu indo até a porta – tentem não se matar.

Damon se sentou observando a loira tomar em um gole só sua bebida.

- Vai embora por que Stefan desconfiou de você? – Damon perguntou debochado.

- E você se importa? – retrucou.

- Na verdade, não, mas estou entediado, vi você e pensei “porque não?”.

- Olha. Você não deveria está fazendo uma festa para comemorar minha ida?

A vampira se levantou olhando no velho relógio, já era 18h34, precisava se arrumar rápido, ainda tinha um evento para ir, talvez... O ultimo. Podia ser confuso, vir até uma cidade sedenta de vingança, e dois dias depois ir embora, mas ainda tinha sua sanidade, ao mesmo tempo em que massacrava Damon, feria as pessoas que criara vinculo. E a historia se repetia. Elena tinha o sangue de Katherine, deveria está em duvida, mesmo que tivesse apenas uma chama de desejo por Damon, isso existia.  Mas ao mesmo tempo, não podia desistir isso seria para os fracos. Precisava pensar. Se distrair... E nada como uma boa rifa de solteiros, e com muito álcool no corpo talvez repensasse em sua escolha.

Colocou um vestido preto de rendas tomara que caia com uma fita de seda rosa bebê e grossa abaixo dos seios, o vestido se colocava a cada curva da garota, com um sapato igualmente preto lustroso de salto agulha deixou os cabelos soltos e desceu pegando sua bolsa pequena com alças de douradas e longas, e colocou atravessada em seu corpo. Desceu apressada a escada, já eram 18h46 e ainda teria que ir á casa de Caroline.

- Ei, aonde vai? – Damon perguntou olhando a garota de cima abaixo, parando o olhar em seus seios.

Correu em sua velocidade de vampiro até a porta, bloqueando-a impedindo que Rachele se quer tocasse a porta.

- Aonde vai? – perguntou rude.

- Tenho um compromisso para ir – a loira respondeu.

Empurrou-o da porta com um pouco de força a mais fazendo bater o ombro do moreno contra a parede, ela saiu indo até seu carro e acelerando rumo á casa da Caroline.

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- Acha mesmo que eu estou bonita? – Caroline perguntou com um sorriso enorme de ponta a ponta do rosto.

- Claro que sim – Rachele falou enquanto terminava de pentear os cabelos loiros da Forbes – Seu namorado vai amar!

- É... Meu namorado não vai está lá – disse séria – ele tem compromissos – falou dando um olhar cúmplice para a lua cheia que se formava lá fora.

Rachele seguiu o olhar, e não gostou muito das conclusões que tomou, se tivesse certeza do que imaginava aquilo não era bom, se havia lobisomens em Mystic Falls... Eles com certeza dariam um jeito de acabar com os vampiros.

- Tudo bem, então – limpou a garganta – mas então, o que vamos fazer a noite inteira?

- Você eu não sei, mas eu vou vender fichas para solteiras desesperadas – Caroline se levantou da cadeira se olhando no espelho – nossa ficou lindo! Você é ótima com cachos, deveria abrir um salão, rende uma grana nesse lugar.

- Obrigada, nossa, sério? Não acredito que vai me deixar a noite inteira sozinha! – exclamou dramática.

- Bem, posso te arrumar alguém pra acompanhar pelo menos no começo dela, mas me diga, vai comprar ao menos uma ficha, certo? Sabe para arrecadar fundos para cidade.

- Bom, não sei, mas acho que vou comprar ao menos uma, o que custa, não é mesmo? – sorriu para a Forbes.

- Tem razão, e como pretendido vou te deixar com alguém no começo do evento, vou pensar nas suas opções, Elena e Stefan, seria maldade deixar você com eles, Damon, jamais, Bonnie e Jeremy, acho que não vai colar, Matt, talvez, bom, decidimos na hora – falou rápida em um fôlego só.

- Ei, calma – riu – arrumo alguém por lá, eu dou o meu jeito, mas agora vamos está na hora de ir são 19h26, se não corremos não vai dar tempo.

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Damon tomava uma tequila em um gole só, estava naquele lugar apenas para manter sua imagem de pessoa normal, fora que Liz havia praticamente implorado para ele participar daquilo. Ouviu uma risada doce que não ouvia á muito tempo, precisamente desde 1864, quase sorriu também ao ouvir aquele riso, como desejou todos esses anos ter ouvido aquela risada, como foi difícil admitir que necessitasse daquela risada para seu dia ser mais feliz. Virou-se no banco vendo a dona de uma risada tão contagiante, e lá estava ela, embora com seu visual sexy, ela tinha os traços de anjo no rosto, isso ela não podia esconder nem com quilos de maquiagem, Rachele, talvez nunca admitisse, mas era uma coisa que ele não entendia naqueles anos obsessivos, amava Katherine profundamente, mas não podia ficar longe de Rachele, era egoísta, ao mesmo tempo em que obtinha prazer de Katherine, protegia e fazia juras de amor eterno (que pretendia cumprir) á pessoa que sempre amou ele, e sempre amaria, e ele desperdiçou isso, podia ter sido feliz, tido filhos, netos, mas nada disso aconteceu, e talvez preferisse assim.

Ela veio até ele, coisa que não entendeu, e sentou ao lado dele sem nem olhar em sua cara, pediu uma garrafa de uísque.     

- O que faz aqui? – Damon perguntou virando de volta para o balcão colocando os cotovelos sobre o mesmo.

- Disse que tinha um compromisso não é mesmo? – respondeu ainda sem olhá-lo.

- Belo compromisso – murmurou, observou um bilhete na mão da mulher – Espera está participando da rifa?

- Sim uma amiga me pediu – fez careta.

- Você tem amigas? Que coisa... – cerrou os olhos fingindo procurar a palavra certa - Espantosa, mencionou a elas que você é uma louca sedenta por vingança?

- Não comece ok? Estou entediada e confusa, e vai por mim, se tivesse outra pessoa com quem pudesse conversa estaria com ela.

- Podemos ao menos ter uma trégua de 10min enquanto bebemos.

- Você quem sabe, mas não me responsabilizo de me irritar e enfiar uma estaca no seu peito – a loira disse fazendo uma careta.

Ele apenas riu enquanto pedia mais uma tequila.

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- Estamos mais uma vez aqui presentes para mais um leilão de solteiros de Mystic Falls – a primeira dama anunciou pelo microfone.

Rachele estava sozinha na mesa, via de longe Elena e Stefan conversando animados, Bonnie e Jeremy bebiam algo, e riam juntos. Sentia-se uma velha solitária olhando os jovens namorando enquanto lamentava por tudo que não fez.

Voltou sua atenção para a entrada, arregalando os olhos ao ver a figura na porta.

- Merda – sussurrou.

Damon que estava no palco olhou de relance a loira, enquanto ela corria rumo á porta dos fundos do Grill, claro que aquilo era estranho e incomum, saiu do palco sem se importa se iam dar sua falta ou não. Ficou a um passo de abrir a porta dos fundos enquanto ouvia a conversa.

- O que está fazendo vagabunda? Klaus está louco atrás de você! – alguém exclamou enfezado.

- Fhilipe, por favor, não conte nada, tenho que continuar aqui, se ele sonhar que estou nessa cidade, estarei morta literalmente – ouviu Rachele dizer temerosa.

Damon abriu a porta com força.

- Largue ela! – o moreno gritou vendo o homem prensando a loira na parede.

- Não seja idiota saia daqui! – ela gritou.

- Então deve ser Damon Salvatore, o odioso noivo, se fosse você sairia daqui, enquanto estou te dando uma chance, acredite no que digo, se você estivesse nessa situação ela não te salvaria – Fhilipe, um homem alto e forte de olhos verdes, pele bronzeada e cabelo loiro, disse ameaçador.

- Estou avisando para soltá-la imbecil – Damon repetiu já com as presas de fora as veias saltando e os olhos negros com olheiras profundas.

Fhilipe atacou Damon o empurrando contra parede, o loiro socou a barriga de Damon, fazendo o ultimo urrar de dor, Fhilipe era mais velho tinha vantagem, pegou uma estaca de dentro do casaco, a três centímetros de tacá-la no peito de Damon, arregalou os olhos, foi surpreendido por uma estaca nas costas, os joelhos do loiro fraquejaram, fazendo-o cair no chão.

- Vamos sair daqui – Rachele sussurrou puxando Damon.

Antes que os dois pudessem sair, Fhilipe lançou a estaca que antes estava em suas costas rumo a Rachele, Damon foi mais rápido e se meteu entre Rachele e a estaca, perfurando assim sua barriga, se escorou na parede, estava sem forças, o loiro estranhamente desapareceu, Rachele foi até o moreno socorrê-lo, se apoiou na parede tentando pegar impulso para tirar a estaca.

- Idiota, porque fez isso?! – ela perguntou arrancando a estaca.

A porta se abriu, e quatro policiais armados saíram de lá um deles, antes de qual quer reação, aplicou algo na cintura de Rachele, a mesma desmaiou fraca, aquilo era verbena pura em grande quantidade.

- Damon, você está bem? – Liz perguntou para o moreno que ainda continuava em choque vendo os policiais levarem o corpo da loira.

- Sim – mentiu, assim que pode se recuperar saiu de lá entrando no bar procurando por Stefan.

Assim que o encontrou correu até a mesa onde Caroline, Bonnie, Jeremy, Stefan e Elena riam de algo que a bruxinha falou.

- Stefan! – Damon chamou o irmão.

Stefan procurou a voz do seu irmão, mas Damon já estava atrás dele de olhos arregalados, com a roupa suja de sangue.

- Mas o que houve com você? – Stefan sussurrou.

Os outros da mesa estavam espantados vendo o vampiro de olhos azuis daquela forma.

- Não importa, os policiais levaram Rachele, descobriram que ela é uma vampira, e acharam que ela estava me atacando – Damon falou em um fôlego só.

- O quê?! – o irmão exclamou assustado se levantando da mesa.