E Eu Tão Singular, Me Vi No Plural. escrita por Beatriz Dohler


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Resolvi postar dois capítulos hoje, por ter ficado um tempo sumida! Espero que vocês gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/175115/chapter/11

POV Bella

A luz da manhã iluminava o quarto e a claridade acabou me acordando. Eram 9 horas da manhã e eu tive a sensação de que dormi demais.

Os acontecimentos da noite anterior passaram na minha cabeça como um flash e eu sorri preguiçosamente.

Edward além de cavalheiro, é engraçado e educado. Conversamos a noite toda e eu estava realmente ansiosa para um beijo. Meu primeiro beijo.

Levantei e parei em frente a grande sacada do quarto, fitando o céu clarinho e agradecendo pela mudança de tempo. Fui ao banheiro, tomando um banho rápido. Coloquei um vestido florido, soltinho e rasteirinha, sequei meu cabelo e fiz uma careta para a bancada cheia de maquiagem.

Eu nunca me dei bem com isso e só deixava Alice brincar de Barbie Bella por que ela parecia se divertir com isso. Resolvi ficar sem nada mesmo, Edward já me viu até vestida de frango. Sem maquiagem é o de menos.

Desci as escadas com meu estômago roncando e um sorriso no rosto, ouvindo algumas vozes. Alice já tinha chegado? Acabei me concentrando demais no interior da cozinha e não prestei atenção no último degrau, o que quase me restou uma boa queda.

– Bella? Querida, você tem que tomar mais cuidado! – Tia Esme falou delicadamente, segurando meu braço e abrindo um grande sorriso.

Depois de explicar que estava bem, ser examina pelo Doutor Carlisle (Esme fez um drama falando que eu quase torci o pé) e corar ao olhar curioso de Edward pela minha falta de equilíbrio, fomos tomar café.

Esme me explicou que ontem na volta do hospital, a chuva estava realmente forte e Carlisle resolveu que eles deviam passar a noite em um hotel, depois de se certificar com Alice que tudo estava sob controle.

Edward ficou completamente tímido quando a tia começou a elogiá-lo e falar o quanto ele tinha mudado e contou até uma história dele em sua adolescência e sua total falta de habilidade com mulheres.

Depois de muita risada, ajudei Esme a arrumar a cozinha e corei em vermelho brilhante quando ela insinuou que eu e Edward faríamos um belo casal.

A mãe de Alice é mais nossa amiga do que mãe, pra ser sincera. Conversamos sobre tudo e eu nunca vou esquecer do dia em que Alice contou que havia perdido a virgindade.

Flash Back ON

Era domingo a noite, estava terminando o dever de casa quando ouvi a voz da Alice na sala cumprimentando Charlie. Sorri entusiasmada e deixei o caderno de lado. Ela tinha ido passar o fim de semana com Jasper, seu novo namorado na fazenda de seus pais.

Assim que ela entrou no meu quarto, se jogou na cama suspirando alto.

– Amiga, eu tô tão feliz! Vamos lá pra casa, eu tenho uma coisa pra falar. – Ela disse com um sorriso grande demais.

– Eu tenho que pedir a Charlie. Mas o que aconteceu? É importante? Que sorriso é esse? – Não controlei minha curiosidade e ela riu alto puxando minha mão e descemos até a sala.

Alice convenceu Charlie a deixar eu ir jantar com ela, na verdade ele não se importa muito com isso.

Fomos em seu carro e mesmo que eu insistisse pra ela me contar, ela disse que só ia falar uma vez e na frente das suas duas melhores amigas. Esme, sua mãe, com certeza era a outra.

Chegamos lá e Esme parecia tão curiosa quanto eu, subimos pro quarto e Alice mal pode fechar a porta e gritou.

– Eu perdi a virgindade! E foi tão romântico, Jasper é o amor da minha vida. Nós vamos casar! Não agora, óbvio. Mas nós vamos e nossa casa vai ser linda, com cachorro e tudo. – Começou a quicar e bater palminhas – Eu estou tãããão feliz!

Nós tivemos reações bem diferentes. Esme, depois de a encarar séria e perguntar sobre a proteção (Coisa que Alice confirmou ter usado) começou a pular junto com a filha e falar sobre as maravilhas do sexo.

Assim, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Eu continuei sentada em um dos pufes, olhando a cena e completamente envergonhada.

Alice tinha quinze anos, embora faltasse menos de duas semanas para fazer dezesseis, eu ainda nos achava tão nova pra... isso.

– Bellinha, tira essa cara de pânico do rosto! É uma coisa natural meu amor, e logo menos é você. Ou você acha que eu não sei dos olhares que o filho dos Newton de da? – Esme falou enquanto se aproximava de mim, rindo.

Meu rosto esquentou tanto que eu senti que podiam fritar um ovo em minhas bochechas.

– Mãe, não envergonhe a Bella! – Alice disse quando viu meu estado, mas logo em seguida piscou pra mim. – Mas é verdade amiga, nem dói tanto e bom, é maravilhoso!

Depois desse dia, eu tive uma certeza: Alice e Esme, eram o que qual quer mãe e filha gostariam de ser.

Flash Back OFF

– Em que mundo você está, Bella? – Ouvi a voz de Edward e sacudi a cabeça fitando seus olhos azuis. Eu quase podia ver o meu reflexo neles.

– Oi? Desculpe eu só.. me perdi em pensamentos. – Sorri sem graça.

– Isso eu percebi. Alice mandou mensagem e disse que só vai voltar pra casa depois do almoço. Então, eu estava pensando se nós não poderíamos dar uma volta pela cidade? Ou talvez você quisesse ir pra casa e eu te busco lá mais tarde? – Ele disse calmamente como se não fosse nada demais.

Isso era um encontro? Quer dizer, não que eu já tenha ido em um, pelo menos não com um garoto! Sozinhos.

Que idéia, até parece. Edward só queria conhecer a cidade, obviamente.

– Claro, por mim tudo bem. Eu só preciso ir pra casa e pedir permissão a Charlie, que horas você quer sair? – Desviei de seus olhos e fitei minhas mãos.

Olhar Edward me deixava tonta e sem ar.

– Eu te deixo em casa agora e te busco, umas 18horas pode ser?

Pensei um pouco, ainda era cedo, eu provavelmente teria tempo de arrumar a casa, lavar a roupa de ontem e pedir a Charlie. Acenei positivamente e abri um grande sorriso.

Me despedi de Esme e Carlisle, prometendo que vinha amanhã para o almoço de domingo e Edward me convenceu a irmos de carro, mesmo que eu preferisse apé.

Chegamos em frente a minha casa e a viatura de Charlie já não estava. Saímos do carro e Edward me deixou na porta de casa.

– Te vejo ás 18. – Ele disse se aproximando e beijando minha testa, como na noite passada.

Dessa vez fiquei na ponta dos pés e beijei sua bochecha, sentindo minhas bochechas quentes.

– Até mais tarde Ed. – Entrei em casa rápido, completamente envergonhada e sorrindo de orelha a orelha.

Eu mal podia esperar para sair com Edward Cullen


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!