-Swan... Ess nome não me é estranho – eu disse assim que Isabella se acomodava em meu sofá.

- É um nome muito comum – ela disse, ruborizando. Isabella é, sem dúvidas, uma bela mulher.

- Espero que esteja com fome, eu pedi pizza. Poderia me fazer companhia?

- É melhor tratarmos logo dos negócios, e se houver tempo, eu aceitarei comer uma pizza – ela me disse, sendo direta.

- Certo Isabella. Trataremos dos negócios.

- Por favor, me chame apenas de Bella. Isabella me lembra minha mãe brava depois que eu aprontava alguma coisa. – ela disse, abrindo um tímido sorriso.

- Okay Bella – disse e lhe direcionei um meio sorriso – vamos direto ao ponto. Mas para isso, preciso que você compreenda um pouco minha história.

- Me parece o correto, Sr. Cullen.

- Apenas Edward, por favor, se é que trabalharemos juntos – disse e ela assentiu, então, continuei – Eu sou diretor administrativo da Cullen’s Entreteiment, responsável pela filial daqui de Nova York. Desde a minha adolescencia eu me preparo para o dia em que assumirei a presidência da empresa, que atualmente, pertence ao meu pai. Esse é o negócio da minha família. – Fui interrompido pelo som da campainha. – Deve ser a pizza, pode esperar um minutinho?

- Claro.

Recebi minha pizza e preparei a mesa para que pudessemos jantar. Bella tentou recusar meu pedido para jantar, mas eu disse que continuaria a proposta durante o jantar, então ela não teve escolha.

- Meu pai tem o costume de realizar todos os anos uma convenção para seus sócios e parceiros. A convenção sempre acontece em Londres, onde minha família reside e onde fica a sede da empresa. Nesse ano, meu pai anunciará sua aposentadoria e minha nomeação para presidente da Cullen’s.

- Oh, isso é ótimo! – Ela disse, levando um pedaço de pizza a boca.

- Sim, mas eu descobri hoje que minha nomeação tem um pequeno problema.

- E que problema seria esse?

- Os acionistas da empresa acreditam que eu posso vir a arruinar a empresa, pois não me desliguei completamente do meu passado. E é aqui que você entra.

- Edward, você me perdeu.  – Bella me disse, parecendo confusa.

- Quando eu tinha 17 anos conheci uma garota e me apaixonei por ela. Seu nome era Tânia Denali. Começamos a namorar e quando completamos 3 anos de namoro eu resolvi pedí-la em casamento. Eu acreditei que a amava, e eu a queria para sempre comigo. Quando a procurei e disse que queria falar com ela, Tânia me disse que não poderia conversar comigo naquele dia, no entanto, no início da noite, ela apareceu no meu dormitório. Ela simplesmente terminou comigo. Disse que não me amava e que não seria feliz ao lado de um moleque mimado como eu. Ela pediu transferencia da Faculdade e depois de 4 meses, descobri que ela havia se casado com um dos empresários com quem meu pai e o tio dela, Eleazar, mantem negócios. Desde então, eu não tenho namorado ninguém, me empenhei nos negócios, mas evito contatos com Tânia e o marido dela, o que é impossivel de acontecer nas convenções. Tanto Tânia, como os demais acionistas da empresa sabem que eu não superei esse término, e para que eu possa assumir a presidencia, meu pai exigiu que eu tenha um relacionamento sério até a data da convenção. Como para mim, isso é impossível, não pensei duas vezes depois de te ver entrando em minha casa e quase me convencendo que estava grávida de que era exatamente isso que eu precisava: uma pessoa que se passe por minha namorada até que assumir a empresa.

Bella estava atenta a todas as minhas palavras, quando resumi a história para ela, por alguns minutos, instaurou-se na cozinha um silêncio constrangedor.

- Bella, o que você me diz? – perguntei a ela, quebrando o silêncio. Precisava dessa resposta o mais rápido possível.

- Deixa eu ver se eu entendi direito - Bella disse olhando para o pedaço de pizza em seu prato - você quer que eu me passe por sua namorada durante uma semana nessa convenção onde seu pai pretende anunciar que vai se aposentar?

- De forma resumida, sim, é isso. Além de esfregar na cara da Tânia que eu posso ser feliz sem ela. - Respondi dando meu melhor sorriso.

- Bom, como eu já te disse, eu não sou uma garota de programa, então esteja ciente de que se eu aceitar sua proposta, não haverão beijos reais, muito menos sexo nas horas vagas. Posso ser a namorada perfeita, mas somente enquanto estivermos na frente das pessoas, e trate de conseguir camas separadas. - Bella enumerava as suas exigências.

- Pode ter certeza de que todas as suas exigências serão cumpridas. E também pode estar certa de que você sairá dessa semana alguns mil dolares mais rica. - Completei.

Bella me olhava pensativa. Se ela não aceitasse, eu não sei o que eu faria para convencer meu pai.

- Ninguém acreditaria em você se só aparecermos juntos na convenção. Precisamos traçar um plano e bolar uma história convincente o suficiente - ela disse com naturalidade.

- Isso é um sim? - Perguntei feliz.

- Sim, sr. Cullen. Eu aceito sua proposta, mas lembre-se, em todo o tempo, vamos manter as aparências.

- Pode ter certeza, minha cara. Pode ter certeza.

- Quando começaremos? – Bella me perguntou.

- Começaremos o que, exatamente? – Perguntei, não havia compreendido a pergunta dela.

- Como eu te disse, precisamos de uma história. Quando começamos a bolar a história?

- Se você não se importar, podemos começar agora mesmo. Ou logo que terminarmos de comer. – Disse a ela apontando aos pedaços de pizza em nossos pratos.

- Bom, ainda bem que eu aceitei o jantar então, não é mesmo, “querido”. Mas saiba que não ficarei satisfeita apenas com pizzas. Como pretende sustentar sua futura esposa apenas com pizzas? – Bella perguntou, gargalhando logo em seguida.

- Ora, amore mio, pode ter certeza de que providenciarei uma cozinheira. – respondi a ela e comecei a rir junto com Bella. Pelo que percebi, me divertiria muito com ela pelos próximos dias.