Em Busca De Amor Em Hollywood escrita por ChatterBox


Capítulo 9
9 - Me beija


Notas iniciais do capítulo

Fortes emoções nesse capítulo hau-hau
Espero que gostem e que tenham tido um bom natal. ^^
Boa leitura amorecos
Beijocas, Anonymous girl writer s2.



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 - O que será que os astros da música comem quando vão na casa dos amigos?
Me perguntei enquanto andava entre as prateleiras da loja de conveniência com a Abby. Abby se tornara grande amiga desde que vim morar em L.A.
Contava tudo que acontecia entre mim e Dylan e ela fazia questão de acompanhar e querer ajudar no "romance proibido", como ela costuma dizer que nós somos.
Argh. Não queria que ninguém apoiasse essa minha idiotice, o meu coração poderia entender errado e acabar acreditando e era tudo que eu menos queria.
 - Ah.Deixa de besteira, você sabe que ele é um garoto normal. São amigos, não é? Já devem ter saído para comer e visto que ele come comidas normais.
Suspirei pesadamente com angústia. Era sim, ele comia comidas normais. O problema era eu mesmo, estava morrendo de nervosismo. Tinha plena certeza que a sua ida à minha casa não ia dar certo.
 - Ele quer me usar. - concluí convicta desta vez. Era mais do que óbvio não é? - Deve gostar de se divertir com a assistente da namorada, todo homem é assim, adora a adrenalina de fazer coisa errada. Deve estar fingindo ser legal comigo só para conseguir o que quer.Olha para mim! Sou uma estagiária, acha que ele iria me dar bola em sua plena conciência no meio de todas aquelas atrizes do set sem nenhum interesse por trás? Ele é mais um cantor safado de Hollywood.
Abri meu coração tirando toda aquela suspeita pesada de dentro de mim e contando para Abby, que só para variar discordou me dando mais ilusões:
 - A-mi-ga! Nem tudo é beleza sabia? Nem todo mundo de Hollywood não presta. E além disso nós sabemos do seu potencial, seu status como estagiária é temporário. E mesmo que ele não prestasse, é impossível, porque nuinguém que quisesse alguma coisa por trás iria demorar tanto tempo fingindo. Teria ao menos dado alguma cantada, sido subjetivo... Mas ele não. Não é?
Olhei-a nos olhos. Uma parte de mim sabia que ela estava certa e queria acreditar naquilo. Mas a outra parte queria acreditar na parte ruim para evitar de me machucar com ilusões contraditórias.
 - Que seja.
Dei de ombros numa respiração nervosa. Dei as costas tentando não pensar mais nisso.
Foi então que Abby colocou um pacote na minha cesta de compras que até ali estava vazia.Peguei-o para ver o que era e bufei um riso surpreendido.
 - O que foi?
Abby perguntou o motivo do meu riso.
 - É que eu sempre quis provar esse doce. Vejo vocÊs comendo nos filmes, mas ele não é vendido no Brasil, então...
Expliquei. Ela sorriu meio feliz com o acerto.
 - Pois bem. Aqui todo mundo gosta desse doce. O Dylan não deve ser diferente.
Sugeriu.
Fomos para casa. Olhar no relógio e ver que o horário em que ele deveria chegar se aproximava ainda me dava calafrios. Me deu ainda mais quando me separei de Abby para ir para casa esperá-lo. Me achei ridícula, mas revisei todos os cômodos para verificar se estava tudo em ordem. Não era nada, a visita dele devia ser como a visita de qualquer outro amigo, mas eu era idiota demais para pensar nele comom um amigo comum.
Como não tinha nada para fazer. Sentei na mesa da cozinha e tamborilei com os dedos na superfície, as vezes meu olho acabava fugindo e espiando o relógio na parede.
Quando eu vi que estava sendo muito estúpida em ficar assim nervosa, olhei para o pacote de doces no saco de compras e pensei: "Quer saber? Um só não faz mal. Que tipo de especialidade ele tem que não pode comer o doce depois de aberto? Hunf."
Peguei o pacote e fui até a sala, sentei no sofá e abri-o. Estava muito ansiosa para finalmente provar o tão desejado doce.
Peguei um, ele parecia um canudo vermelho-gelatina torcido. Joguei a cabeça para trás e dei a primeira mordida. A sensação foi de céu. E a visão também...
Pisquei duas vezes. Sim, um céu azul com nuvens. O teto da sala, por que nunca parei para observá-lo antes? (deve ser porque quando você compra uma casa, uma das coisas que não te interessam é o teto.). O teto da sala era uma pintura enorme de um céu azul com nuvens.
E com o gostinho do doce, que como eu sempre imaginei, era bom, me denti bem relaxada. Nunca pensei nisso, mas olha só, eu tenho um teto original e as outras pessoas não. He-he.
Com o tempo passando, me arrastei para baixo no sofá até deitar de cabeça para cima no tapete, com o pacote de doces ao meu lado, pensando besteira e olhando as nuvens como se pudessem se mover como as verdadeiras. Finalmente consegui esquecer quem chegaria dali à alguns minutos. Aquele doce parecia uma droga, eu hein. Agora entendo a obsessão dos americanos por ele. Devia ter a mesma sensação do chocolate, mas ao invés de se sentir apaixonado, se sentia solto no mundo, "nas nuvens".
Ouvi batidas na porta. Instintivamente ia me levantar e correr para atender, mas ao invés disso eu respirei fundo, uma, duas, três vezes, me obrigando a me fazer de difícil, e mostrar que não estava louca para que chegasse (mentira) e continuar deitada como o fato dele estar na porta não tivesse a menor importância.
Engoli o seco e gritei:
 - Está aberta!
Avisei. E rapidamente mordi mais um doce para controlar o nervosismo. Argh, eu sou tão idiota...
A porta se abriu, me obriguei a demorar trÊs segundos antes de levantar o olhar para vê-lo chegar. Sorriu ao me ver deitada no tapete.
 - O que está fazendo?
Riu.
Depois que ele já tinha chegado, me senti um pouco aliviada, a ansiedade ao menos me deixou livre.
 - Eu não tinha visto que o meu teto tem essa pintura.
Apontei. Seus passos se aproximaram e vi ele olhar para cima na sala.
 - Que maneiro.
Sorriu.
 - Eu também nunca tinha comido esse doce... Minha nossa, ele é ótimo...
Elogiei. Ele riu outra vez. Quando notei, ele já tinha deitado ao meu lado relaxado e pegado um doce no pacote, com a cabeça apoiada nos braços.
Era inacreditável que Dylan Oklen estivesse na minha casa, deitado ao meu lado no tapete, degustando doce e observando um teto com pitura de céu.
Quando mordeu seu primeiro doce riu.
 - É, até que fazer isso é legal.
Admitiu. Ri.
 - Não falei?
Apurei. Continuava deitada no tapete quando vi seu rosto, tinha se apoiado no cotovelo para me ver de cima. Sorriu para mim, automaticamente sorri de volta como todas as vezes que via aquele sorriso. Corei e meu coração pulsou forte no peito em lembrar do dia anterior. Vê-lo assim de perto deixava minha imaginação fértil demais...
Quando menos esperei, ele tinha ficado de quatro em cima de mim, apoiando as duas mãos no chão dos dois lados do meu rosto.
Vê-lo assim de cima e tão perto fez eu me exaltar, tentei disfarçar o máximo o que senti quando fez isso. Fingir que era normal.
Seus olhos cor-de-mel de perto, a boca formando um sorriso carinhoso para mim. Não fazia ideia do porquê de ter feito aquilo, mas adorei.
 Sua voz soou rouca e baixa após vários minutos me fitando:
 - Jess, me desculpa...
Franzi o cenho confusa. Do que ele estava se desculpando mesmo? Pensei em ser da interrupção da Hill no dia anterior, mas ele já tinha se desculpado ontem...
 - Pelo quê?
 - Por isso...
E me beijou. Sim, pela primeira vez senti o gosto dos lábios de Dylan Oklen, alvo de grande obsessão desde a minha adolescência, nos meus, deliciosos, sua língua brincava com a minha me deixando maluca. Não consegui evitar de continuar, sentir o beijo dele simplesmente eliminou toda a minha sanidade para dar lugar a um desejo incontrolável, que inclusive me impulsionou a fazer o que fiz em seguida.
Agarrei a gola da sua camisa branca simples que vestia, colei meu corpo no dele e enrolei minhas pernas na sua cintura me sentando no chão na sua frente. Ele gostou, não pareceu nem se assustar, passeou com suas mãos da minha nuca até minhas costas, acariciando devagar e em fim agarrando minha cintura e colando na dele.
Aquele contato aumentou toda a minha vontade de tê-lo, ali e agora. Enquanto ainda mordicava incontrolavelmente seus lábios eu enfiei a mão na gola da sua camisa acariciando sua nuca.
Num piscar de olhos ele se levantou e me puxou para que nossos lábios não se afastassem, ambos estavam com gosto do doce o que deixava o momento ainda mais especial.
Dylan me jogou no sofá e com as mãos passeando pelas minhas pernas e colando nossos corpo ele arrastou os lábios da minha boca até meu pescoço, me dando um arrepio de prazer inestimável. Minhas mãos apertavam sua camisa, todo tecido que encontrava ao alcance.
De repente uma fagulha de conciência me veio e me fez blefar ofegante e de voz rouca e falha:
 - Acho melhor nós não...
A fagulha não foi o suficente para me fazer parar quando ele me calou quando num movimento ele arrancou a camisa e me deixou de frente com aquele tórax e músculos definidos que me levaram á loucura. Tateei com as mãos trêmulas do seu tórax nu até sua nuca e puxei para que me beijasse de novo. Dylan era selvagem e ao mesmo tempo cuidadoso e experiente, estava amando aquilo.
Sem esforço ele conseguiu cair em cima de mim nos deitando no sofá de novo, a respiração estava difícil e não ligava se meu coração parecia querer explodir em meu peito.
Principalmente quando e foi até a barra da minha blusa e a puxou para cima me deixando de sutiã. Olhou durante breves segundos com olhos brilhando para mim e se pondo entre minhas pernas caiu com a boca na minha orelha, ouvi seu sussurro:
 - Gostosa...
Num riso abafado que me fez sorrir corada. Gemi quando senti o beijo dele atrá da minha orelha, seguindo pelo meu pescoço, descendo até meu busto e depois beijando minha barriga, meu corpo se arrepiava e eu gemia cada vez mais de prazer. Enfim suas mãos brigaram com o botão da minha calça e arrancaram com dificuldade ela de mim. Nesse momento eu já estava insanamente louca por continuar. Sentei no sofá e pendurei as mãos na cintura da sua calça. Briguei com a fivela do cinto e o arranquei jogando longe.
Me ajudou a tirar o resto da calça e ficou só de boxe.
Num ato, não vestíamos mais nada e tocávamos corpo com corpo. Dylan entrava cada vez mais forte e eu gemia alto com o mesmo. Meus dedos entrelaçados em seus cabelos.
Com certeza o vizinho de baixo deve ter ouvido o sofá se mexendo no chão.
Depois que sentei nele, estávamos suados e ofegantes.
Nos beijamos com mais calma nos recompondo, fazendo carinho um no outro. Sua mão descia a minha coluna lentamente desenhando minhas curvas e me deixando arrepiada, ondas de prazer não cessavam.
Dylan caiu exausto ao meu lado e ficamos um de frente para o outro, nos olhando e fazendo carinho um no outro. Ele era um pouco mais alto que eu então minha cabeça estava em seu peito e sua mão estava nas minhas costas, me deixando perto dele e não me deixando cair, já que o sofá não era muito grande. Seguíamos a respiração ofegante um do outro, seu peito inflava e diminuía no meu rosto. Finalmente me recompondo, com o indicador eu desenhei os traços do seu tórax e lembrava de tudo que tínhamos acabado de fazer. Não tinha notado até ali o quando eu era louca por ele.
Estávamos definitivamente apaixonados um pelo outro. Tinha certeza absoluta agora, que estávamos juntos sem dizer nada, como se pudéssemos dizer tudo somente pelo olhar, os seus olhos brilhavam para mim e os meus para o dele. Meu coração palpitava.
Mas algo ainda me impedia de ficar com ele.
Finalmente a voz de alguém soou ali, a minha:
 - Por que pediu desculpas, mesmo?
Perguntei sarcástica. Ele riu ainda ofegando um pouco e nos fitamos.
 - Não tinha certeza se você queria isso também.
Explicou sorrindo sereno e carinhosamente para mim.
 - Agora sabe.
Ri levemente, me acompanhou.
Eu na verdade estava querendo só dar umas voltas antes de ir ao assunto principal. Tentando preparar mim mesma para abordá-lo. Levantei e sentei no sofá, ele apenas me seguiu com os olhos enquanto eu catava minha calcinha e vestia, minha calça e quando vesti meu sutiã ele levantou e vestiu sua cueca boxe e a calça jeans.
 - Não precisa mentir para mim, Dylan.
Voltei-me para ele num fio de voz lamentável. Ele, que estava de costas, girou para mim confuso.
 - Do que está falando?
Perguntou perdido. Abracei mim mesma com os cotovelos tentando me preparar para continuar falando.
 - Eu sei que pediu desculpas porque sabe que não podemos ficar juntos.
Contei. Primeiro, ele não respondeu, me fitou incrédulo e imóvel durante dois minutos e em fim se aproximou ficando em frente à mim. Meu olhos já estavam cedendo ao choro, fugi do contato visual olhando para o chão para que não notasse que estava querendo chorar e ele segurou meu rosto com as palmas da mão carinhoso me obrigando a encará-lo.A primeira lágrima escorreu.
 - Eu acho que você não entendeu direito. - me encarou sincero. - Eu amo você.
Aquelas três palavras idiotas fizeram mais duas lágrimas caírem de meus olhos. Que droga, eu o amava também. Mas não podia dizer, não podia dar esperanças à ele, era errado, não podia estragar com a sua vida. Nunca seria feliz com uma estagiária, alguém que não tem nada para dar para ele.
 - Mais do que tudo. - Continuou ainda intenso nos meus olhos. - Você é tudo que eu quero. Eu quero você. Mais ninguém.
Cada palavra dele tornava mais difícil continuar firme.
 - Não faz ideia do que está falando. - sibilei acabada. - Eu não sou nada. Sou uma estagiária e você é...
Antes que eu terminasse ele balançou a cabeça negando freneticamente com agonia:
 - Não, não... - sua voz crescia de volume conforme sua raiva. - Eu não ligo para o que você é!
Urrou irritado. E me obrigou a encará-lo outra vez, enquanto eu fugia movendo minha cabeça para os lados invandida por milhares de lágrimas.
 - Olha para mim, Jess, Olha pra mim! - Pediu sério. Cedi e fitei-o outra vez. - Não ligo para o que você é. - repetiu. - Você é minha. Não vou deixar você ir. Não vou deixar o meu emprego nos separar, ele já tirou coisas demais de mim... Eu vou terminar com a Hillary.
Nesse momento meu coração deu um pulo, primeiro de emoção e depois de pânico:
 - Não, eu não vou deixar você deixar uma atriz influente como ela para ficar comigo. Sabe o que a mídia faria com você?
 - Eu estou pouco me lixando para a mídia, se for preciso namoramos escondidos dela, até você conseguir seu emprego em um filme, eu ajudo você.
 - Isso é impossível, Dylan. Somos diferentes demais e a mídia acabaria descobrindo. Além disso a mídia já acabaria com você assim que terminasse com a Hillary. Já pensou o que seria do filme se ela descobrisse que você largou ela por mim? Infernizaria minha vida e terminaria com a sua.
 - Não tenho medo da Hillary, Jess, eu largo tudo por você. É só você pedir. Diga agora e eu faço tudo isso. Se não disser... Tudo bem. Eu saio por aquela porta. Mas foi porque você quis, não por mim.
Meu coração apertou no peito, puxei o ar. Não estava preparada para dizer adeus para talvez a maior paixão que já tive. Mas a vida não era justa.
 - Eu te amo Dylan... - respondi num soluço. - Mas não posso deixar você largar sua vida por mim.
O rosto de Dylan apagou-se. Não respondeu nada, mas só pela sua expressão eu podia entender tudo. Decepção, mágoa, angústia.
Moveu-se diante dos meus olhos vestindo a camisa e saiu pela porta de casa batendo fraco.
Junto com o som da porta batendo o meu coração pareceu sangrar.
Passei horas sentada no tapete, encostada no pé do sofá. Era terrível estar em casa agora, na minha mente os flashes do nosso beijo e de nós dois no sofá me faziam chorar.
Não estava pronta para isso. Quando eu vim morar em Los Angeles ninguém me avisou do bônus da paixão impossível com um astro da música. Se tivesse sido avisada, com certeza não teria vindo.
Ele era tudo que eu sempre sonhei. De alguma forma desde mais nova eu sabia que ele era o cara certo para mim e havia uma faísca de esperança que permaneca viva acreditando que nos juntaríamos algum dia e ela me trouxe até ali.
Loucura, né?
Pois mais loucura ainda era a sensação de que no dia seguinte teria de olhá-lo de longe ainda por cima olhar para a cara da Hillary me pedindo café de cinco em cinco minutos, calada, sabendo que ela era um dos motivos de nós não podermos ficar juntos.
E se eu fosse escolhida para aquele papel? Tudo seria diferente. Mas não, o destino quis complicar tudo. O destino quis que as coisas se tornassem difíceis e dolorosas e sinceramente, acho que nunca entenderei a mentalidade do destino.


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Notas finais do capítulo

E aí amorecos? Gostaram? Espero receber sugestões, opiniões, estou aberta para tudo.
Beijocas, Anonymous girl writer s2.



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