The Next Mockingjay escrita por Sammy_w


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Tracker Jackers = teleguiadas (é o correto, o termo usado na versão americana, eu tive que ler pelo pc então minha tradução é diferente)



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Acordei com a minha árvore balançando bruscamente. Me empoleirei na arvore em um pulo e olhei para baixo, um garoto que deveria ser umas 4 vezes maior que eu estava correndo contra a arvore e chocando seu ombro contra o tronco, ele era realmente enorme, deveria ser um dos profissionais, eu tinha pena de quem quer que tivesse tentado lutar com ele, aquele garoto seria um bom aliado, não era a toa que a garota que tirou um 10 no treinamento estava ao lado dele, mas apenas olhando, o nome dela era Luna eu acho… ele estava incentivando o garoto a derrubar a arvore, ela queria me pegar, mas eu tinha certeza de que não sabia escalar uma arvore.

- Seu animal, quer parar com isso? - Falei como se estivesse dando uma bronca em um vizinho irritante (lê-se: Haymitch). 

- Ah a garota em chamas acordou - Luna disse levantando a mão para que o garoto desse um tempo, o ombro dele estava começando a ficar vermelho.

- Eu não sou a garota em chamas - respondi, esse era o titulo da minha mãe.

- Então é o que?

- Porque você não me diz isso? - devolvi.

- É uma perdedora.

- É o que vamos descobrir em breve.

Ela fez sinal pro garoto continuar, ele não parecia nem um pouco cansado, alias parecia estar achando divertido. Eu quase cai da arvore, olhei em volta procurando salvação, consegui ver uma bolota presa num galho, estava a duas arvores de distancia, não era uma simples bolota, era um ninho de tracker jacker. Eu poderia saltar de arvore para arvore e derrubar aquela coisa estava amanhecendo ainda, os trecker jackers estariam todos dentro do ninho. A arvore foi balançada bruscamente outra vez.

- Imbecil - gritei.

- Se você descesse seria mais fácil - Luna disse rindo.

O garoto recuou um pouco para tomar velocidade, dessa vez ele estava determinado a me derrubar. Me preparei para saltar para a arvore ao lado, eu tinha que esperar a hora certa. Quando ele estava a centímetros da arvore pulei para a outra. O garoto ficou confuso e então Luna apontou para mim. Ele ficou bravo, eu tinha que me equilibrar muito para não cair. Só mais dois saltos e eu poderia soltar aquele ninho e se eu desse sorte matava os dois. Saltei mais uma vez, meu pé escorregou e eu quase cai da arvore, mas consegui segurar em um galho. O garoto era persistente. Saltei de novo e estava na arvore dos tracker jackers. Chutei o ninho, mas ele não caiu, alguns tracker jackers começaram a sair, chutei de novo e a bolota caiu no chão, bem em cima do garoto, Luna correu, provavelmente de volta para o acampamento dos proficionais na cornucópia. 

O garoto se debateu tentando se livrar dos tracker jackers. As coisas começaram a ficar coloridas e girar, olhei para a minha mão, eu tinha sido picada por algum tracker jacker, não só na mão, mas no ombro e no antebraço. Arranquei os ferroes, eu não podia descer, tinha muito mais tracker jackers lá, eu ia acabar morrendo junto com o garoto, pulei para a arvore do lado, conseguindo me segurar por pouco. Me preparei e saltei para outra, o galho que era meu alvo ficou verde esmeralda e então sumiu, era coisa do veneno, não tinha nenhum galho ali. Eu estava caindo, a alguns metros do chão consegui me segurar em um galho. Consegui descer da arvore e corri cambaleando e tropeçando, as ilusões começaram. Meu cabelo estava pegando fogo, minhas mãos pareciam galhos velhos e insetos começaram a passear pelos meus braços. Tropecei e cai ao pé de uma arvore enquanto meus cabelos queimavam meus braços…

As alucinações que os tracker jackers calsavam eram horriveis e não paravam de uma vez, iam se dissipando aos poucos, quando finalmente tive certeza de que tinha acabado não sabia o que fazer. Me sentei e tossi, minha garganta estava seca. Peguei a guarrafa de água na minha mochila e bebi um pouco enquanto dava uma olhada no local, nada bom, eu não fazia ideia de onde estava, conforme eu caminhava eu mapeava mentalmente a arena, pelo menos era isso que eu fazia até Luna aparecer com aquele gigante para me derrubar da arvore. Até aquele momento eu sabia como chegar a cornucópia se preciso, mas eu esperava que não fosse. Agora eu estava perdida. 

Comi a outra maça que eu estava guardando enquanto caminhava. Eu estava totalmente perdida, tinha que achar outra fonte de água, a que eu tinha encontrado era perto demais da cornucópia, apesar de ter levado dois dias para encontra-la, sim ela era. Luna ainda deveria estar na minha cola, então decidi correr um pouco e depois procurar alguma erva medicinal para curar as picadas. Eu não podia andar, tinha que correr, Luna estava com vantagem agora que eu não sabia onde estava e nem por quanto tempo eu tinha ficado sobre o efeito do veneno. Eu ainda não estava 100% bem, mas o suficiente para conseguir caçar. Consegui acertar um esquilo. ouço um barulho estranho vindo das arvores, mas continuo caminhando como se não tivesse escutado nada. Até que a pessoa vacilou enquanto pulava de arvore para arvore, ia cair, mas se segurou, não pensei duas vezes antes de atirar. Mas ela soltou e caiu, minha flecha acertou a arvore.

Tirei outra flecha da minha aljava e apontei para a garota. 

- Não por favor - ela levantou o braço protegendo o rosto.

- Qual seu nome? - Perguntei, eu tinha gravado o nome de poucos tributos.

- Cloe - ela disse assustada, era a garotinha ruiva que eu tinha visto na cornucópia, lá ela parecia tão forte e aqui tão frágil.

- Porque estava me seguindo? - Não recuo, ela poderia ser pequena, mas também poderia matar.

- Eu… - ela hesita - eu não sei… eu vi Luna atrás de você a dois dias… você…

- Dois dias?

- Sim, você agonizou por dois dias…

- Droga. Quantos morreram nesses dois dias? Como ela não me achou?

- Ela também foi picada, apesar de ter fugido na mesma hora. E só um tributo foi morto, depois de Levi o perseguir muito, foi sangrento, satisfes Capitol por enquanto.

- E você? 

- Estava escondida…

- É claro que estava - abaixei meu arco e fiz sinal para ela levantar - estava seguindo Luna?

- Estava perto da cornucópia quando vi ela indo de procurar com John.

- John?

- O garoto que estava tentando te derrubar.

- Sei. Porque estava perto da cornucópia?

- Esses profissionais são meio burros, eles nem me notaram, eu sai da cornucópia assim que o gongo soou e me escondi, de noite eu consegui furtar algumas coisas deles…

- Como? - Eu estava mesmo surpresa, era tão pequena.

- Eu sou rápida…

- Deve ser. - ficamos um tempo em silencio - esta com fome?

- Sim - ela diz parecendo envergonhada. 

Ao anoitecer acendemos uma foqueira e conversamos enquanto assavamos o esquilo que eu tinha caçado e o passaro que ela conseguiu acertar mais cedo.

- Eu achei que você fosse me matar - ela murmurou enquanto comia.

- Eu sou má, mas não tanto assim - eu ri de mim mesma, eu não era má… eu acho.

- Eu sei que é… - ela hesitou - você matou o garoto do meu distrito.

- Não - balancei a cabeça - só John, eu acho.

- Você deu uma cotovelada no pescoço dele.

- Não foi tão forte assim!

- Acho que você estava tão desesperada para chegar no arco que acabou usando força demais. - ela deu de ombros.

- Quantos ainda estão vivos?

- Dez. Eu, você, Liam, Luna e o parceiro dela, os dois são do quatro, o garoto do um e a garota do dois - ela parou e pensou um pouco. - a garota do seis, a do onze e o garoto do três.

- Conhece Liam?

- Ahan, encontrei ele perto da cornucópia a uns… quatro dias. 

- Pra que lado ele estava indo?

- Ele deve estar muito longe agora - ela apontou para uma direção - foi pra lá.

- Tenho que encontrar ele…

- Porque? 

- Ele é meu amigo, meu melhor amigo. Eu preciso dele. Estava muito machucado?

- Não, só alguns cortes, nada muito grave.

- Ótimo. Aliadas? 

- Sério?

- Claro.

- Sim. - ela sorriu e apertou minha mão.

Cloe tinha muito mais coisas do que eu, ela foi muito esperta. Pelo que ela me contou atirava facas muito bem, era tão rápida quanto eu, mas não era muito boa em arvores, mesmo assim as escalava para passar a noite. Ela dividiu seus suprimentos comigo e usou meu kit de primeiros socorros para cuidar dos meus ferimentos e dos dela. A obriguei a ficar com o saco de dormir já que eu não precisava. Cloe insistiu para que eu dormisse com ela no saco de dormir essa noite, dizia que tinha pesadelos, eu não costumava lembrar do que eu sonhava, mas odiava ter pesadelos e estava com medo de que isso começasse a acontecer. E não aconteceu graças a Cloe. 


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Notas finais do capítulo

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