CAPÍTULO 1

ANNABETH

               Tinha acabado de acordar, e estava me arrumando pra ir para meu primeiro dia na Goode  e eu meio que tava animada com isso, afinal eu ia estudar na mesma escola em que o amor da minha vida, Percy Jackson, estuda.

    Terminei de me arrumar e fui tomar meu café da manhã bem reforçado, pois aquele iria ser um dia e tanto.

– Animada com seu primeiro dia querida? – perguntou meu pai que parecia mais nervoso que eu.

– Claro pai, vai ser o melhor dia da minha vida, bom vou estar com o Per.. – parei de falar assim que vi a expressão do meu pai e mudei a frase –..digo, lá tem ótimos professores, então vai ser muito bom.

– Fico feliz em saber disso – disse meu pai forçando um sorriso.

              Quando terminei de tomar meu café fui escovar meus dentes, a campainha tocou e eu fui atender. Na porta estava Thalia e o resto do povo.

– Olá Annie, vai nos convidar pra entrar ou vou ter que implorar? – Perguntou Thalia com aquele jeitinho carinhoso que só ela tem.

– A claro, entrem, fiquem a vontade, vou lá em cima buscar minhas coisas e já volta pra gente ir pra escola – subi lá pra cima, peguei minhas coisas e desci.

– Vamos? – perguntei

– Claro – responderam em uníssono

         Saímos de casa e fomos em direção a escola, estava nervosa, só que um pouquinho mais animada para ver o Percy.

PERCY

         Tinha acabado de acorda com o barulho do despertador, e quando vi a hora percebi que estava atrasado para ir pra escola... e o pior é que eu nem podia faltar, hoje seria o primeiro dia de aula da Annabeth e eu prometi ir. Droga. To super atrasado.

       Me arrumei correndo nem deu tempo de tomar café direito, me troquei e escovei os dentes e sai correndo em direção a escola, além de estar super atrasado também tava morto de fome.

        Quando cheguei o sinal já tinha batido, então fui correndo pra minha primeira aula que era História.

– Desculpa professor, perdi a hora – falei tentando recuperar o fôlego.

– Tudo bem Sr. Jackson, mais que isso não se repita. Sente-se.

Me sentei e fingi que tava prestando atenção na aula, afinal ela estava muito chata.E eu só pensava em uma coisa... Em Annabeth e em como ela é linda, tava doido para ver ela. A

A aula acabou e eu fui pro meu armário, quando alguém me abraça por trás.

– Oi meu cabeça de alga – falou a voz que eu mais queria ouvir.

– Oi minha Sabidinha, que saudade de você – Respondi me virando pra ela.

Ela sorriu e me deu um beijo, que começou calmo e depois foi ficando urgente, que eu tava adorando é claro. Paramos o beijo se não ia dar merda.

– Eu te amo cabeça de alga – disse olhando nos meus olhos.

– É, eu também – respondi sorrindo pra ela.

– Percy. – falou Annie batendo no meu ombro.

– O que foi? É Verdade, eu me amo, mais eu amo mais você sabidinha

– É, eu também.

   Sorri pra ela e lhe dei um beijo, mais como felicidade de pobre dura pouco...

Adivinha, o sinal bate para a próxima aula...

– Acho que tem aula agora – falei ainda nos seus lábios.

– Tô com a mesma suspeita, cabeça de alga – Respondeu me dando um selinho.

Quando nos separamos fomos para nossas respectivas aulas, que nem é presciso dizer que vão ser muito chatas sem ela né...

            Não durou muito felizmente, logo o sinal que eu mais queria ouvir toca, o sinal do intervalo.

            Nem peguei meu material, teria a mesma aula depois, iria direto para o pátio, peguei um atalho por um corredor vazio, bem, eu esperava que estivesse.

            No final do corredor tinha uma pessoa encapuzada no fim do corredor, ele ou ela usava um casaco marrom grande que ia até as coxas, do próprio casaco saia o capuz que tapava o rosto, também usava uma calça jeans verde. Isso certamente me lembrou do ocorrido de sábado, aquele mensageiro, será que era ele de novo?

-Quem é você? – perguntei e a pessoa tirou o capuz, revelou ser um garoto com cabelos castanhos e olhos castanhos

-Eu, sou do colégio Arcana – ele disse, Arcana, era esse colégio que tava armando briga com nós.

-Então a bendita guerra começou já?

-Não. Esse não é um ataque oficial

-O que? – perguntei confuso – Então o que é isso?

-Eu vim aqui provar que posso ser um dos doze e que você não merece estar nos coroa das flores

-Doze? Coroa das flores? Do que você está falando?

-Preste bem atenção. Nosso colégio ordena os mais fortes dessa maneira, os nossos doze mais fortes são chamados de os doze olimpianos, cada um tem um codinome de um Deus, e os três mais fortes recebem o apelido dos três grande, Zeus, Hades e Poseidon. Os doze mais fortes dessa escola são chamados de coroa das flores, e você faz parte dessa coroa, você é exatamente o número doze

-Coroa das flores? Não tinha nenhum nome mais másculo não?

-Isso não vem ao caso. Perseu Jackson, prepare-se! Vou acabar com você – ele disse e começou a pegar impulso

-Eu não tenho tempo... Pra brincar com você!

            Falei e fui correndo até ele, ainda na corrida ele ergueu o braço pronto pra me acertar, se tem uma coisa que eu aprendi lutando contra o Gabriel e seus capangas, era que os ataques de um “valentão”, por assim dizer, são muito diretos, aquele soco foi também, movi minha cabeça para o lado, o suficiente para esquivar do soco e revidar.

            Ergui a perna pronto pra acabar com a luta ali, mas aquele garoto também era bom, ele parou minha perna e me acertou um soco no peito com muita força que me jogou para trás.

            Caí no chão e me levantei aos poucos, o garoto tinha um sorriso vitorioso no rosto.

-Sabia que você era fraco. Mas não imaginava que era tanto. Esse colégio só tem fracos como você?

-O que?

-Eu soube da luta contra a gangue Perseu, vi o que você fez com eles e sinceramente, você é muito amador. Aquela gangue era um lixo e mesmo assim você apanhou feito um condenado, tremeu diante de uma simples arma. Você é fraco, os três grandes vão esmagar essa escola facilmente.

            Fiquei em pé, pensava, aquele truque, eu estava furioso demais, eu preciso me acalmar. Eu não tenho tempo para brincar com ele, o intervalo logo acaba, então eu preciso acabar com ele rápido, mas eu preciso ficar calmo, se não que vai terminar acabado sou eu.

-Lá vou eu! – o garoto disse tomando impulso para atacar de novo

            Mas agora eu previ seu movimento, parei o soco dele com a minha mão, joguei-a pro lado, com o impulso ele não conseguiu parar, ele moveu a perna para uma joelhada, mas eu me esquivei e ele acabou passando direto por mim.

            Fiquei nas costas dele então chutei ele contra a parede, ele se levantou e veio atacar de novo, mas agora seus movimentos estavam claros, eu conseguia prevê-los.

            Parei novamente seu soco, e virei a mão dele até chegar nas costas, o botei contra a parede e ele ficou indefeso. Claro que não, ele apenas me deu um chute nas canelas que me afastou dele, ele aproveitou minha brecha e me acertou um soco no rosto que me jogou para trás.

            O garoto veio atacar de novo, mas dessa vez com uma tática diferente, ele atacou com as duas mãos ao mesmo tempo. Mas não mudou nada, apenas parei as duas mãos dele e o soquei com tanta força que ele se bateu contra os armários daquele corredor.

-V-Você é bom. Melhor do que eu imaginei – falou o garoto se levantando aos poucos, mas se meu plano deu certo, nossa luta acaba aqui.

            E deu. Logo apareceram estudantes no corredor curiosos sobre o que poderia ter acontecido para dar aquele barulho e viram a luta.

-Olha uma luta! – começaram os cochichos

-Verdade! É o Percy! Mas quem ele ta enfrentando? – um outro perguntou

-Então esse era o seu plano Perseu – o garoto disse se levantando – Sabe que não consegue me vencer não é fracassado?

-Jah disse que não posso perder tempo com você. Logo os tais coroa das flores que você fala vão se reunir aqui. Então acho melhor você se entregar.

            O garoto ainda deu uma última bufada e saiu correndo até uma janela, ele a abriu rapidamente e já se posicionou para saltar. Mas antes ele ainda deixou umas palavras

-Lembre-se disso Perseu. Eu não faço parte dos doze olimpianos, eles todos são muito mais fortes que eu. Se você teve dificuldade de me vencer, não conseguirá se quer encostar em um deles.

-Vá logo...

            Então o garoto saltou janela afora. Isso não é bom, agora novamente começou a ficar perigoso. Eu acho que seria menos perigoso se vivesse no Iraque no meio daquela guerra do que viver nesse colégio.