Meet Me At The Pier escrita por Miss Haner


Capítulo 16
Claridade


Notas iniciais do capítulo

Oi, minhas gatenhas =P Tudo bem com vocês?
Demorei um pouco pra postar né. Eu tava na casa da minha prima e lá a net é complicada, mas eu to aqui hoje, com uma capítulo acho que muito esperado por vocês. Bom, não sei, acho que sim.
Taí o capítulo. Boa leitura. Até a notas finais.



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- Uma cor?

- Azul

- Azul?

- É, azul. Eu  gosto de todos os tons, acho a mais bonita cor, é a cor do céu, do mar, do infinito.

- Hum... Acho que isso tem a ver com o seu namorado...

- Ele não é meu namorado! – disse desviando meus olhos de Josh. Ele tinha um pouco de razão, comecei a gostar ainda mais da cor azul depois que me encantei pelos olhos de Mattew. Mas ele não era meu namorado e ter que admitir isso doía, era tudo o que eu queria e até mais do que eu esperava. Eu queria tê-lo só para mim e incomodava saber que era impossível.

- Não é? – ele fingiu surpresa. – Menos mal, não é? Assim eu não tenho que te chamar de chifruda – ele riu alto e eu soquei os seus ombros.

Eu e Josh desenvolvemos uma bela amizade. Era incrível estar com ele, mas Josh me irritava de vez em quando. Era verdadeiro demais e não se importava em dizer, e para piorar a situação, ele tinha a cara de pau de rir quando me deixava dizia alguma coisa que sabia que me deixaria brava. Nós estávamos passando muito tempo juntos, Josh ajudava na decoração para o campeonato, fez amizade com os meus amigos, ia e voltava da escola comigo e ainda me obrigava a conversar sob o céu estrelado com ele por praticamente toda a madrugada depois que eu voltava de meus encontros com Mattew.

Mattew passava a tarde toda treinando e nossos encontros diminuíram. Ele estava sempre cansado e dava pena dele, o treinador de basquete estava mesmo pegando pesado nos treinos. Na escola, ele, às vezes, me pedia para matar aula e ficarmos juntos. Eu cedia e era o melhor da escola. Eu ainda estudava com Bianca depois de ajudar Ana, ela já estava indo à escola normalmente, só não ajudava à tarde, pois estava fazendo fisioterapia.

- Por que não foi à praça hoje? – Josh me tirou de meus devaneios. Ele brincava com folhas de arvores que estava sobre a grama.

- Estou cansada. – menti. Eu não queria admitir que não fui à praça por causa de Mattew. Eu o tinha convencido a não ir, ele estava visivelmente cansado, com algumas olheiras e o olho mole. E Mattew disse para que eu não fosse sem ele, fantasiei uma cena de ciúmes para ocupar minha cabeça com minhas inseguranças.

Josh parou de brincar com as folhas das arvores e me olhou com as sobrancelhas erguidas. Era outro ponto que me irritava em Josh, ele sabia quando eu estava mentindo e adivinhava os meus pensamentos a toda hora. E sempre me olhava com a mesma expressão, não precisava dizer nada, mas olhar para ele assim já me dava um desconforto incomum e eu me sentia obrigada a dizer a ele a verdade. Mas desta vez eu me recusei a falar, desviei os meus olhos dos dele e deitei na grama.

- Por que eu tenho a impressão de que você não está cansada? – ele tentava de toda maneira encontrar os meus olhos.

- Você sempre acha que sabe tudo. – disse bufando e me sentei novamente.

- Eu não sei de tudo. – ele se defendeu – Mas eu sei que você está mentindo.

Bufei novamente. Levantei-me o surpreendendo.

- Eu não quero falar sobre isso.

- Tudo bem. – Josh se levantou também. – Quer ir tomar sorvete?

- Hoje não.

- Maria! – ele gritou e eu me assustei. – Recusando sorvete?- revirei os olhos com o tom de reprovação dele. – Vai ser legal. – eu recusei com a cabeça. – Prometo que não falo nada sobre seu namorado ou do porque de você não querer ir à praça.

Josh fez cara de cachorro sem dono e eu bufei. Ele abriu um sorriso vitorioso e pegou em minha mão puxando-me em direção a rua.

Havia vários lugares onde se vendia sorvete pela cidade. E algumas sorveterias espalhadas, não muitas. Josh queria ir a uma sorveteria desconhecida por mim. Ficava um pouco longe de casa, mas próxima da casa de Mattew. Inventei um monte de desculpas para irmos tomar sorvete em outro lugar, mas ele era persistente e sempre vinha com um:

“- O sorvete de lá é o melhor em toda a cidade. Você não vai querer tomar sorvete em outro lugar!”

Eu sabia que Josh estava fazendo isso para me testar ou até irritar. Ele sabia que ali era próximo da casa de Mattew e que talvez o sorvete nem fosse tão bom assim, mas ele precisava saber das minhas reações em relação a tudo.

Chegamos a tal sorveteria e entramos. Josh pediu dois sundaes, pagou e nos voltamos para a rua. Voltamos para casa em um caminho diferente. Coloquei uma colher de sorvete na boca e por alguns instantes todos os pensamentos de que Josh queria me testar foram embora. O sorvete era realmente magnífico, Josh foi modesto ao falar que era o melhor em toda a cidade, eu acredito que o melhor em todo o mundo. Essa cidade ficava cada vez melhor.

- Eu disse que iria gostar! – Josh exclamou ao ver minha reação.

- É... Muito bom. – disse enchendo minha boca com mais sorvete.

Caminhamos calmamente pela rua de Mattew. Não falávamos nada, apenas saboreávamos o sorvete, Josh ria de mim por ter gostado tanto assim do sorvete e eu o empurrava de leve para ele parar de rir.

- Maria? – ouvi alguém me chamar e me virei.

Mattew veio em minha direção. Sorri involuntariamente ao vê-lo, ele usava uma bermuda de pano grosso e estava sem camisa, exibindo aquele corpo perfeito. Ouvi Josh bufar ao meu lado e tremi ao perceber que Mattew podia entender errado.

Por mais que eu ficasse bastante tempo perto de Josh, Mattew ainda não nos tinha visto e se viu não comentou. Eu tinha medo de sua reação e me senti boba por isso. Eu não devia explicação nenhuma a ele, principalmente por Josh ser apenas meu amigo.

- O que está fazendo aqui? – ele sorria e me deu um selinho rápido.

- Josh me trouxe para tomar sorvete. – proferi o nome de Josh sem querer. Mattew percebeu que tinha alguém ao meu lado e olhou com a cara fechada para Josh.

Josh exibia um sorriso estranho no rosto. Pude ver os dois se encarando e confesso que me deu medo. Os dois tinham a mesma altura, mas Mattew tinha um corpo mais forte do que o de Josh. A expressão dos dois era um tanto medonha, percebi ali que ambos tinham a mesma capacidade de intimidar os outros.

- Hm. – Mattew murmurou ainda olhando para Josh. Os dois deram de ombros ao mesmo tempo e pararam de se encarar. – Pensei que tinha vindo me ver. – ele fez bico e eu sorri sem graça.

- Se ferrou priminho. – Josh riu estrondosamente.

- Fica na tua, otário! – Mattew disse levemente irritado.

- Você são primos? – eu perguntei totalmente confusa. Mattew bufou e Josh sorriu ainda mais.

- Infelizmente, amor – Mattew disse carinhosamente me abraçando. Eu sorri pela forma que ele pronunciou a ultima palavra, tão fofo...

Josh revirou os olhos novamente e jogou seu sorvete na lixeira. O clima ali estava tenso e eu mal entendia o porquê.

- Está na hora de irmos, Maria. – Josh disse impaciente.

- Eu tenho que... – comecei a dizer, mas Mattew me interrompeu

- Pode deixar que eu a levo.

- Tanto faz. – Josh deu de ombros e se aproximou para me dar um beijo na bochecha. – Te vejo mais tarde, pequena. – ele disse com um tom de provocação e senti Mattew grunhir em meu pescoço.

- Até mais, Josh. – disse sem graça e ele se foi.

Fiquei olhando enquanto Josh sumia na escuridão da rua. Mattew me virou para ele e beijou-me na bochecha.

- O que ele quis dizer com te vejo mais tarde? – Matt perguntou enquanto beijava o meu pescoço.

- Josh mora ao lado de minha casa

- Disso eu sei. Vocês se encontram à noite? – ele parou de me beijar e olhou serio para mim.

- Não! Quer dizer, nós conversamos a noite, mas não é o que você está pensando... – tive medo de que ele pensasse que eu e Josh... Quero dizer, não há nenhuma possibilidade.

- Não precisa se enrolar toda pra responder, Maria. – ele riu e selou nossos lábios. – Eu sei que você não tem nada com ele. – ele disse calmamente como se eu não pudesse ter algo com outra pessoa a não ser ele.

- O que você quis dizer com isso? – perguntei séria.

- Que você é minha. – selou nossos lábios novamente. – Só minha.

Aquilo me fez esquecer de todo o resto. Mattew me fazia sentir assim, nada mais importava quando eu estava com ele. Minhas inseguranças nos deixavam a sós e só voltava quando nos separávamos. Quando estávamos juntos, as imperfeições dele eram insignificantes, eu sentia que ele era só meu e eu somente dele. Sempre fui, desde que o vi pela primeira vez. Eu nunca consegui fugir deste sentimento exatamente por isto, me fazia acreditar ainda mais, por mais que fosse loucura, suicídio, irresponsabilidade, idiotice. Eu era dele. Meu coração já estava entregue e não tinha mais como voltar atrás.

Mattew beijou-me com vontade, malícia e necessidade. Puxou-me para um lugar ainda mais escuro e prensou-me contra a parede. Suas mãos percorriam toda a lateral de meu corpo, chegava a minhas coxas e as apertava provocando alguns gemidos de minha parte. Minhas mãos brincavam em seu peitoral exposto, subiam até seus cabelos e voltavam para o peitoral.

Mattew separou seus lábios dos meus e desceu por meu pescoço até chegar à parte exposta pelo decote de minha blusa de renda. Segurei seus cabelos com força, minha respiração acelerava-se a cada instante, meu coração parecia querer sair pela boca. Matt voltou aos meus lábios e beijou-me calmamente, como para me acalmar. Suas mãos desceram por minhas costas e chegaram a minha bunda, apertou-a levemente e juntou ainda mais nossos corpos.

- Vamos lá para casa. – ele disse não como um pedido, mas como uma ordem.

Matt segurou minha mão e nos direcionou para sua casa.

- Matt... – eu o chamei

- O que é? – ele disse olhando para mim com as sobrancelhas erguidas. Abaixei o rosto.

Eu não tinha certeza se queria ou não ir a casa dele. Sabia o que aconteceria se eu fosse e não era o momento. Tudo bem que eu o amava, mas eu não tinha certeza dos sentimentos dele, e isso ainda não era um motivo. Eu ouvia de todo mundo sobre Mattew e todos tinham a mesma opinião, ele era um canalha, o que me fazia pensar que comigo ele não seria diferente. Nós teríamos uma noite de prazer e tudo o que eu tenho planejado acabaria ali. Mattew com certeza me deixaria no dia seguinte, eu seria apenas mais uma, eu seria o seu troféu e como todo troféu, eu seria exibida em a todos, como para comprovar pela milionésima vez que ele pode ter quem ele quiser. Que ele era poderoso.

- Você não confia em mim, não é? – ele disse se aproximando e erguendo o meu rosto. Abaixei-o novamente.

- Não é isso, é que... – eu não sabia o que dizer. Eu não confiava em Mattew e nem tinha razões para confiar.

- Você não confia em mim. – ele concluiu, soltou minha mão. Não tive coragem para olhá-lo. – Você devia olhar para mim, sabia? – ele disse irritado e ergueu meu rosto, fazendo com que eu olhasse em seus olhos. – Eu não te culpo por não confiar em mim, mas eu te culpo por dar tanta atenção ao que os outros falam. Eu não sou o cara perfeito, mas eu também não sou tudo que falam. Eu não tenho culpa dessas meninas serem um bando de oferecidas, eu não tenho culpa delas sonharem demais. Eu sou homem e não nego meus instintos. E isso não significa que eu não tenha sentimentos. – ele disse segurando com força o meu rosto.

- Eu também sonho.

- O que? - Matt olhou-me confuso.

- Eu também sonho, Mattew. Eu estou apaixonada e é isso que mulheres apaixonadas fazem. Elas sonham, sonham em serem correspondidas, sonham em ter a pessoa amada, sonham com o futuro, e algumas têm a sorte de seus sonhos tornarem-se realidade, mas a maioria acaba com seus sonhos destruídos e não apenas os sonhos, mas o coração também. Isto não é sobre você, Mattew. Isto é inteiramente sobre mim e meus sonhos. O que me coloca na mesma situação do resto das meninas desta cidade. Você não tem culpa.

Eu não contive minhas lágrimas. Não era tristeza, era alívio. Alívio por eu ter aceitado a realidade, por além de aceitar eu expor a realidade para nós dois. Eu expus meus sentimentos e agora não dependia mais de mim, era um peso a menos. E o mais importante era que, naquele momento, não me importava a reação dele. Eu estava feliz por dizer o que eu sinto, eu estava feliz por esclarecer não somente a ele, mas para mim também.

- Você está errada. – Mattew disse de repente. – Você não é como as outras garotas. Nunca foi. – o olhei confusa. – Eu gosto de você, Maria. Mais do que você pensa, bem mais.

- Gostar pode ter muitos significados. – eu disse desviando nossos olhares.

- Você sabe o que eu quero dizer.

Fiquei de costas para ele.

- Não. Eu não sei o quer dizer. – disse baixo. Não tenho certeza se ele ouviu.

Mattew virou-me para ele de novo e acariciou todo o meu rosto. Se aproximou e passou as mãos por minha cintura. Ele olhava insistentemente em meus olhos. Mattew selou nossos lábios em um beijo calmo e aconchegante. Parou o beijo alguns segundos depois e segurou com força o meu rosto, aproximando ainda mais o meu rosto do seu.

- Eu te amo, Maria!


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Notas finais do capítulo

E AÍ? O QUE ACHARAM? TÁ BOM DEMAIS OU RUIM DE MAIS?
Comentem por favor *--* e bom, eu queria saber de vocês sobre cenas HOT. Tipo, o que vocês acham? Mais amenas ou daquelas que OMG, é roteiro de filme pornô? Respondam , ok?
É isso, gatenhas. Até o próximo capítulo. Bjos =)



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