Um mês depois....

Stephen se arrumava aos risos. Finalmente iria por seu tão esperado plano em ação. Acabara de receber uma mensagem de seu informante particular dizendo que todos os Avengers estavam em um bar e muito animadinhos, á propósito. Era simplesmente o momento perfeito. Já havia ligado para Brenna informando-a de tudo e a mesma estava a caminho de seu apartamento.

–É hoje minha princesa! É hoje que você deixa aquele guitarrista e vem correndo pra mim - disse maldosamente olhando a foto da garota e dando uma última olhada no espelho antes de pegar as chaves de seu carro, saindo em seguida.

Chamou o elevador e desceu para o térreo, onde Brenna já o esperava. Estava simplesmente demais em uma roupa super provocante, á mando dele próprio. Isso era uma parte muito importante para que tudo desse certo e fosse como ele esperava á meses.

–E então gatinha, pronta para entrar em ação? - perguntou enlaçando-a pela cintura e indo em direção á seu carro que estava estacionado logo em frente ao prédio.

–Eu estou sempre pronta, meu bem.

Stephen dirigiu rapidamente, estava ancioso para chegar logo ao lugar. Dentro de alguns instantes, já estacionava em frente ao Bar do Johnny como chamavam. O lugar parecia bem cheio e isso parecia-lhe ótimo, quanto mais testemunhas, melhor.

Entraram no local e logo avistaram o 'alvo'. Dizer que eles estavam meio alegrinhos era até mesmo um elogio. Brenna resmungou ao seu lado e ele se virou para encará-la.

–O que foi?

–Poxa, ele está bêbado! Queria tanto que estivesse em plena consciência... - respondeu

–Brenna, acha mesmo que ele ia ir pra cama com você em plena consciência? Ás vezes você é hilária... - debochou o rapaz.

–Eu conseguiria mesmo assim ok? Mas vamos lá, chega de perder tempo! - andou até o balcão rebolando e chamando a atenção de outros clientes. Pediu uma dose de whisky com gelo e se sentou de pernas cruzadas, fazendo o vestido que já era curto subir um pouco mais. Stephen observava discretamente em um canto afastado.

Brenna se virou e deu de cara com Syn rindo de algo que o mais gordinho dos cinco dizia. Estava com uma bebida na mão e um cigarro na outra. Ela se perguntou o motivo de estarem todos ali, talvez tivesse brigado com a namorada, mas depois percebeu que era apenas diversão.

Fez sua melhor cara, ajeitou os cabelos e o puxou enquanto se levantava. O rapaz cambeleou um pouco e fez cara de confusão enquanto iam para a pequena pista de dança que havia ali.

–Nossa gata! Você é sempre assim tão direta? - disse com a língua enrolada e Brenna não pode conter o riso.

–Você vai querer se matar amanhã docinho por ter dito isso - respondeu agarrando-o pelo pescoço e tentando começar uma dança fracassadamente.

–Eu não faço a mínima idéia do que eu to fazendo nesse lugar! - disse cambaleante e fazendo Brenna ter que segurá-lo para que não caísse.

–Eu sei, meu bem. Ai você não estar se lembrando de mim é tão engraçado - ela disse rindo e pegando pela cintura em um semi abraço - Mas vem cá que eu preciso que todo mundo veja que eu te beijei.

Pegou o rosto dele entre as mãos e iniciou um beijo. Ele tinha gosto de alcóol e cigarros, mas ainda assim era bom.

–Está explicado por que a ruivinha gosta tanto de você! - disse satisfeita e o beijando novamente. Ouviu um dos amigos o chamar com a voz totalmente enrolada e dando indícios de que também estava bêbado e o levou dali para fora do bar.

–Qual é? Vai me sequestrar? EU VOU CHAMAR OS BOMBEIROS OUVIU? - ele gritou e Brenna praguejou baixo controlando o riso que vinha. Chamou Stephen e pediu as chaves do carro.

–Leve-o para a casa dele ok? Sei lá, tire a roupa dele e a sua, finja que aconteceu ou faça acontecer! Você quem sabe...já tem o endereço não é? - ordenou e ela assentiu.

–Tenho sim! E as chaves da casa?

–Olhe no bolsos da calça dele, impossível ele não ter uma...

Brenna olhou os bolsos de trás da calça de Syn, não encontrando nada, enquanto ele gritava.

–POR QUE A POLÍCIA TA ME REVISTANDO? EU NÃO QUERO IR PRESO DE NOVO, AI NÃAAAAO!

Stephen rolou os olhos entediado, mas logo sua expressão mudou vendo que Brenna achara a chave no bolso da jaqueta. Ajudou ela a levá-lo para o carro e partiram enquanto ele ria satisfeito.

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Chegou a casa dos meninos e o tirou do banco de trás do carro onde ele cantarolava algo. O pegou pela cintura e ficou aliviada quando não ouviu nenhum protesto. Observou a rua, que estava vazia, para sua sorte e entrou na casa.

Parou por um momento analisando a bagunça típica de homens e viu a escada, concluindo que os quartos ficavam no andar de cima. Com dificuldade, o fez subir degrau por degrau e em meio a vários quartos o encarou e perguntou:

–E então bonitão? Qual é seu quarto?

–O quê, qual é o meu o quê? - disse viajando.

–S-E-U Q-U-A-R-T-O!! - soletrou meio irritada.

–Ah sua danada, quer ir pro meu quarto é? - disse apontando para a primeira porta. - Vem cá então.

Brenna soltou um riso satisfeita. Apesar de ser uma chatice lidar com bêbados, aquilo estava divertido. E como!

Assim que ele abriu a porta do quarto, ela o empurrou em direção á cama meio desarrumada e tirou sua jaqueta, enquanto ele a olhava com cara de retardado. Revirou os olhos e tirou sua blusa revelando o sutiã roxo.

–Lily, Lily, Lily! - ouviu ele cantarolar, o que a deixou irritada, mas teve uma idéia brilhante.

–É claro que sou eu meu amor, a Lily! - disse subindo em cima dele e dando beijos em seu rosto deixando marcas de batom vermelho.

–Lily? - ele questionou ainda grogue.

–Sim, sim! - Brenna levantou-se da cama e avistando uma garrafa de vodka bebeu um gole e lhe deu o resto para que bebesse, o deixando ainda mais tonto. - Vem cá meu amor, a noite é só uma criança!

Subiu novamente na cama e o beijou, sendo correspondida prontamente. Syn sentia alguma coisa em seu interior apertar e ordenar que não fizesse isso, mas ignorou e tirou a calça da tal "Lily". Bom, isso era apenas o começo, podia dizer. O começo do fim!

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Lily acordou cedo naquela manhã chuvosa. Não se sentia muito bem, parecia que algo estava errado, mas havia recebido uma mensagem "supostamente" de Zacky dizendo que Syn ia precisar das cifras que havia esquecido em seu apartamento quando dormira lá, na noite anterior. O rapaz havia tocado pra ela algumas músicas e simplesmente as esquecera.

Se arrumou com o uniforme do trabalho enquanto Mia dormia pois tinha tirado folga. Pegou as tais cifras e guardou em sua bolsa, saindo logo em seguida.

Foi ao estacionamento pegando seu carro e como fazia todas as manhãs deu "Bom Dia" ao porteiro e saiu rumo á casa dos Avengers. O céu estava nublado, indicando que mais tarde uma tempestade cairia.

Em alguns minutos já estacionava em frente á ela e batia na porta. Um Zacky assustado e com a mão na cabeça a atendera.

–Oi Zacky! - disse sorrindo e ele a encarou assustada - Esse carro aí em frente me parece familiar, tem alguém aí? - perguntou curiosa.

–Ah, oi Lily! - ele respondeu em pânico, mas não pode impedir a entrada da garota. - Deve ser da casa ao lado.

–Vocês saíram ontem? Você está com uma cara estranha...

–Pois é, não estou muito bem. Dor de cabeça sabe? - respondeu descontrolado.

–Bom, eu recebia sua mensagem. Syn está? - perguntou distraída e Zacky arregalou ainda mais os olhos.

–M-m-mensagem?

–É, mensagem. Bom, eu vou subir, me dê licença... - a garota respondeu subindo as escadas lentamente e deixando um Zacky desolado no andar de baixo. Já havia visto que Syn estava acompanhado e sentiu por Lily. Talvez ele nunca mudasse...

A garota andou distraidamente e parou em frente a porta do namorado dando uma leve batida e entrando em seguida. Quando viu aquele cena suja ficou chocada e sem reação.

Syn dormia com Brenna ao seu lado. Só de cueca!

Lily tentou não fazer nenhum barulho mas antes que pudesse impedir, um soluço alto escapou em seus lábios acordando o "casalzinho". Syn acordou assustado e vendo Lily se levantou rapidamente.

–Lily! Lily, olha, eu eu..posso explicar! - disse andando até a garota que não disse nada, apenas saiu correndo. Enquanto Brenna ria divertida na cama, Syn saiu correndo atrás da namorada vestindo uma calça apressadamente.

–Lily, espera! - viu Zacky parado no andar de baixo por onde a garota passou feito um raio e saiu para a rua.

Já chovia quando Lily saiu correndo pela calçada esbarrando em uma garota com seu guarda chuva e sendo seguida pelo namorado que ainda gritava seu nome. Lágrimas escorriam por sua face e seus cabelos começavam a molhar. Sentia um frio descomunal e tremia com a água gelada. Escorregou e caiu de joelhos sentindo a pele rasgar levemente pelo cimento. Porém, não mais rasgado do que estava seu coração.

Syn correu mais rápido e parou ao lado de Lily a pegando pelos braços enquanto ela protestava e lhe dava um tapa no rosto. No mesmo instante, a garota se arrependeu e sua vontade era de pedir desculpas, mas aguentou firme.

–Me larga, seu nojento! - ela cuspiu as palavras.

–Não! Lily, por favor, me deixa explicar... - ele a olhava suplicante e agora com o rosto vermelho pelo tapa.

–Explicar? Explicar o que? - perguntou se soltando e o olhando magoada.

–Eu te amo Lily! Aquilo que você viu foi um acidente, eu saí pra beber ontem com os meninos e...

–E agarrou a primeira que viu? - ela o interrompeu não querendo ouvir mais nada. - Você podia ter feito qualquer coisa pra mim Brian, qualquer coisa..menos isso! Eu jamais vou te perdoar, me ouviu? Eu posso ser tímida, posso ser ingênua, qualquer coisa..mas eu tenho certeza de que isso NÃO É AMOR! Se você não me amava, por que me enganou durante esses meses hein? - soltou acidamente.

–LILY EU TE AMO, PORRA! Desculpa, meu amor, por favor? - ele implorou com lágrimas caindo e com a maquiagem borrada. Era como se facas fossem enfiadas pelo seu corpo.

–Não, não, não! Me esquece! - o empurrou levemente e atravessou a rua com a visão embaçada pela chuva e pelas lágrimas.

Nesse mesmo instante um carro vinha veloz e vendo a garota o motorista freou bruscamente.

–LILY! - Syn gritou.

It's been raining since you left me
Now I'm drowning in the flood
You see I've always been a fighter
But without you I give up

Now I can't sing a love song
Like the way it's meant to be
Well I guess I'm not that good anymore
But baby that's just me

And I will love you baby always
And I'll be there forever and a day always
I'll be there till the stars don't shine
Till the heavens burst and the words don't rhyme
And I know when I die you'll be on my mind
And I'll love you always