Dear Devil - The Last Hope escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 41
Epílogo - Dear Devil


Notas iniciais do capítulo

aaacabou =( bem, esse cap ja estava pronto tb, eu so completei agr... bem, e o ultimo amores =]
mas a boa noticia e q eu ja comecei o prologo da proxima temp. kkkkkk *o* boa leitura



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Cansaço. Era tudo o que eu sentia. Uma enorme vontade de fechar os olhos e de mantê-los assim, de não precisar abri-los nunca mais... De não ter mais que me importar com o que quer que fosse, apenas descansar em paz, silêncio e mais paz.

Não senti medo. Era como uma aposentadoria após tantos anos de trabalho. Eu merecia aquilo. E, quando senti-me desfazer em fumaça, tudo o que houve foi um intenso prazer por não ter mais de respirar. Por sentir o toque da morte em minha pele...

Não foi como da primeira vez.

Quando deixamos o mundo daqui de cima só sentimos a nostalgia de um desmaio de curto prazo, mas logo você está de olhos abertos novamente.

Talvez este aqui seja apenas um lugar intermediário. Como um treinamento, um aprendizado para a vida que vem depois, de acordo com as suas notas. A Terra que conhecemos é uma escola.

Mas, quando morremos realmente, apenas há paz. Não há lembranças de nossos momentos felizes, ou ao menos de nossos erros, de cada uma das pessoas que conhecemos e que fizeram a diferença. Não há um paraíso sobre as nuvens, um portão dourado e a mão estendida para nós. Não há frutas, comida e bebida de graça, não há asas. Não há um fogo dilacerante ou o calor insuportável. Não há chicotes, foices nem ao menos tridentes. Apenas a escuridão de nossas próprias mentes. E a paz...

Imersa no torpor do fim da real vida, não há nada o que fazer, não há nada necessário... Ou não deveria haver.

Mas aquele rosto, os cabelos loiros e encaracolados, os olhos penetrantes, a voz doce, o respeito incabível. Aquilo não deveria estar sendo importante para mim. Mas era. Seu rosto se destacava em meio aos de toda a colônia humana que eu salvei.

Uma imagem se destacou em meio ao negro profundo. Nela, havia apenas o branco da neve. Mas, aos poucos, as cores foram aparecendo. Duas únicas pessoas pareciam me observar. Senti frio quando a garota se aproximou.

- Cassandra Eccher... – sussurrou baixinho, sua voz perto, sua imagem longe. – Interessante...

Eu não sabia do que ela estava falando.

O garoto loiro ao seu lado parecia não poder vê-la ou ouvi-la, mas ele a sentia. O anjo da morte me encarava com suas órbitas negras como a noite, como carvão. Ela mordia o lábio incrivelmente vermelho, deixando uma ou duas gotas de sangue escaparem.

- O que eu faço com você? – a pergunta fora retórica. Algo em mim tremulou. Eu esperava que minha morte viesse. A Morte sorriu. – Não, querida... Ainda não. Você ainda tem muito a fazer.

Senti meu corpo se levantar. Não podia controla-lo, apenas senti-lo. Minhas pernas caminharam até a bela e obscura garota. Não pude deixar de observar o quanto ela era bonita.

- Não sou como imaginou, não é? – ironizou. – A more é bela, minha cara. É linda. – assenti. – Mas a sua virá apenas mais para frente. Sabe, Cassandra, você sempre teve um destino brilhante. Quantas precauções foram enviadas para que você se tornasse pura... Seu irmão, ah! Não há anjo mais puro do que Gabriel. Sua mãe, sua situação. Tudo perfeito para que você fosse boa... E isto acontece.  Seu espírito tem sede de vingança, tem orgulho e é extremamente egoísta. Mas de alguma forma, é puro. Ah, querida, lhe darei mais esta chance. Mais esta chance de fazer o que deve fazer. Por não se ter entregue à escuridão. Mas aqui vai meu conselho, Cassandra Eccher, judia de sangue. Não deixe que o escuro ou a luz lhe consumam. Não... Nenhum dos dois. Um dia entenderá querida. Mas não confie nos extremos.

Ela sorriu e assoprou em minha direção. Assim, aos poucos, sua imagem foi desaparecendo e eu voltei à posição de antes. Dessa vez os olhos de Derek se arregalaram.

Depois de muito esforço, levantei-me. Sentia um peso conhecido do qual tanto sentira falta. Baixei meus olhos para meu próprio corpo. Não havia sequer uma ferida, intacto. Não usava casacos, também. Mas não sentia frio. Apenas uma brisa deliciosa que soprava mesmo dentro dos túneis. Minhas roupas eram compostas pelo mesmo espartilho escuro de sempre, mas havia algo branco em minhas costas. Reconheci as asas dos puros em mim. Era uma estranha sensação de voltar às origens. Asas. Enormes e albinas, as penas perfeitas e limpas como nunca antes. E sobre minha cabeça, a auréola.

Sorri tristemente. Um anjo. Era irônico, não?

Senti a aproximação do loiro. Ele não sorria. Não parecia acreditar. Eu sorri. Estava viva.

“E então, apenas a paz...”


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Notas finais do capítulo

ate o proximo (agradecimentos =])



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