Dear Devil - The Last Hope escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 38
Chapter Forty-four - Black Wings - Ø


Notas iniciais do capítulo

oiii gente
nem demorei, viu?
faltam no máximo 3 caps pro fim da fic
esse fucou maior, ok? nãaao me matem ^^ bjos
espero q gostem



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Minhas pernas tremulavam durante a corrida. Precisava ser rápido o bastante para voltar ao centro da Colônia a tempo. O frio intenso, apesar do condicionamento, da erva e dos casacos pesados, começava a me abater. Meus ossos pareciam enrijecer ao passar dos minutos.

E também havia o cansaço. Minhas pernas também não aguentavam o peso de meu corpo. Apesar de tanto treinamento anterior, eu não aguentava mais.

Metros e metros passavam e eu já chegava à marca de um quilômetro. E não dava mais. Fui largando para trás as capas que me cobriam e, aos poucos, me sentindo mais leve. E com mais frio.

Suspirei e esfreguei as mãos uma na outra, tentando produzir mais calor. Não obtive muito sucesso. Mantive meu caminho à frente. Lá, mais à frente, eu via minha luz no fim do túnel. Meu objetivo. Acelerei o passo. Em alguns segundos saí por ali. A luz que bateu contra meus olhos não me cegou nem por um instante.

Lá estavam eles. Centenas de milhares de homens, corpos negros e musculosos, armas guardadas dentro de compartimentos adequados nos cintos, vestidos com poucos trajes por estarem tão adaptados àquele frio.

– Está na hora, meus amigos. – disse o homem à frente. – Vamos morrer? – todos urraram em resposta. Aqueles homens, fortes, robustos, traidores, eram feitos para a luta. Preparados durante anos e anos para esperarem a chance de porem em prática todo seu conhecimento. E matar. E morrer.

Não foi preciso nenhum sinal para que todos eles nos acompanhassem. A corrida de volta pareceu melhor do que a de ida.

Os passos reverberavam com força pelas paredes de pedra. Aqueles túneis que um dia serviram de esgoto para a cidade subterrânea hoje eram limpos o bastante para nosso uso. Eram úteis.

Peguei de volta alguns poucos casacos entre os que eu havia largado para trás. Não suportaria sem eles.

A corrida foi mais rápida, e finalmente chegamos.

A luta permanecia equilibrada. A matança misturava os sangues prateado, dourado e vermelho, espetáculo que se tornaria belo se tantos não perdessem suas vidas para formá-lo.

O homem à frente deu o sinal e todos saíram. Permaneci em meu lugar. Meu objetivo era outro.

Meus olhos percorreram o campo de batalha, arriscando a primeira possibilidade de encontra-la. Dei alguns passos para frente, sabendo que ela não estaria ali. Onde estaria?

Sabia que a tal superior não permitiria que ela lutasse... Ainda. Cassie ainda lhe devia ser útil.

Finalmente saí dali. Em um relance, avistei o monstruoso ser ao meu lado. A face extremamente queimada em marcas que eu sabia que seriam caracteres em algum idioma. A língua bifurcada se projetava para fora da boca aberta repleta de dentes extremamente afiados que retinham enorme quantidade de comida. Carne vermelha crua. Os olhos vermelhos tinham uma esclera negra, sem cílios ou sobrancelhas, e eram fendas extremamente finas, apenas a direita prolongada por um enorme e fundo corte que ia até a orelha e deixava jorrar o sangue dourado. A face era branca como a lua e seu nariz atrofiado em duas cavidades circulares de tamanho imenso, sem volume. Os cabelos negros e sebosos caíam sobre o rosto, deixando uma enorme “cratera” na parte de trás da cabeça, calva.

Com o susto que levara com a monstruosa figura que vinha em minha direção, virei-me, encarando sua face. E o susto e o terror foram ainda maiores.

Agora o monstro era uma figura afrodisíaca. Olhos verdes, belos cílios, sobrancelhas feitas, pele bronzeada e boca vermelha, as maçãs cobertas por um leve blush. O choque me fez parar por um instante, que, se forre prolongado por apenas mais um segundo, me seria fatal. A figura voltou ao que era antes e atirou as unhas enormes e cobertas de fungos em minha direção. Rapidamente saquei a pistola e atirei.

Rapidamente regredi ao beco que servia de entrada para os canais do esgoto. Respirei fundo na tentativa de relaxar. Em vão. Em minha mente, veio a imagem de Cassie, sendo atingida pelos mesmos soníferos que eu atirara agora. Regredi ao local e finalmente, matei a criatura que, mesmo dopada, soltou um grito de dor. E eu apenas fechei os olhos. Continuei em frente, em busca do anjo caído que seria minha salvação.

Foi quando senti as mãos frias tocarem meu ombro e logo depois subirem por meu rosto até taparem meus olhos. Ela soltou uma risadinha.

– Bu. – brincou.

– Não é hora de brincadeirinhas, Cassie. – adverti. Suas mãos permaneceram ali.

– Calma aí, Garotão. – sussurrou ao pé do meu ouvido, causando-me um forte calafrio. – Ah... Você gosta disso?

Ouvi outra risada logo atrás dela. Lílian. Cassie apertou meus olhos um pouco, certificando-se de que eu não podia ver nada. De todo jeito, não poderia, naquele escuro.

– Vamos, Cassie. – disse a voz logo atrás do anjo. – Não temos tanto tempo. – apesar de certa pressa e da mensagem passada pela fala, havia divertimento naquela voz. Cassandra riu também.

– Ah, que peninha... – lamentou. – Estava divertido.

Ouvi o som da lâmina metálica sair da bainha lentamente. Podia sentir o prazer da garota ao removê-la e pude sentir suas intenções.

“E a lâmina acertou exatamente onde deveria.”



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Notas finais do capítulo

gentee tenho 28 leitores. sera q se eu pedir assim, com mto jeitinho, gu chego aos 185 reviews? pleeease pode ser só: curti ou oudiei, sei laaa
e se quiserem recomendar, agradeço
gente, um bjo e ate o proximo
cecii



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