I Have Another Confession To Make escrita por Strauss


Capítulo 1
I Have Got Another Confession To Make


Notas iniciais do capítulo

One-shot.



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Meu nome é Helena tenho 17 anos e trabalho pra uma família rica e metida a donos do mundo. Meu salário não é o que eu deveria receber, mas é o suficiente para a faculdade. No ambiente em que vivo, sou muito humilhada... Principalmente, pela filha mais velha do casal que é riquinha: Rafaela Gouveia.

Desde pequena, ela sempre foi má comigo: Roubava minhas bonecas, cortava meu cabelo, sujava meus trabalhos de tinta, inventava mentiras, e sempre brigávamos. Mas, chegou um dia em que eu tive de aguentar tudo calada e nem podia revidar. 

Mas, hoje foi a gota d'água. Rafaela havia me drogado na festa de formatura do colégio, e bom, eu fiz muita merda, e adivinha, ela tirou fotos, imprimiu e colou-as a parede do corredor principal do colégio. Sem contar, que falou muita besteira para o garoto que gosto, acabando completamente com a minha vida.

Fiquei calada, até chegar no trabalho, ou seja, na casa dela, onde que ela fez uma bagunça enorme na cozinha, tive que limpar. E quando fui até o quarto dela, acidentalmente, deixei cair um produto de limpeza em seu celular. Ela pirou ali, disse-me que ia expulsar-me, e mandou eu comprar outro celular, chamou-me de "pobretona", "excluída", "miserável", "cadela", "suja","feia", "ridícula", "espantalho", "horrorosa", "demônio" e depois de tanto aguentar, virei a mão na cara dela, e saí correndo, chorando.

Cansada de tudo corri para o meu esconderijo, ou seja, um parquinho abandonado perto de uma fábrica de chocolate que não funcionava tinha 6 meses, pois faliu. Era um dia nublado e triste, sentei-me no balanço, e chorei, chorei até sentir uma mão gelada tocar meu pescoço. Talvez seja um bandido, pois aquela hora, naquele lugar vazio, costumava, vez ou outra, aparecer uns pilas, mas não. Não era bandido, e adivinha... Era Rafaela.

- O QUE VOCÊ QUER?! - gritei, tirando a mão dela de mim.

- Fala baixo, que não sou tua moleca.

Ela tinha poder sobre mim. Quer dizer, ela não tinha, mas a voz dela, ou sei lá, não sei dizer não pra ela...

- Vim aqui pedir desculpas e...

- Desculpas? Só desculpas? Você acabou com a minha vida, por durante todos esses anos, e acha que só desculpas vai resolver?

- Você deveria estar é contente por eu te procurar, te achar e te pedir desculpas. Não faço isso por ninguém.

- E por que fez por mim? Não seria melhor estar no seu bem bom do seu quarto, tuítando o quanto estava satisfeita em me ver na merda? Você não presta, Rafa, não presta... Vai embora.

- Vou ter que te levar comigo...

- Por que?

- É porque não podemos deixar nossos cachorrinhos perdidos por aí, sabe.

- VAI SE FO -

Então, ela me beijou. É, ela calou-me com um beijo. Uma cena que eu acharia tão perfeita se não fosse com... ela. Mas, também não sei porque eu simplesmente não a afastei, eu correspondi, aquele beijo "cala-boca". Mas, meu ... ódio por ela, ainda era bem maior, isso fez com que eu colocasse minhas mãos no seu ombro e a empurrasse.

- O QUE PENSA QUE TÁ FAZENDO, SUA LOUCA?!

- Eu te beijei, ué.

- PIROU DE VEZ? QUER ME DEIXAR PIOR? ME MATA LOGO.

- Só se for de beijo.

Por que aquilo agora? Só pode ser armação, deve ter alguém tirando fotos ali, pra depois dizer que eu que a beijei, me chamar de sapatão e toda a escola rir de mim e...

- Eu te amo.

Talvez eu esteja tão mal que esteja ouvindo coisas imaginárias. Agora, não sei porque sinto meu sangue correr mais rápido, meu rosto esquentando, e uma vontade enorme de cair nos braços dela, mesmo ela tendo feito todas as merdas.

- Eu só não conseguia te mostrar isso de nenhuma maneira, a não ser... Te fazendo mal.

Isso sim é loucura. Ela é louca, só pode. Meu coração dói, estou quase desabando.

- Mas, eu te amo. E hoje... Te fiz tão mal, que nem liguei em receber aquele tapa.

Ela se aproximou de novo, colocou minha mão sobre sua bochecha e disse:

- Mereço muito mais que um tapa. Eu deveria pagar muito caro por tudo que fiz. Vamos, me bata. Me xinga... O que quiser.

Eu poderia descontar ali toda minha raiva, meu ódio, tudo que eu senti de ruim por aquela menina, mas ali... Eu simplesmente não consegui sentir nada, a não ser algo que eu não sentia a tanto tempo... Então, eu não bati nela.

- Não quero te bater.

- ...

Silêncio por um tempo, até que ela falou:

- Eu tenho outra confissão a fazer.

- Qual?

- Te acho linda. E te acho perfeita, por ter aguentado por tanto tempo, e por não querer descontar tudo em mim. Doce e delicada... 

Ela baixou os olhos e corou.

- Te amo, e não terei vergonha de admitir isso pra ninguém.

- Você já envenenou tanto a cabeça dos seus "amigos".

- Na verdade, eu te protegia deles. Sempre tendo idéias terríveis contra você, eu sempre diminuía as brincadeiras, para que você não se machucasse.

- Mas, me machucou e muito.

- Eu sei, mas, já te expliquei! 

Silêncio.

- Eu TE AMO, Helena. 

Minha cabeça está a mil e eu não sei o que falar.

- PORRA, eu tô me confessando pra você e você não fala NA-

Era minha vez de calar a boca dela com um beijo. MInhas mãos estavam sobre o rosto dela, passou para sua nuca, que eu acariciava delicadamente, enquanto nosso beijo tornava-se mais profundo.  

Eu a amava, para aguentar tudo isso, ou era idiotice, ou era amor. Talvez os dois, pois o amor nos torna idiotas... Mas, depois de tanto me fazer mal, espero que agora ela só me faça bem. 

- Helena...?

- Sim?

Olhei para ela, e ela sorriu, afastando uma mecha de cabelo do meu rosto.

- Me namora?

Meu melhor sorriso, o mais feliz, foi esse pedido que me fez bem. Dei um beijo nela, e a abracei.

- Vou tomar isso como um sim.

- Claro que sim, sua bobona, claro que sim.

E foi desse jeito que eu me tornei a mulher mais feliz do mundo.


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Notas finais do capítulo

Recomendo escutar "The Best of You" de Foo Fighters. Obrigada por lerem.