Sakura, a Estrela que não se Apaga escrita por TreinadorX


Capítulo 3
O duro recomeço - parte 3




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Com o intuito de cuidar do ferimento de Sakura, Jun a estava levando para sua casa no colo para que esse mesmo ferimento não piorasse.
SAKURA – Não precisa disso Jun, eu já estou me sentindo bem.
JUN – Eu já disse que vou cuidar de você.
Sakura já tinha percebido que não adiantava argumentar mas no fundo estava lisonjeada em ser cuidada dessa maneira tão gentil e eles finalmente chegaram na casa de Jun onde ele prontamente abriu a porta para depois colocar Sakura no sofá da sala e ao olhar atentamente o interior da casa, a bagunça e desordem dos moveis, ela notou que ele provavelmente morasse sozinho.
SAKURA – Será que foi uma boa idéia me trazer aqui?(já deitada no sofá)
JUN – Por que pergunta?
SAKURA – As pessoas podem falar mal por eu estar aqui na casa de um rapaz solteiro.
JUN – Falar mal de mim ou de você?
SAKURA – Dos dois!
JUN – Você tem razão em ter medo de mim... eu costumo carregar moças que eu encontro na rua e principalmente quando elas machucam o joelho.(rindo e sendo irônico para depois olhar pela janela o lado de fora)
SAKURA – Eu não estou com medo...e a propósito, o que está olhando pela janela?
JUN – Eu tive a sensação que estávamos sendo observados mas acho que era só impressão minha.
SAKURA – Deve ser tua consciência te alertando para não fazer nada comigo.(sorrindo)
JUN – Você deveria fazer mais isso Sakura.
SAKURA – O que? Julgar-Te?
JUN – Sorrir, você fica linda assim.
As palavras de Jun fizeram Sakura corar um pouco, pois já fazia tempo que ela não recebia um elogio desse jeito, talvez pela tristeza com que Sakura ia levando a vida nesses últimos tempos.
SAKURA – Não fale assim Jun, você me deixa encabulada.
JUN – Mas é verdade! Agora fique aqui que eu vou pegar a caixa de primeiros socorros para cuidar desse ferimento.
Jun sai da sala para ir a um outro cômodo da casa deixando Sakura se ajeitar no sofá mas o que eles não sabiam é que a desconfiança de Jun procedia, pois realmente havia alguém que estava observando a casa, era o mesmo homem misterioso que estava espionando Sakura na exposição mas ele não estava sozinho porque logo entrou em um carro preto que estava na esquina perto da casa de Jun e dentro do carro o homem encontrou Eric Keller, o estudante americano e colega de classe de Sakura.
ERIC – Onde está Sakura?
HOMEM – Ela entrou naquela casa.(apontando a casa de Jun)
ERIC – Mas ela não mora aqui.
HOMEM – Ela se machucou a algumas quadras daqui e um rapaz a pegou e a levou até essa casa, deve ser dele.
ERIC – E quem é ele?
HOMEM – Não sabemos, nunca tínhamos visto com Sakura antes, quer que eu o vigie também?.
ERIC – Só me importa Sakura Kinomoto, esse rapaz não me interessa.
HOMEM – Ok! Mas que tal me pagar agora?
ERIC – Vá ao escritório do meu pai e lhe entregue tudo que descobriu sobre Sakura e ele irá te pagar.
HOMEM – Eu só não sei porque essa preocupação com uma simples garota.
ERIC – Isso não te diz respeito, entregue o que sabe e será pago...agora pode sair.
O homem ficou meio assustado com a firmeza daquele jovem de 15 anos e saiu imediatamente para depois ver o carro sair em disparada e esse mesmo homem ao olhar de novo a casa de Jun se perguntava o porquê do interesse de gente tão importante em uma garota como Sakura.
E sem perceber nada do que estava ocorrendo do lado de fora da casa, Jun já estava cuidando do ferimento de Sakura.
JUN – Quando eu passar esse remédio já vai estar quase acabando.
SAKURA – Mas isso vai doer.
JUN – Um pouco.(rindo e depois passa o remédio)
SAKURA – Ai!(ela grita de dor e depois assopra o ferimento) - Você disse que ia doer só um pouco.
JUN – Se você acha que isso foi uma grande dor devia ver os rosto de dor das pessoas que sofrem fraturas, escoriações....acredite, aquilo sim é dor de verdade.
SAKURA – Você tem razão! Acho que manha minha.
JUN – Mas também não precisa se condenar tanto assim...você é muito jovem para conhecer todas as dores...pelo menos as dores físicas, as emocionais são muito mais difíceis de se curar.
SAKURA – É mesmo!
JUN – Agora me deixa colocar uma bandagem nesse joelho.
Sakura estava sentada no sofá e Jun estava de joelho em gente a ela colocando a bandagem nela e ao ver aquela cena Sakura sentiu que podia confiar em Jun e que quando ele disse que as dores emocionais eram mais difíceis de se curar do que as dores físicas ela pensou que talvez ele tivesse se referido a ela.
SAKURA – Você estava certo.
JUN – Do que está falando?(acabando de colocar a bandagem)
SAKURA – No museu! Quando me viu olhando aquele quadro...eu estava mesmo chorando mas não era pelo quadro e...
JUN – Estava pensando em alguém na naquele momento! Eu já tinha percebido.
SAKURA – Sério? E por que não me disse?
JUN – Eu não te conhecia, não queria ser indiscreto...quer falar sobre ele, o rapaz que estava em teus pensamentos.
SAKURA – Não tem muito que falar, eu achei que ele sentia um grande amor por mim mas esse amor não tão grande assim.
JUN – Essas coisa acontecem.(Sakura da um enorme sorriso) - Qual é a graça?(estranhando o sorriso dela)
SAKURA – É que eu não tenho uma conversa como essa há muito tempo, é como se nos conhecêssemos há tempos, isso me lembra da minha grande amiga Tomoyo.
JUN – E onde ela está?
SAKURA – Ela se mudou com a mãe para França.
Os pensamentos de Sakura levam sua mente para o passado mais precisamente no momento em que falou pessoalmente pela ultima vez com Tomoyo.
FLSH BACK DE UM ANO
No aeroporto internacional de Tóquio, que estava lotado, as amigas Sakura e Tomoyo estavam abraçadas no meio da multidão.
SAKURA – Eu vou sentir muito a tua falta Tomoyo.
TOMOYO – Eu não queria ir mas eu não posso deixar minha mãe sozinha.
SAKURA – Mas você tem que ficar com tua mãe mesmo.
TOMOYO – O que me incomoda é o momento em que estou partindo, eu sei que você precisa muito do meu apoio depois do que ocorreu com o Shoran.
SAKURA – Eu vou ficar bem.
TOMOYO – Eu ainda não acredito que ele tenha te deixado, sempre achei que o amor de vocês fosse eterno.
SAKURA – Mas não era Tomoyo.(nesse momento chega Sonomi)
SONOMI – Não fique com essa carinha triste Sakura, isso não é um “adeus definitivo” é um “até mais tarde” só que mais longo.
SAKURA – Eu sei senhora.
SONOMI – E o bobo do teu pai nem veio se despedir de nós.(olhando para todos os lados)
SAKURA – Ele está trabalhando muito.
TOMOYO – A senhora já fez o check-in, mamãe?
SONOMI – Já, nós já podemos ir.(assim Tomoyo volta a abraçar a amiga)
TOMOYO – Olha Sakura, só por que estou longe não signifique que eu te ame menos, eu sempre vou te amar.(chorando)
SAKURA – Eu também te amo muito Tomoyo...cuide-se.
Tomoyo se juntou a mãe e as duas embarcaram no avião e Sakura só ficou acenando de longe para um algum tempo depois ela ficar olhando o avião sumindo nos céus rumo a Paris, e Sakura se sentia ainda mais sozinha sem sua grande amiga e prima Tomoyo.
FIM DO FLASH BACK
JUN – Você sente muita falta dela, não é?
SAKURA – A Tomoyo era mais do que minha amiga...era amiga, confidente, irmã que eu nunca tive, era meu porto seguro.
JUN – Era?! Por que fala tanto no passado, ela ainda é tua amiga.
SAKURA – Claro que é! A gente se fala pelo telefone às vezes mas não é a mesma coisa.
JUN – Eu às vezes com um tempinho no hospital e se quiser conversar comigo pode vir à hora que quiser.
SAKURA – Ok! (ela se levanta) - Eu já vou indo.
JUN – Tem certeza que já pode andar? Eu te levo no meu carro se quiser.
SAKURA – Eu agradeceria muito.
Jun pegou seu carro e levou Sakura até a casa dela e alguns minutos depois já tinham chegado a seu destino.
SAKURA – Eu moro aqui.
JUN – É uma bela casa.
SAKURA – Eu moro com meu pai mas ele não está no momento...não quer entrar um pouco?
JUN – É melhor não! As pessoas podem falar.(rindo)
SAKURA – Então até outro dia.
Ela sai do carro com um sorriso de orelha a orelha e quando estava preste a entrar na casa Jun, ainda dentro do carro, chama sua atenção.
JUN – Sakura!(ela se vira)
SAKURA – Sim!
JUN – Não importa o tão grave e doloroso a desilusão que passou, a vida continua, o pior já passou...lembre-se disso.
SAKURA – Obrigada!(agradecendo com um sorriso)
JUN – Até mais!
Jun vai embora em seu carro e Sakura fica pensando nas ultimas palavras dele e ela começava a concordar e que talvez ela estivesse olhando uma luz no fim do túnel.
SAKURA – Ele está certo!
Convencida a mudar de atitude, Sakura entrar em sua casa e tem a surpresa de encontrar o pai sentado na sala.
SAKURA – Papai?!
FUJISAKA – Oi querida...(ele nota a bandagem na perna dela) - O que houve Sakura?
SAKURA – Eu tropecei e machuquei o joelho.
FUJISAKA – É melhor eu te levar a um médico.
SAKURA – Eu já estive com um, foi ele quem colocou esse curativo.(sorrindo)
FUJISAKA – Eu não sei mas você me parece bem melhor.(notando a alegria dela)
SAKURA – É sim papai! Eu percebi que estava me escondendo do mundo depois que Shoran acabou comigo.
FUJISAKA – Eu sabia que ia se recuperar querida.(ele da um beijo na testa dela)
SAKURA – O que faz aqui há essa hora papai? Pensei que estivesse no trabalho.
FUJISAKA – Eu tive a confirmação de que vou ficar mais de uma semana fora e vim aqui arrumar as minhas coisas mas agora eu vou mais tranqüilo sabendo que está melhor filha.
SAKURA – Pode ir tranqüilo papai, eu sei que o senhor ama teu trabalho.
FUJISAKA – Não mais do que meus filhos
SAKURA - Eu vou para meu quarto.
Sakura vai para seu quarto onde encontra Kero jogando videogame e ele nota o bom humor da jovem.
KERO – O que houve? Viu o passarinho verde?
SAKURA – Eu só estou de bom humor, não posso?
KERO – É bom vê-la assim depois do que aquele inseto chinês fez com você.
SAKURA – Não quero falar dele agora.
Sakura ignora Kero e vai até sua estante onde retira o livro com as Cartas Sakura e pega particularmente a Carta Amor e a coloca no fundo do livro e depois pega o ursinho que Shoran lhe deu e o coloca em uma gaveta qualquer.
SAKURA – O passado eu tenho que deixar no passado, eu sinto que minha vida vai tomar um novo rumo.
Kero ficou abismado olhando Sakura tomando aquela atitude e ele era testemunha de que Sakura tinha deixado de ser aquela menina ingênua e que estava começando a ficar uma jovem madura e segura de si.

Próximo capítulo = O mistério do colar mágico – parte 1


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