Vampiros De Antigamente, Sedutores escrita por Veneficae


Capítulo 3
Dica 1: nunca se machuque na frente de um vampiro




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Acordei com os olhos inchados de sono.

Foi só eu abrir os olhos para relembrar da noite de ontem. O ataque e as sirenes dos políciais eram inexquessíveis. Fiquei até a 1h da manhã fazendo a queixa na cidade que ficava a 40 minutos de casa e para voltar amis 40 minutos.

A essa hora meu rádio estaria fora do ar se meu computador não fosse programado para apresentar sem mim caso eu esquecesse ou acontecesse algo parecido, um presentinho do meu ex-namorado.

Eu estava um caco.

Tive de ficar umas cinco horas na delegacia só para ver suspeitos e essas coisas. Avisar a polícia nunca pareceu tão errado.

Teria de dar aula e aguentar mais 12 horas acordada. Lentamente, arrastei meu Chevette para o Centro e segui até minha sala como uma lesma rescém-nascida.

Pode parecer estranho, mas Candice foi a primeira a perguntei se eu estava bem.

- Estou ótima? Como está Ferb? 

- ãhm? - ela tossiu. - Pelo menos seu bom humos está intácto.

Eu ri.

Coloquei meus livros sobre a mesa e ajeitei meu querido monte de livros de Bram Stoker, Drácula, que eu tinha pegado emprestado da biblioteca uns dias atrás.

- Onde estávamos mesmo?

- V-A-M-P-I-R-O-S, querida.

- Obrigada, Beth. Ontem a noite fui brutalmente atacada, quase morta - olhei em direção a Jackson, mas logo desviei. - Tenho quase certeza que fora um vampiro. - eles riram. Riram mesmo. - Então resolvi que esse era o sinal para dar esse incrível primeiro livro sobre vampiros. Como o seu amigo Jackson disse:  O que realmente motivou para que a lenda seja mais popular foi o conto Bram Stoker sobre Drácula. Um romance, embora muito de vocês não acreditem. Mas eu denomino-o mais como... um... romance gótico.

"Aeeehh!!!" gritou uns garotos goticos, emos e darks ali.

- É contada como uma série de cartas, entre mais ou menos o século 20 ou 21. Apontam pontos da ligação eterna entre uma humana e um vampiro, lutas, modos de matar vampiros, hipnóse, sangue, morcego e... é, claro, Van Helsing. - respirei um pouco, sonolenta. - Dexter, pegue os livros e distribua.

- Claro, Harry Potter.

Pensei um pouco.

- Harry Potter?

- É. A senhora já viu não é?

- Claro, mas... ah, tá. A madame Maxime, giganta, Harry Potter, adorei. - suspirei. - Acho que mereci essa.

Todos já tinham pegado o livro, mas Jackson levantou a mão.

- Sim, Vanderberg?

- A senhorita sinceramente acredita que vampiros existam?

- O que acha? - arqueei as sombracelhas.

- Professora, acha que vampiros podem... como posso dizer... é... ser tipo Edward e Bella? Stefan e Elena? Mina e Drácula?

- Suponho que já leu o livro, Jenet.

- Li a sinópse. Não sou fan de leitura.

- Uma pena.

- E então? Acha que...

- Amor? - olhei para as janelas. - Sim. A única qualidade redentora dessa expécie condenada. Mas não acho que superaria a sede de sangue, não tão romance assim. Acho que...  Os vampiros não são perfeitos em controle, o sangue sempre vai chamar por suas presas, por mais que o amor seja grande. É como uma pessoa normal que precisa de água ou comida, o amor não vai a alimentar se estiver desnutrida.

- Isso foi meio... frio.

- E não é isso que eles são, alunos? Frio. Uma boa palavra para descreverem essa criatura. - o sinal tocou. - Quero a resenha desse livro com suas palavras para... a próxima segunda? Ok?

Houve um "Aah" resmungado por todos.

- Sem "Aah" nem "BEeh". Bem... bom fim de tarde. - sorte que a minha aula era a penúltima.

Quando sai, Jackson apareceu ao meu lado.

- Hoje, na minha casa?

- O que? Se me lembro bem, o diretor disse para mim ficar longe de você e aliás aquela facada na barriga foi bem convincente.

- Aquilo só foi para colocá-la no seu lugar.

- Que jeito ótimo de fazer isso, vampiro.

- O que?

- Nada. Estava brincando.

- A estaca. Hoje a noite, vou buscá-la as 11h.

- Não posso. Tenho um canal de rádio para...

- Esquece. Sei do seu computador.

E saiu.

Tempos depois, sai da sala dos professores e fui para meu carrinho infeliz. Eu estava ligando para um amigo meu que fazia sessões de hipnoze para ajudar Chelsea que estava com muitos problemas últimamente, de não conseguir se lembrar do dia anterior.

Então desliguei e acabei cochilando, isso até Jackson me acordar com batidas irritadas no vidro. 

- O que? - abaixei o vidro do passageiro.

Ele simplesmente enfiou a mão e abriu a porta.

- Você enlouqueceu?! Não te deixei entrar!

- E desde quando sigo suas ordens?

- Sai!

- Não.

- Sai!!!

- Quer que eu saia? - perguntou fixando seus olhos no meu.

- Claro. E o que está fazendo? Quer me hipnotizar?

- Essa era a ideia, mas pelo jeito não dei certo pela segunda vez.

Deduzi que não estava mentindo.

Não havia jeito a não ser levá-lo mesmo. De algum modo, eu sabia que ele conseguiria entrar de novo.

Eu estava na sala.

Jackson sentado no sofá enquanto eu estava na poltrona, impaciente. Chelsea estava fazendo uma sessão no meu quarto enquanto eu esperava.

Logo eu teria de ativar a rádio.

Então Chelsea saiu com Julius ao seu lado, o hipnotizante.

- Ainda não dá.

Suspirei.

- Ok. Chelsea, até a sexta. E Julius, muito obrigada. - agradeci apertando sua mão no hall da entrada.

- Claro. Sempre.

- Até mais, professora.

- Até e procure falar com seus pais.

- Vou tentar.

E saiu.

Bom, só estava agora eu e Jackson sozinhos.

"Então, Charlote? O que devo fazer?" perguntou a ouvinte.

- Wanda, tudo vai passar. Confie em mim. Logo você vão estar juntos de novo. Aliás, cinco anos de amor não de esquecem tão facilmente.

"E o que devo fazer?!!"

- Minha querida humana - disse Jackson. - Ligue para mim, é simples.

- Cale a boca. Você pode falar, mas quem manda nessa coisa sou eu! E Wanda deixe as coisas rolarem. Duvida que amanhã ele vem te ligar? Espere uns toques antes de atender, fale o que tem que falar e depois deixe ele esperando um pouco na linha. Se depois de meia-hora ele ainda estiver lá, quer dizer que em futuro.

- E seu namorado, Charlote? Por que ele te deixou?

- Não te interessa.

- Você tem cabelos branco, olhos vermelhos, exoticamente linda. Que idiotice você fez para ele te largar?

- Eu o larguei. - suspirei. Jackson não ia parar. - Não achei que eu fosse boa o bastante para ele. Era médico, sabe.

- Que idiotice, você. Nem acredito que você é minha professora. 

- Aah, cale-se. - ajustei as coisas no computador. - Já está ótimo por hoje. Muito obrigada por sintonizarem seus rádios nesse canal. Agora, para acabar, Flightless Bird do American Mouth. Até amanhã.

Então desliguei o microfone e apoiei a mão na mesa de madeira para levantar.

- Ai! - murmurei. Um farpinho pequeno de madeira havia entrado no meu dedo indicador. Corri até o banheiro, peguei uma pinsa, empurrei uma roseira da bancada, apoiei a mão sobre e tentei tirar.

Quando tirei, o sangue saiu na hora.

Foi quando Jackson me atacou 


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