Acontecimentos II escrita por Rdxsan


Capítulo 10
Capítulo 10 - Esse mordomo, recuperação.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente recuperei um pouco da criatividade :D
Espero que gostem!



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Ciel POV On


– O quê?! - digo, passando levemente a minha mão no pescoço. Está doendo. - A família Phantomhive... destruiu a família Ambercastle... há 12 anos. - Mary diz. O mordomo Joseph segue limpando a poeira da sala. -Se a família Ambercastle foi destruída ou abalada, algo ruim ela fe- Não. - Sou interrompido por Mary. - Não. O que aconteceu é que a família Ambercastle se superou economicamente. Foi a criadora de algumas armas, inclusive teve uma parceria com a família Winchester. Esse crescimento chegou a patamares tão grandes que a Rainha desconfiou e mandou acabar com tudo. Porém... eu achava ao menos que ela iria acabar economicamente... mas não. - Mary diz. - Mas não...? - pergunto. Mary diz:


– Mas não foi só economicamente. Eles mataram todos. Minha mãe, meu pai, meus irmãos... todos. Aqueles soldados britânicos contratados pela família Phantomhive dispararam contra toda a mansão. Só escapei viva pois naquele dia eu estava fora da mansão, na masmorra do jardim de inverno, brincando de "histórias de terror"... Terror mesmo foi quando eu voltei e encontrei o chão vermelho. Então... eu jurei vingança. No estado que eu estava, sem mansão, já que eu não sabia como comandar aquilo, e sem dinheiro algum, eu não pude fazer nada. Andei, andei e acabei parando em East End. Pelo menos lá eu recebi ajuda. Porém todos se uniram, e criamos o beco dos Amber. É aqui onde reside o sentimento de vingança para com a Rainha, cuja vingança irá acontecer. - Mary diz.


Ciel POV Off


Claude POV On


' Como será que Ciel está se virando? ' - penso. Viro-me. Meu Mestre está sentado perto da janela.


– Claude... - Sebastian/Alois diz. - Sim...? - pergunto. - O meu corpo original... está apodrecendo, né...? - nova pergunta. - Mestre... o corpo humano, desprovido do que ele precisa, deteriora muito rápido. - digo. Ele abaixa a cabeça, coloca as mãos no rosto e começa a rir.


Claude POV Off


Sebastian POV On


Enquanto isso, dentro de minha alma, estou preso por uma corda e espinhos com rosas pretas e azuis. Alois está caminhando de um lado para o outro.
– Ai, ai, Sebastian... Nunca pensei que fosse cair naquela amardilha do Claude. Você é tão burro assim? - Alois me pergunta. Tento me soltar, em vão, mas mesmo assim, digo: - O que você não sabe é que tudo isso irá virar um benefício para mim. - após dizer isso, Alois começa a rir. - E como o seu "Jovem Mestre" irá se virar? - ele me pergunta. - É justamente esse o benefício que chegará às minhas mãos. - digo.


Sebastian POV Off


Ciel POV On


Sentados, eu e Mary estamos conversando, tomando chá do Ceilão. Ela permanece olhando para baixo, parece estar pensando em algo, porém, antes de ela chegar a um assunto, resolvo perguntar:


– Se eu sou um filho dos Phantomhive, por qual razão não quer me matar? - faço a pergunta. Agora ela passa a me olhar, bebe um gole do chá e responde:
– Aquela minha atitude de ter tentando lhe enforcar foi quase um reflexo disso. Mas você não tem nada a ver com isso. Quem tem a ver com isso é a Rainha. Nem seus pais tiveram culpa, pois eles que foram ordenados. Se alguém possui a culpa, este é o mandante. - Mary diz. - Pois bem... tem algum entretenimento por aqui? - pegunto. - Joseph! - Mary grita. Logo alguns segundos depois ele aparece. - Sim? - Joseph pergunta. - Por favor, traga o tabuleiro de xadrez. - ela diz. - Sim, senhorita-rainha. - o mordomo responde. Ele sai, e logo alguns minutops depois ele volta com o tabuleiro de xadrez em mãos.


– Muito obrigada, Joseph. - Mary diz. Joseph coloca o tabuleiro em cima da mesa. - Não precisa agradecer... não fiz mais do que a minha obrigação. - ele diz. - Me permite? - pergunto se posso abrir o tabuleiro e arrumá-lo. - Siga. - Mary responde. Abro o tabuleiro e começo a organizar as peças. Peões, torres, cavalos, bispos, rei e rainha. O espaço de 64 espaços alternados entre preto e branco já está pronto para ser explorado. - Pretas ou brancas? - pergunto. - Brancas. - ela responde. - Gosta de começar com a vantagem? - faço outra pergunta. - Não posso negar isso. - nova resposta. - Então, vamos. Comece. - digo.


Ciel POV Off


Sebastian POV On


Penso em algo que posso fazer para sair dessas cordas, espinhos e rosas, mas parece que até os meus pensamentos influenciam, logo que amargoseiras começam a aparecer para me prender mais e mais forte.


– Se continuar forçando, vai ficar coberto de plantas e flores. - Alois diz. Eu abaixo a cabeça e procuro o paradeiro de meu Jovem Mestre através do selo do contrato, com os olhos fechados. Meu pensamento vai se tornando mais profundo, até que eu o vejo jogando xadrez com alguém que eu desconheço.
' Ele está na mansão...?'


As jogadas seguem.


' Não... '
Bispo derrubado. Peças brancas perdendo.


' Ele está conseguindo se virar... '


Cavalo derrubado. Peças brancas perdendo.


' Surpreendente, Jovem Mestre. '


Abro os olhos. Sorrio. Aquele jogo não é um qualquer. Após toda a minha companhia e ensino, é hora do Jovem Mestre se virar. Essas cordas, espinhos, rosas azuis, rosas negras e amargoseiras... todas essas coisas são reflexo da capacidade dele. Um jogo que pode acabar por me libertar.


– Eu não disse...? He... - digo, irônico. Alois acaba por sentir algo. Ele sabe que não poderá ficar para sempre na minha alma, uma hora irá perder. - Está com uma expressão tão triste... Alois. - digo. Agora ele senta, abraça as penas, abaixa a cabeça e começa a chorar. - Deixe... de ser cruel. Demônio. - ele diz. - Eu sou um. O que posso fazer? - pergunto. Agora ele se levanta. - Então fique calado, por favor. - ele fiz. Até que uma das cordas se arrebenta. Imediatamente ele se vira. As rosas azuis começam a se desfazer, as pétalas caem no chão. Agora a expressão de Alois é de desespero.


– Não... não pode ser... - Alois diz. - Parece que... o Jovem Mestre está se superando. - digo. Agora é a vez das rosas negras terem suas pétalas despedaçadas. Após um chão com cordas e um contraste de azul com preto, os espinhos arrebentam, e as amargoseiras caem. Logo estou livre. Caminho até Alois, que agora está ajoelhado, olhando para o meu rosto. - Eu... não quero morrer, ou sumir... - ele diz. Ajoelho-me e olho para ele. - Desculpe-me. Mas parece que a partir do meu ponto de vista, você é só um obstáculo, e eu o ultrapassei. É sua vez de ser derrubado. - digo.


Sebastian POV Off


Ciel POV On


– Xeque-mate. - digo. Mary olha o tabuleiro, transtornada. Nenhuma peça minha fora derrubada.


Ciel POV Off


Claude POV On


Meu Mestre agora dorme. Porém vejo algo estranho. O anel da alma está transparente. Me choco ao ver a cena da jóia se quebrar sozinha, e meu Mestre se levantar. - Mes... tre? - pergunto. Ele sai da cama, levanta, se vira e diz:
– Perdoe-me, mas agora quem está aqui é Sebastian Michaelis. - Sebastian diz.


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Notas finais do capítulo

Finalmente :D
Em breve:
Esse mordomo, batalha.



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